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Mais-Valor relativo e cooperação – Parte 4 do material

- Mais-valor absoluto (para servir como contraponto)


→ Prolongamento da jornada de trabalho além do tempo de trabalho necessário para pagar o valor da
força de trabalho (ou seja, o montante necessário para a reprodução social = Salário)
→ dado aumento absoluto do tempo de trabalho execedente é por conseguinte um aumento do
montante extraido de mais-valor.

- Mais valor relativo


→ Dado uma jornada de trabalho fixa, há uma redução do tempo de trabalho necessário, e
conseguentemente aumento proporcional / relativo do tempo de trabalho excedente. Ou seja,
crescimento da taxa de mais-valor.
→ Barateamento da mercadoria força de trabalho se dá por :
- Divisão do trabalho e consequente desqualificação do trabalhador (trabalhador parcial)
- Aumento da produtividade via cooperação e produção coletiva.
- Avanços tecnológicos / métodos produtivos e o barateamento dos meios de subsistência e reprodução
social.

Observando a transição da sociedade de corporações de ofício para uma centralização da produção via
capital comercia, é perceptível que, diferentemente do artesanato, em que a força motriz era
proveniente de moinhos de vento ou rodas d’água - tendo assim que se localizar onde pudessem ser
instalados – a maquinaria movida à vapor, sem dadas limitações territoriais, concentra a força motriz no
mundo urbano, o que possibilitou o surgimento de cidades industriais. Por conseguinte, o grande
capital se apodera do processo produtivo dos pequenos produtores e os absorve e centraliza em uma
produção coletiva da mesma mercadoria, alterando os processos de trabalho dadas as demandas do
capital.

Trabalho social simples

uso coletivo dos meios de produção

capitalista paga o salário do trabalhador….

Por um lado, a divisão do trabalho na manufatura aumenta a destreza com tarefas simples, reduz o
tempo de transição entre tarefas estabilizando o ritmo produtivo, e gera o desenvolvimento de novas
técnicas produtivas. Por outro, gera o trabalhador parcial, onde os trabalhadores que antes possuiam
saber produtivo – ou seja, o conhecimento necessário para realizar o trabalho em sua concretude -
passam a se especializar na tarefa de realiza apenas uma etapa da produção da mesma, perdendo o
saber produtivo, e por sua vez, reduzindo o tempo necessário para a formação da força de trabalho, e
consequente redução do valor da mesma. Visto isso, é possível concluir que a divisão do trabalho
capitalista aumenta a eficiência, a intensidade do trabalho, diminui a porosidade do mesmo, reduzindo
o tempo de trabalho socialmente necessário, e consequentemente aumentando o mais-valor relativo.

Nesse cenário, uma mercadoria está impossibilitada de ser produzida individualmente, necessitando
assim de um conjunto de trabalhadores parciais expecializados em cada uma de suas etapas de
produção, dando origem assim a categoria do trabalhador coletivo, onde a mercadoria é transformada
em produto social da cooperação de trabalhadores parciais. De forma suscinta, o trabalho coletivo
possui qualificação total e maior produtividade que a soma dos trabalhadores individuais,mas isso as
custas da perda do saber produtivo por parte dos trabalhadores parciais e a redução do valor da
mercadoria força de trabalho.

Como visto anteriormente, a manufatura parte de mudanças na força de trabalho através da divisão do
trabalho. Já a grande indústria parte de mudanças no instrumental utilizado na produção, onde a
máquina-ferramenta além de servir como meio de superar os limites físicos do trabalhador para a
produção em larga escala, ela também substitui o trabalho manual, intensificando e densificando o
trabalho e reduzindo a demanda por trabalhadores.
Dada redução de demanda é a base constituinte e gestadora do exército industrial de reserva, que
correspondem a uma massa de trabalhadores desempregados que acabam servindo como força que
preciona os salários para baixo.

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