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1.economias Emprego Capital Constante
1.economias Emprego Capital Constante
Parte I:
SUMÁRIO
1. NA FORMULAÇÃO MAIS GERAL, AS ECONOMIAS NO EMPREGO DO CAPITAL CONSTANTE
RELACIONAM-SE ÀS FORMAS INDIVIDUAIS OU SOCIAIS DE GERIR O USO DO CAPITAL CONSTANTE
3.1 Para efeito de análise geral, utilizaremos a fórmula da taxa de lucro enquanto medida do
resultado de um investimento durante determinado período de tempo:
M v
L' = L' = T .
c+v c+v
(i) T = M é a taxa anual de mais-valia; (ii) M = m.n é a massa anual de mais–valia; (iii) v é o
v
capital variável adiantado; (iv) c é o capital constante adiantado; (v) m é a taxa simples de mais-
valia; e (vi) n é o número de rotações anuais que o capital executa
4.1 Para dado valor adiantado em capital constante, c, e em capital variável, v, acréscimos na
extensão da jornada de trabalho (maior intensidade do trabalho) faz reduzir o valor do capital
constante em relação ao capital todo e, portanto, em relação ao capital variável
4.1.1 Isso decorre do valor do capital fixo não depreciar significativamente em função de ser
submetido a 8, 12 ou 16 horas de trabalho diárias: o prolongamento da jornada de trabalho não
exige desembolso adicional significativo de capital fixo
4.2 Para dado tempo de vida útil médio do capital fixo, quanto maior for o período diário em que
serve, efetivamente, na produção (maior intensidade de uso do capital fixo), mais rápido irá
transferir seu valor integral às mercadorias que auxilia a produzir
4.3 Ao transferir todo o seu valor em menos tempo e continuar a servir de veículo material à
produção de excedente, m, por maior número de rotações, n, em relação ao necessário para a
transferência da totalidade do seu valor, gera maior massa de mais-valia, M, até o resto de sua vida
útil
4.4 A taxa de lucro total, L’, calculada sobre todo o tempo de vida útil do capital fixo, resultará maior,
pois, terá reduzido o capital total investido, (C = c + v) relativamente ao excedente total acumulado
no período, M
5.1 Por um lado, o uso de capital fixo tecnológicamente mais avançado, caso eleve a produtividade
em proporção maior que o custo adicional desse novo capital fixo, permite diluir seu custo por
quantidade maior de mercadorias, reduzindo a parcela de depreciação por unidade de produto
5.2 Por outro lado, aplicando-se capital fixo mais avançado a ramos produtores de máquinas e
equipamentos, os ganhos de produtividade resultantes reduzem o custo unitário da maquinaria e
instalações industriais, permitindo seu uso generalizado e em maior escala: isso eleva a escala de
gastos nesses elementos
5.2.2 Por isso, para que o uso de maior quantidade e/ou melhor qualidade de capital fixo sejam
econômicamente viáveis, eventuais insuficiencias de ganhos de produtividade vis-à-vis ao preço
desse capital fixo devem ser compensadas mediante incrementos na intensidade do trabalho ou
reduções no valor da força de trabalho: neste caso, importa elevar a quantidade de trabalho
excedente vis-à-vis ao trabalho pago;
5.4.1 Isso representa uma deseconomia de trabalho e uma redução imediata na taxa de lucro
5.5 Mas este trabalhador marginal poderá contribuir para o uso mais intenso do capital constante
fixo, proporcionando economias de maquinaria: portanto, se no curto prazo, o uso de maior
quantidade de trabalhadores pode levar à diminuição na taxa de lucro via redução da taxa de mais-
valia, no longo prazo, pode haver um aumento da taxa de lucro via redução do valor relativo do
capital constante fixo utilizado por período
6.1 Os custos quase-fixos são despesas correntes que não variam ou quase não variam, prolongue-
se ou reduza-se a jornada de trabalho, ou seja, despesas que não variam com o nível de produção
6.1.1 Estas despesas incluem o custo das atividades de direção e controle (salários de
funcionários graduados), impostos diretos sobre propriedade, seguros, depreciação da
maquinaria, e diversas outras
6.2 Sabendo que estes custos não variam significativamente com o aumento do valor novo criado,
resulta que para dado valor adiantado em capital variável, maior montante de trabalho mobilizado
(e, portanto, maior valor novo criado) conduz a um aumento da taxa de lucro
6.2.1 Isto porque os custos quase-fixos reduzem-se relativamente ao excedente produzido
6.3 Por outro lado, o prazo em que se reproduz o valor dos elementos do capital fixo não é
determinado, simplesmente, pelo seu tempo de vida útil médio, mas também pela duração global
do processo de trabalho em que funcionam e são consumidos
6.3.1 Como foi visto, quanto mais rápido o capital fixo transferir a totalidade do seu valor em
relação ao seu tempo de vida útil, mais tempo servirá, gratuitamente, na exploração da força de
trabalho, e mais barato fica relativamente ao montante de excedente total criado