WBA0221_v2.

Práticas inclusivas em educação

física
Contextualização histórica,
conceitos e definições sobre as
deficiências e necessidades
educacionais especiais.
A trajetória das pessoas com deficiências no
Brasil

Bloco 1
Thálita Gonçalves Santos
Figura 1 – A trajetória das pessoas com
deficiências no Brasil
• Abando social.
Idade Antiga. • Extermínio.
• Exclusão.

• Caridade versus Castigo.

Idade Média. • Instituições versus Igreja.
• Segregação.

• Interesse científico.
Idade Moderna. • Modelo médico (reabilitação).
• Segregação versus Integração.
• Direitos Humanos.
• Crítica à desigualdade de
Idade Contemporânea.
oportunidades.
• Integração versus Inclusão.

Fonte: adaptada de Silva (2006) e Andrade (2019).

Figura 2 – A trajetória das pessoas com
deficiências no Brasil
• Santas Casas de Misericórdia.
Brasil
Colônia

• Imperador Dom Pedro II. Instituto Benjamin Constant.

Imperial Instituto dos Meninos Cegos (1854). Instituto Nacional de
Brasil Educação de Surdos (INES).
Instituto de Surdos Mudos (1857).
Império

• Educação especial.
Século XX

• Organização da Sociedade Civil.

• Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
Século XX • Associação Pestalozzi.

Fonte: adaptada de Silva (2006) e Andrade (2019).

Influência dos modelos de caracterização da
deficiência no âmbito social

Figura 3 – Modelos da
compreensão da pessoa com
deficiência na sociedade
Modelo médico ou
biomédico da
deficiência
(até a década de 1970).

Modelo social da
deficiência
(após a década de
1970).
Fonte: AndreyPopov/iStock.com.
Mudança na perspectiva educacional para a
inclusão da pessoa com deficiência

Figura 4 – Sala de aula de escola regular

• Educação
especial.
• Necessidades
educacionais
especiais.
• Barreiras.
Fonte: Wavebreakmedia/iStock.com.
Mudança na perspectiva educacional para a
inclusão da pessoa com deficiência

Figura 5 – Aluno com deficiência na Figura 6 - Recursos da educação

escola especial

Fonte: FG Trade/iStock.com. Fonte: krisda Bisalyaputra/iStock.com.

Contextualização histórica,
conceitos e definições sobre as
deficiências e necessidades
educacionais especiais.
Tipos de deficiências: deficiência
físico/motora, visual e auditiva.

Bloco 2
Thálita Gonçalves Santos
Tipos de deficiências
De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (BRASIL,
2015, [s.p.]), a pessoa com deficiência apresenta “impedimento
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial”
e que “em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas”.

Figura 7 – Grupo de pessoas com

deficiências

Falaremos sobre:
• Deficiência físico/motora.
• Deficiência auditiva.
• Deficiência visual.

Fonte: Rudzhan Nagiev /iStock.com.

Deficiência físico/motora (DF/M)

Comprometimento na mobilidade, movimento,

coordenação motora geral e/ou fala, em decorrência
de lesão neurológica, neuromuscular, ortopédica ou
má-formação congênita ou adquirida.

Terminologia relativa ao movimento.

A lesão neurológica poderá ser classificada como total
(plegia) ou parcial (paresia) de acordo com o membro
corporal afetado.

(PEDRINELLI, TEIXEIRA, SPOSETO, 2019)

Deficiência físico/motora (DF/M)
• Nanismo. Figura 8 – Exemplo de deficiência
física (paralisia cerebral)
• Paralisia cerebral.
• Acidente vascular
encefálico (AVE).
• Amputação, podendo
acontecer nos membros
superiores e inferiores.
• Poliomielite.
• Distrofia muscular.
• Espinha bífida.
• Traumatismo Fonte: VectorMine/iStock.com.
raquimedular (TRM).
Deficiência auditiva (DA)
Caracterizada por
significativa perda Figura 9 – Aluno com deficiência auditiva
auditiva bilateral ou
surdez.
Seus diferentes tipos
pode ser classificada
como:
• Ligeira.
• Média.
• Severa.
Fonte: Jovanmandic/iStock.com.
• Profunda.
(MORAIS, 2012)
• Cofose (surdez
completa).
Deficiência visual (DV)
Caracterizada por alterações visuais que causam baixa visão ou à
cegueira, com perda parcial ou total da capacidade visual, que
não podem ser corrigidas por lentes ou cirurgia óptica.

Figura 10 – Aluna com deficiência

visual
• Congênitas – atrofia óptica,
albinismo, catarata, estrabismo,
glaucoma, hipermetropia, miopia,
rubéola materna, sífilis,
toxoplasmose.

• Adquiridas – astigmatismo,
ambliotropia, catarata, conjuntivite,
deslocamento da retina, diabetes,
glaucoma, presbiopia, retinopatia
da prematuridade, sarampo,
toxoplasmose, traumatismos Fonte: huePhotography/iStock.com.
diversos.
(BRASIL, 2013)
 Contextualização histórica,
conceitos e definições sobre as
deficiências e necessidades
educacionais especiais.
Tipos de deficiências: deficiência
intelectual e Transtorno do Espectro
Autista.

Bloco 3
Thálita Gonçalves Santos
Tipos de deficiências
Figura 11 – Grupo de pessoas com deficiências

• Deficiência
intelectual.
• Transtorno do
Espectro Autista.

Fonte: Rudzhan Nagiev/iStock.com.

Deficiência intelectual (DI)

Figura 12 – Crianças com deficiência e sem

É caracterizada por brincando juntas
limitações significativas no
funcionamento intelectual
originada antes do período
de desenvolvimento e no
comportamento
adaptativo, que abrange
muitas habilidades sociais e
práticas cotidianas.
Fonte: FatCamera/iStock.com.

(AAIDD, 2021)
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
É caracterizado por desordens do Figura 13 – Criança identificando
desenvolvimento neurológico e déficits
na comunicação social, interesses fixos
desenhos que retratam a expressão de
e restritos de comportamento, emoção
clinicamente significativos.

Pode ser caracterizado em nível I, II e III

de acordo com o nível de suporte
necessitado pela pessoa.

Os déficits persistentes na
comunicação social e na interação
social podem ser:

• Déficits na reciprocidade
socioemocional.

• Déficits nos comportamentos

comunicativos não verbais usados Fonte: KatarzynaBialasiewicz/iStock.com.
para interação social.
(APA, 2021)
• Déficits para desenvolver, manter e
compreender relacionamentos.
Teoria em Prática
Bloco 4
Thálita Gonçalves Santos
Teoria em Prática
Figura 14 – Cinco tipos comuns de deficiências

DF/M

TEA DV

DI DA

Fonte: elaborada pelo autor.

Reflita sobre a seguinte situação

Uma professora estava lendo uma revista de Educação

Física e ficou motivada com a sugestão da reportagem que
dizia: “Que tal seus alunos vivenciarem as deficiências?
Essa prática pode auxiliar na compreensão do problema e
incentivar o respeito às diferenças”. Decidiu, então, realizar
a prática na escola e as atividades sugeridas foram muito
divertidas.

Quais atividades você sugeriria para a prática?

Reflita sobre a seguinte situação
(__) Convidar um professor para se
comunicar com os alunos apenas por
meio de expressão corporal, sem a
utilização da língua falada.
(__) Formar duplas ou grupos e pedir
para que os alunos conversem sem soltar
Qual deficiência cada nenhum som.
atividade está se referindo?
(__) Convidar um professor que fale
Pense no que
conseguiremos desenvolver outra língua para explicar as atividades
com essas atividades! da aula em outro idioma.
(__) Realizar caminhada pela escola em
duplas, um com venda e outro sem.
(__) Imobilizar parte do corpo dos alunos
- braço(s) ou perna(s) – e propor
atividades recreativas ou esportivas com
os alunos nessa condição.
Norte para a resolução
(__) Convidar um professor para se comunicar
com os alunos apenas por meio de expressão
corporal, sem a utilização da língua falada.
(__) Formar duplas ou grupos e pedir para
que os alunos conversem sem soltar nenhum
som.

Deficiência intelectual. (__) Convidar um professor que fale outra

língua para explicar as atividades da aula em
Deficiência física.
outro idioma.
Deficiência auditiva.
Deficiência visual. (__) Realizar caminhada pela escola em
duplas, um com venda e outro sem.
(__) Imobilizar parte do corpo dos alunos -
braço(s) ou perna(s) – e propor atividades
recreativas ou esportivas com os alunos nessa
condição.
Dicas do(a) Professor(a)
Bloco 5
Thálita Gonçalves Santos
Leitura Fundamental
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login
através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar
disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de
instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos
científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet.
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que
você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.
Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação de leitura 1
Este artigo apresenta as intersecções entre gênero, deficiência e
raça/etnia que compõem aspectos identitários de uma mulher negra
com deficiência. Nesse sentido, a pergunta norteadora do trabalho foi:
De que maneira as questões de gênero, raça/etnia e deficiência
produziram e produzem aspectos identitários na trajetória de vida
desta mulher? As reflexões do artigo apontaram para importância da
transversalidade da deficiência nas políticas de gênero e na
necessidade de incorporação dos debates sobre esta temática na
história dos feminismos de forma interseccional.
Referência
EUGÊNIO, J.; DA SILVA, A. S. “Os professores não sabiam o que fazer
comigo!”: reflexões interseccionais de uma mulher negra com
deficiência. Educação em Revista, v. 23, n. 1, p. 27-42, 2022.
Indicação de leitura 2
A entrevista com a professora Anna Maria Lunardi Padilha
visa a discutir as contribuições da Teoria Histórico-Cultural
de Vigotski e de seus seguidores no âmbito da educação
especial no Brasil, desafios políticos e educacionais na
escolarização de pessoas com deficiência e formação de
professores para atuar com alunos público-alvo da
educação especial na educação básica.
Referência
DE OLIVEIRA, I. As contribuições da teoria histórico-
cultural de Vigotski no âmbito da educação especial no
Brasil. Roteiro, v. 47, 2022.
Dica do(a) Professor(a)
O Filho Eterno.
O casal Roberto e Cláudia aguardam a chegada de seu
primeiro bebê. A notícia de que seu filho tem Síndrome de
Down faz Roberto, que é escritor, ter dificuldades com a
paternidade.
Esse filme nos faz conhecer a realidade dos pais quando
recebem o diagnóstico de um filho com deficiência, além de
pensar sobre qual o papel ocupado pela sociedade nesses
momentos.
Referências
ANDRADE, A. C. de. Programas físico-esportivos para pessoas com deficiência: propostas e
experiências no Estado de São Paulo. 162 f. Tese (Doutorado em Terapia Ocupacional) – CCBS,
UFSCar, São Carlos, 2019. Disponível em:
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12059?show=full. Acesso em: 18 maio 2022.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION> APA. Diagnostic And Statistical Manual Of Mental
Disorders, 15 ed., Text Revision (DSM-5-TR). 2021. Disponível em:
https://psychiatry.org/psychiatrists/practice/dsm. Acesso em: 18 maio 2022.
AMERICAN ASSOCIATION ON INTELLECTUAL AND DEVELOPMENTAL DISABILITIES. AAIDD. Defining
Critria for Intellectual Disability. AAIDD, 2021. Disponível em: https://www.aaidd.org/intellectual-
disability/definition . Acesso em: 18 mar. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular
na Infância: detecção e intervenção precoce para prevenção de deficiências visuais. Departamento
de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_saude_ocular_infancia.pdf. Acesso
em: 18 mar. 2022.
MORAIS, I. Não deixe seu mundo silenciar. Canal Aberto Revista Espaço Aberto, São Paulo, n. 141,
ago./2012. Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=nao-deixe-seu-mundo-
silenciar. Acesso em: 18 mar. 2022.
PEDRINELLI, A.; TEIXEIRA, W. J.; SPOSETO, R. B. Atividade física nas amputações e nas anomalias
congênitas. In: GREGUOL, M.; COSTA, R. F. (Org.). Atividade física adaptada: qualidade de vida para
pessoas com necessidades especiais. 4. ed. rev. e ampl. Barueri: Manole, 2019. p. 165-193.
Referências
SILVA, A. F. da.; CASTRO, A. de L. B.; CASTELO BRANCO, M. C. M. A inclusão escolar de alunos com
necessidades educacionais especiais: deficiência física. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria
de Educação Especial, 2006. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deffisica.pdf. Acesso em: 18 maio 2022.
Bons estudos!