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Resumo
O presente artigo tem como objetivo a discussão a cerca da Morte de Deus na concepção do
filosofo Alemão Friedrich Nietzsche. Fazendo considerações as críticas tecidas pelo filosofo
acerca da modernidade e do cristianismo e de como a modernidade resultou em um
esvaziamento de sentindo da vida.
Introdução
Dessa forma a Morte de Deus se refere a algo mais amplo que o mero abandono das
questões religiosas e a adesão do racionalismo, a Morte de Deus refere-se a perda de sentindo
de vida e a realidade do homem moderno que sem Deus ou a ideia de Deus, não soube para
onde voltar seu olhar. “O homem moderno é tudo aquilo que não sabe para o que se voltar. A
modernidade o tornou doente. O progresso é uma ideia moderna, ou seja, uma ideia falsa. Não
representa uma evolução em direção ao melhor, ao mais forte, ao mais elevado.” (Nietzsche,
O Anticristo).
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Adriene Nogueira de Souza – Graduanda de Filosofia Licenciatura - 20190093446
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Friedrich Nietzsche (1844-1900) em sua obra Gaia Ciência, onde pela primeira vez
aparece a Morte de Deus e sua tão célebre frase “Deus está morto”, que muitas vezes é tratado
como mera provocação ao cristianismo, mas que está para além, e trata de uma crítica baseada
na investigação da cultura ocidental desde a Grécia antiga até a Era Moderna. O que para o
filósofo Alemão resume a decadência filosófica, cultural e religiosa da modernidade. “O
homem louco se lançou no meio deles e trespassou-os com seu olhar. “Para onde foi Deus?”,
exclamou, “…vou lhes dizer! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! Mas
como fizemos isso? Como conseguimos esvaziar o mar? Quem nos deu a esponja para apagar
o horizonte?” (Nietzsche, Gaia Ciência).
“Deus está morto” é mais um ataque a filosofia de Platão do que as religiões, uma vez
que na concepção do filósofo Alemão, esse assassinato, essa decadência se deram antes
mesmo do surgimento do cristianismo que já nasceu adorando um Deus morto.
Nesta perspectiva Nietzsche quer chamar atenção pra perda de sentindo de vida e da
realidade do homem moderno. Pois essa morte de Deus não é só o abandono das explicações
religiosas e a adesão às explicações científicas ou racionais. “O homem moderno é tudo
aquilo que não sabe para o que se voltar. A modernidade o tornou doente. O progresso é
uma ideia moderna, ou seja, uma ideia falsa. Não representa uma evolução em direção ao
melhor, ao mais forte, ao mais elevado.” (Nietzsche, O Anticristo)
Critica a Platão
Os gregos antigos com sua relação com os deuses (o sagrado) traziam sentindo ao
mundo, plantando no homem o desejo pela vida, pela força e realização. Esses traços
religiosos era o que caracterizava toda a sociedade antiga. Depois com Platão, a realidade
tornou-se sombra imperfeita de um mundo espiritual e ideal.
Meus irmãos, prestai atenção a qualquer um dos momentos em que vosso espírito quer
falar em imagens. “Ali está a fonte de vossa virtude. É então que vosso corpo se eleva e
ressuscita. Com sua alegria arrebata o espírito para que se torne aquele que cria, que avalia,
que ama e benfeitor de todas as coisas”. (Nietzsche, Assim Falava Zaratustra) A Morte de
Deus representa perda desse equilíbrio. Para Friedrich Nietzsche, até mesmo a forma como a
ciência é trabalhada atualmente é reflexo da perda de confiança no lado irracional do homem.
Deus está morto representa também a ascensão dos fracos e medíocres que se escondem atrás
de pecado, revelações divinas ou mesmo verdades científicas.
Considerações Finais
Desse modo para o Filosofo Alemão Friederich Nietzche, a Morte de Deus seria o
grande problema da modernidade, pois foi o que provocou o desiquilíbrio entre Apolíneo e
Dionisíaco (racional e irracional) Tudo o que surgiu com o homem é ficção. Arte, cultura,
religião, Deus e ciência são invenções nascidas da sua imensa criatividade — hoje
subestimada pelos incapazes de criar, os fracos, sem imaginação ou inspiração, que atribuem
exclusivamente a Deus toda grande criação humana. O homem é o grande criador do mundo,
no momento em que deixa de ser criador, morre tudo o que é sublime; morre o fluxo criativo
que nos levaria a destinos cada vez mais elevados. Concluímos assim, que a Deus está Morte
é a critica fundamental de Nietzsche a modernidade. pois entronou incapazes e adoeceu os
homens; sacralizou regras morais e religiões mortas.
Referências
NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal. São Paulo: Companhia das Letras, 2005