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O COORDENADOR PEDAGÓGICO NO AMBIENTE DAS


INTITUIÇÕES ESCOLARES
Ismael Leite da Silva
Email: : silvaleitebiologo@gmail.com
RESUMO
Este artigo objetiva avaliar os aspectos dos afazeres do coordenador
no ambiente escolar, buscando colaborar para que os docentes
possam compreender quais as obrigações são inerentes a cada
indivíduo no ambiente escolar, possuindo como ênfase o seu trabalho
no dia-a-dia escolar, de forma competente envolvendo todo o grupo
como um meio facilitar a aprendizagem pedagógica dos docentes e
do corpo escolar como um todo. Re#etindo e revisando os
procedimentos pedagógicos colocados ao professor e em
consequência a instituição escolar. Os estudos bibliográ&cos aqui
presentes levam em consideração os estudos dos autores: Freire
(1996), Libâneo (2001), Luckesi (1990), Saviani (1991), Vasconcellos
(2006), Veiga (1995), observou-se uma preocupação crescente em
relação aos afazeres que o coordenador pedagógico desempenha
dentro das instituições. A elaboração de um trabalho dessa
magnitude é muito trabalhoso, pois, necessita do pesquisador uma
opinião crítica e re#exiva, re#etindo assim, uma consideração sobre a
metodologia e até onde vai o trabalho exercido por uma coordenação
pedagógica, esse trabalho de direção &cava sempre a cargo do
supervisor ou gestão escolar.
PALAVRAS-CHAVE: Coordenador Pedagógico, Projeto Político
Pedagógico.
ABSTRACT
This article aims to assess the aspects of the coordinator's tasks in
the school environment, seeking to collaborate so that teachers can
understand what obligations are inherent to each individual in the
school environment, with an emphasis on their work in the day-to-day
school, in a way competent involving the whole group as a means to
facilitate the pedagogical learning of teachers and the school sta? as
a whole. Re#ecting and reviewing the pedagogical procedures placed
on the teacher and consequently on the school institution. The
bibliographic studies presented here take into account the studies of
the authors: Freire (1996), Libâneo (2001), Luckesi (1990), Saviani
(1991), Vasconcellos (2006), Veiga (1995), there was a growing
concern in relation to the tasks that the pedagogical coordinator
performs within the institutions. The elaboration of a work of this
magnitude is very laborious, as the researcher needs a critical and
re#ective opinion, thus re#ecting a consideration on the methodology
and the extent to which the work carried out by a pedagogical
Artigo Cienti&co apresentado ao Instituto Pedagógico Brasileiro-IPB como requisito para a conclusão do
curso de Pós-graduação em Gestão Escolar, Administração, Orientação e Supervisão.
Ismael Leite: silvaleitebiologo@gmail.com/ Instituto Pedagógico Brasileiro-IPB curso de Pós-graduação
em Gestão Escolar, Administração, Orientação e Supervisão.
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coordination goes, this work of direction was always in charge of the
supervisor or school management.
KEYWORDS: Pedagogical Coordinator, Pedagogical Political Project.
INTRODUÇÃO
O ensino é um acontecimento adequado aos seres humanos. O
homem é o único ser capaz de ser educado. Para Saviani (1980,
p.19):
“para entender a natureza da educação é preciso entender o
comportamento humano. Ao contrário dos outros animais
que se adaptam a realidade e garante naturalmente a
própria existência, o homem precisa construir
continuamente. Para realizar este proposto, o ser humano
busca adaptar a natureza a si, transformando-a. Neste
processo ele se educa e se humaniza”.
A função principal do ensino é educar o homem. A mesma se
inicia em casa e no meio social no qual o mesmo está inserido, sendo
complementada na escola. Assim, uma educação verdadeira está
fundamentada na ética, consideração à dignidade do ser humano e
em especial que conduza o discente a compreender-se como
indivíduo sociável e que possui cultura (SAVIANI, 1980).
Para Veiga (1995), o trabalho pedagógico escolar em relação a
construção coletiva, diz que: a escola necessita esquematizar o que
deseja realizar, norteando todo processo educacional e não somente
agradar as exigências simplesmente burocráticas. Segundo a mesma
estudiosa, este trabalho é também um projeto de característica
política “[...] por estar intimamente articulado ao compromisso
sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população
majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do
cidadão para um tipo de sociedade.” (VEIGA, p. 20).
Nessa contextualização, a performance do coordenador tem
evidenciado o anseio por mudanças que o mesmo possa realizar no
referente a quali&cação e quanti&cação do trabalho docente. A
quali&cação e quanti&cação estão associadas a inclusão destas nas
ações de formação, indispensável para o aperfeiçoamento dos
educadores questionadores e com capacidades e habilidades
apropriadas (Perrenoud, 2002, p. 169).
Desta forma, este trabalho objetiva avaliar o trabalho do
coordenador educacional na execução de suas ações.
Para que uma pessoa faça suas obrigações como coordenador é
preciso que o mesmo tenha noção do compromisso que esta função
exige. Assim, é necessário delinear o per&l desse pro&ssional e expor
quais são habilidades indispensáveis para a execução do cargo,
posteriormente, identi&cando os obstáculos a serem superados e
quais ações podem ser tomadas para a superação dos mesmos.
O desempenho das obrigações do coordenador tem exposto a
apreensão com as ações que o mesmo realiza no tocante a
quali&cação do trabalho docente. Para Perrenoud (2002, p. 169) o
mesmo nos diz que “não é possível formar professores re#exivos sem
inserir essa intenção no plano de formação e sem mobilizar
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formadores de professores com as competências adequadas”. Desta
forma, acredita-se que o desígnio dos afazeres da função pedagógica
necessita da superação dos obstáculos, que o autor diz serem vários.
Desta forma, avaliar as funções desse pro&ssional, possibilita
mostrar as habilidades necessárias que o mesmo precisa ter para
desempenhar suas atribuições com maestria encontrando obstáculos
e os superando com conhecimento técnico.
Objetiva-se com este trabalho identi&car a forma de atuar do
coordenador educacional nas instituições públicas e privadas da
cidade de Buriticupu-MA. Assim, foram realizadas duas pesquisas
sendo, uma bibliográ&ca e outra de campo sobre o tema, avaliando
como o trabalho deste pro&ssional ocorre dentro destas instituições.
Sendo assim, este é um trabalho que leva em consideração a
qualidade do trabalho desse agente educacional, onde os dados
adquiridos tiveram a atuação de coordenadores pedagógicos de
instituições públicas e privadas deste município, em que os mesmos
se encontram avaliados e referenciados neste artigo. Busca-se com
esta pesquisa, possibilitar uma discussão direcionada aos dados
coletados enfatizando assuntos de ordens prática e teórica.
Espera-se com este trabalho, que o este agente educacional
re#ita sobre suas ações de maneira ética e democrática, em prol de
conduzir os contratempos que venham a existir nos convívios
interpessoais procurando sempre atualizar o processo de formativo
dos corpos docentes e discentes, através de uma metodologia
democrática que possa ter a colaboração de todos os indivíduos que
copem a educação.
ATIBUIÇÕES E OBSTÁCULOS DO COORDENADOR
A coordenação pedagógica, apresenta várias funções em que
muitas dela não condizem com o trabalho que deve ser prestado pelo
mesmo (FERNADES e FREITAS, 2008).
Para Saviani (2008), o mesmo defende que:
[...] se a escola é o lugar da construção da autonomia e da
cidadania, a avaliação dos processos sejam eles das
aprendizagens, da dinâmica escolar ou da própria instituição,
não devem &car sob a responsabilidade apenas de um ou de
outro pro&ssional, é uma responsabilidade tanto da
coletividade, como de cada um, em particular. Saviani (2008,
p.7).
O entendimento de que o conhecimento humano não é
oferecido ao indivíduo, mas produzido por ele, leva a compressão do
processo educativo como uma ação de fazer, conduzida
propositalmente, em cada sujeito único, pois, é a sociedade que
produz de maneira histórica e coletiva o seu conhecimento (SAVIANI,
1991).
A função de coordenação pedagógica quando não possuía uma
denominação especi&ca a suas atribuições, tinha que exercer as mais
variadas funções. Trabalhava como &scal, observado o que acontecia
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nas salas e informava o que deveria ser realizado ou não. Possuindo
poucos conhecimentos pedagógicos, não criava conexões, por não ser
considerado pelos outros funcionários da instituição escolar como um
sujeito com experiencia pedagógica, sendo na maioria das vezes
abandonado do processo de ensino. Sendo considerado na maioria
das vezes um sujeito sem campo especi&co de trabalho escolar
(ACOSTA, 1990).
Observa-se há anos que esse agente educacional, é
indispensável no desenvolvimento das ações escolares junto aos
professores e a todo corpo escolar, pois o mesmo apresenta uma
formação especi&ca e conteúdo técnico para contribuir com o
processo educativo da instituição escolar de forma generalizada.
O plano pedagógico se embasa na lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, esta lei prioriza as bases e diretrizes da educação
brasileira (BRASIL, 1996).
Sendo este projeto norteado nos princípios que orientam a
instituição com anseios democráticos, públicos e gratuitos como:
“igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”
(Brasil, 1996, p. 28). Isso quer dizer que a educação ofertada deve ser
de bons índices para todo cidadão, e não unicamente para as classes
mais privilegiadas economicamente, desta forma toda a comunidade
escolar deve estar engajada para que essas ações não sejam
descumpridas (BRASIL, 1996).
Os meios básicos para a elaboração do plano educacional,
possui &ns propositalmente pretendidos e ansiados pela escola;
como um bom alicerce e organização que busquem identi&car quais
elementos são valorizadas, analisando as semelhanças funcionais
entre as mesmas; uma boa experiencia comprovada, estrutura
social e habilidades implicam em uma sistematização dos elementos
que fundamentam esta estrutura e se consolide; período escolar que
ampare no aparelhamento das atividades pedagógicas compostas por
horário e calendário escolares; escolha de atitude que precisa
antecipar mecanismos que excitem a atuação de todos que fazem
parte do plano educacional de aprendizagem; a&nidades de trabalho
embasadas nas ações de participação, reciprocidade e solidariedade,
coletivamente (Veiga, 1995).
Assim, a criação de um do projeto pedagógico precisa de um
tempo para ponderações democráticas do procedimento de decisões
a serem tomadas, bem como a criação de um processo em grupo
para a elaboração do mesmo (BRASIL, 1996).
A elaboração do projeto pedagógico é um elemento excencial
na criação das ações. Pois, re#etem as alternativas de escolha,
priorizando a formação das pessoas demonstrando as ações
pedagógicas que conduzem a instituição escolar a conseguir seus
anseios educacionais (BRASIL, 1996).
A principal atribuição do coordenador é planejar uma educação
que predomine a qualidade, objetivando sempre o aperfeiçoamento
da aprendizagem dos discentes, contribuindo no desenvolvimento de
uma gestão institucional democrática inclusiva e participativa, além
possibilitar que o educando aumente sua habilidade e valores sociais.
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Desta forma, este pro&ssional necessita possuir um conhecimento
fundamentado em suas ações, imprescindíveis para a realização de
suas atividades (FREIRE, 1996).
Desta maneira, o coordenador necessita elaborar as ações
pedagógicas que devem ser realizadas na escola elaborando meios
para que os mesmos sejam utilizados na proposta educacional,
mostrando sempre que o processo de ensino determina uma boa
competência do pro&ssional na realização de seus afazeres.
Observa-se que a aprendizagem, não é unicamente uma
aquisição de habilidades, mas uma re#exão crítica sobre o processo
de ensino que demonstra que ensinar requer pensamento crítica
referente a prática o que resulta na formação constante dos docentes
e de uma participação efetiva da comunidade (LIBÂNEO, 2001).
É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que
se pode melhorar a próxima prática. O próprio discurso
teórico necessário à re#exão crítica tem de ser de tal modo
concreto que quase se confunda com a prática (FREIRE,
2009, p. 39).
O per&l do coordenador pedagógico, sendo um professor, deve
ser considerada nos meios do contexto econômico, cultural e político-
social, , realizando uma avaliação ética desses assuntos.
As instituições escolares de uma forma geral são consideradas
por esses pro&ssionais como lugares que apresentam poucos
planejamentos e muita improvisação, com atos emergenciais e
simplistas que na maioria das vezes prejudica o processo de ensino.
Esses trabalhadores encontram-se cansados, e angustiados,
devido a sua jornada laboral ser superior ao contratado, e não
observam mudanças signi&cativas da estrutura escolar que
correspondam a suas ações em benefício da instituição.
A escola possui uma função social de&nida, sendo de sua
responsabilidade a formação e difusão da cultura e conhecimentos.
Desta maneira, o coordenador tem o papel de representar os anseios
e princípios da rede escolar na qual atua seja ela (estadual, federal,
municipal e privada), como docente, o mesmo tem que ofertar
formação aos professores com os quais trabalha, para que os
mesmos construam suas próprias críticas e visões da instituição,
fazendo valer suas convicções, contribuindo assim com o projeto
pedagógico (BRUNO, 2003).
Analisando o conceito das funções conferidas ao coordenador
no ambiente escolar, e tendo como embasamento o pensamento de
atuação como um aparelhamento de uma “pro&ssão, que é uma
tarefa de ocupação especializada, remunerada, de&nida por uma
ideia construída, com atribuições especi&cas a área de atuação”
(SAVIANI, 2004, P.14).
Para Kuenzer (2007) a mesma diz que:
“clareza teórica, competência, compromisso político e
possibilidades concretas de intervenção são os componentes
da equação que de&nirá as possibilidades de fracasso e
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sucesso, sempre dialeticamente articuladas, nesse processo
de transformação” (Kuenzer, 2007, p.77).
A estudiosa faz sua colocação relacionada a lógica da mudança
da atividade escolar, enfatizando a concepção do pedagogo como um
elemento essencial nesse processo.
O Coordenador no dia-a-dia escolar, é um estrategista e
mediador que procura realizar as colocações necessárias na escola
para o seu melhor funcionamento através de estudos do campo
teórico e prático como uma maneira do educador melhorar a sua
pratica e qualidade educativa. Frente a esses aspectos mencionados
visamos colaborar com esse trabalho para a ponderação no que se
refere a métodos pedagógicos dos coordenadores pedagógicos que
cumprem as diretrizes dos docentes e discentes.
Em conformidade com Garrido (2007):
“o trabalho coletivo na organização escolar, enfatizando as
funções formadora, articuladora e transformadora, por
entendermos tais funções como elementos constitutivos da
prática do coordenador quanto a sua auto formação
continuada e dos professores que coordena, a articulação dos
processos educativos, a busca por levar a re#exão, a tomada
de consciência das dimensões das ações, dos problemas, dos
con#itos, que possam conduzir à novas práticas, à
integração, caracterizando assim a transformação efetiva do
trabalho desenvolvido pelo grupo” (Garrido, 2007, p.9).
Observa-se assim, que o trabalho pedagógico apresenta
algumas fragmentações, desta forma poderemos realizar uma
avaliação no referente prática-teórica, fazendo uma re#exão das
formas de atuação com o intuito de agenciar uma boa interação entre
os funcionários da escola, e em especial da concretização das teorias
organizadas nas ações sociais com o desejo de construir o
conhecimento de maneira dinâmica.
Para Almeida (2001) no que se refere as atividades de um
Coordenador que:
[...] mediar o saber, o saber fazer, o saber ser e o saber agir
do professor. Essa atividade mediadora se dá na direção da
transformação quando o coordenador considera o saber, as
experiências, os interesses e o modo de trabalhar do
professor, bem como criar condições para questionar essa
prática e disponibiliza recursos para modi&cá-la, com a
introdução de uma proposta curricular inovadora e a
formação continuada voltada para o desenvolvimento de
suas múltiplas dimensões. (ALMEIDA, 2001, p. 21).
Ao analisar o currículo do coordenador, percebeu-se, que é
necessário compreender o papel do mesmo no processo educativo,
que são forçados a expor soluções para as mais variadas situações no
ambiente escolar, sem que haja uma formação especi&ca para as
questões que fogem de seu conhecimento. Desta maneira, esses
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pro&ssionais tem que se conscientizarem que os mesmos são agentes
atuantes e promovedores da mudança educacional.
Há tempos esse pro&ssional era comummente conhecido como
supervisor. Para Ferreira (2007), esse conceito de supervisão
originou-se no setor administrativo e é compreendido como um
controlador que gerência o que será executado. Assim, esse juízo foi
absorvido pelo meio educacional como uma forma de ter controle
sobre o processo educacional.
Desta forma, a função do supervisor coordenador era
simplesmente observar e mostrar as falhas do docente em vez de
trabalhar em conjunto com o educador, buscando superar os
obstáculos presentes possibilitando a ministração de uma
aprendizagem de qualidade para os discentes na escola da qual faz
parte (FERREIRA, 2007). Observa-se que as teorias educacionais
atuais não concordam com coordenadores com esse tipo de per&l
controlador e que se considera saber de tudo. Assim, essas novas
teorias buscam acabar com esse paradigma.
Desta forma aparece um novo tipo de pro&ssional que é o
coordenador, que é o antigo supervisor, mas com uma atuação
atualizada, este coordena e orienta as ações grupais. Possuindo como
função especial mediar e bene&ciar o método de edi&cação de
conhecimentos, apresentando assim, uma visão democrática e
articulada com a pedagogia da escola e de sala de ensino, sempre
considerando novas opiniões e saberes.
No passado o coordenador apresentava um estilo altamente
ditatorial e, por esse motivo, percebe-se um certo receio quanto à
ação desse pro&ssional dentro das instituições escolares. É
imprescindível que o mesmo obtenha a aceitação dos professores
para que consiga desempenhar bem as suas atribuições.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB
9394/96), no seu artigo 64, o mesmo nos diz que:”a formação de
pro&ssionais em educação destinados a administração, planejamento,
inspeção, supervisão e orientação educacional, na educação básica
será realizada mediante cursos de graduação em pedagogia ou de
pós-graduação, de acordo com a instituição de ensino, sendo
garantido, nesta formação, a base comum nacional que a lei garante”
(BRASIL, 1996).
Quando o coordenador pedagógico possuir a formação
especí&ca e saberes obtidos nos cursos de graduação e de pós, esse
assumirá a competência de direcionar suas ações para suprir as
especi&cidades culturais, políticas e sociais da instituição escolar
(BRASIL, 2006).
Ressalta-se que a presença de um coordenador que
compreende o seu papel dentro da escola é fundamental, e que
acompanhe o projeto pedagógico escolar, formando educadores,
mantendo a união entre alunos, pais e direção escolar. Esse mediador
é a ponte que faz a união entre todos os indivíduos que formam a
escola, sempre desempenhando a sua função pedagógica e
motivador e construtor de boas ações educacionais. (VASCONCELLOS,
2006).
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Na coordenação e direcionamento seus afazeres o coordenador
necessita ter a consciência de que seu trabalho não pode ocorrer de
maneira isolada, mas em grupo, mantendo sempre uma parceria toda
a comunidade escolar, sempre mantendo uma atuação direcionada
ao aperfeiçoamento do projeto-pedagógico escolar (VASCONCELLOS,
2006).
Em conformidade com Vasconcellos (2002), a atribuição de um
coordenador, em toda forma de aprendizagem, é ser a mediador do
projeto-pedagógico da instituição no meio pedagógico, estabelecendo
a meditação e a atuação de todos os indivíduos da instituição nesse
processo educativo, sempre sendo uma pessoa acessível escutando
as ideias a ele colocadas e as utilizando sempre que possível, e nunca
sendo individualista.
Para Vasconcelos (2002) o mesmo se refere ao Coordenador
como sendo:
[...] não é dedo-duro (que entrega os professores para a
direção ou mantenedora), não é pombo correio (que leva
recado da direção para os professores e dos professores para
a direção), não é coringa/tarefeiro/quebra galho/salva-vidas
(ajudante de direção, auxiliar de secretaria, enfermeiro,
assistente social, etc.) não é tapa buraco (que &ca
“toureando” os alunos em sala de aula no caso de falta do
professor), não é burocrata (que &ca às voltas com
relatórios e mais relatórios, grá&cos, estatísticas sem
sentido, mandando um monte de papéis para os professores
preencherem – escola de “papel”), não é de gabinete (que
está longe da prática e dos desa&os efetivos dos
educadores), não é diário (que tem dicas e soluções para
todos os problemas, uma espécie de fonte inesgotável de
técnicas, receitas), não é generalista (que entende quase
nada de quase tudo). (VASCONCELLOS, 2002, p.87)
Destaca-se que o coordenador encara o obstáculo de edi&car
seu próprio per&l pro&ssional e demarcar seu ambiente de trabalho.
Assim, a sua ajuda no aperfeiçoamento da qualidade educacional e
dos ambientes de trabalho pro&ssional dos docentes é dependente
das conquistas alcançadas nesta tarefa (FONSECA, 2001).
A ação do coordenador proporciona menos obstáculos para as
atribuições desse pro&ssional, isso no referente ao desenvolvimento
de intervenções expressivas para à execução do trabalho pedagógico
a partir de sua atuação e ações grupais.
Com a aquisição de uma participação mais ativa dentro do
ambiente escolar, o coordenador pedagógico necessita lidar com
problemas analisando seus limites diariamente. Sendo um dos
principais a articulação do projeto de ensino, aperfeiçoamento do
corpo educacional e mudanças no ambiente escolar. Destaca-se que
sem um plano bem elaborado, sem formação especi&ca, com ações
diversas que o mudem de função, esse pro&ssional passa por várias
formasdepressão
formas de pressão.
O relacionamento entre escola-família passa a ser uma tarefa
complicada, pois, necessita de uma expressividade mais direta e de
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acordo com a realidade da comunidade escolar em algumas
situações.
Assim, para FREIRE apud MEDEL (2008):
os resultados de avaliações externas pressionam por
resultados imediatos do trabalho cotidiano, que muitas vezes
precisa ser regido em outro tempo. E o modelo de gestão
escolar, se não é descentralizado, gera desgastes com a
direção da escola. Coordenadores pedagógicos e
especialistas em educação apontam rotas e propõem
possíveis caminhos de escape para essa situação não causar
danos maiores. A conclusão é a de que, com diálogo,
trabalho em equipe e clareza de funções, é possível, chegar a
um comando harmonioso. (FREIRE apud MEDEL 2008, p.37)
Devido a vários problemas persistentes, e as devidas
superações dos mesmos a identi&cação do coordenador pedagógico
se encontra mais forte e seu participação na instituição escolar vem
gerando o devido reconhecimento pro&ssional. Isso pode ser
comprovado em documentos o&ciais e nos trabalhos cientí&cos, a
apatia frente as funções desse pro&ssional são evidentes (PLACCO,
2012).
Para esta autora, devido as questões próprias do sistema
educacional, dos educandos, gestores e pais dos discentes serem
diferentes, isso acaba por contribuir no desvio do coordenador de
suas funções. "Uma escola tem sempre urgências, e o coordenador
pedagógico acaba solicitado nesses momentos” (Placco, 2012, p. 23).
Observa-se desta forma um descontrole considerável em relação as
demandas escolares.
ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES ADQUIRIDAS
As informações adquiridas por meio do questionário ofertado
aos Coordenadores Pedagógicos que trabalham nas escolas públicas
e privadas nos vários setores educacionais do município de
Buriticupu-Ma, as informações presentes nesses questionários foram
adquiridas de coordenadores que trabalham há mais de três anos
nesta função, sendo cinco que fazem parte da educação infantil e três
do 6º ano 9º anos.
As questões foram constituídas respeitando o tema aqui
exposto, através de perguntas abertas para que fosse possível um
maior entendimento no que se refere as imputações, organização e
obstáculos que estes pro&ssionais enfrentam.
Frente as transformações que acontecem atualmente na
sociedade, em relação aos panoramas econômicos, políticos e sociais,
as escolas, sendo um órgão de ensino e de aprendizados-
pedagógicos, passa por vários obstáculos que afetam a sua ação
ftàdd
frente às demandas que aparecem.
Desta maneira, os coordenadores que desta fazem parte
necessitam estar convictos que os discentes precisam ter uma
aprendizagem ampliada, e de qualidade no seu processo de ensino.
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A maior parte dos entrevistados referem-se as suas atividades
laborais na como uma grade de problemas que são o relacionamento
com os professores e de expor suas ideias de uma forma que essas
estejam em alinhamento com as diretrizes da instituição, sem falar na
falta de participação de todos os funcionários da escola.
O coordenador necessita cumprir muitas funções, ser um
pouco de tudo, docente, artista, conciliador, psicólogo, líder,
organizador, supervisor, entre muitos outros (P1).
Entre as funções do coordenador, está o dinamismo para
trabalhar com a natureza especi&ca da escola e a sua
comunidade escolar (P2).
Exercer esse trabalho é sinônimo de lutas e acolhimentos
diariamente a educandos e seus pais, funcionários, docentes, além de
ter a competência de incentivar e promover o projeto pedagógico,
obrigação de ter sua formação sempre atualizada,
independentemente de todas as suas funções, evitando desta forma o
abatimento e a comodidade que são elementos que podem prejudicar
a sua prática educacional.
Acredito que a maior atribuição como Coordenadora
Pedagógico é fazer uso de muita conversa, entendimento e
parceria na relação com alunos, pais, educadores,
funcionários e gestores (P5).
Enfatizo que temos que responder pelo desempenho dos
docentes e o aproveitamento dos educandos (P3).
No que se refere ao relacionamento entre instituição escolar e
família a coordenação pedagógica é essencial, pois, o coordenador
tem a formação técnica e pessoal para mediar a união e conserva-los
a favor da formação continua dos alunos, desde que cada elemento
contribua com sua função social.
Faço a mediação entre família e escola por meio dos
atendimentos aos alunos e pais, das informações enviadas
para casa (re#exões), das reuniões escolares, do grupo e do
contato diário (P4).
A função do coordenador é uma peça importante no ambiente
educacional, pois, procura envolver todos nesse processo para que
interajam entre si no processo educativo respeitando os
relacionamentos interpessoais de forma aceitável, estimando a
formação docente e desenvolvendo aptidões para trabalhar com as
atitudes diferenciadas, objetivando sempre ajudar constantemente na
edi&cação de uma educação austera, qualitativa e sempre aberta a
novasdescobertas
novas descobertas.
Adotar o gerenciamento da escola, recepção aos pais, alunos
e educadores e ser responsável por inúmeras situações que
acontecem (P6).
Artigo Cienti&co apresentado ao Instituto Pedagógico Brasileiro-IPB como requisito para a conclusão do
curso de Pós-graduação em Gestão Escolar, Administração, Orientação e Supervisão.
Ismael Leite: silvaleitebiologo@gmail.com/ Instituto Pedagógico Brasileiro-IPB curso de Pós-graduação
em Gestão Escolar, Administração, Orientação e Supervisão.

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