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DD176 011015
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A
os 20 e 30 anos, ninguém pensa
25-65
anos
na reforma. É compreensível.
É um desígnio longínquo. Aos
40 e 50, a sustentabilidade da
Segurança Social é aflorada em jantares
de amigos. Haverá dinheiro para pagar
as pensões no futuro?, questiona-se.
Ao chegar aos 60, faltam poucos anos
para deixar de cumprir horários e ordens
superiores. A reforma é aguardada com
expectativa. Mas será a pensão suficiente
para manter o nível de vida? Com o
objetivo de auscultar as perspetivas e os
conhecimentos em matéria de reforma
dos portugueses que estão ainda no ativo,
bem como sondar a experiência dos
atuais pensionistas, a DECO PROTESTE
elaborou um inquérito entre abril e
maio de 2022. Este estudo conjunto com
as associações de consumidores suas
congéneres na Bélgica, em Itália e em
Espanha incidiu sobre duas amostras
representativas da população: uma dos
25 aos 65 anos e outra abrangendo a faixa
etária dos 65 aos 84 anos. Comecemos
por quem ainda está na vida ativa.
56% 19% 9% 5%
ativo e a pensão (conhecida por taxa de
substituição) baixará, gradualmente,
dos atuais 74% para menos de metade Ter Poder pagar Ter dinheiro Ter dinheiro para
do último salário, a partir da década de independência as despesas para ajudar um lar ou cuidados
2050. Uma consequência do aumento financeira de saúde os filhos de saúde em casa
da esperança de vida e do cada vez
menor número de trabalhadores por
cada pensionista (sete em cada dez, em
2050). Por essa razão, a pergunta “está
atualmente a preparar financeiramente
a reforma?” é relevante. A resposta, 5%
Pagar outras despesas
3%
Poder
2%
Para hobbies e
1%
Pagar cuidados
contudo, não é animadora. A maioria
dos inquiridos entre os 25 e os 65 anos (gastos com o carro, viajar atividades sociais pessoais ou da
a casa, etc.) casa, se precisar
admitiu não estar ainda a fazê-lo (61%),
sendo a tendência transversal aos quatro
países do estudo. Como argumento
principal, alegam não terem dinheiro PRINCIPAL RAZÃO PARA NÃO ESTAR A PREPARAR
suficiente. Todavia, em Portugal, a FINANCEIRAMENTE A REFORMA
percentagem é mais expressiva, fruto,
porventura, dos baixos salários. Não tenho dinheiro Sou muito novo
Os restantes motivos variam de acordo 31% e é ainda cedo 7%
suficiente
com as faixas etárias. Por exemplo,
Tenho outras despesas O empregador paga um
entre os 25 e os 34 anos, 12% dos 23% sistema complementar 4%
nacionais inquiridos consideram serem prioritárias
muito novos para se preocuparem com Não sei como 13% Outras 2%
esse assunto, enquanto 15% não sabem
como fazê-lo. Dos 35 aos 49 anos, um Considero a minha
Vou ter dinheiro
quarto argumenta ter outras despesas pensão legal suficiente 10% suficiente na reforma 1%
prioritárias. Não me preocupo
Entre os que poupam, os belgas são
com isso
9%
os que iniciam mais cedo (37 anos)
e os portugueses mais tarde (42 anos).
No que toca às aplicações, os depósitos a
prazo são o produto eleito pela maioria, NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE O VALOR Não
sabe
confirmando o conservadorismo DA PENSÃO LEGAL QUE IRÁ RECEBER
dos nacionais. Tendo em conta as taxas
65% 69%
de juro praticadas pelos bancos, não é, 63%
de todo, a solução ideal.
Sim,
Questionados sobre se o valor aproxima-
amealhado será suficiente para 45% 47% damente
AOS 65 ANOS
EXPECTATIVA SOBRE A RELAÇÃO ENTRE O MONTANTE Embora as projeções da Comissão
DA PENSÃO E O ÚLTIMO SALÁRIO Europeia não sejam animadoras,
quase um terço dos inquiridos tem a
expectativa de vir a receber como pensão
26%
Entre 75% e menos
9%
O mesmo que
3%
Mais do que
mês, de forma a manter o nível de vida,
a DECO PROTESTE disponibiliza uma
ferramenta em www.deco.proteste. pt/
de 100% do último o último salário o último salário
salário investe/reforma/calculadoras. Se tem
um PPR, compare-o com as Escolhas
Acertadas em www.ganhemaisnoppr.pt.
Chegado o momento crucial de saída
da vida ativa, é quase inevitável haver
MAIS DE UM QUARTO DOS PORTUGUESES ACREDITA uma redução no rendimento. Por razões
QUE RECEBERÁ DE PENSÃO UM VALOR APROXIMADO AO financeiras, mais de 50% da amostra
DO ÚLTIMO SALÁRIO. MAS ESTIMA-SE QUE CAIA PARA 43% portuguesa admite que terá de mudar
hábitos no que diz respeito à casa, ao
carro, a cuidados médicos e medicação,
a compras diárias, a roupa, a férias e
QUAL É A IDADE RAZOÁVEL OU IDEAL PARA SE REFORMAR? viagens, a hobbies e a atividades sociais.
Os portugueses são os que mais
0% 0% desejam reformar-se antes dos 60 anos
5% > 70 anos
5% > 70 anos (83 por cento). Mas, à semelhança dos
66-70 anos 15% 66-70 anos 21% italianos, quase metade admite que vai
40-55 anos 40-55 anos
fazê-lo apenas entre os 66 e os 70 anos:
21% muito provavelmente, para evitar
61-65 anos
uma penalização severa no montante
a receber.
AOS 84 ANOS
DE QUE DECISÕES SE ARREPENDE, POR TEREM IMPACTO NEGATIVO apenas um quinto dos nacionais admite
NO VALOR DA PENSÃO? que a sua vida melhorou. Para 28%,
manteve-se igual.