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Nº 1, Setembro de 2017

Documento Científico
Departamento Cientifico
de Medicina do Sono

Higiene do Sono

Departamento Cientifico de Medicina do Sono


Presidente: Lucila Bizari Fernandes do Prado
Secretária: Regina Terse Trindade Ramos
Conselho Científico: Beatriz Neuhaus Barbisan, Cristiane Fumo dos Santos,
Gustavo Antonio Moreira, Lislie Capoulade N. Arrais de Souza,
Simone Chaves Fagondes
Colaboradora: Luciane Bizari Coin de Carvalho

Os distúrbios do sono em crianças são sem- sono está associada a problemas para dormir
pre importantes já que trazem grande impacto e na quantidade total de sono (tabela 1).
na dinâmica da família. A higiene do sono é
Bons dormidores iniciam e mantém o sono
utilizada em todas as idades para organizar o
num processo natural, desenvolvendo estilo
horário e os rituais de sono, ajudando também
de vida e hábitos que promovem o sono. Es-
a evitar ou minimizar as parassonias, como so-
ses hábitos e comportamentos têm efeitos po-
nambulismo, terror noturno, sonilóquio, pesa-
sitivos antes, durante e depois do horário de
delos e algumas doenças do sono, tais como
dormir. A Higiene do Sono pode parecer senso
a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e a
comum, mas é eficiente para eliminar a ansie-
Síndrome das Pernas Inquietas.
dade de pais e filhos gerada pelo medo ante-
A Higiene do Sono associada a outras téc- cipado de que a criança não vai dormir ou de
nicas utilizadas na Terapia Cognitivo-Com- que o horário de dormir será estressante.
portamental (restrição do sono e controle de
Durante os primeiros anos de vida, a inte-
estímulos), torna-se importante para o enfra-
ração com seus pais é primordial para a crian-
quecimento de hábitos inadequados e para a
ça. Essa interação reflete a própria experiên-
instalação de rotinas que se associem ao dor-
cia dos pais, servindo de guia para o cuidado
mir bem, além de propiciar informações im-
do bebê. Entretanto, nem todos os pais estão
portantes para o conhecimento dos pais sobre
preparados para essa tarefa e nem todas as
o sono de seus filhos.
crianças são fáceis de lidar. Assim, a Higiene
Definimos Higiene do Sono como uma sé- do Sono deverá ser oferecida à família, levan-
rie de comportamentos, condições ambientais do-se em conta as necessidades, desejos, pos-
e outros fatores relacionados ao sono que po- sibilidades de todos os envolvidos e desmisti-
dem afetar seu início e manutenção. Estudos ficando crenças inadequadas quanto ao sono
demonstraram que a higiene inadequada do e ao dormir.

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Higiene do Sono

Tabela 1. Como os pais ou cuidadores devem realizar uma boa higiene do sono.

1. Manter uma rotina para os cochilos diurnos das crianças que ainda necessitam, evitando
os cochilos no final da tarde.

2. Colocar a criança ainda acordada em sua cama, indicando que é hora de dormir e todo
ambiente deverá ser calmo e tranquilo para induzir o sono e ganhar sua confiança e
segurança.

3. Criar uma rotina para a hora de dormir, na qual contenha um momento bom e agradável
com os pais (ler estórias, ouvir música calma, etc.), sem muitos estímulos.

4. Criar um ambiente propício ao sono e recompensar as noites bem dormidas.

5. Manter o mesmo horário para dormir e acordar todos os dias, incluindo finais de semana
e feriados (horários regulares).

6. Evitar bebidas (chocolate, refrigerante, chá mate ou cafeinados) e medicações que


contenham estimulantes próximas à hora de dormir.

7. Tentar não deixar a criança adormecer com mamadeiras, leite, chás ou vendo televisão ou
em outro lugar que não seja sua própria cama.

8. Não alimentar a criança durante a noite.

9. Evitar levar a criança para cama dos pais ou outros lugares para dormir ou acalmar-se.

10. Se a criança acordar à noite para ir ao banheiro ou por causa de pesadelos, permanecer
no quarto dela até se acalmar e avisá-la que retornará para o seu quarto, quando ela
adormecer.

11. Quando lidar com a criança durante a noite, usar uma luz fraca, falar baixo e ser breve o
suficiente, sem estimulá-la.

O sono da criança também sofre a influên- pertar muitas vezes durante a noite, deve-se
cia de questões sociais, culturais e familiares, verificar todos os comportamentos e rituais re-
criando uma grande variedade de fatores que alizados na hora de dormir, para que a mudança
determinam e/ou dificultam o conceito de sono de alguns comportamentos possa ser suficien-
“normal” da criança. Por esta razão, a Higiene te para melhorar o sono.
do Sono não deve ser considerada uma recei-
Portanto, a Higiene do Sono deverá ser um
ta fixa de como a criança deve ser orientada a
guia para adequar comportamentos e atitudes
dormir.
que estão influenciando o sono da criança e de
A Higiene do Sono será um auxílio para as seus pais.
famílias que têm uma criança com problemas
de sono e que podem se basear nessas expe-
riências para melhorar essas condições. Por
exemplo, se a criança desenvolve um ritual
Rituais para dormir
para dormir, onde adormecer no sofá, assis-
tindo televisão, a faz dormir bem a noite toda, Comportamentos, hábitos de sono e roti-
tal comportamento não deve trazer problemas nas em geral são fatores importantes no sono
para a criança ou para a família. Mas, se a crian- de crianças em qualquer idade. Os pais ou res-
ça apresentar dificuldades para dormir ou des- ponsáveis têm um papel decisivo na formação

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dessas rotinas, incluindo o bebê que, por sua tura de livros de terror). É importante que se
imaturidade neurológica e social, precisa de determine o final desse momento e o início da
segurança para aprender a dormir sozinho, até hora de dormir. Adiar esse limite, trazendo mais
o adolescente, que precisa de uma orientação um copo de água ou lendo mais uma historinha,
para a escolha de comportamentos adequados pode sugerir que a criança tenha a capacidade
para seu sono. Para tanto, os pais deverão ser de transgredir os limites estabelecidos pelos
orientados quanto ao seu conhecimento sobre pais e gerar problemas. As crianças são muito
sono (expectativas, interpretações e emoções) criativas quando querem adiar o momento de
e quanto à resposta aos comportamentos de dormir e os pais deverão estar bem seguros
seus filhos. para perceber quando isso ocorre.

Até aproximadamente dois meses de idade, As crianças também apresentam breves


o bebê apresenta um ciclo sono/vigília desor- despertares durante a noite, o que é normal,
ganizado, acordando aproximadamente a cada mas esses despertares deverão ser conduzidos
três horas para ser amamentado e cuidado. como na hora de dormir, isto é, a criança deve-
Conforme o bebê vai crescendo e se desenvol- rá permanecer sozinha e na própria cama. Caso
vendo, o ciclo sono/vigília vai se estabilizan- haja necessidade em socorrê-las, deverá ser
do, isto é, o sono noturno vai prevalecendo e o breve, sem estímulos como luzes, vozes altas
sono diurno, na forma de cochilos, vai desapa- por exemplo.
recendo até período escolar.
Muitos pais gostam de embalar as crian-
Quando o bebê começa a apresentar um
ças para dormir, deitar junto delas, deixá-las
sono mais consistente durante a noite, são ne-
adormecer na frente da televisão ou em suas
cessárias medidas essenciais para se ter uma
camas, levando-as para suas próprias camas
noite boa de sono, tais como manter um ritual
quando adormeceram. Esses pais deverão per-
para a hora de dormir, um local quieto e calmo,
ceber que estão criando hábitos inadequados
sem distrações e sem alimentos ou medica-
e que podem trazer problemas para o sono
mentos estimulantes.
da criança. Quando essas crianças despertam
Ritual de sono é tudo aquilo que se faz durante a noite, primeiro se assustam por não
quando preparamos a criança para ir para a estarem no mesmo local onde adormeceram e
cama. Desde o anunciar que é hora da criança depois vão precisar dos mesmos rituais para
se acalmar, guardar seus brinquedos, colocar o adormecerem novamente. Desse modo, este
pijama, tomar leite, escovar os dentes, até ou- breve despertar torna-se um acordar seguido
vir uma música ou uma historinha contada pe- de choro. A criança deverá aprender a dormir
los pais já debaixo das cobertas, por exemplo. sozinha para que, quando os despertares no-
O ritual para dormir começará com a percepção turnos acontecerem, ela deva se sentir segu-
pelos pais dos sinais de sonolência e deverá re- ra e capaz de adormecer novamente por si só.
forçar comportamentos que levem ao adorme- Para que isso ocorra, os pais deverão se sentir
cer de modo rápido. seguros de como ajudar a criança a adormecer
sozinha, proporcionando segurança, conforto e
Para as crianças pequenas, dormir pode sig-
bem-estar. Os pais deverão aprender primeiro
nificar ter que se separar ou se desligar dos pais
a reconhecer as necessidades de seus filhos e
e isso poderá causar ansiedade. Entretanto,
o que está acontecendo naquele dia e naquele
esse momento poderá ser muito especial se for
momento.
utilizado adequadamente e dentro de alguns
limites. Esse momento poderá ter a duração de Se a criança acorda e chora, os pais deverão
dez a trinta minutos, com atividades relaxan- reconhecer o motivo do choro, se for doença,
tes, não vigorosas (como pular, correr, cócegas) medo ou breve despertar. Para cada situação,
nem assustadoras (como assistir a filmes ou lei- os pais deverão reagir de forma diferente. Qual-

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Higiene do Sono

quer mudança na rotina da criança, tanto no dos pais são fundamentais para a segurança da
dia como na noite (como viagens ou doenças), criança. Há certos pais que não suportam ou-
poderá afetar o sono. Se a criança apresentar vir a criança chorar, por mais que reconheçam
febre, resfriado, dificuldade em respirar, aler- ser um choro de “manha” por exemplo. Eles se
gia ao leite, refluxo, cólica ou outras doenças sentem “abandonando” a criança. Esses pais
ou problemas do sono, deverá procurar orien- acabam por reforçar esse comportamento da
tações médicas. Se for medo (do escuro, do “bi- criança e não auxiliam o desenvolvimento da
cho papão”, dos barulhos da noite, pesadelos), auto-segurança e deverão ser atentados para
ou ansiedade de separação (que deverão apa- esta situação.
recer normalmente durante o desenvolvimento
da criança), ou resultados de emoções inten-
sas e/ou não compreendidas (como assistir a
um filme assustador ou eventos estressantes, Limites e ambiente
morte na família, nascimento de um irmão, pais
acolhedor
que discutem muito) poderão ser resolvidos
com conversa, atenção extra e segurança por Problemas de sono podem estar direta-
parte dos pais, o que poderá ser suficiente para mente relacionados com estresse familiar, isto
a criança se acalmar e voltar a dormir. é, distúrbios de sono da criança influenciam no
bem-estar dos pais e problemas emocionais do
A criança deverá ser encorajada a pensar
pais precipitam ou pioram o distúrbio do sono
nas coisas boas que fez durante o dia e evitar
da criança.
pensamentos ruins. Em outras situações mais
graves, a ajuda de um profissional, psicólogo Alguns pais sentem dificuldade em colocar
ou psiquiatra, poderá ser necessária, princi- limites para seus filhos, tanto durante o dia,
palmente em crianças muito deprimidas ou quanto na hora de dormir ou durante a noite,
vítimas de violência ou abuso sexual. Contu- desenvolvendo comportamentos inadequados
do, na maioria das vezes, trata-se de um breve para dormir, tornando este horário de dormir
despertar, onde se deve encorajar a criança a um momento estressante e gerador de ansie-
voltar a dormir e sozinha, e a demonstração de dade. Muitos pais precisarão de auxílio para
segurança por parte dos pais já deverá ser su- entenderem as funções que pai e mãe têm no
ficiente. cuidado do filho. Devem estar preparados e
envolvidos com o cuidado da criança, saben-
A maioria das crianças, com um pequeno
do separar seus problemas particulares com o
auxílio dos pais, conseguirá dormir sozinha. A
trabalho ou os conjugais, para poderem ajudar
resistência em ficar sozinha no quarto ou se lo-
seus filhos. A família toda deverá estar mobili-
comover para o quarto dos pais não poderá ser
zada para haver um horário de dormir, sem bri-
modificada de modo traumático. A recondução
gas ou discussões, sem violência e com muita
tranquila pelos pais para seu quarto e com pa-
paciência e acolhimento. Há pais que utilizam
lavras confortantes (sempre estarão por perto
o horário de dormir de suas crianças para o tra-
se houver necessidade e que poderá dormir e
balho doméstico, estudo ou complementar seu
ficar tranquila em seu quarto) deverá ser feita
dia de trabalho ou assistir televisão ou diverti-
quantas vezes forem necessárias.
rem-se. Outros aproveitam esse momento para
Quando há choro junto do despertar, é ne- discutir e acertar assuntos pessoais. Outros
cessário que os pais acalmem a criança, mas chegam de seus trabalhos, com castigos ou
reforcem o adormecer sozinha. Algumas crian- cobranças de tarefas que a criança deveria ter
ças são mais difíceis de acalmarem e precisam feito. Enfim, deve-se atentar a um gerador de
de mais tempo para adormecer. Nessa hora, a ansiedade para que a criança não durma, não
calma, a paciência e o conhecimento por parte sinta sono, não se acalme, pois temerá brigas,

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discussões neste momento em mais se deseja testo devido à grande quantidade de energia
interação e segurança. que possui e à falta de habilidade de contro-
le sobre ela. Mas o limite firme, não agressivo
Pais que têm uma agenda irregular de ta-
e o conforto por parte dos pais faz com que a
refas tendem a sentir dificuldade em colocar
criança aprenda a reconhecer os sinais de seu
limites e rotinas para seus filhos e acabam in-
sono e a possibilidade de interromper suas ati-
terferindo no sono deles. Deve-se incluir o pai
vidades para dormir. O falar suavemente com o
na rotina de sono e, principalmente, determi-
bebê pode acalmar os pais e a criança. O bebê
nar momentos para estar com seu filho que não
aprende rapidamente a dormir sozinho, desde
seja somente na hora de dormir.
que seja colocado no berço quando estiver com
Como são muitos os fatores envolvidos sono. Isso facilita o reforço do comportamento
para o estabelecimento das rotinas de sono da de dormir rápido e sozinho, diminuindo a ne-
criança e para os pais também necessitarem de cessidade do choro e sem problemas quando
dormir, a ajuda poderá vir do próprio cônjuge, essa criança despertar durante a noite.
de familiar, de amigos ou de um profissional,
pois o cansaço prejudica a paciência e calma,
levando ao extremo de uma desestruturação
familiar. Cochilos

Conforme a criança vai crescendo, os co-


chilos diurnos vão se tornando desnecessários
Horário de dormir e e passam a atrapalhar o sono noturno, a não ser
quantidade de sono que o cochilo faça parte da rotina da família.
Cochilar durante o dia também é importante
Dormir e acordar no mesmo horário todos em certas culturas. A rotina do cochilo deverá
os dias, inclusive fins de semana e feriados aju- ser observada: sempre mesmo horário e com
da a ritmicidade necessária para a produção do duração não superior a trinta minutos.
hormônio melatonina e de outros fatores que
dependem do ritmo circadiano. Os bebês preci-
sam dessa ritmicidade tanto para o sono notur-
Alimentação
no quanto para os cochilos diurnos.

Há falta de conhecimento adequado sobre A rotina de refeições também é importante.


as necessidades de sono da criança. Alguns É necessário que a criança faça regularmente
pais estipulam arbitrariamente horários para a suas refeições durante o dia para que na hora
criança dormir que poderão ser diferentes da de dormir não esteja com fome e nem superali-
necessidade dela, e acabam reforçando com- mentada. A criança deverá jantar cedo e pode-
portamentos inadequados e fazendo com que rá fazer um lanche antes de dormir, se estiver
a criança vá para a cama cedo demais e fique acostumada a isso. O bebê amamentado regu-
acordada por muito tempo e com pensamentos lará seu sono com suas refeições. É comum o
muitas vezes inadequados até dormir. A quan- bebê adormecer durante a amamentação, mas
tia adequada de sono é aquela que faz a criança não deverá acontecer com uma criança mais ve-
acordar sem dificuldades, sem sonolência ex- lha, pois o ritual para dormir deverá prevalecer.
cessiva durante o dia e sem afetar suas funções
O prazer de ser alimentado facilmente se
cognitivas como memória e atenção.
associa a um momento de interação com seus
Mesmo que a criança vá para a cama quando pais, mesmo depois de saciado. Essa atenção é
estiver com sono, é comum que faça algum pro- importante para que os pais possam perceber

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Higiene do Sono

quando seu bebê ou sua criança está realmente O ambiente do quarto também deve ser
com fome ou precisa de carinho e interação. Se bastante adequado para a promoção do sono.
for realmente fome, o jantar ou o lanche devem Algumas crianças precisam de uma luz acesa
ser suficientes. E se for necessidade de inte- para dormir, causando segurança. É um hábito
ração também deve ser considerada em outro comum, mas não necessário. A falta da luz po-
horário que não aquele que precede o sono ou derá ser um problema, mas contornável.
o próprio horário de dormir. As mamadeiras no-
A cama, a temperatura do quarto, os baru-
turnas ou lanches durante a noite não devem
lhos, os travesseiros também devem ser ade-
ser encorajadas, pois não são necessárias se a
quados, com atenção especial a objetos que es-
criança estiver bem alimentada, prejudicam a
timulem a criança como brinquedos, televisão,
dentição e aumentam a diurese com interrup-
computador, jogos e telefone.
ções do sono mais frequentes.

A criança com Síndrome da Apneia Obstru- Dormir junto com os pais ocasionalmente
tiva do Sono pode apresentar refluxo gastro- pode ser um momento prazeroso, mas pode
esofágico, sendo mais um motivo das rotinas ser tornar um problema quando se torna um
adequadas de alimentação. hábito. Esse comportamento é comum e uma
escolha pessoal em certas culturas e em algu-
Deve-se também prestar atenção em alguns
mas regiões. É funcional, quando ambos os pais
alimentos e medicações que contém cafeína e
concordam com isso, mas precauções devem
são estimulantes. Chá mate, chá preto, chocola-
ser observadas como evitar o fumo ou uso de
te, café, refrigerantes (guaranás e colas) pode-
substâncias na cama, além o aquecimento em
rão ser consumidos até quatro horas antes da
demasia. O bebê deverá ser colocado na posi-
hora de dormir. Um lanche leve com leite, bolo
ção supina, evitando-se a morte súbita. Colo-
simples, pão ou queijo branco pode ser benéfico
car a criança na cama dos pais pode evitar ou
na hora de dormir, pois estão relacionados com
provocar conflitos conjugais e isto deverá ser
o metabolismo de melatonina e serotonina.
sempre ponderado.

Ambiente de dormir e hábitos


Atividades físicas e descanso

Dentro dos rituais para dormir, além da in-


gestão de leite, a presença de luz acesa e de
É muito importante para crianças e ado-
lescentes organizarem seus horários fora da
um objeto transicional são comportamentos
escola para melhorar o seu aproveitamento.
comuns em algumas crianças. Objetos transi-
Atividades extras, esportes, lições de casa, re-
cionais são brinquedos, fraldas de pano, cober-
feições, lazer, passeios, brincadeiras, jogos e
tores ou qualquer outra coisa a qual a criança
tempo para descanso devem seguir também
se agarra para ter segurança, principalmente
rotinas adequadas para a saúde e bem-estar,
na hora de dormir. Os objetos transicionais não
bem como também o horário de dormir. Muitas
são comportamentos obrigatórios para ador-
atividades extras acumulam cansaço e atrasam
mecer. Possuir um objeto transicional depende
o horário de dormir. A rotina para dormir bem
da criança, da família e da cultura onde estão
inclui um período para descanso e desligamen-
inseridos. Os objetos transicionais geralmen-
to de pensamentos, principalmente problemas
te acalmam a criança durante esse período de
e preocupações.
adormecer sozinhas. Eles são a transição en-
tre a dependência dos pais e a autossuficiên- Atividade esportiva à noite também deve
cia. Podem se tornar um problema para o sono ser evitada, pelo menos até 3 horas antes da
quando a criança não conseguir dormir sem ele. hora de dormir.

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lição de casa deverá ser encorajado. Não de-


Adolescente
verá manter no quarto itens que cujo adoles-
cente não consiga controlar em usar, os quais
O adolescente além de precisar de mais o deixem acordado e despertem sua atenção.
horas de sono noturno, fisiologicamente dor- Atividades relaxantes antes de dormir são
me mais tarde e acorda mais tarde. Na maioria importantes para o adolescente aprender a
das vezes, o adolescente precisa acordar cedo “desligar” seus pensamentos. Um ambiente
para suas atividades escolares. Nesses casos, tranquilo e acolhedor é fundamental, além de
deverá ir para a cama quando estiver sonolento leitura que, na maioria das vezes, induz o sono.
e deverá acordar cada vez mais cedo pela ma- Não se deve deixar adormecer na sala vendo
nhã. Isso fará com que sinta sono cada vez mais televisão ou jogando. Bebidas com estimulan-
cedo à noite. Essa rotina deve ser implementa- tes como cafeína, refrigerante ou chocolate
da paulatinamente até alcançar o horário dese- devem ser ingeridas até quatro horas antes do
jado com a quantidade de sono necessária. horário de dormir. O uso de cigarro e bebidas
Nos fins de semana e feriados, o adolescen- alcoólicas deve ser desencorajado. Deve-se
te pode acordar no máximo duas horas mais estimular o adolescente com ambientes com
tarde do que o horário estipulado para os dias luz solar pela manhã e evitar luz intensa no fi-
de semana, seja qual for o horário em que ele nal da tarde e à noite.
for dormir. O adolescente deve evitar cochilos, Em conclusão, o conhecimento do sono da
mas se for extremamente necessário, deve du- criança e do adolescente, sua fisiologia, além
rar no máximo trinta minutos. Limitar horários de hábitos e costumes de cada família, é impor-
para televisão, computador, vídeo game, fil- tante para se ter e se realizar uma boa higiene
mes violentos, atividades esportivas, celular e do sono em toda a família.

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Higiene do Sono

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8
Diretoria
Triênio 2016/2018

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Regina Maria Santos Marques (GO) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Jocileide Sales Campos (CE) Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Marun David Cury (SP) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Assessoria de Relações Institucionais: Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Álvaro Machado Neto (AL) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas: Cecim El Achkar (SC)
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Tânia Denise Resener (RS)
Rubens Feferbaum (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Normeide Pedreira dos Santos (BA) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Sérgio Luís Amantéa (RS)
Adolescentes com Deficiência: DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Dirceu Solé (SP) Gil Simões Batista (RJ)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Aurimery Gomes Chermont (PA)
Assessoria de Acompanhamento da Licença Lícia Maria Oliveira Moreira (BA)
COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Maternidade e Paternidade: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Luciana Rodrigues Silva (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Lopes Miralha (AM) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Assessoria para Campanhas: Paulo César Guimarães (RJ) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) Cléa Rodrigues Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
GRUPOS DE TRABALHO: COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Drogas e Violência na Adolescência: Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Evelyn Eisenstein (RJ) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Herberto José Chong Neto (PR)
Doenças Raras: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ruth Guinsburg (SP) DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Cláudio Barsanti (SP)
Atividade Física COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Coordenadores: Gilberto Pascolat (PR)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Kátia Laureano dos Santos (PB)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Isabel Rey Madeira (RJ)
Membros: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA Valmin Ramos da Silva (ES)
Patrícia Guedes de Souza (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Virgínia Resende S. Weffort (MG) Tânia Denise Resener (RS)
Profissionais de Educação Física:
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS João Coriolano Rego Barros (SP)
Alex Pinheiro Gordia (BA) Victor Horácio da Costa Júnior (PR) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Isabel Guimarães (BA) PORTAL SBP Marisa Lopes Miranda (SP)
Jorge Mota (Portugal) Flávio Diniz Capanema (MG) CONSELHO FISCAL
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA Titulares:
Colaborador: José Maria Lopes (RJ) Núbia Mendonça (SE)
Dirceu Solé (SP) Nélson Grisard (SC)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Metodologia Científica: Altacílio Aparecido Nunes (SP) Suplentes:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Cláudio Leone (SP) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS João de Melo Régis Filho (PE)
Pediatria e Humanidade: Luciana Rodrigues Silva (BA) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dirceu Solé (SP) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Presidente:
Christian Muller (DF) Joel Alves Lamounier (MG) José Martins Filho (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Vice-presidente:
Transplante em Pediatria: Fábio Ancona Lopez (SP) Álvaro de Lima Machado (ES)
Themis Reverbel da Silveira (RS) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Secretário Geral:
Irene Kazue Miura (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

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