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DIREITO CONSTITUCIONAL

ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

Livro Eletrônico
DIREITO CONSTITUCIONAL
Ordem Econômica e Financeira
Luciano Dutra

Ordem Econômica e Financeira.......................................................................................3


1. Princípios Gerais da Atividade Econômica.. ...................................................................3
2. Política Urbana. ......................................................................................................... 14
2.1. Política de Desenvolvimento Urbano.. ..................................................................... 14
2.2. Usucapião de Imóvel Urbano.................................................................................. 15
3. Política Agrícola, Política Fundiária e Reforma Agrária. . ............................................ 16
3.1. Desapropriação de Imóvel Rural............................................................................. 16
3.2. Política Agrícola......................................................................................................17
3.3. Reforma Agrária.................................................................................................... 18
3.4. Usucapião de Imóvel Rural..................................................................................... 18
4. Sistema Financeiro Nacional. .................................................................................... 20
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis............................................................................ 20
Resumo......................................................................................................................... 37
Questões de Concurso................................................................................................... 41
Gabarito........................................................................................................................63
Gabarito Comentado. .....................................................................................................64

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Ordem Econômica e Financeira
Luciano Dutra

ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA


1. Princípios Gerais da Atividade Econômica

Prezado(a) aluno(a), vamos, agora, trabalhar o Título VII da nossa Constituição Federal,
que trata da Ordem Econômica e Financeira. De antemão, já aviso que consta nesse material
mapas mentais das partes mais importantes do conteúdo.
O primeiro tópico a ser analisado são os princípios gerais da atividade econômica. Segun-
do a cabeça do art. 170, a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional. A soberania nacional é um fundamento do Estado brasileiro (art. 1º,
I) e um princípio geral da ordem econômica;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade. A proteção da propriedade privada e a observância da
sua função social também estão previstas no art. 5º, incs. XXII e XXIII;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor. O inciso XXXII do art. 5º também prevê que o Estado promoverá,
na forma da lei, a defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o im-
pacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais. Além de princípio da ordem econômica
é um objetivo da República Federativa do Brasil previsto no art. 3º, III;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. Atendendo a esse princípio, o art.
179 estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico

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diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas,


tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
Ademais, é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, indepen-
dentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Questão 1 (DPE-MA/DEFENSOR/2011) Entre os princípios gerais da atividade econômica


previstos na CF, inclui-se o da defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferen-
ciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elabora-
ção e prestação.

Certo.
Conforme art. 170, inciso VI.

Questão 2 (PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA/2007) A redução das desigualdades so-


ciais e regionais e a busca do pleno emprego são princípios constitucionais que expressamen-
te vinculam a ordem econômica brasileira.

Certo.
De acordo com o art. 170, incisos VII e VIII.

Questão 3 (DPE-MA/DEFENSOR/2011) É vedado o tratamento favorecido às empresas de


pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país.

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Errado.
Segundo o art. 170, inciso IX, é assegurado o tratamento favorecido para as empresas de peque-
no porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

Questão 4 (SUSEP/ANALISTA/2010) São princípios da Ordem Econômica, exceto o(a):


a) tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasilei-
ras e que tenham sua sede e administração no País.
b) defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
c) propriedade privada.
d) integração nacional.
e) função social da propriedade.

Letra “d”.
Art. 170.

É importante que se diga que podemos extrair desse art. 170 os fundamentos da ordem
econômica, as finalidades da ordem econômica e os princípios gerais da ordem econômica.
Perceba:

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soberania nacional
propriedade privada
função social da propriedade
live concorrência
defesa do consumidor
defesa do meio ambiente,
inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto PRINCÍPIOS
ambiental dos produtos e serviços GERAIS

redução das desigualdades valorização do trabalho humano


regionais e sociais FUNDAMENTOS
livre iniciativa
busca do pleno emprego
tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte ORDEM
constituídas sob as leis brasileiras ECONÔMICA
e que tenham sua sede e (ART. 170)
administração no País
assegurar a todos existência digna
FINALIDADES
justiça social

Art. 179: U, E, DF e M dispensarão às microempresas e às EPP tratamento


jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias

Dito isso, vamos tratar das formas de intervenção do Estado na atividade econômica. Segun-
do a Constituição Federal, o Estado brasileiro pode atuar como Estado-empresário, explorando
diretamente a atividade econômica, pode atuar como agente normativo e regulador da atividade
econômica e, ainda, pode prestar serviços públicos. Vejamos cada uma dessas atuações.

ESTADO-EMPRESÁRIO

INTERVENÇÃO
DO ESTADO NA
AGENTE NORMATIVO E REGULADOR
ATIVIDADE
ECONÔMICA

PRESTADOR DE SERVIÇO PÚBLICO

Como Estado-empresário, o Estado pode explorar diretamente a atividade econômica


quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo
(art. 173, “caput”). Fácil perceber que essa atuação do Estado brasileiro é excepcional, cabível
apenas quando atender as premissas de segurança nacional ou relevante interesse coletivo.

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Para tanto, a entidade federativa se vale da descentralização administrativa, criando empresas


estatais, como as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias.
Conforme o art. 173, § 1º, a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos di-
reitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os prin-
cípios da administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a par-
ticipação de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
Essas estatais criadas para a exploração direta da atividade econômica estarão no merca-
do em regime concorrencial com as demais empresas privadas. Nesse sentido, o art. 173, § 2º,
determina que as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar
de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
Ademais, a lei:
1) regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade;
2) reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à elimina-
ção da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
3) sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabe-
lecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos
atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

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Questão 5 (TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2004) As empresas públicas des-


tinadas à exploração de atividades relacionadas com a segurança nacional podem gozar de
privilégios fiscais, não extensivos às empresas do setor privado.

Errado.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.

Importante mencionar que o art. 177 determina que algumas atividades são de monopólio
da União. Segundo a norma, constituem monopólio da União:
I – a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos flui-
dos;
II – a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III – a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das ativida-
des previstas nos incisos anteriores;
IV – o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos
de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bru-
to, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V – a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o co-
mércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos
cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão,
conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal.

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A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades
previstas nos incisos I a IV deste artigo 177 observadas as condições estabelecidas em lei
(art. 177, § 1º).

Questão 6 (PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA/2006) Certas atividades que constituem


monopólio da União somente podem ser realizadas por empresas estatais.

Certo.
Como a União só poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das ati-
vidades previstas nos incisos I a IV do art. 177, isso significa que as atividades de pesquisa,
lavra, enriquecimento, reprocessamento, industrialização e comércio de minérios e minerais
nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos, cuja produção, comercialização
e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do
inciso XXIII do caput do art. 21 da Constituição Federal, só podem ser realizadas por empresas
estatais.

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a exploração direta de atividade


imperativos da segurança
econômica pelo Estado só será
nacional
petróleo, gás natural e outros permitida quando necessária
hidrocarbonetos fluidos (Art. 173, “caput”) relevante interesse coletivo
refinação de petróleo nacional ou
estrangeiro
importação e exportação dos
produtos e derivados básicos uso da descentralização administrativa (art. 173, § 1º )
ESTADO-
resultantes das atividades acima
EMPRESÁRIO
transporte marítimo do petróleo
bruto de origem nacional ou de as empresas estatais se sujeitam ao regime
derivados básicos de petróleo jurídico das empresas privadas quanto
produzidos no Pais, bem como aos direitos e obrigações civis, comerciais,
transporte, por meio de conduto, trabalhistas e tributários (art. 173. § 1º , II)
de petróleo bruto, seus derivados e MONOPÓLIO
gás natural de qualquer origem (art. 177)
pesquisa, lavra, enriquecimento,
reprocessamento, industrialização as empresas estatais não poderão gozar de privilégios
e comércio de minérios e minerais fiscais não extensivos às do setor privado (art. 173, § 2º )
nucleares e seus derivados, com
exceção dos radioisótopos (poderão
ser autorizados sob regime de
permissão - art. 21, XXII!, “b”e “c”)

Por sua vez, à luz do art. 174, o Estado pode atuar também como agente normativo e regu-
lador da atividade econômica. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o
Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo
este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.

DE OLHO NO DETALHE
O planejamento é determinante apenas para o setor público. Para o setor privado, o planeja-
mento é apenas indiciativo.

Quando a Constituição Federal trata da fiscalização, está se referindo ao poder de regu-


lação da atividade econômica. O incentivo, por sua vez, traduz a ideia de o Estado promover
a economia, por meio da atividade de fomento. Já o planejamento está ligado à intervenção
na atividade econômica com a finalidade de organizá-la, sendo esse planejamento impositivo
(determinante) para o setor público e somente indicativo para o setor privado.

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Ademais, a lei:
1) estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equili-
brado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimen-
to;
2) apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em
conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros (art. 174,
§ 3º). As cooperativas terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra
dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas
fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei (art. 174, § 4º).

Questão 7 (SEFAZ-CE/ANALISTA JURÍDICO/2007) O Estado deve atuar como agente re-


gulador da atividade econômica. Nessa tarefa, exercerá as funções de fiscalização e incentivo.
O planejamento, por sua vez, por atribuição constitucional, deverá ser exercido pelo setor pri-
vado.

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Errado.
Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.

Questão 8 (DPE-MA/DEFENSOR/2011) O Estado deve exercer as funções de fiscalização,


incentivo e planejamento, sendo este determinante para os setores público e privado.

Errado.
Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo o planejamento determinante
apenas para o setor público. Para o setor privado, o planejamento é apenas indicativo.

Por seu turno, o art. 175 permite que o Estado atue como prestador de serviço público. In-
cumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permis-
são, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Acerca disso, a lei disporá
sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o ca-
ráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – a política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.

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FISCALIZAÇÃO poder de regulamentação

AGENTE INCENTIVO atividade de fomento


determinante para
NORMATIVO
organização da o setor público
(ART. 174)
PLANEJAMENTO atividade econômica indicativo para o
INTERVENÇÃO
DO ESTADO NA setor privado
ATIVIDADE
ECONÔMICA
PRESTADOR diretamente
DE SERVIÇO
regime de concessão ou permissão, sempre mediante licitação
PÚBLICO
(ART. 175)

Reza o art. 176 que as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os poten-
ciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de explora-
ção ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do
produto da lavra.
A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais somente
poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional,
por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e admi-
nistração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas
atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas (art. 176, § 1º).
É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no
valor que dispuser a lei (art. 176, § 2º).
A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e con-
cessões previstas neste artigo 176 não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcial-
mente, sem prévia anuência do poder concedente (art. 176, § 3º).
Ainda, não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de
energia renovável de capacidade reduzida (art. 176, § 4º).
Por fim, segundo o art. 180, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promo-
verão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.

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2. Política Urbana
Tranquilo até aqui? Vamos trabalhar, agora, a política urbana na Constituição Federal tra-
tando dos arts. 182 e 183.

2.1. Política de Desenvolvimento Urbano


Segundo o art. 182, a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desen-
volvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
Como se percebe, a política urbana será executada pelo Município, tendo por objetivos: 1)
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade; e 2) garantir o bem-estar de
seus habitantes.
O instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana é o plano dire-
tor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitan-
tes. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamen-
tais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

DE OLHO NOS DETALHES:


1) A política de desenvolvimento urbano é de responsabilidade do Poder Público municipal.
2) O instrumento básico da política de desenvolvimento urbano é o plano diretor.
3) O plano diretor é obrigatório para cidades com mais de 20.000 habitantes.
4) Uma cidade com menos de 20.000 habitante pode ter um plano diretor.
5) O plano diretor é aprovado pela Câmara Municipal.
6) A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências do plano dire-
tor.

As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em


dinheiro. Ademais, é facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não

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edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão pre-
viamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

2.2. Usucapião de Imóvel Urbano

Merece bastante destaque a previsão de usucapião de imóvel urbano. Vale dizer, segundo
o art. 183, aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros qua-
drados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou
de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural.
O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a
ambos, independentemente do estado civil. Esse direito não será reconhecido ao mesmo pos-
suidor mais de uma vez.
Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

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área urbana de até 250 m2


5 anos ininterruptamente
COMPETÊNCIA
USUCAPIÃO DE
para moradia (Art. 182, “caput”) Município
IMÓVEL URBANO
desde que não seja proprietário de (art. 183)
outro imóvel

POLÍTICA
plano diretor (obrigatório
URBANA
INSTRUMENTO para cidades com mais
(art. 182, § 1º) de 20 mil habitantes)

parcelamento ou edicação
o Município SOLO URBANO
compulsórios
pode exigir NÃO EDIFICADO, DESAPROPRIAÇÃO
IPTU progressivo no tempo sucessivamente SUBUTILIZADO prévia e justa
DE IMÓVEL URBANO
desapropriação-sanção OU NÃO (art. 182, § 3° ) indenização em dinheiro
UTILIZADO
(art. 182, § 4 º )

PAGAMENTO: mediate títulos da dívida pública, com prazo de resgate de até 10 anos

OK?
Dito isso, vejamos, a partir de agora, a política agrícola, fundiária e reforma agrária.

3. Política Agrícola, Política Fundiária e Reforma Agrária

3.1. Desapropriação de Imóvel Rural

Conforme o art. 184, “caput”, compete à União desapropriar por interesse social, para fins
de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante
prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.

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Em obediência ao art. 186, a função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes
requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambien-
te;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
De acordo com o art. 185, são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrá-
ria:
I – a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário
não possua outra;
II – a propriedade produtiva.
As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro (art. 184, § 1º).
O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, au-
toriza a União a propor a ação de desapropriação (art. 184, § 2º).
São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de
imóveis desapropriados para fins de reforma agrária (art. 184, § 5º).

3.2. Política Agrícola

De acordo com o art. 187, a política agrícola será planejada e executada na forma da lei,
com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores ru-
rais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando
em conta, especialmente:
I – os instrumentos creditícios e fiscais;
II – os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
III – o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV – a assistência técnica e extensão rural;

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V – o seguro agrícola;
VI – o cooperativismo;
VII – a eletrificação rural e irrigação;
VIII – a habitação para o trabalhador rural.
Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agroindustriais, agropecuárias, pes-
queiras e florestais (art. 187, § 1º).
Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária (art. 187, § 2º).
Ademais, determina o art. 188, “caput”, que a destinação de terras públicas e devolutas
será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária.
A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois
mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, depen-
derá de prévia aprovação do Congresso Nacional, com exceção das alienações ou as conces-
sões de terras públicas para fins de reforma agrária (art. 188, §§ 1º e 2º).

3.3. Reforma Agrária

De acordo com o art. 189, os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma
agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez
anos.
O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a
ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei.
Determina o art. 190 que lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de proprie-
dade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de
autorização do Congresso Nacional.

3.4. Usucapião de Imóvel Rural

Segundo o art. 191, aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não supe-

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rior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela
sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Mais uma vez, importante ressaltar que os imóveis públicos não serão adquiridos por usu-
capião.

Questão 9 (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Uma família em cuja posse esteja


uma área de terra em zona rural por mais de cinco anos ininterruptos, sem oposição, e que, ao
longo desse tempo, a tenha feito seu local de moradia e a tenha tornado produtiva, adquirirá a
sua propriedade, desde que não seja proprietária de imóvel urbano ou rural e que a área do bem
ocupado não seja superior a cinquenta hectares.

Certo.
Art. 191.

competência da União
por interesse social para
fins de reforma agrária
IMÓVEIS PÚBLICOS NÃO SERÃO USUCAPIDOS
(art. 183, § 3° , e art. 191, parágrafo único) COMPETÊNCIA imóvel rural que não esteja
(Art. 182, “caput”)
cumprindo sua função social
mediante prévia e justa indenização
POLÍTICA em TDA resgatáveis em atê 20 anos
AGRÍCOLA,
área rural atê 50 hectares
FUNDIÁRIA
5 anos ininterruptamente E REFORMA
USUCAPIÃO DE AGRÁRIA
para moradia SIMULTANEAMENTE
IMÓVEL RURAL
desde que não seja (art. 191)
aproveitamento racional e adequado
proprietário de outro imóvel
utilização adequada dos recursos
naturais e preservação do meio
FUNÇÃO SOCIAL ambiente
DA PROPRIEDADE
RURAL (Art. 186) observância das disposições que
pequena e média propriedade regulam as relações de trabalho
rural, desde que o proprietário INSUSCETÍVEIS DE
exploração que favoreça o bem-estar
não possua outra DESPROPRIAÇÃO
dos proprietários e dos trabalhadores
(art. 185)
propriedade produtiva

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4. Sistema Financeiro Nacional

Para terminar o Título VII, podemos dizer que a ordem financeira constitucional está resu-
mida ao caput do art. 192, segundo o qual o sistema financeiro nacional, estruturado de forma
a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade,
em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por
leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas
instituições que o integram.

ORDEM
FINANCEIRA

ART. 192

PROMOVER abrange as cooperativas regulado por leis


de crédito complementares

desenvolvimento interesses da disporão inclusive sobre a


equilibrado coletividade participação do capital estrangeiro

Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis


1) ADPF 449: O motorista particular, em sua atividade laboral, é protegido pela liber-
dade fundamental insculpida no art. 5º, XIII, da Carta Magna, submetendo-se apenas à
regulação proporcionalmente definida em lei federal, pelo que o art. 3º, VIII, da Lei Fede-
ral 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) e a Lei Federal 12.587/2012, alterada pela Lei
13.640 de 26 de março de 2018, garantem a operação de serviços remunerados de trans-
porte de passageiros por aplicativos. A liberdade de iniciativa garantida pelos artigos 1º,
IV, e 170 da Constituição brasileira consubstancia cláusula de proteção destacada no
ordenamento pátrio como fundamento da República e é característica de seleto grupo
das Constituições ao redor do mundo, por isso que não pode ser amesquinhada para
afastar ou restringir injustificadamente o controle judicial de atos normativos que afron-

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tem liberdades econômicas básicas. (...) O exercício de atividades econômicas e pro-


fissionais por particulares deve ser protegido da coerção arbitrária por parte do Estado,
competindo ao Judiciário, à luz do sistema de freios e contrapesos estabelecidos na
Constituição brasileira, invalidar atos normativos que estabeleçam restrições despropor-
cionais à livre iniciativa e à liberdade profissional.(...) A Constituição impõe ao regulador,
mesmo na tarefa de ordenação das cidades, a opção pela medida que não exerça restri-
ções injustificáveis às liberdades fundamentais de iniciativa e de exercício profissional
(art. 1º, IV, e 170; art. 5º, XIII, CRFB), sendo inequívoco que a necessidade de aperfeiçoar
o uso das vias públicas não autoriza a criação de um oligopólio prejudicial a consumi-
dores e potenciais prestadores de serviço no setor, notadamente quando há alternativas
conhecidas para o atingimento da mesma finalidade e à vista de evidências empíricas
sobre os benefícios gerados à fluidez do trânsito por aplicativos de transporte, tornando
patente que a norma proibitiva nega ‘ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente’,
em contrariedade ao mandamento contido no art. 144, § 10, I, da Constituição, incluído
pela Emenda Constitucional 82/2014.
[ADPF 449, rel. min. Luiz Fux, j. 8-5-2019, P, DJE de 2-9-2019.]

2) ADI 845: Os transportes coletivos de passageiros consubstanciam serviço público,


área na qual o princípio da livre iniciativa (...) não se expressa como faculdade de criar
e explorar atividade econômica a título privado. A prestação desses serviços pelo setor
privado dá-se em regime de concessão ou permissão, observado o disposto no art. 175
e seu parágrafo único da CF. A lei estadual deve dispor sobre as condições dessa presta-
ção, quando de serviços públicos da competência do Estado-membro se tratar.
[ADI 845, rel. min. Eros Grau, j. 22-11-2007, P, DJE de 7-3-2008.]

3) RE 1.054.110: A proibição ou restrição da atividade de transporte privado individual


por motorista cadastrado em aplicativo é inconstitucional, por violação aos princípios
da livre iniciativa e da livre concorrência; e no exercício de sua competência para regula-
mentação e fiscalização do transporte privado individual de passageiros, os Municípios
e o Distrito Federal não podem contrariar os parâmetros fixados pelo legislador federal
(CF/1988, art. 22, XI).
[RE 1.054.110, rel. min. Roberto Barroso, j. 9-5-2019, P, DJE de 6-9-2019, Tema 697.]

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4) RE 839.950: O princípio da livre iniciativa, plasmado no art. 1º, IV, da Constituição como
fundamento da República e reiterado no art. 170 do texto constitucional, veda a adoção
de medidas que, direta ou indiretamente, destinem-se à manutenção artificial de postos
de trabalho, em detrimento das reconfigurações de mercado necessárias à inovação e ao
desenvolvimento, mormente porque essa providência não é capaz de gerar riqueza para
trabalhadores ou consumidores. (...) São inconstitucionais as leis que obrigam supermer-
cados ou similares à prestação de serviços de acondicionamento ou embalagem das
compras, por violação ao princípio da livre iniciativa (art. 1º, IV, e 170 da Constituição).
[RE 839.950, rel. min. Luiz Fux, j. 24-10-2018, P, DJE de 2-4-2020, Tema 525.]

5) RE 958.252: É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho


entre pessoas jurídicas distintas, independentemente do objeto social das empresas
envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária da empresa contratante’.
[RE 958.252, rel. min. Luiz Fux, j. 30-8-2018, P, DJE de 13-9-2019, Tema 725.]

6) ARE 1.104.226: O princípio da livre iniciativa, inserido no caput do art. 170 da Constitui-
ção nada mais é do que uma cláusula geral cujo conteúdo é preenchido pelos incisos do
mesmo artigo. Esses princípios claramente definem a liberdade de iniciativa não como
uma liberdade anárquica, mas social, e que pode, consequentemente, ser limitada.
[ARE 1.104.226 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 27-4-2018, 1ª T, DJE de 25-5-2018.]

7) RE 597.165: O estatuto constitucional das franquias individuais e liberdades públi-


cas, ao delinear o regime jurídico a que estas estão sujeitas – e considerado o subs-
trato ético que as informa –, permite que sobre elas incidam limitações de ordem jurídica
(RTJ 173/807-808), destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse social e,
de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou
garantia pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direi-
tos e garantias de terceiros. A regulação estatal no domínio econômico, por isso mesmo,
seja no plano normativo, seja no âmbito administrativo, traduz competência constitucio-
nalmente assegurada ao poder público, cuja atuação – destinada a fazer prevalecer os
vetores condicionantes da atividade econômica (CF, art. 170) – é justificada e ditada por

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razões de interesse público, especialmente aquelas que visam a preservar a segurança


da coletividade. A obrigação do Estado, impregnada de qualificação constitucional, de
proteger a integridade de valores fundados na preponderância do interesse social e na
necessidade de defesa da incolumidade pública legitima medidas governamentais, no
domínio econômico, decorrentes do exercício do poder de polícia, a significar que os prin-
cípios que regem a atividade empresarial autorizam, por efeito das diretrizes referidas no
art. 170 da Carta Política, a incidência das limitações jurídicas que resultam do modelo
constitucional que conforma a própria estruturação da ordem econômica em nosso sis-
tema institucional. (...) Diploma legislativo local que condiciona determinadas atividades
empresariais à estrita observância da cláusula de incolumidade destinada a impedir a
exposição da coletividade a qualquer situação de dano. Vedação da edificação e instala-
ção “de postos de abastecimento, lavagem e lubrificação nos estacionamentos de super-
mercados e hipermercados e similares, bem como de teatros, cinema, shopping centers,
escolas e hospitais públicos” (LC distrital 294/2000, art. 2º, § 3º).
[RE 597.165 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 4-11-2014, 2ª T, DJE de 9-12-2014.]

8) AI 754.769: A intervenção estatal na economia, mediante regulamentação e regulação


de setores econômicos, faz-se com respeito aos princípios e fundamentos da ordem eco-
nômica. CF, art. 170. O princípio da livre iniciativa é fundamento da República e da ordem
econômica: CF, art. 1º, IV; art. 170. Fixação de preços em valores abaixo da realidade e
em desconformidade com a legislação aplicável ao setor: empecilho ao livre exercício da
atividade econômica, com desrespeito ao princípio da livre iniciativa.
[RE 422.941, rel. min. Carlos Velloso, j. 5-12-2005, 2ª T, DJ de 24-3-2006.]
= AI 754.769 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 18-9-2012, 2ª T, DJE de 4-10-2012

9) AI 526.272: Se a restrição ao direito de construir advinda da limitação administrativa


causa aniquilamento da propriedade privada, resulta, em favor do proprietário, o direito
à indenização. Todavia, o direito de edificar é relativo, dado que condicionado à função
social da propriedade. Se as restrições decorrentes da limitação administrativa preexis-
tiam à aquisição do terreno, assim já do conhecimento dos adquirentes, não podem estes,
com base em tais restrições, pedir indenização ao poder público.
[RE 140.436, rel. min. Carlos Velloso, j. 25-5-1999, 2ª T, DJ de 6-8-1999.]

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= AI 526.272 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 1º-2-2011, 2ª T, DJE de 22-2-2011

10) ADI 4.613: A Lei 12.006/2009 acrescentou, no Código de Trânsito Brasileiro, dispo-
sitivos que determinavam a veiculação de mensagens educativas de trânsito em peças
publicitárias de produtos da indústria automobilística (arts. 77-A e 77-E). As normas não
trazem qualquer restrição à plena liberdade de comunicação das empresas ou à livre
iniciativa e não excluem, ademais, a responsabilidade do Estado em promover, por ato
próprio, publicações de mensagens educativas de trânsito. Trata-se, apenas, de coope-
ração da indústria automobilística, consectária da proteção ao consumidor e da função
social da propriedade (princípios da ordem econômica), na divulgação de boas práticas
de trânsito.
[ADI 4.613, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-9-2018, P, DJE de 3-12-2018.]

11) Súmula Vinculante 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que
impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada
área.

12) ADI 5.472: Ofende a vedação à discriminação tributária de natureza espacial a fixa-
ção de reserva de mercado a prestadores domiciliados em determinado Estado-membro
como requisito para a fruição de regime tributário favorecido e de acesso a investimentos
públicos. (...) Há desequilíbrio concorrencial no mercado interno, quando ato legislativo
incentiva a concentração de mercados e eventual cartelização das cadeias produtivas.
No caso, atentam contra a livre concorrência os requisitos para fruição dos subsídios
financeiros e econômicos criados por ente federativo às sociedades empresárias do
ramo automobilístico sediadas em seu território.
[ADI 5.472, rel. min. Edson Fachin, j. 1º-8-2018, P, DJE de 14-8-2018.]

13) ARE 884.000: Decreto distrital 30.008/2009. Estabelecimento de norma para a con-
signação em folha de pagamento de empregados pertencentes ao quadro de pessoal das
empresas públicas e sociedades de economia mista do Distrito Federal. Exclusividade
de concessão de empréstimo consignado pactuado entre determinada instituição finan-
ceira e o ente federado. (...) os contratos de exclusividade pactuados entre instituição

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financeira e ente federado violam os princípios da livre concorrência e da livre escolha do


consumidor.
[ARE 884.000 AgR-segundo, rel. min. Dias Toffoli, j. 8-6-2018, 2ª T, DJE de 26-6-2018.]

14) ADI 4.613: A Lei 12.006/2009 acrescentou, no Código de Trânsito Brasileiro, dispo-
sitivos que determinavam a veiculação de mensagens educativas de trânsito em peças
publicitárias de produtos da indústria automobilística (arts. 77-A e 77-E). As normas não
trazem qualquer restrição à plena liberdade de comunicação das empresas ou à livre
iniciativa e não excluem, ademais, a responsabilidade do Estado em promover, por ato
próprio, publicações de mensagens educativas de trânsito. Trata-se, apenas, de coope-
ração da indústria automobilística, consectária da proteção ao consumidor e da função
social da propriedade (princípios da ordem econômica), na divulgação de boas práticas
de trânsito.
[ADI 4.613, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-9-2018, P, DJE de 3-12-2018.]

15) AI 745.853: As instituições financeiras estão, todas elas, alcançadas pela incidência
das normas veiculadas pelo Código de Defesa do Consumidor. “Consumidor”, para os
efeitos do Código de Defesa do Consumidor, é toda pessoa física ou jurídica que utiliza,
como destinatário final, atividade bancária, financeira e de crédito.
[ADI 2.591 ED, rel. min. Eros Grau, j. 14-12-2006, P, DJ de 13-4-2007.]
= AI 745.853 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 20-3-2012, 1ª T, DJE de 17-4-2012

16) ADI 2.818: Comercialização de produtos por meio de vasilhames, recipientes ou


embalagens reutilizáveis. Gás liquefeito de petróleo engarrafado [GLP]. Diretrizes relati-
vas à requalificação dos botijões. (...) O texto normativo questionado contém diretrizes
relativamente ao consumo de produtos acondicionados em recipientes reutilizáveis –
matéria em relação à qual o Estado-membro detém competência legislativa (art. 24, V,
da Constituição do Brasil). Quanto ao GLP, a lei impugnada determina que o titular da
marca estampada em vasilhame, embalagem ou recipiente reutilizável não obstrua a livre
circulação do continente (art. 1º, caput). Estabelece que a empresa que reutilizar o vasi-
lhame efetue sua devida identificação através de marca, logotipo, caractere ou símbolo,
de forma a esclarecer o consumidor (art. 2º). A compra de gás da distribuidora ou de seu

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revendedor é operada concomitantemente à realização de uma troca, operada entre o


consumidor e o vendedor de gás. Trocam-se botijões, independentemente de qual seja
a marca neles forjada. Dinamismo do mercado do abastecimento de gás liquefeito de
petróleo. A lei hostilizada limita-se a promover a defesa do consumidor, dando concreção
ao disposto no art. 170, V, da Constituição do Brasil.
[ADI 2.359, rel. min. Eros Grau, j. 27-9-2005, P, DJ de 7-12-2006.]
= ADI 2.818, rel. min. Dias Toffoli, j. 9-5-2013, P, DJE de 1º-8-2013

17) RE 636.331: Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os


tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em
relação ao Código de Defesa do Consumidor.
[RE 636.331, rel. min. Gilmar Mendes, j. 25-5-2017, P, DJE de 13-11-2017, Tema 210.]

18) ADPF 101: Constitucionalidade de atos normativos proibitivos da importação de


pneus usados. Reciclagem de pneus usados: ausência de eliminação total dos seus efei-
tos nocivos à saúde e ao meio ambiente equilibrado. Afrontas aos princípios constitu-
cionais da saúde e do meio ambiente ecologicamente equilibrado. (...) Desenvolvimento
sustentável: crescimento econômico com garantia paralela e superiormente respeitada
da saúde da população, cujos direitos devem ser observados em face das necessidades
atuais e daquelas previsíveis e a serem prevenidas para garantia e respeito às gerações
futuras. Atendimento ao princípio da precaução, acolhido constitucionalmente, harmo-
nizado com os demais princípios da ordem social e econômica. (...) Demonstração de
que: os elementos que compõem os pneus, dando-lhes durabilidade, é responsável pela
demora na sua decomposição quando descartado em aterros; a dificuldade de seu arma-
zenamento impele a sua queima, o que libera substâncias tóxicas e cancerígenas no ar;
quando compactados inteiros, os pneus tendem a voltar à sua forma original e retornam
à superfície, ocupando espaços que são escassos e de grande valia, em especial nas
grandes cidades; pneus inservíveis e descartados a céu aberto são criadouros de insetos
e outros transmissores de doenças; o alto índice calorífico dos pneus, interessante para
as indústrias cimenteiras, quando queimados a céu aberto se tornam focos de incên-
dio difíceis de extinguir, podendo durar dias, meses e até anos; o Brasil produz pneus

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usados em quantitativo suficiente para abastecer as fábricas de remoldagem de pneus,


do que decorre não faltar matéria-prima a impedir a atividade econômica. Ponderação
dos princípios constitucionais: demonstração de que a importação de pneus usados ou
remoldados afronta os preceitos constitucionais de saúde e do meio ambiente ecologi-
camente equilibrado (arts. 170, I e VI e seu parágrafo único, 196 e 225 da Constituição
do Brasil). Decisões judiciais com trânsito em julgado, cujo conteúdo já tenha sido exe-
cutado e exaurido o seu objeto, não são desfeitas: efeitos acabados. Efeitos cessados
de decisões judiciais pretéritas, com indeterminação temporal quanto à autorização con-
cedida para importação de pneus: proibição a partir deste julgamento por submissão ao
que decidido nesta arguição.
[ADPF 101, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-6-2009, P, DJE de 4-6-2012.]

19) ADI 5.135: O parágrafo único do art. 1º da Lei 9.492/1997, inserido pela Lei
12.767/2012, que inclui as Certidões de Dívida Ativa (CDA) no rol dos títulos sujeitos a
protesto, é compatível com a CF, tanto do ponto de vista formal quanto material. (...) Em
primeiro lugar, não há efetiva restrição a direitos fundamentais dos contribuintes. De um
lado, inexiste afronta ao devido processo legal, uma vez que (i) o fato de a execução fiscal
ser o instrumento típico para a cobrança judicial da Dívida Ativa não exclui mecanismos
extrajudiciais, como o protesto de CDA, e (ii) o protesto não impede o devedor de acessar
o Poder Judiciário para discutir a validade do crédito. De outro lado, a publicidade que
é conferida ao débito tributário pelo protesto não representa embaraço à livre iniciativa
e à liberdade profissional, pois não compromete diretamente a organização e a condu-
ção das atividades societárias (diferentemente das hipóteses de interdição de estabeleci-
mento, apreensão de mercadorias, etc). Eventual restrição à linha de crédito comercial da
empresa seria, quando muito, uma decorrência indireta do instrumento, que, porém, não
pode ser imputada ao Fisco, mas aos próprios atores do mercado creditício. Em segundo
lugar, o dispositivo legal impugnado não viola o princípio da proporcionalidade. A medida
é adequada, pois confere maior publicidade ao descumprimento das obrigações tributá-
rias e serve como importante mecanismo extrajudicial de cobrança, que estimula a adim-
plência, incrementa a arrecadação e promove a justiça fiscal. A medida é necessária, pois
permite alcançar os fins pretendidos de modo menos gravoso para o contribuinte (já que
não envolve penhora, custas, honorários, etc.) e mais eficiente para a arrecadação tribu-

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tária em relação ao executivo fiscal (que apresenta alto custo, reduzido índice de recupe-
ração dos créditos públicos e contribui para o congestionamento do Poder Judiciário). A
medida é proporcional em sentido estrito, uma vez que os eventuais custos do protesto
de CDA (limitações creditícias) são compensados largamente pelos seus benefícios, a
saber: (i) a maior eficiência e economicidade na recuperação dos créditos tributários,
(ii) a garantia da livre concorrência, evitando-se que agentes possam extrair vantagens
competitivas indevidas da sonegação de tributos, e (iii) o alívio da sobrecarga de proces-
sos do Judiciário, em prol da razoável duração do processo. Nada obstante considere o
protesto das certidões de dívida constitucional em abstrato, a administração tributária
deverá se cercar de algumas cautelas para evitar desvios e abusos no manejo do instru-
mento. Primeiro, para garantir o respeito aos princípios da impessoalidade e da isonomia,
é recomendável a edição de ato infralegal que estabeleça parâmetros claros, objetivos
e compatíveis com a Constituição para identificar os créditos que serão protestados.
Segundo, deverá promover a revisão de eventuais atos de protesto que, à luz do caso
concreto, gerem situações de inconstitucionalidade (e.g., protesto de créditos cuja invali-
dade tenha sido assentada em julgados de Cortes Superiores por meio das sistemáticas
da repercussão geral e de recursos repetitivos) ou de ilegalidade (e.g., créditos prescritos,
decaídos, em excesso, cobrados em duplicidade).
[ADI 5.135, rel. min. Roberto Barroso, j. 9-11-2016, P, DJE de 7-2-2018.]

20) RE 407.099: Quer dizer, o art. 173 da CF está cuidando da hipótese em que o Estado
esteja na condição de agente empresarial, isto é, esteja explorando, diretamente, atividade
econômica em concorrência com a iniciativa privada. Os parágrafos, então, do citado art.
173 aplicam-se com observância do comando constante do caput. Se não houver con-
corrência – existindo monopólio, CF, art. 177 – não haverá aplicação do disposto no § 1º
do mencionado art. 173.
[RE 407.099, voto do rel. min. Carlos Velloso, j. 22-6-2004, 2ª T, DJ de 6-8-2004.]

21) ARE 689.588: Distinção entre empresas estatais prestadoras de serviço público e
empresas estatais que desenvolvem atividade econômica em sentido estrito. (...) As
sociedades de economia mista e as empresas públicas que explorem atividade econô-
mica em sentido estrito estão sujeitas, nos termos do disposto no § 1º do art. 173 da

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Constituição do Brasil, ao regime jurídico próprio das empresas privadas. (...) O § 1º do


art. 173 da Constituição do Brasil não se aplica às empresas públicas, sociedades de eco-
nomia mista e entidades (estatais) que prestam serviço público.
[ADI 1.642, rel. min. Eros Grau, j. 3-4-2008, P, DJE de 19-9-2008.]
= ARE 689.588 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 27-11-2012, 1ª T, DJE de 13-2-2012

22) RE 577.494: Não ofende o art. 173, §1º, II, da Constituição Federal, a escolha legis-
lativa de reputar não equivalentes a situação das empresas privadas com relação a das
sociedades de economia mista, das empresas públicas e respectivas subsidiárias que
exploram atividade econômica, para fins de submissão ao regime tributário das contribui-
ções para o PIS e para o PASEP, à luz dos princípios da igualdade tributária e da seletivi-
dade no financiamento da Seguridade Social.
[RE 577.494, rel. min. Edson Fachin, j. 13-12-2018, P, DJE de 1º-3-2019, Tema 64.]

23) RE 589.998: Embargos de declaração providos em parte para fixar a seguinte tese de
julgamento: A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT tem o dever jurídico de
motivar, em ato formal, a demissão de seus empregados.
[RE 589.998-ED, rel. min. Roberto Barroso, j. 10-10-2018, P, DJE de 5-12-2018, Tema 131.]
Vide RE 589.998, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 20-3-2013, P, DJE de 12-9-2013, Tema
131

24) RE 599.628: Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de


economia mista que executam atividades em regime de concorrência ou que tenham
como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas.
[RE 599.628, rel. p/ o ac. min. Joaquim Barbosa, j. 25-5-2011, P, DJE de 17-10-2011, Tema
253.]

25) ADI 5.624: A alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de


economia mista exige autorização legislativa e licitação pública. A transferência do con-
trole de subsidiárias e controladas não exige a anuência do Poder Legislativo e poderá
ser operacionalizada sem processo de licitação pública, desde que garantida a compe-

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titividade entre os potenciais interessados e observados os princípios da administração


pública constantes do art. 37 da Constituição da República.
[ADI 5.624 MC REF, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 6-6-2019, P, DJE de 29-11-2019.]

26) ADI 2.811: Constitucionalidade da instituição de política cooperativista no âmbito


estadual, a ser estimulada pelo Poder Público, por conferir eficácia ao art. 174 da Consti-
tuição Federal.
[ADI 2.811, rel. min. Rosa Weber, j. 25-10-2019, P, DJE de 7-11-2019.]

27) RE 627.051: O serviço postal – conjunto de atividades que torna possível o envio de
correspondência, ou objeto postal, de um remetente para endereço final e determinado
– não consubstancia atividade econômica em sentido estrito. Serviço postal é serviço
público. A atividade econômica em sentido amplo é gênero que compreende duas espé-
cies, o serviço público e a atividade econômica em sentido estrito. Monopólio é de ativi-
dade econômica em sentido estrito, empreendida por agentes econômicos privados. A
exclusividade da prestação dos serviços públicos é expressão de uma situação de privi-
légio. Monopólio e privilégio são distintos entre si; não se os deve confundir no âmbito da
linguagem jurídica, qual ocorre no vocabulário vulgar. A Constituição do Brasil confere à
União, em caráter exclusivo, a exploração do serviço postal e o correio aéreo nacional (art.
21, X). O serviço postal é prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT),
empresa pública, entidade da administração indireta da União, criada pelo DL 509, de 10
de março de 1969. É imprescindível distinguirmos o regime de privilégio, que diz com a
prestação dos serviços públicos, do regime de monopólio sob o qual, algumas vezes, a
exploração de atividade econômica em sentido estrito é empreendida pelo Estado. A ECT
deve atuar em regime de exclusividade na prestação dos serviços que lhe incumbem em
situação de privilégio, o privilégio postal. Os regimes jurídicos sob os quais em regra são
prestados os serviços públicos importam em que essa atividade seja desenvolvida sob
privilégio, inclusive, em regra, o da exclusividade. Arguição de descumprimento de pre-
ceito fundamental julgada improcedente por maioria. O Tribunal deu interpretação con-
forme à Constituição ao art. 42 da Lei 6.538 para restringir a sua aplicação às atividades
postais descritas no art. 9º desse ato normativo.
[ADPF 46, rel. p/ o ac. min. Eros Grau, j. 5-8-2009, P, DJE de 26-2-2010.]
Vide RE 627.051, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-11-2014, P, DJE de 11-2-2015, Tema 402

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28) RE 581.947: Às empresas prestadoras de serviço público incumbe o dever-poder de


prestar o serviço público. Para tanto a elas é atribuído, pelo poder concedente, o também
dever-poder de usar o domínio público necessário à execução do serviço, bem como
de promover desapropriações e constituir servidões de áreas por ele, poder concedente,
declaradas de utilidade pública. As faixas de domínio público de vias públicas constituem
bem público, inserido na categoria dos bens de uso comum do povo. Os bens de uso
comum do povo são entendidos como propriedade pública. Tamanha é a intensidade da
participação do bem de uso comum do povo na atividade administrativa que ele cons-
titui, em si, o próprio serviço público (objeto de atividade administrativa) prestado pela
administração. Ainda que os bens do domínio público e do patrimônio administrativo não
tolerem o gravame das servidões, sujeitam-se, na situação a que respeitam os autos, aos
efeitos da restrição decorrente da instalação, no solo, de equipamentos necessários à
prestação de serviço público. A imposição dessa restrição não conduzindo à extinção de
direitos, dela não decorre dever de indenizar.
[RE 581.947, rel. min. Eros Grau, j. 27-5-2010, P, DJE de 27-8-2010, Tema 261.]
Vide RE 581.947 ED, rel. min. Luiz Fux, j. 18-12-2013, P, DJE de 19-3-2014

29) ADI 5.991: (...) o art. 175, I, da CF prevê que a lei disporá sobre as condições para a
prorrogação dos contratos de concessão. (...) o inciso XII do art. 23 da Lei 8.987/1995
estabelece que as condições para a prorrogação devem ser disciplinadas no contrato de
concessão, configurando-se como cláusula essencial, marcada pela discricionariedade
da Administração Pública e na supremacia do interesse público. (...) A norma dispõe
sobre a contratação de termo predefinido, firmado a partir de licitação, cabendo à Admi-
nistração avaliar, excepcionalmente, com base nos parâmetros legais de atendimento ao
interesse público, a conveniência e a oportunidade da prorrogação. (...) A prorrogação
indefinida do contrato, porém, configura burla às determinações legais e constitucionais
quanto à licitação obrigatória para adoção do regime de concessão e permissão para
exploração de serviços públicos. (...) além de outras condicionantes, deve-se comprovar
a prestação de serviço adequado, consistente no cumprimento, pelo período antecedente
de cinco anos contado da data da proposta de antecipação da prorrogação, das metas
de produção e de segurança definidas no contrato, por três anos, ou das metas de segu-

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rança definidas no contrato, por quatro anos. (...) A definição legal de serviço adequado
(Lei 8.987/1995, art. 6º, § 1º) expõe ser ele “o que satisfaz as condições de regularidade,
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação
e modicidade das tarifas”. O serviço adequado é aquele que atende, quanto ao objeto
contratado, os índices de atendimento. (...) A prorrogação contratual ao termo final do
contrato ou a prorrogação antecipada devem ser submetidas a consulta pública. (...) Para
tanto, após o encerramento da consulta pública, encaminham-se ao Tribunal de Contas
da União (TCU) o estudo prévio, os documentos que comprovem o cumprimento das exi-
gências de serviço adequado e o termo aditivo de prorrogação contratual para avaliação
final quanto à legitimidade e economicidade da solução aventada.
[ADI 5.991 MC, rel. min. Cármen Lúcia, 20-2-2020, P, Informativo 967.]

30) RMS 34.203: O contrato administrativo se encerra no prazo nele definido, salvo a
realização de ajuste, ao final do termo, pela prorrogação contratual, se atendidas as exi-
gências legais para tanto e se presente o interesse público na permanência do contrato.
Nesse passo, é incongruente com a natureza da prorrogação contratual a ideia de sua
formalização em momento antecedente ao término do contrato, como também é incon-
gruente com sua natureza a garantia indissolúvel de sua realização já no instrumento
contratual. A discricionariedade da prorrogação é uma das marcas mais acentuadas do
contrato administrativo e, assim, está, inclusive, prevista nas sucessivas legislações rela-
tivas às concessões de energia elétrica (Leis 9.074/1995 e 12.783/2013) e também no
termo cujas cláusulas se questiona nos autos.
[RMS 34.203, rel. min. Dias Toffoli, j. 21-11-2017, 2ª T, DJE de 20-3-2018.]

31) RE 636.331: Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os


tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em
relação ao Código de Defesa do Consumidor.
[RE 636.331, rel. min. Gilmar Mendes, j. 25-5-2017, P, DJE de 13-11-2017, Tema 210.]

32) ADI 5.696: A Constituição, em matéria de Direito Urbanístico, embora prevista a com-
petência material da União para a edição de diretrizes para o desenvolvimento urbano

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(art. 21, XX, da CF) e regras gerais sobre direito urbanístico (art. 24, I, c/c § 1º, da CF), con-
feriu protagonismo aos Municípios na concepção e execução dessas políticas públicas
(art. 30, I e VIII, c/c art. 182, da CF), como previsto na Lei Federal 10.257/2001, ao atribuir
aos Poderes Públicos municipais a edição dos planos diretores, como instrumentos de
política urbana.
[ADI 5.696, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 25-10-2019, P, DJE de 11-11-2019.]

33) RE 607.940: Os Municípios com mais de vinte mil habitantes e o Distrito Federal
podem legislar sobre programas e projetos específicos de ordenamento do espaço
urbano por meio de leis que sejam compatíveis com as diretrizes fixadas no plano diretor.
[RE 607.940, rel. min. Teori Zavascki, j. 29-10-2015, P, DJE de 26-2-2016, Tema 348.]

34) RE 422.349: (...) preenchidos os requisitos do art. 183 da CF, o reconhecimento do


direito à usucapião especial urbana não pode ser obstado por legislação infraconstitucio-
nal que estabeleça módulos urbanos na respectiva área em que situado o imóvel (dimen-
são do lote).
[RE 422.349, rel. min. Dias Toffoli, j. 29-4-2015, P, DJE de 5-8-2015, Tema 815.]

35) Súmula 618, do STF: Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juros compen-
satórios é de 12% ao ano.

36) RE 1.049.274: (...) são proibidas a avaliação, a vistoria ou a desapropriação, nos dois
anos seguintes a sua desocupação, de imóvel rural objeto de esbulho possessório ou
invasão motivada por conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo.
[RE 1.049.274 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 17-11-2017, 2ª T, DJE de 4-12-2017.]

37) RE 496.861: Os Estados-membros e os Municípios não dispõem do poder de desa-


propriar imóveis rurais, por interesse social, para efeito de reforma agrária, inclusive para
fins de implementação de projetos de assentamento rural ou de estabelecimento de colô-
nias agrícolas.
[RE 496.861 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 30-6-2015, 2ª T, DJE de 13-8-2015.]

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38) MS 28.168: É possível decretar-se a desapropriação-sanção, mesmo que se trate de


pequena ou de média propriedade rural, se resultar comprovado que o proprietário afe-
tado pelo ato presidencial também possui outra propriedade imobiliária rural. Não inci-
dência, em tal situação, da cláusula constitucional de inexpropriabilidade (CF, art. 185,
I, in fine), porque descaracterizada, documentalmente (certidão do registro imobiliário),
na espécie, a condição de unititularidade dominial da impetrante. A questão do conflito
entre o conteúdo da declaração expropriatória e o teor do registro imobiliário: quod non
est in tabula, non est in mundo (CC/1916, art. 859; CC/2002, art. 1.245, §§ 1º e 2º, e art.
1.247.) Eficácia do registro imobiliário: subsistência (LRP [Lei de Registros Públicos], art.
252). Irrelevância, no entanto, na espécie, do exame da alegada divergência, considerada
a existência, no caso, de outra propriedade imobiliária rural em nome da impetrante.
[MS 24.595, rel. min. Celso de Mello, j. 20-9-2006, P, DJ de 9-2-2007.]
= MS 28.168, rel. min. Marco Aurélio, j. 4-4-2013, P, DJE de 26-4-2013
Vide MS 23.006, rel. min. Celso de Mello, j. 11-6-2003, P, DJ de 29-8-2003

39) MS 32.752: O esbulho possessório – mesmo tratando-se de propriedades alegada-


mente improdutivas – constitui ato revestido de ilicitude jurídica. Revela-se contrária ao
direito, porque constitui atividade à margem da lei, sem qualquer vinculação ao sistema
jurídico, a conduta daqueles que, particulares, movimentos ou organizações sociais,
visam, pelo emprego arbitrário da força e pela ocupação ilícita de prédios públicos e de
imóveis rurais, a constranger, de modo autoritário, o poder público a promover ações
expropriatórias, para efeito de execução do programa de reforma agrária. O processo
de reforma agrária, em uma sociedade estruturada em bases democráticas, não pode
ser implementado pelo uso arbitrário da força e pela prática de atos ilícitos de violação
possessória, ainda que se cuide de imóveis alegadamente improdutivos, notadamente
porque a Constituição da República, ao amparar o proprietário com a cláusula de garantia
do direito de propriedade (CF, art. 5º, XXII), proclama que “ninguém será privado (...) de
seus bens, sem o devido processo legal” (art. 5º, LIV). O respeito à lei e à autoridade da
Constituição da República representa condição indispensável e necessária ao exercício
da liberdade e à prática responsável da cidadania, nada podendo legitimar a ruptura da
ordem jurídica, quer por atuação de movimentos sociais (qualquer que seja o perfil ide-
ológico que ostentem), quer por iniciativa do Estado, ainda que se trate da efetivação da

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reforma agrária, pois, mesmo esta, depende, para viabilizar-se constitucionalmente, da


necessária observância dos princípios e diretrizes que estruturam o ordenamento posi-
tivo nacional. O esbulho possessório, além de qualificar-se como ilícito civil, também
pode configurar situação revestida de tipicidade penal, caracterizando-se, desse modo,
como ato criminoso (CP, art. 161, § 1º, II; Lei 4.947/1966, art. 20). Os atos configurado-
res de violação possessória, além de instaurarem situações impregnadas de inegável
ilicitude civil e penal, traduzem hipóteses caracterizadoras de força maior, aptas, quando
concretamente ocorrentes, a infirmar a própria eficácia da declaração expropriatória.
[ADI 2.213 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 4-4-2002, P, DJ de 23-4-2004.]
= MS 32.752 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 17-6-2015, P, DJE de 10-8-2015

40) AI 852.804: A área objeto da presente ação constitui bem público dominical, sobre o
qual não pode incidir usucapião, nos termos dos arts. 183, § 3º, e 191, parágrafo único,
da CF. Em que pese a demonstração pelo autor da posse mansa e pacífica do bem por
período superior a vinte anos, sendo o imóvel propriedade da União, impossível a sua
aquisição pela usucapião.
[AI 852.804 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 4-12-2012, 1ª T, DJE de 1º-2-2013.]

41) Súmula Vinculante 7: A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela EC


40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicio-
nada à edição de lei complementar.

42) ADI 6.262: A regulação do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veí-
culos Automotores de Vias Terrestres e do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Cau-
sados por Embarcações ou por sua Carga exige, nos termos do art. 192 da Constituição
Federal, lei complementar.
[ADI 6.262 MC, rel. min. Edson Fachin, j. 20-12-2019, P, DJE de 22-4-2020.]

É isso! Espero que tenha gostado da nossa abordagem do Título VII, contemplando os pon-
tos mais importantes para concurso público.

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Como fechamento da nossa aula, quero trazer dois lembretes: 1) o Gran Cursos Online
possui um fórum de dúvidas para que possamos ajudá-lo(a) na plena compreensão do Direito
Constitucional; 2) gostaria de receber sua avaliação acerca da nossa aula. Isso é muito impor-
tante para nós.
Fique com Deus, fortíssimo abraço e bons estudos.

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RESUMO
Princípios Gerais da Atividade Econômica: a ordem econômica, fundada na valorização do
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - pro-
priedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do con-
sumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme
o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - trata-
mento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sua sede e administração no País. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei.
Estado-Empresário: ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração dire-
ta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Empresas Estatais: a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: I - sua função so-
cial e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeição ao regime jurídico
próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários; III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,
observados os princípios da administração pública; IV - a constituição e o funcionamento dos
conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.

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Estado Como Agente Normativo: como agente normativo e regulador da atividade econô-
mica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Monopólio da União: I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros
hidrocarbonetos fluidos; II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; III - a importação e
exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos
anteriores; IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados
básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de pe-
tróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem; V - a pesquisa, a lavra, o enrique-
cimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares
e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização
poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do
caput do art. 21 desta Constituição Federal. A União poderá contratar com empresas estatais
ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as
condições estabelecidas em lei.
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim defini-
das em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas
obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou re-
dução destas por meio de lei.
Turismo: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão
o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
Política Urbana: a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público mu-
nicipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvi-
mento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
Plano Diretor: o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades
com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de
expansão urbana.

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Função Social da Propriedade Urbana: a propriedade urbana cumpre sua função social quan-
do atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Desapropriação: as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
Solo Urbano não Edificado, Subutilizado ou não Utilizado: é facultado ao Poder Público
municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei
federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promo-
va seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edifica-
ção compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no
tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão pre-
viamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Usucapião Constitucional Urbano: aquele que possuir como sua área urbana de até duzen-
tos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizan-
do-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietá-
rio de outro imóvel urbano ou rural. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos
ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. Esse direito não será
reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Os imóveis públicos não serão adquiridos
por usucapião.
Política Agrícola E Fundiária E Da Reforma Agrária: compete à União desapropriar por inte-
resse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função
social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de pre-
servação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
emissão, e cuja utilização será definida em lei.
Insuscetíveis de Desapropriação para Fins de Reforma Agrária: I - a pequena e média pro-
priedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; II - a pro-
priedade produtiva.
Função Social da Propriedade Rural: a função social é cumprida quando a propriedade
rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei,

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aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos


recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposi-
ções que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos pro-
prietários e dos trabalhadores.
Usucapião Constitucional Rural: aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou ur-
bano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona ru-
ral, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família,
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Os imóveis públicos não serão adquiridos
por usucapião.
Sistema Financeiro Nacional: o sistema financeiro nacional, estruturado de forma a pro-
mover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em
todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por
leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas
instituições que o integram.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/XVIII) Luiz é proprietário de uma grande
fazenda localizada na zona rural do Estado X. Lá, cultiva café de excelente qualidade – e com
grande produtividade – para fins de exportação. Porém, uma fiscalização realizada por agentes
do Ministério do Trabalho e do Emprego constatou a exploração de mão de obra escrava. Inde-
pendentemente das sanções previstas em lei, caso tal prática seja devidamente comprovada,
de forma definitiva, pelos órgãos jurisdicionais competentes, a Constituição Federal dispõe que
a) a propriedade deve ser objeto de desapropriação, respeitado o direito à justa e prévia indeni-
zação a que faz jus o proprietário.
b) a propriedade deve ser objeto de expropriação, sem qualquer indenização, e, no caso em
tela, destinada à reforma agrária.
c) o direito de propriedade de Luiz deve ser respeitado, tendo em vista serem as terras em co-
mento produtivas.
d) o direito da propriedade de Luiz deve ser respeitado, pois a expropriação é instituto cabível
somente nos casos de cultura ilegal de plantas psicotrópicas.

Questão 2 (OAB/EXAME DA ORDEM/XXVIII) Agentes do Ministério do Trabalho, em ins-


peção realizada em carvoaria situada na zona rural do Estado K, constataram que os traba-
lhadores locais encontravam-se sob exploração de trabalho escravo, sujeitando-se a jornadas
de 16 horas consecutivas de labor, sem carteira assinada ou qualquer outro direito social ou
trabalhista, em condições desumanas e insalubres, percebendo, como contraprestação, valor
muito inferior ao salário mínimo nacional. Diante da situação narrada, com base na ordem
constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
a) Diante da vedação ao confisco consagrada na Constituição de 1988, o descumprimento da
função social, agravado pela situação de grave violação aos direitos humanos dos trabalhado-
res, enseja responsabilização administrativa, cível e criminal do proprietário, mas não autoriza
a expropriação da propriedade rural.
b) O uso de mão de obra escrava autoriza a progressividade das alíquotas do imposto sobre
a propriedade territorial rural e, caso tal medida não se revele suficiente, será possível que a

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União promova a expropriação e destinação das terras à reforma agrária e a programas de


habitação popular, mediante prévia e justa indenização do proprietário.
c) A hipótese narrada enseja a desapropriação por interesse social para fins de reforma agrá-
ria, uma vez que o imóvel rural não cumpre a sua função social, mediante prévia e justa indeni-
zação em títulos da dívida agrária.
d) A exploração de trabalho escravo na referida propriedade rural autoriza sua expropriação
pelo Poder Público, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras san-
ções previstas em lei, admitindo-se, até mesmo, o confisco de todo e qualquer bem de valor
econômico apreendido na carvoaria.

Questão 3 (OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/XI) Assinale a alternativa que completa


corretamente o fragmento a seguir. A desapropriação para fins de reforma agrária ocorre me-
diante prévia e justa indenização
a) em dinheiro, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
b) em dinheiro, mas as benfeitorias não são passíveis de indenização.
c) em títulos da dívida agrária, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
d) em títulos da dívida agrária, mas as benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em
dinheiro.

Questão 4 (OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/XI) “M” vem desrespeitando o zoneamento


estipulado pelo município X em seu plano diretor, uma vez que mantém, com nítido caráter de
especulação, terreno não utilizado em área residencial. Assinale a alternativa que indica medi-
da que o município X pode tomar para que “M” utilize adequadamente seu terreno.
a) Desapropriar o terreno, sem que haja pagamento de indenização.
b) Desapropriar o terreno, mediante pagamento de indenização justa, prévia e em dinheiro.
c) Determinar edificação compulsória naquele terreno.
d) Instituir multa administrativa no patamar de até 100% do valor no IPTU do imóvel.

Questão 5 (ANP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2013) O Estado, por ser agente norma-


tivo e regulador da atividade econômica, exerce, na forma da lei, as funções de fiscalização,
incentivo e planejamento.

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Questão 6 (TC-DF/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2013) As empresas públi-


cas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias que explorem atividade econômica
de produção ou comercialização de bens, mas não as que se destinem à prestação de servi-
ços, sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direi-
tos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

Questão 7 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA/PROCURADOR MU-


NICIPAL/2019) Estados federados podem, sob o fundamento de interesse social, desapro-
priar imóveis rurais improdutivos para fins de reforma agrária.

Questão 8 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA POR-


TUÁRIO/2018) O transporte de mercadorias na cabotagem pode ser feito por embarcação estran-
geira.

Questão 9 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA


PORTUÁRIO/2018) A ordenação dos transportes aquáticos internacionais tem de ser feita
por meio de lei e deve observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reci-
procidade.

Questão 10 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Uma famí-


lia em cuja posse esteja uma área de terra em zona rural por mais de cinco anos ininterruptos,
sem oposição, e que, ao longo desse tempo, a tenha feito seu local de moradia e a tenha torna-
do produtiva, adquirirá a sua propriedade, desde que não seja proprietária de imóvel urbano ou
rural e que a área do bem ocupado não seja superior a cinquenta hectares.

Questão 11 (CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 20ª REGIÃO-SE/ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO/2019) A Constituição Federal consagra o papel normativo e regulador da
atividade econômica pelo Estado, que exercerá, entre outras, a função de planejamento, com
caráter facultativo para o setor público e determinante para o setor privado.

Questão 12 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS E


REGISTRAIS/2019) A Constituição de 1988 é um documento que reconhece o sistema capi-

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talista, ainda que sob um modelo social, razão pela qual há uma regulação específica para a
atuação do Estado como agente do mercado. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) A Constituição contempla diretamente alguns casos em que está prevista a possibilidade de
exploração direta de atividade econômica por entes estatais.
b) A Constituição brasileira veda que a lei ordinária possa definir casos de exploração direta de
atividade econômica.
c) A exploração da atividade econômica pelo Estado não se submete à função social.
d) Os entes estatais que exploram atividade econômica para o Estado estão submetidos ao
regime jurídico próprio de direito público se fundamentados em caso de segurança nacional.
e) Segundo a redação constitucional a respeito do tema, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado pode ser realizada pelos instrumentos da concessão e permissão nos
casos de relevante interesse coletivo.

Questão 13 (PREFEITURA DE CURITIBA-PR/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICI-


PAIS/2019) Segundo Lígia Melo (2010), “da ideia histórica do que representam as cidades aos
dias de hoje, destaca-se o traço comum em que ela continua a representar peça fundamental
na busca da felicidade do indivíduo”. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) Em caso de não aproveitamento do solo urbano não edificado, o proprietário poderá ser
desapropriado com pagamento em títulos da dívida pública, com prazo de resgate de 10 anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor real da indenização, além dos
juros legais.
b) Segundo o texto expresso da Constituição da República, a política de desenvolvimento ur-
bano, coordenada pelos Estados e executada pelos Municípios, tem como objetivo ordenar o
desenvolvimento das funções sociais da cidade para garantir a felicidade dos cidadãos e o
interesse público.
c) É dever do poder público municipal, mediante decreto fundado nos termos da lei federal,
exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova
seu adequado aproveitamento.
d) Os imóveis públicos usucapidos por entidades privadas sem fins lucrativos poderão ser
reversíveis mediante autorização legal específica do Município para fins de reforma urbana.

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e) Segundo texto expresso da Constituição da República, estão obrigadas à elaboração do


seu plano diretor, que deve ser enviado para a aprovação da Assembleia Legislativa do Estado,
as cidades com mais de 50 mil habitantes.

Questão 14 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/AUDITOR/2018) No tocante à nor-


matização constitucional da ordem econômica, é incorreto afirmar:
a) A pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural, bem como a refinação de petróleo,
constituem monopólio dos entes públicos, que poderão contratar a realização dessas ativida-
des com empresas privadas.
b) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
c) A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem dispensar tratamento jurídico
diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte.
d) O planejamento, exercido pelo Estado como agente normativo e regulador da atividade eco-
nômica, é determinante para o setor público e apenas indicativo para o setor privado.
e) Ressalvados os casos previstos na Constituição de 1988, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

Questão 15 (CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR/2018) Sobre o tratamen-


to que a Constituição da República Federativa do Brasil dá à Política Urbana, assinale a alter-
nativa INCORRETA.
a) A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
b) O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vin-
te e cinco mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão
urbana.
c) A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

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d) É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subuti-
lizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de utilização
sucessiva de alguns instrumentos legais.

Questão 16 (CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR/2018) Sobre as regras da


usucapião urbano constitucional, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
b) A área deve ser de até duzentos e cinquenta metros quadrados e o possuidor deve utilizá-la
para sua moradia ou de sua família.
c) O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a am-
bos, independentemente do estado civil.
d) O possuidor deve estar na área por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição e adquirir-
-lhe-á o domínio, mesmo que seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Questão 17 (POLÍCIA CIVIL DO RIO GRANDE DO SUL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2018) A or-


dem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre-iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os se-
guintes princípios, EXCETO:
a) Defesa do consumidor.
b) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
c) Autodeterminação dos povos.
d) Soberania nacional.
e) Função social da propriedade.

Questão 18 (CÂMARA DE BARRETOS-SP/ADVOGADO/2018) Imagine que Mélvio possua


área urbana de 220 metros quadrados. Nesse caso, em atenção à previsão constitucional acer-
ca da política urbana, é correto afirmar, caso possua o imóvel

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a) por, no mínimo, 10 anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando para sua moradia ou
de sua família, adquirirá o domínio, sem qualquer outra condição.
b) por, no mínimo, 10 anos, ininterruptamente e sem oposição, ainda que utilizando para fins
comerciais, adquirirá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.
c) por 5 anos ininterruptos e sem oposição, utilizando para sua moradia ou de sua família,
adquirirá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, indepen-
dentemente de seu estado civil.
d) por 5 anos ininterruptos e sem oposição, utilizando para sua moradia ou de sua família, adquiri-
rá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, e seja casado.
e) por 3 anos ininterruptos e sem oposição, utilizando para sua moradia ou de sua família,
adquirirá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, indepen-
dentemente do seu estado civil.

Questão 19 (CÂMARA DE SALVADOR-BA/ADVOGADO/2018) Determinado Município do


Estado da Bahia, mediante lei específica para área incluída no seu plano diretor, exigiu de José,
particular proprietário do solo urbano não edificado e não utilizado, que promovesse seu ade-
quado aproveitamento. Diante da inércia do particular, já lhe foram aplicadas as medidas ad-
ministrativas da edificação compulsória e do imposto sobre a propriedade predial e territorial
urbana progressivo no tempo, mas José continua omisso. De acordo com o texto constitucio-
nal, o próximo passo será o Município promover a:
a) servidão administrativa, para conferir ao imóvel utilização que se compatibilize com sua
função social, mediante justa e prévia indenização;
b) desapropriação especial urbana, com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal;
c) ocupação temporária do imóvel, que será utilizado de acordo com o interesse público local,
mediante indenização ulterior para não haver locupletamento ilícito do Município;
d) requisição administrativa, de maneira que o imóvel passe a ter dupla destinação, atendendo
ao interesse do particular proprietário e também da comunidade, sem indenização;

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e) limitação administrativa, para que o imóvel passe a ter dupla destinação, atendendo ao
interesse do particular proprietário e também da comunidade, com prévia e proporcional inde-
nização.

Questão 20 (CÂMARA DE SALVADOR-BA/ARQUITETO/2018) A política urbana teve um ca-


pítulo especial na Constituição da República de 1988. Uma das novas exigências da Constitui-
ção é a necessidade de Plano Diretor para cidades com população acima de:
a) 5.000 habitantes.
b) 7.000 habitantes.
c) 10.000 habitantes.
d) 15.000 habitantes.
e) 20.000 habitantes.

Questão 21 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO MATO GROSSO DO SUL/PROMOTOR DE JUSTIÇA


SUBSTITUTO/2018) Assinale a alternativa incorreta.
a) A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
b) O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
c) O Poder Público tem a faculdade de exigir do proprietário de solo urbano não edificado, su-
butilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento, por meio de imposição
de penalidades, exceto parcelamento ou edificação compulsórios.
d) As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro.
e) Aquele que possuir como sua área urbana até duzentos e cinquenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

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Questão 22 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTI-


TUTO/2018) São princípios gerais da Atividade Econômica, previstos no art. 170 da CR/88, EX-
CETO:
a) soberania nacional.
b) pleno emprego.
c) defesa do consumidor.
d) função social da propriedade.

Questão 23 (CÂMARA DE PALMAS-TO/PROCURADOR/2018) Sobre a ordem econômica e


financeira prevista na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa CORRETA.
a) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
b) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, desde que haja au-
torização de órgãos públicos, salvo nos casos excepcionais previstos em lei.
c) Em nenhuma hipótese a exploração direta de atividade econômica pode ser realizada pelo
Estado.
d) Via de regra, a exploração direta de atividade econômica é realizada pelo Estado, necessi-
tando de autorização quando assim dispuser a lei, a autonomia da vontade das partes interes-
sadas, ou ainda quando o interesse particular assim o exigir.

Questão 24 (POLÍCIA CIVIL DO PIAUÍ/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Dentre as al-


ternativas abaixo, assinale a que contém os princípios da ordem econômica:
a) soberania nacional, propriedade privada, livre iniciativa e tratamento favorecido a empresas
brasileiras de sócios nacionais.
b) soberania nacional, defesa do consumidor, livre concorrência, propriedade privada, função
social da propriedade.
c) livre concorrência e da concessão de garantias pelas entidades públicas.
d) hierarquização e a verticalidade.
e) livre concorrência e predominância do interesse do ente estatal.

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Questão 25 (SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE SERGIPE/ES-


PECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS/2018) O tratamento da Ordem Econômica e Finan-
ceira na Constituição Federal de 1988 é importante para assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social. Assinale a alternativa correta quanto à ordem econômi-
ca e financeira na Constituição:
a) A defesa do consumidor, a defesa do meio ambiente, a redução das desigualdades regionais
e sociais e o tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País são princípios da ordem econômica.
b) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, dependendo de
autorização de órgãos públicos.
c) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e privado.
d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios fis-
cais não extensivos às do setor privado.

Questão 26 (SECRETARIA DA OUVIDORIA, CONTROLADORIA E GESTÃO DO MUNICÍPIO


DE SOBRAL-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2018) Sobre a intervenção do Estado na
economia, assinale a afirmação FALSA.
a) O Estado só explora diretamente a atividade econômica nos casos de imperativo de segu-
rança nacional e de relevante interesse coletivo.
b) Cabe ao Estado a prestação de serviço público diretamente ou sob o regime de concessão
e permissão.
c) A Constituição Federal diz que o planejamento é determinante para o setor privado e indica-
tivo para o setor público.
d) O Estado exerce, na forma da lei, as funções de incentivo, fiscalização e planejamento.

Questão 27 (CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA–SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) A


política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme dire-

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trizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções so-
ciais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Nessa consonância, é certo afirmar
a respeito da política urbana que:
a) o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de quinze
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
b) a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
c) as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em títu-
los da dívida pública.
d) aquele que possuir como sua área urbana de até trezentos e cinquenta metros quadrados,
por três anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua fa-
mília, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
e) aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos metros quadrados, por cinco
anos, de forma ininterrupta, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio.

Questão 28 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-


TO/2018) Quanto aos princípios gerais da atividade econômica previstos na Constituição bra-
sileira, assinale a opção correta.
a) A Constituição Federal adota o princípio de defesa do meio ambiente, inclusive mediante
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação.
b) O princípio da soberania nacional na ordem econômica é incompatível com a Constituição
brasileira, pois traz o isolamento do Estado diante da ordem econômica internacional.
c) A Constituição Federal foi a primeira a prever a função social da propriedade como princípio
da ordem econômica.
d) A livre concorrência é garantida independentemente de o Estado promover a livre iniciativa.
e) O princípio da propriedade privada traduz-se no poder de gozar e dispor de um bem, sendo
direito de exercício absoluto e irrestrito.

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Questão 29 (PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/CONTADOR/2018) Assina-


le a alternativa correta que corresponda à previsão da Constituição Federal sobre a Ordem
Econômica e Financeira.
a) Ressalvados os casos previstos na Constituição, a exploração direta de atividade econômi-
ca pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios fis-
cais não extensivos às do setor privado.
c) A União, os Estados Membros e o Distrito Federal estabelecerão o estatuto jurídico da em-
presa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços.
d) São princípios da ordem econômica: soberania nacional, verticalidade, livre iniciativa e trata-
mento favorecido a empresas brasileiras de sócios nacionais.
e) A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades
de pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios e minerais nucleares e seus derivados.

Questão 30 (PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/ANALISTA TRIBUTÁRIO


FINANCEIRO/2018) Nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil, a ordem
econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim as-
segurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados, dentre
outros, os seguintes princípios:
a) soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, independência nacio-
nal e prevalência dos direitos humanos.
b) igualdade entre os Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terro-
rismo e ao racismo, e cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
c) livre concorrência e defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação.

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d) promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
e) construção de uma sociedade livre, justa e solidária, garantia do desenvolvimento nacional,
erradicação da pobreza e da marginalização e redução das desigualdades sociais e regionais.

Questão 31 (PBHATIVOS-MG/ANALISTA JURÍDICO/2018) Acerca da ordem econômica e


financeira do Estado brasileiro, disciplinada na Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 (CF/1988), assinale a alternativa INCORRETA:
a) Ressalvados os casos previstos na CF/1988, a exploração direta de atividade econômica
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
b) Poderão gozar de privilégios fiscais e tratamentos diferenciados as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, não extensivos às empresas do setor privado.
c) Sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, a lei também
estabelecerá responsabilidade às pessoas jurídicas, sujeitando-as às punições compatíveis
com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a eco-
nomia popular.
d) Atuando como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.

Questão 32 (PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/FISCAL DE TRIBUTOS/2018) Conforme precei-


tua a Constituição Federal de 1988, artigo 182, o instrumento básico da política de desenvol-
vimento e de expansão urbana, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes,
é denominado plano:
a) estratégico.
b) piloto.
c) plurianual.
d) diretor.

e) executivo.

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Questão 33 (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018)

Assinale a alternativa correta, conforme previsto no texto constitucional vigente.

a) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade

particular, assegurada ao proprietário indenização prévia em caso de dano.

b) O Poder Público, independentemente da colaboração da comunidade, promoverá e protege-

rá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e

desapropriação, indenizando sempre os particulares.

c) O Poder Público estadual é obrigado a exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do

solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aprovei-

tamento.
d) Compete ao Município desapropriar por interesse próprio o imóvel rural que não esteja cum-
prindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em dinheiro.
e) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos na Constituição.

Questão 34 (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018)


Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto constitucional vigente.
a) A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade, mas não
reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
b) A ordem econômica tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social. Embora esteja fundada na valorização do trabalho humano, não defende a
livre iniciativa, pois veda a concorrência.
c) Ressalvados os casos previstos no atual texto constitucional, a exploração direta de ativida-
de econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

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d) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da


lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
privado e indicativo para o setor público.
e) A ordem econômica observará os princípios da soberania nacional, propriedade privada e
defesa do consumidor. Todavia, está dispensada da busca pelo pleno emprego, porquanto não
pode obrigar as empresas a dar oportunidade a todos.

Questão 35 (MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-


TO/2018) Sobre a Ordem Econômica e Financeira, de acordo com a Constituição Federal/1988
e suas alterações, é correto afirmar que
a) os princípios da ordem econômica brasileira permitem instituir, no que se refere à defesa do
meio ambiente, normatização diferenciada, em conformidade com o impacto ambiental dos
produtos e serviços.
b) o estatuto jurídico da empresa pública, estabelecido por lei, disporá sobre sua função social
e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade, assim como sobre os eventuais privilé-
gios fiscais que não abranjam as empresas do setor privado.
c) é assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra de recursos mine-
rais, no valor estabelecido em ato específico do Poder Executivo.
d) a lei dará tratamento jurídico diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno
porte, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributá-
rias e creditícias, vedada a eliminação de obrigações previdenciárias.
e) a autorização para o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade redu-
zida será concedida pelo Poder Executivo Federal, ouvidos os órgãos ambientais locais.

Questão 36 (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO MARANHÃO/DEFENSOR PÚBLI-


CO/2018) Sobre a Política Urbana, prevista na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
a) O plano diretor deve ser aprovado pelo Prefeito da cidade, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) Os imóveis públicos serão adquiridos por usucapião com maior prazo em relação à usuca-
pião de imóveis não públicos.

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c) As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com posterior, mas breve, indenização
em dinheiro.
d) O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a am-
bos, independentemente do estado civil.
e) A propriedade urbana e rural cumpre sua função social quanto atende decreto legislativo
que organiza a cidade.

Questão 37 (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO AMAPÁ/ANALISTA AD-


MINISTRATIVO/2018) Dentre as diretrizes fixadas pela Constituição Federal de 1988 quanto
à exploração direta da atividade econômica pelo Estado, encontra-se a
a) sujeição das empresas públicas que explorem atividade de prestação de serviços ao regime
jurídico próprio dos entes públicos, inclusive em matéria laboral e tributária.
b) proibição de as empresas públicas e sociedades de economia mista gozarem de privilégios
fiscais não extensivos ao setor privado.
c) desnecessidade de observância dos princípios da Administração pública na contratação de
obras, serviços, compras e alienações.
d) desnecessidade de fiscalização estatal e social, por se tratar de atividade privada.
e) excepcionalidade dessa exploração direta, que deve ficar restrita às hipóteses em que é ne-
cessária aos imperativos da segurança nacional.

Questão 38 (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO AMAPÁ/ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO/2018) No capítulo da Constituição Federal de 1988 que trata dos princí-
pios gerais da atividade econômica, há várias normas sobre o aproveitamento dos recursos
minerais. Dentre elas, NÃO está previsto que
a) as jazidas, em lavras ou não, constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de ex-
ploração ou aproveitamento, e pertencem à União.
b) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante conces-
são da União, por brasileiros ou estrangeiros, desde que atendidos o interesse nacional e a lei
orçamentária.

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c) as cooperativas de atividade garimpeira terão prioridade na autorização ou concessão para pes-


quisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando.
d) é garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra, e ao proprietário do solo é
assegurada a participação nos resultados da lavra.
e) a autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, não podendo ser cedida ou
transferida, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.

Questão 39 (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E GESTÃO DO RIO GRAN-


DE DO SUL/ANALISTA DE PLANEJAMENTO/2018) Nos termos do art. 170 da Constituição
da República, é correto afirmar que a ordem econômica é fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os dita-
mes da justiça social, e deve observar o seguinte princípio:
a) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasilei-
ras e que tenham sua sede e administração no País.
b) Protecionismo e soberania nacional.
c) Erradicação das desigualdades regionais e sociais.
d) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante o mesmo tratamento para empresas conforme
o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
e) Livre concorrência, assegurado a todos o irrestrito exercício de qualquer atividade econômi-
ca, independentemente de autorização de órgãos públicos.

Questão 40 (POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO SANTO/OFICIAL COMBATENTE/2018) Con-


soante aos direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Carta Constitucional, assinale
a alternativa correta.
a) É inviolável o sigilo das comunicações telefônicas, de dados, telegráficas e da correspon-
dência, salvo, no último caso, por ordem do Ministério Público, para fins de investigação crimi-
nal ou instrução processual civil.

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b) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades sus-


pensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, acordão penal condenatório de se-
gunda instância.
c) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e posterior indenização em títulos da dívida pública,
ressalvados os casos previstos na Constituição.
d) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País sempre será regulada pela lei brasi-
leira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ainda que lhes seja mais favorável a lei
pessoal do de cujus.
e) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

Questão 41 (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES/ADVOGADO/2017)


Analise os itens a seguir e considere as normas da Constituição Federal sobre a garantia de
sigilo para assinalar a alternativa correta.
a) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na própria
Constituição, sendo vedado tal ato por interesse social.
b) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e posterior indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos na própria Constituição.
c) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e posterior indenização em dinheiro ou isenções,
ressalvados os casos previstos na própria Constituição.
d) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou títulos, ressal-
vados os casos previstos na própria Constituição.

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e) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-


ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos na própria Constituição.

Questão 42 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR


DO MUNICÍPIO/2017) O cumprimento da função social de propriedade urbana é verificado
pelo atendimento às exigências fundamentais de ordenação da cidade, as quais são expressas
no plano diretor, quando existir.

Questão 43 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR


DO MUNICÍPIO/2017) Segundo o STF, a competência normativa municipal para a ocupação
de espaços urbanos é mais ampla que o conteúdo aprovado no seu plano diretor. Assim, muni-
cípios com mais de vinte mil habitantes podem legislar sobre ordenamento urbano em outras
leis, desde que compatíveis com diretrizes estabelecidas no plano diretor.

Questão 44 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-


TO/2017) Segundo a CF, a propriedade rural deve cumprir a denominada função social. Para
o cumprimento dessa função, a CF prevê o cumprimento de determinadas exigências, como a
a) priorização da propriedade coletiva.
b) limitação de dimensão equivalente ao módulo rural.
c) exploração que favoreça o bem-estar do proprietário e dos trabalhadores.
d) manutenção da propriedade sem nenhum controle estatal.

Questão 45 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-


TO/2017) Assinale a opção que corretamente, lista princípios que a Constituição assenta para
a ordem econômica:
a) Soberania nacional, propriedade privada, livre iniciativa e tratamento favorecido a empresas
brasileiras de sócios nacionais.
b) Livre iniciativa, tratamento favorecido a pequenas empresas com sócios nacionais, defesa
do meio ambiente, defesa do consumidor e redução das desigualdades sociais.

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c) Soberania nacional, livre concorrência, defesa do meio ambiente, redução das desigualda-
des regionais e livre iniciativa.
d) Defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, defesa da atuação do estado como agen-
te regulador e produtor na economia, defesa da concorrência, propriedade privada e função
social da propriedade.
e) Soberania nacional, propriedade privada, livre iniciativa e tratamento favorecido a empresas
brasileiras de sócios nacionais.

Questão 46 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL/PROMOTOR DE JUSTI-


ÇA/2017) Nos moldes estabelecidos pelo artigo 174 da Constituição Federal, é INCORRETO
afirmar que
a) o Estado, como agente normativo e regulador da atividade econômica, exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para os
setores público e privado.
b) a lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equi-
librado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvi-
mento.
c) a lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
d) o Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em
conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
e) as cooperativas a que se refere o parágrafo 3º do artigo 174 da Constituição da República
terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de
minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o
artigo 21, inciso XXV, da Carta Federal, na forma da lei.

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Questão 47 (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) Ten-


do como referência as disposições constitucionais relativas ao direito urbanístico, assinale a
opção correta.
a) A usucapião pró-moradia não será reconhecida ao mesmo possuidor mais de uma vez nem
é admissível em relação a imóvel público.
b) O plano diretor é obrigatório para todas as cidades brasileiras, uma vez que a propriedade
urbana cumpre sua função social somente quando atende às regras nele estabelecidas.
c) Compete concorrentemente ao município, ao estado e à União a promoção do adequado
ordenamento territorial.
d) Proprietário de solo urbano que, descumprindo o planejamento urbanístico, não promover
seu adequado aproveitamento, poderá ser penalizado, sucessivamente, com: IPTU progressi-
vo, parcelamento ou edificação em caráter compulsório e desapropriação-sanção.

Questão 48 (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ/ADVOGADO/2017) Assinale a opção


que apresenta princípio da ordem econômica arrolado no texto constitucional.
a) Intervenção estatal nos mecanismos de concorrência.
b) Propriedade privada.
c) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento igualitário independente do impac-
to ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
d) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasilei-
ras, ainda que não tenham sua sede e administração no País.

Questão 49 (CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA DO MATO GROSSO/ADVOGADO/2017)


Nos termos do disposto na Constituição Federal quanto à Ordem Econômica e Financeira,
a) as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado, a não ser para fins de relevante interesse público.
b) é vedada a exploração direta de atividade econômica pelo Estado.
c) a lei disciplinará, com base no respectivo interesse privado, os investimentos de capital es-
trangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.

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d) é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente


de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
e) lei i reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, o incentivo
à concorrência e ao aumento dos lucros.

Questão 50 (EMPRESA BAIANA DE ÁGUAS E SANEAMENTO/OPERADOR DE PROCESSOS


DE ÁGUA/2017) Assinale a alternativa correta sobre a proteção constitucional da pequena
propriedade rural, inclusive, quanto às ressalvas previstas expressamente.
a) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
b) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, só
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
c) A pequena propriedade rural, assim definida pelas regras de mercado, desde que trabalhada
pela família e destinada exclusivamente à produção de alimentos consumidos por ela, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
d) A pequena propriedade rural, assim definida pelas regras de mercado, desde que trabalhada
pela família e destinada exclusivamente à produção de alimentos consumidos por ela, só será
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispon-
do a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

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GABARITO
1. b 28. a
2. d 29. a
3. d 30. c
4. c 31. b
5. C 32. d
6. E 33. e
7. E 34. c
8. C 35. a
9. C 36. d
10. C 37. b
11. E 38. b
12. a 39. a
13. a 40. e
14. a 41. e
15. b 42. C
16. d 43. C
17. c 44. c
18. c 45. c
19. b 46. a
20. e 47. a
21. c 48. b
22. b 49. d
23. a 50. a
24. b
25. a
26. c
27. b

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/XVIII) Luiz é proprietário de uma grande
fazenda localizada na zona rural do Estado X. Lá, cultiva café de excelente qualidade – e com
grande produtividade – para fins de exportação. Porém, uma fiscalização realizada por agen-
tes do Ministério do Trabalho e do Emprego constatou a exploração de mão de obra escrava.
Independentemente das sanções previstas em lei, caso tal prática seja devidamente compro-
vada, de forma definitiva, pelos órgãos jurisdicionais competentes, a Constituição Federal dis-
põe que
a) a propriedade deve ser objeto de desapropriação, respeitado o direito à justa e prévia indeni-
zação a que faz jus o proprietário.
b) a propriedade deve ser objeto de expropriação, sem qualquer indenização, e, no caso em
tela, destinada à reforma agrária.
c) o direito de propriedade de Luiz deve ser respeitado, tendo em vista serem as terras em co-
mento produtivas.
d) o direito da propriedade de Luiz deve ser respeitado, pois a expropriação é instituto cabível
somente nos casos de cultura ilegal de plantas psicotrópicas.

Letra b.
É o que prevê o art. 243, segundo o qual:

As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais
de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas
e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto
no art. 5º.

Questão 2 (OAB/EXAME DA ORDEM/XXVIII) Agentes do Ministério do Trabalho, em ins-


peção realizada em carvoaria situada na zona rural do Estado K, constataram que os traba-
lhadores locais encontravam-se sob exploração de trabalho escravo, sujeitando-se a jornadas
de 16 horas consecutivas de labor, sem carteira assinada ou qualquer outro direito social ou
trabalhista, em condições desumanas e insalubres, percebendo, como contraprestação, valor

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muito inferior ao salário mínimo nacional. Diante da situação narrada, com base na ordem
constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.
a) Diante da vedação ao confisco consagrada na Constituição de 1988, o descumprimento da
função social, agravado pela situação de grave violação aos direitos humanos dos trabalhado-
res, enseja responsabilização administrativa, cível e criminal do proprietário, mas não autoriza
a expropriação da propriedade rural.
b) O uso de mão de obra escrava autoriza a progressividade das alíquotas do imposto sobre
a propriedade territorial rural e, caso tal medida não se revele suficiente, será possível que a
União promova a expropriação e destinação das terras à reforma agrária e a programas de
habitação popular, mediante prévia e justa indenização do proprietário.
c) A hipótese narrada enseja a desapropriação por interesse social para fins de reforma agrá-
ria, uma vez que o imóvel rural não cumpre a sua função social, mediante prévia e justa indeni-
zação em títulos da dívida agrária.
d) A exploração de trabalho escravo na referida propriedade rural autoriza sua expropriação
pelo Poder Público, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras san-
ções previstas em lei, admitindo-se, até mesmo, o confisco de todo e qualquer bem de valor
econômico apreendido na carvoaria.

Letra d.
Art. 243 da CF/1988.

Questão 3 (OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/XI) Assinale a alternativa que completa


corretamente o fragmento a seguir. A desapropriação para fins de reforma agrária ocorre me-
diante prévia e justa indenização
a) em dinheiro, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
b) em dinheiro, mas as benfeitorias não são passíveis de indenização.
c) em títulos da dívida agrária, incluindo-se as benfeitorias úteis e necessárias.
d) em títulos da dívida agrária, mas as benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em
dinheiro.

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Letra d.
É a previsão trazida pelo art. 184, caput, e seu § 1º, para quem:

Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que
não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir
do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. As benfeitorias úteis e neces-
sárias serão indenizadas em dinheiro.

Questão 4 (OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO/XI) “M” vem desrespeitando o zoneamento


estipulado pelo município X em seu plano diretor, uma vez que mantém, com nítido caráter de
especulação, terreno não utilizado em área residencial. Assinale a alternativa que indica medi-
da que o município X pode tomar para que “M” utilize adequadamente seu terreno.
a) Desapropriar o terreno, sem que haja pagamento de indenização.
b) Desapropriar o terreno, mediante pagamento de indenização justa, prévia e em dinheiro.
c) Determinar edificação compulsória naquele terreno.
d) Instituir multa administrativa no patamar de até 100% do valor no IPTU do imóvel.

Letra c.
Segundo o § 4º do art. 182:

É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não uti-
lizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento
ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo
no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão pre-
viamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Questão 5 (ANP/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/2013) O Estado, por ser agente norma-


tivo e regulador da atividade econômica, exerce, na forma da lei, as funções de fiscalização,
incentivo e planejamento.

Certo.
Art. 174, caput, da CF/1988.

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Questão 6 (TC-DF/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2013) As empresas públi-


cas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias que explorem atividade econômica
de produção ou comercialização de bens, mas não as que se destinem à prestação de servi-
ços, sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direi-
tos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

Errado.
Da leitura do art. 173, § 1º, inc. II, da CF/1988, extrai-se que as empresas públicas, as socieda-
des de economia mista e suas subsidiárias, que explorem atividade econômica de produção ou
comercialização de bens, e também as que se destinem à prestação de serviços, sujeitam-se
ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações
civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

Questão 7 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE BOA VISTA/PROCURADOR MU-


NICIPAL/2019) Estados federados podem, sob o fundamento de interesse social, desapro-
priar imóveis rurais improdutivos para fins de reforma agrária.

Errado.
É uma competência da União, segundo o art. 184, caput, da CF/1988.

Questão 8 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA


PORTUÁRIO/2018) O transporte de mercadorias na cabotagem pode ser feito por embarca-
ção estrangeira.

Certo.
Art. 178, parágrafo único, da CF/1988.

Questão 9 (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA


PORTUÁRIO/2018) A ordenação dos transportes aquáticos internacionais tem de ser feita

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por meio de lei e deve observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reci-
procidade.
Certo.
Art. 178, “caput”, da CF/1988.

Questão 10 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Uma famí-


lia em cuja posse esteja uma área de terra em zona rural por mais de cinco anos ininterruptos,
sem oposição, e que, ao longo desse tempo, a tenha feito seu local de moradia e a tenha torna-
do produtiva, adquirirá a sua propriedade, desde que não seja proprietária de imóvel urbano ou
rural e que a área do bem ocupado não seja superior a cinquenta hectares.

Certo.
Art. 191, caput, da CF/1988.

Questão 11 (CONSELHO REGIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 20ª REGIÃO-SE/ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO/2019) A Constituição Federal consagra o papel normativo e regulador da
atividade econômica pelo Estado, que exercerá, entre outras, a função de planejamento, com
caráter facultativo para o setor público e determinante para o setor privado.

Errado.
Art. 174, caput, da CF/1988.

Questão 12 (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS E


REGISTRAIS/2019) A Constituição de 1988 é um documento que reconhece o sistema capi-
talista, ainda que sob um modelo social, razão pela qual há uma regulação específica para a
atuação do Estado como agente do mercado. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) A Constituição contempla diretamente alguns casos em que está prevista a possibilidade de
exploração direta de atividade econômica por entes estatais.

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b) A Constituição brasileira veda que a lei ordinária possa definir casos de exploração direta de
atividade econômica.
c) A exploração da atividade econômica pelo Estado não se submete à função social.
d) Os entes estatais que exploram atividade econômica para o Estado estão submetidos ao
regime jurídico próprio de direito público se fundamentados em caso de segurança nacional.
e) Segundo a redação constitucional a respeito do tema, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado pode ser realizada pelos instrumentos da concessão e permissão nos
casos de relevante interesse coletivo.

Letra a.
Art. 177 da CF/1988.

Questão 13 (PREFEITURA DE CURITIBA-PR/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS MUNICI-


PAIS/2019) Segundo Lígia Melo (2010), “da ideia histórica do que representam as cidades aos
dias de hoje, destaca-se o traço comum em que ela continua a representar peça fundamental
na busca da felicidade do indivíduo”. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) Em caso de não aproveitamento do solo urbano não edificado, o proprietário poderá ser
desapropriado com pagamento em títulos da dívida pública, com prazo de resgate de 10 anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor real da indenização, além dos
juros legais.
b) Segundo o texto expresso da Constituição da República, a política de desenvolvimento ur-
bano, coordenada pelos Estados e executada pelos Municípios, tem como objetivo ordenar o
desenvolvimento das funções sociais da cidade para garantir a felicidade dos cidadãos e o
interesse público.
c) É dever do poder público municipal, mediante decreto fundado nos termos da lei federal,
exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova
seu adequado aproveitamento.
d) Os imóveis públicos usucapidos por entidades privadas sem fins lucrativos poderão ser
reversíveis mediante autorização legal específica do Município para fins de reforma urbana.

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e) Segundo texto expresso da Constituição da República, estão obrigadas à elaboração do


seu plano diretor, que deve ser enviado para a aprovação da Assembleia Legislativa do Estado,
as cidades com mais de 50 mil habitantes.
Letra a.
Art. 182, § 4º, III, da CF/1988.

Questão 14 (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/AUDITOR/2018) No tocante à nor-


matização constitucional da ordem econômica, é incorreto afirmar:
a) A pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural, bem como a refinação de petróleo,
constituem monopólio dos entes públicos, que poderão contratar a realização dessas ativida-
des com empresas privadas.
b) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
c) A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem dispensar tratamento jurídico
diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte.
d) O planejamento, exercido pelo Estado como agente normativo e regulador da atividade eco-
nômica, é determinante para o setor público e apenas indicativo para o setor privado.
e) Ressalvados os casos previstos na Constituição de 1988, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

Letra a.
Art. 177 da CF/1988.

Questão 15 (CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR/2018) Sobre o tratamen-


to que a Constituição da República Federativa do Brasil dá à Política Urbana, assinale a alter-
nativa INCORRETA.
a) A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

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b) O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vin-
te e cinco mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão
urbana.
c) A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
d) É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subuti-
lizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de utilização
sucessiva de alguns instrumentos legais.

Letra b.
Art. 182, § 1º, da CF/1988.

Questão 16 (CÂMARA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR/2018) Sobre as regras da


usucapião urbano constitucional, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
b) A área deve ser de até duzentos e cinquenta metros quadrados e o possuidor deve utilizá-la
para sua moradia ou de sua família.
c) O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a am-
bos, independentemente do estado civil.
d) O possuidor deve estar na área por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição e adquirir-
-lhe-á o domínio, mesmo que seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Letra d.
Art. 183, caput, da CF/1988.

Questão 17 (POLÍCIA CIVIL DO RIO GRANDE DO SUL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2018) A or-


dem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre-iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os se-
guintes princípios, EXCETO:

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a) Defesa do consumidor.
b) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
c) Autodeterminação dos povos.
d) Soberania nacional.
e) Função social da propriedade.

Letra c.
Art. 170 da CF/1988.

Questão 18 (CÂMARA DE BARRETOS-SP/ADVOGADO/2018) Imagine que Mélvio possua


área urbana de 220 metros quadrados. Nesse caso, em atenção à previsão constitucional acer-
ca da política urbana, é correto afirmar, caso possua o imóvel
a) por, no mínimo, 10 anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando para sua moradia ou
de sua família, adquirirá o domínio, sem qualquer outra condição.
b) por, no mínimo, 10 anos, ininterruptamente e sem oposição, ainda que utilizando para fins
comerciais, adquirirá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
c) por 5 anos ininterruptos e sem oposição, utilizando para sua moradia ou de sua família,
adquirirá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, indepen-
dentemente de seu estado civil.
d) por 5 anos ininterruptos e sem oposição, utilizando para sua moradia ou de sua família,
adquirirá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, e seja
casado.
e) por 3 anos ininterruptos e sem oposição, utilizando para sua moradia ou de sua família,
adquirirá o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural, indepen-
dentemente do seu estado civil.

Letra c.
Art. 183, caput, da CF/1988.

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Questão 19 (CÂMARA DE SALVADOR-BA/ADVOGADO/2018) Determinado Município do


Estado da Bahia, mediante lei específica para área incluída no seu plano diretor, exigiu de José,
particular proprietário do solo urbano não edificado e não utilizado, que promovesse seu ade-
quado aproveitamento. Diante da inércia do particular, já lhe foram aplicadas as medidas ad-
ministrativas da edificação compulsória e do imposto sobre a propriedade predial e territorial
urbana progressivo no tempo, mas José continua omisso. De acordo com o texto constitucio-
nal, o próximo passo será o Município promover a:
a) servidão administrativa, para conferir ao imóvel utilização que se compatibilize com sua
função social, mediante justa e prévia indenização;
b) desapropriação especial urbana, com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal;
c) ocupação temporária do imóvel, que será utilizado de acordo com o interesse público local,
mediante indenização ulterior para não haver locupletamento ilícito do Município;
d) requisição administrativa, de maneira que o imóvel passe a ter dupla destinação, atendendo
ao interesse do particular proprietário e também da comunidade, sem indenização;
e) limitação administrativa, para que o imóvel passe a ter dupla destinação, atendendo ao
interesse do particular proprietário e também da comunidade, com prévia e proporcional inde-
nização.

Letra b.
Art. 182, § 4º, III, CF/1988.

Questão 20 (CÂMARA DE SALVADOR-BA/ARQUITETO/2018) A política urbana teve um ca-


pítulo especial na Constituição da República de 1988. Uma das novas exigências da Constitui-
ção é a necessidade de Plano Diretor para cidades com população acima de:
a) 5.000 habitantes.
b) 7.000 habitantes.
c) 10.000 habitantes.
d) 15.000 habitantes.
e) 20.000 habitantes.

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Letra e.
Art. 182, § 1º, da CF/1988.

Questão 21 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO MATO GROSSO DO SUL/PROMOTOR DE JUSTIÇA


SUBSTITUTO/2018) Assinale a alternativa incorreta.
a) A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
b) O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
c) O Poder Público tem a faculdade de exigir do proprietário de solo urbano não edificado, su-
butilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento, por meio de imposição
de penalidades, exceto parcelamento ou edificação compulsórios.
d) As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro.
e) Aquele que possuir como sua área urbana até duzentos e cinquenta metros quadrados, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Letra c.
Art. 182, § 4º, I, da CF/1988.

Questão 22 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTI-


TUTO/2018) São princípios gerais da Atividade Econômica, previstos no art. 170 da CR/88, EX-
CETO:
a) soberania nacional.
b) pleno emprego.
c) defesa do consumidor.
d) função social da propriedade.

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Letra b.
Segundo o art. 170, VIII, da CF/1988, é um princípio geral da Atividade Econômica a busca do
pleno emprego.

Questão 23 (CÂMARA DE PALMAS-TO/PROCURADOR/2018) Sobre a ordem econômica e


financeira prevista na Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa CORRETA.
a) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
b) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, desde que haja au-
torização de órgãos públicos, salvo nos casos excepcionais previstos em lei.
c) Em nenhuma hipótese a exploração direta de atividade econômica pode ser realizada pelo
Estado.
d) Via de regra, a exploração direta de atividade econômica é realizada pelo Estado, necessi-
tando de autorização quando assim dispuser a lei, a autonomia da vontade das partes interes-
sadas, ou ainda quando o interesse particular assim o exigir.

Letra a.
Art. 170, parágrafo único, da CF/1988.

Questão 24 (POLÍCIA CIVIL DO PIAUÍ/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2018) Dentre as al-


ternativas abaixo, assinale a que contém os princípios da ordem econômica:
a) soberania nacional, propriedade privada, livre iniciativa e tratamento favorecido a empresas
brasileiras de sócios nacionais.
b) soberania nacional, defesa do consumidor, livre concorrência, propriedade privada, função
social da propriedade.
c) livre concorrência e da concessão de garantias pelas entidades públicas.
d) hierarquização e a verticalidade.
e) livre concorrência e predominância do interesse do ente estatal.

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Letra b.
Art. 170 da CF/1988.

Questão 25 (SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DE SERGIPE/ES-


PECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS/2018) O tratamento da Ordem Econômica e Finan-
ceira na Constituição Federal de 1988 é importante para assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social. Assinale a alternativa correta quanto à ordem econômi-
ca e financeira na Constituição:
a) A defesa do consumidor, a defesa do meio ambiente, a redução das desigualdades regionais
e sociais e o tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País são princípios da ordem econômica.
b) É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, dependendo de
autorização de órgãos públicos.
c) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e privado.
d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios fis-
cais não extensivos às do setor privado.

Letra a.
Art. 170 da CF/1988.

Questão 26 (SECRETARIA DA OUVIDORIA, CONTROLADORIA E GESTÃO DO MUNICÍPIO


DE SOBRAL-CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/2018) Sobre a intervenção do Estado na
economia, assinale a afirmação FALSA.
a) O Estado só explora diretamente a atividade econômica nos casos de imperativo de segu-
rança nacional e de relevante interesse coletivo.
b) Cabe ao Estado a prestação de serviço público diretamente ou sob o regime de concessão
e permissão.

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c) A Constituição Federal diz que o planejamento é determinante para o setor privado e indica-
tivo para o setor público.
d) O Estado exerce, na forma da lei, as funções de incentivo, fiscalização e planejamento.

Letra c.
Art. 174, caput, da CF/1988.

Questão 27 (CÂMARA DE ITAQUAQUECETUBA–SP/PROCURADOR JURÍDICO/2018) A


política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme dire-
trizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções so-
ciais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Nessa consonância, é certo afirmar
a respeito da política urbana que:
a) o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de
quinze mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão
urbana.
b) a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
c) as desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em títu-
los da dívida pública.
d) aquele que possuir como sua área urbana de até trezentos e cinquenta metros quadrados,
por três anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua fa-
mília, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
e) aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos metros quadrados, por cinco
anos, de forma ininterrupta, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio.

Letra b.
Art. 182, § 2º, da CF/1988.

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Questão 28 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-


TO/2018) Quanto aos princípios gerais da atividade econômica previstos na Constituição bra-
sileira, assinale a opção correta.
a) A Constituição Federal adota o princípio de defesa do meio ambiente, inclusive mediante
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação.
b) O princípio da soberania nacional na ordem econômica é incompatível com a Constituição
brasileira, pois traz o isolamento do Estado diante da ordem econômica internacional.
c) A Constituição Federal foi a primeira a prever a função social da propriedade como princípio
da ordem econômica.
d) A livre concorrência é garantida independentemente de o Estado promover a livre iniciativa.
e) O princípio da propriedade privada traduz-se no poder de gozar e dispor de um bem, sendo
direito de exercício absoluto e irrestrito.

Letra a.
Art. 170, VI, da CF/1988.

Questão 29 (PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/CONTADOR/2018) Assina-


le a alternativa correta que corresponda à previsão da Constituição Federal sobre a Ordem
Econômica e Financeira.
a) Ressalvados os casos previstos na Constituição, a exploração direta de atividade econômi-
ca pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar de privilégios fis-
cais não extensivos às do setor privado.
c) A União, os Estados Membros e o Distrito Federal estabelecerão o estatuto jurídico da em-
presa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços.
d) São princípios da ordem econômica: soberania nacional, verticalidade, livre iniciativa e trata-
mento favorecido a empresas brasileiras de sócios nacionais.

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e) A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades
de pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios e minerais nucleares e seus derivados.

Letra a.
Art. 173, caput, da CF/1988.

Questão 30 (PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP/ANALISTA TRIBUTÁRIO


FINANCEIRO/2018) Nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil, a ordem
econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim as-
segurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados, dentre
outros, os seguintes princípios:
a) soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, independência nacio-
nal e prevalência dos direitos humanos.
b) igualdade entre os Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terro-
rismo e ao racismo, e cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
c) livre concorrência e defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e
prestação.
d) promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
e) construção de uma sociedade livre, justa e solidária, garantia do desenvolvimento nacional,
erradicação da pobreza e da marginalização e redução das desigualdades sociais e regionais.

Letra c.
Art. 170 da CF/1988.

Questão 31 (PBHATIVOS-MG/ANALISTA JURÍDICO/2018) Acerca da ordem econômica e


financeira do Estado brasileiro, disciplinada na Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 (CF/1988), assinale a alternativa INCORRETA:

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a) Ressalvados os casos previstos na CF/1988, a exploração direta de atividade econômica


pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
b) Poderão gozar de privilégios fiscais e tratamentos diferenciados as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, não extensivos às empresas do setor privado.
c) Sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, a lei também
estabelecerá responsabilidade às pessoas jurídicas, sujeitando-as às punições compatíveis
com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a eco-
nomia popular.
d) Atuando como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.

Letra b.
Art. 173, § 2º, da CF/1988.

Questão 32 (PREFEITURA DE MARICÁ-RJ/FISCAL DE TRIBUTOS/2018) Conforme precei-


tua a Constituição Federal de 1988, artigo 182, o instrumento básico da política de desenvol-
vimento e de expansão urbana, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes,
é denominado plano:
a) estratégico.
b) piloto.
c) plurianual.
d) diretor.
e) executivo.

Letra d.
O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

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Questão 33 (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018)


Assinale a alternativa correta, conforme previsto no texto constitucional vigente.
a) No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade
particular, assegurada ao proprietário indenização prévia em caso de dano.
b) O Poder Público, independentemente da colaboração da comunidade, promoverá e protege-
rá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, indenizando sempre os particulares.
c) O Poder Público estadual é obrigado a exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento.
d) Compete ao Município desapropriar por interesse próprio o imóvel rural que não esteja cum-
prindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em dinheiro.
e) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos na Constituição.

Letra e.
Art. 5º, XXIV, da CF/1988.

Questão 34 (PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018)


Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto constitucional vigente.
a) A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade, mas não
reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
b) A ordem econômica tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social. Embora esteja fundada na valorização do trabalho humano, não defende a
livre iniciativa, pois veda a concorrência.

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c) Ressalvados os casos previstos no atual texto constitucional, a exploração direta de ativida-


de econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
d) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
privado e indicativo para o setor público.
e) A ordem econômica observará os princípios da soberania nacional, propriedade privada e
defesa do consumidor. Todavia, está dispensada da busca pelo pleno emprego, porquanto não
pode obrigar as empresas a dar oportunidade a todos.

Letra c.
Art. 173, caput, da CF/1988.

Questão 35 (MINISTÉRIO PÚBLICO DA BAHIA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-


TO/2018) Sobre a Ordem Econômica e Financeira, de acordo com a Constituição Federal/1988
e suas alterações, é correto afirmar que
a) os princípios da ordem econômica brasileira permitem instituir, no que se refere à defesa do
meio ambiente, normatização diferenciada, em conformidade com o impacto ambiental dos
produtos e serviços.
b) o estatuto jurídico da empresa pública, estabelecido por lei, disporá sobre sua função social
e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade, assim como sobre os eventuais privilé-
gios fiscais que não abranjam as empresas do setor privado.
c) é assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra de recursos mine-
rais, no valor estabelecido em ato específico do Poder Executivo.
d) a lei dará tratamento jurídico diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno
porte, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributá-
rias e creditícias, vedada a eliminação de obrigações previdenciárias.
e) a autorização para o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade redu-
zida será concedida pelo Poder Executivo Federal, ouvidos os órgãos ambientais locais.

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Letra a.
Art. 170, VI, da CF/1988.

Questão 36 (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO MARANHÃO/DEFENSOR PÚBLI-


CO/2018) Sobre a Política Urbana, prevista na Constituição Federal de 1988, é correto afirmar:
a) O plano diretor deve ser aprovado pelo Prefeito da cidade, ouvida a Assembleia Legislativa.
b) Os imóveis públicos serão adquiridos por usucapião com maior prazo em relação à usuca-
pião de imóveis não públicos.
c) As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com posterior, mas breve, indenização
em dinheiro.
d) O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a am-
bos, independentemente do estado civil.
e) A propriedade urbana e rural cumpre sua função social quanto atende decreto legislativo
que organiza a cidade.
Letra d.
Art. 183, § 1º, da CF/1988.

Questão 37 (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO AMAPÁ/ANALISTA AD-


MINISTRATIVO/2018) Dentre as diretrizes fixadas pela Constituição Federal de 1988 quanto
à exploração direta da atividade econômica pelo Estado, encontra-se a
a) sujeição das empresas públicas que explorem atividade de prestação de serviços ao regime
jurídico próprio dos entes públicos, inclusive em matéria laboral e tributária.
b) proibição de as empresas públicas e sociedades de economia mista gozarem de privilégios
fiscais não extensivos ao setor privado.
c) desnecessidade de observância dos princípios da Administração pública na contratação de
obras, serviços, compras e alienações.
d) desnecessidade de fiscalização estatal e social, por se tratar de atividade privada.
e) excepcionalidade dessa exploração direta, que deve ficar restrita às hipóteses em que é ne-
cessária aos imperativos da segurança nacional.

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Letra b.
Art. 173, § 2º, da CF/1988.

Questão 38 (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO DO AMAPÁ/ASSISTENTE


ADMINISTRATIVO/2018) No capítulo da Constituição Federal de 1988 que trata dos princí-
pios gerais da atividade econômica, há várias normas sobre o aproveitamento dos recursos
minerais. Dentre elas, NÃO está previsto que
a) as jazidas, em lavras ou não, constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de ex-
ploração ou aproveitamento, e pertencem à União.
b) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante conces-
são da União, por brasileiros ou estrangeiros, desde que atendidos o interesse nacional e a lei
orçamentária.
c) as cooperativas de atividade garimpeira terão prioridade na autorização ou concessão para
pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atu-
ando.
d) é garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra, e ao proprietário do solo é
assegurada a participação nos resultados da lavra.
e) a autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, não podendo ser cedida ou
transferida, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.

Letra b.
Art. 176 da CF/1988.

Questão 39 (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E GESTÃO DO RIO GRAN-


DE DO SUL/ANALISTA DE PLANEJAMENTO/2018) Nos termos do art. 170 da Constituição
da República, é correto afirmar que a ordem econômica é fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os dita-
mes da justiça social, e deve observar o seguinte princípio:
a) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasilei-
ras e que tenham sua sede e administração no País.

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b) Protecionismo e soberania nacional.


c) Erradicação das desigualdades regionais e sociais.
d) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante o mesmo tratamento para empresas conforme
o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
e) Livre concorrência, assegurado a todos o irrestrito exercício de qualquer atividade econômi-
ca, independentemente de autorização de órgãos públicos.

Letra a.
Art. 170, IX, da CF/1988.

Questão 40 (POLÍCIA MILITAR DO ESPÍRITO SANTO/OFICIAL COMBATENTE/2018) Con-


soante aos direitos e deveres individuais e coletivos previstos na Carta Constitucional, assinale
a alternativa correta.
a) É inviolável o sigilo das comunicações telefônicas, de dados, telegráficas e da correspon-
dência, salvo, no último caso, por ordem do Ministério Público, para fins de investigação crimi-
nal ou instrução processual civil.
b) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades sus-
pensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, acordão penal condenatório de se-
gunda instância.
c) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e posterior indenização em títulos da dívida pública,
ressalvados os casos previstos na Constituição.
d) A sucessão de bens de estrangeiros situados no País sempre será regulada pela lei brasi-
leira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ainda que lhes seja mais favorável a lei
pessoal do de cujus.
e) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

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Letra e.
Art. 5º, XXVI, da CF/1988.

Questão 41 (EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES/ADVOGADO/2017)


Analise os itens a seguir e considere as normas da Constituição Federal sobre a garantia de
sigilo para assinalar a alternativa correta.
a) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na própria
Constituição, sendo vedado tal ato por interesse social.
b) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e posterior indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos na própria Constituição.
c) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e posterior indenização em dinheiro ou isenções,
ressalvados os casos previstos na própria Constituição.
d) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ou títulos, ressal-
vados os casos previstos na própria Constituição.
e) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os
casos previstos na própria Constituição.

Letra e.
Art. 5º, XXIV, da CF/1988.

Questão 42 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA–CE/PROCURADOR


DO MUNICÍPIO/2017) O cumprimento da função social de propriedade urbana é verificado
pelo atendimento às exigências fundamentais de ordenação da cidade, as quais são expressas
no plano diretor, quando existir.

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Certo.
Art. 182, § 2º, da CF/1988.

Questão 43 (PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA–CE/PROCURADOR


DO MUNICÍPIO/2017) Segundo o STF, a competência normativa municipal para a ocupação
de espaços urbanos é mais ampla que o conteúdo aprovado no seu plano diretor. Assim, muni-
cípios com mais de vinte mil habitantes podem legislar sobre ordenamento urbano em outras
leis, desde que compatíveis com diretrizes estabelecidas no plano diretor.

Certo.
Segundo o STF:

A Constituição Federal atribuiu aos Municípios com mais de vinte mil habitantes a obrigação de
aprovar Plano Diretor, como ‘instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão ur-
bana’ (art. 182, § 1º). Além disso, atribuiu a todos os Municípios competência para editar normas
destinadas a “promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento
e controle do uso do solo, do parcelamento e da ocupação do solo urbano” (art. 30, VIII) e a fixar
diretrizes gerais com o objetivo de “ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem-estar dos habitantes (art. 182, caput).

Portanto, nem toda a competência normativa municipal (ou distrital) sobre ocupação dos es-
paços urbanos se esgota na aprovação de plano diretor.

Questão 44 (MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-


TO/2017) Segundo a CF, a propriedade rural deve cumprir a denominada função social. Para
o cumprimento dessa função, a CF prevê o cumprimento de determinadas exigências, como a
a) priorização da propriedade coletiva.
b) limitação de dimensão equivalente ao módulo rural.
c) exploração que favoreça o bem-estar do proprietário e dos trabalhadores.
d) manutenção da propriedade sem nenhum controle estatal.

Letra c.
Art. 186, da CF/1988.

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Questão 45 (TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITU-


TO/2017) Assinale a opção que corretamente, lista princípios que a Constituição assenta para
a ordem econômica:
a) Soberania nacional, propriedade privada, livre iniciativa e tratamento favorecido a empresas
brasileiras de sócios nacionais.
b) Livre iniciativa, tratamento favorecido a pequenas empresas com sócios nacionais, defesa
do meio ambiente, defesa do consumidor e redução das desigualdades sociais.
c) Soberania nacional, livre concorrência, defesa do meio ambiente, redução das desigualda-
des regionais e livre iniciativa.
d) Defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, defesa da atuação do estado como agen-
te regulador e produtor na economia, defesa da concorrência, propriedade privada e função
social da propriedade.
e) Soberania nacional, propriedade privada, livre iniciativa e tratamento favorecido a empresas
brasileiras de sócios nacionais.

Letra c.
Art. 170 da CF/1988.

Questão 46 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL/PROMOTOR DE JUSTI-


ÇA/2017) Nos moldes estabelecidos pelo artigo 174 da Constituição Federal, é INCORRETO
afirmar que
a) o Estado, como agente normativo e regulador da atividade econômica, exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para os
setores público e privado.
b) a lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equili-
brado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimen-
to.
c) a lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

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d) o Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em


conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
e) as cooperativas a que se refere o parágrafo 3º do artigo 174 da Constituição da República
terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de
minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o
artigo 21, inciso XXV, da Carta Federal, na forma da lei.

Letra a.
Art. 174, caput, da CF/1988.

Questão 47 (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/PROCURADOR MUNICIPAL/2017) Ten-


do como referência as disposições constitucionais relativas ao direito urbanístico, assinale a
opção correta.
a) A usucapião pró-moradia não será reconhecida ao mesmo possuidor mais de uma vez nem
é admissível em relação a imóvel público.
b) O plano diretor é obrigatório para todas as cidades brasileiras, uma vez que a propriedade
urbana cumpre sua função social somente quando atende às regras nele estabelecidas.
c) Compete concorrentemente ao município, ao estado e à União a promoção do adequado
ordenamento territorial.
d) Proprietário de solo urbano que, descumprindo o planejamento urbanístico, não promover
seu adequado aproveitamento, poderá ser penalizado, sucessivamente, com: IPTU progressi-
vo, parcelamento ou edificação em caráter compulsório e desapropriação-sanção.

Letra a.
Art. 183 da CF/1988.

Questão 48 (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ/ADVOGADO/2017) Assinale a opção


que apresenta princípio da ordem econômica arrolado no texto constitucional.
a) Intervenção estatal nos mecanismos de concorrência.
b) Propriedade privada.

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c) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento igualitário independente do impac-


to ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
d) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasilei-
ras, ainda que não tenham sua sede e administração no País.

Letra b.
Art. 170, II, da CF/1988.

Questão 49 (CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA DO MATO GROSSO/ADVOGADO/2017)


Nos termos do disposto na Constituição Federal quanto à Ordem Econômica e Financeira,
a) as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado, a não ser para fins de relevante interesse público.
b) é vedada a exploração direta de atividade econômica pelo Estado.
c) a lei disciplinará, com base no respectivo interesse privado, os investimentos de capital es-
trangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
d) é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
e) lei i reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, o incentivo
à concorrência e ao aumento dos lucros.

Letra d.
Art. 170, parágrafo único, da CF/1988.

Questão 50 (EMPRESA BAIANA DE ÁGUAS E SANEAMENTO/OPERADOR DE PROCESSOS


DE ÁGUA/2017) Assinale a alternativa correta sobre a proteção constitucional da pequena
propriedade rural, inclusive, quanto às ressalvas previstas expressamente.
a) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

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b) A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, só
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
c) A pequena propriedade rural, assim definida pelas regras de mercado, desde que trabalhada
pela família e destinada exclusivamente à produção de alimentos consumidos por ela, não
será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
d) A pequena propriedade rural, assim definida pelas regras de mercado, desde que trabalhada
pela família e destinada exclusivamente à produção de alimentos consumidos por ela, só será
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispon-
do a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

Letra a.
Art. 5º, XXVI, da CF/1988.

Luciano Dutra
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor de livros. Professor de
Direito Constitucional com ampla experiência em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames
de Ordem presenciais e on-line. Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado em
Ciências Militares.

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