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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 06ª VARA DA

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1000178-22.2021.8.26.0704 e código CBB788C.
FAMILIA E SUCESSÕES DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO -
SP

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MAURICIO JOSE MARCHI, protocolado em 05/04/2022 às 19:33 , sob o número WJMJ22405374153 .
Processo n.º 1000178-22.2021.8.26.0704
Ação Declaratória

NATHALIA FERNANDA MINAS DE SOUSA, por seu advogado, no final assinado, nos
autos da AÇÃO Declaratória, que lhe move TACIANA MARQUES DE SOUZA vem,
respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, em atenção ao r.despacho de fls., 229,
apresentar MEMORIAIS FINAIS, nos seguintes termos:

I- PRELIMINARMENTE
DA NULIDADE DO DEPOIMENTO DO Sr. GERALDO.

Antes da análise das razões finais, no seu conteúdo de mérito, este subscritor, reforça que foi
arguida a nulidade do depoimento do Sr. Geraldo, vide fls., 220/222, por clara interferência de
terceiros, não havendo que se falar em “microfonia”, conforme alegado pela autora, porquanto
as questões técnicas, ocorreram sempre antes da fala do depoente, razão pela qual, reforça a
necessidade de reconhecimento de nulidade do depoimento, ficando pré-questionada a matéria
desde já, sob pena de cerceamento da defesa.

II - DO MÉRITO

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E.JUÍZO
A presente ação de Declaratória de Reconhecimento de filiação Socioafetiva post mortem
deverá ser julgada integralmente improcedente, já que a autora não conseguiu demonstrar ao

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longo do processado, que o falecido tinha interesse no reconhecimento da filiação socioafetiva
da autora Taciana e diante da fragilidade da prova produzida no presente processado.

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In casu, para o deslinde do feito, basta notar que as relações de parentesco podem ser formadas
por vínculos naturais ou civis, conforme resultem de consanguinidade ou outra origem, nos
termos do estabelece o artigo 1.593 do Código Civil.

Nesse sentido, o Enunciado nº. 519 do CJF afirma que a posse do estado de filho é
fundamental, para que seja feito o reconhecimento da parentalidade socioafetiva:

“O reconhecimento judicial do vínculo de parentesco em virtude de


socioafetividade deve ocorrer a partir da relação entre pai(s) e
filho(s), com base na posse do estado de filho, para que produza
efeitos pessoais e patrimoniais”; no mesmo sentido, é o Enunciado nº
7 do IBDFAM:“A posse de estado de filho pode constituir a
paternidade e maternidade”

Já o art. 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que "o reconhecimento do estado


de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado
contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça"

De acordo com Rui Portanova, na obra, Ações de filiação e paternidade socioafetiva. 2º ed.
Livraria do Advogado. Porto Alegre: 2018, pagina 23, foi assertivo em suas elucidações,
vejamos:

“A paternidade socioafetiva é a relação paterno-filial que se forma a


partir do afeto, do cuidado, do carinho, da atenção e do amor que, ao
longo dos anos, se constitui em convivência familiar, em assistência
moral e compromisso patrimonial. O sólido relacionamento afetivo
paterno-filial vai formando responsabilidades e referenciais, inculcando,
pelo exercício da paternagem, elementos fundamentais e preponderantes
na formação, construção e definição da identidade e personalidade da
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pessoa. E assim, a relação paterno-filial vai sendo reconhecida não só


entre os parentes do grupo familiar, mas também entre terceiros
(padrinhos, vizinhos e colegas)”

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Com efeito, tanto a doutrina como a jurisprudência também apontam a necessidade de

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preenchimento de certos requisitos para o reconhecimento da paternidade socioafetiva, que
representam a Posse do Estado de Filho.

Dito isto, a filiação socioafetiva encontra sua fundamentação nos laços de afeto constituídos
pelo cotidiano, pelo relacionamento de carinho, companheirismo, dedicação e doação entre
aqueles que se consideram pais e aqueles que por eles são tratados como filhos.

No presente caso, os documentos carreados aos autos, pela autora demonstram que, de fato,
existiu uma certa relação de cuidado entre ela e o falecido Carlos, mas não capaz de efetivar o
reconhecimento de filiação socioafetiva, mormente porque, não se tratavam como pai e filha,
ao menos nada foi produzido nesse sentido.

Ademais, conforme reforçado na defesa, a autora informou em sua exordial, que haviam
laços de paternidade durante 29 anos, mas não conseguiu trazer aos autos, uma única foto do
de cujus, por exemplo abraçando a suposta filha afetiva ou bilhetes com declarações
pessoais, cartões de aniversário e etc.

Ora Excelência, vivemos em um mundo completamente tecnológico, onde as pessoas têm


tudo registrado e guardado em computadores, celulares e tablets, no entanto, no caso em tela,
a autora não conseguiu guardar uma foto sequer somente ela e o falecido?! Certamente, tal
situação causa estranheza.

Note-se, Excelência, que antes do falecimento do Sr. Carlos, ele teve o cuidado de direcionar
os seguintes bens: i) Apólice de seguro ao Gabriel; ii) VGBL – BRASILPREV, no valor de
R$ 500.726,60 (quinhentos mil, setecentos e vinte e seis reais e sessenta centavos) a filha
Juliana, conforme documentos em anexo:

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Nesse sentido, se teve o cuidado de direcionar bens a Juliana e ao Gabriel, por qual motivo
não direcionou a autora da ação?

A resposta não sabemos, mas certamente é porque a relação entre a autora e o falecido, não
eram tão próximas, quanto se alega na exordial e as fotos trazidas aos autos (não há nenhuma
foto somente a falecido e a autora) também demonstram isso.

Neste cenário, as provas documentais e argumentativas não demonstram laços de afeto


constituídos pelo cotidiano, pelo relacionamento de carinho, companheirismo, dedicação e
doação entre a autora e o falecido Carlos a ponto de caracterizar "posse de estado de filho",
mas apenas a demonstração de carinho e cuidado próprios da natureza deste que, conforme
consignado em sede de defesa, estendia os mesmos cuidados e afeto a outras pessoas, da
família ou de fora.

Melhor sorte não socorre à autora, no que tange a prova testemunhal, visto que os
depoimentos colhidos não comprovaram, de forma cabal, as suas alegações, diferente, da prova
produzida pela defesa.

III - DA OITIVA DE RENATO OKAMOTO

Na oitiva de Renato, ficou evidente o comportamento do Sr. Carlos, em sempre ajudar as


pessoas, dentro de suas possibilidades, conforme a necessidade de cada um, priorizando
sempre os estudos e o trabalho. É possível extrair da oitiva de Renato, que Sr. Carlos, o
apresentou a outros profissionais do mercado e que o falecido tinha o costume de ajudar as
pessoas.
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Ademais, o Sr. Renato, a partir do minuto 4:04, de sua oitiva, o mesmo fala o seguinte:
vejamos:

(...) “ Eu tive a oportunidade de ir uma tarde na casa dele também, e também

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alguns jantares de negócio, com pares de empresa corporativa no universo

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corporativo e depois eram mais mensagens mesmo...

Ainda assim, quanto questionado por esse subscritor, dentro da relação boa que o
Sr. Renato tinha com o Sr. Carlos, se em alguma dessas ocasiões o falecido
confidenciou, o interesse em reconhecer a filiação da Taciana a resposta de Renato
foi:

(...) Negativo

Restou cristalino, da oitiva do Sr. Renato, que o mesmo tinha uma relação boa com o falecido,
mas em nenhum momento, o falecido confidenciou com o mesmo o interesse de ver reconhecida
a filiação da Sra. Taciana, não mencionando em nenhuma das oportunidades o nome da autora da
presente ação, o que refuta os argumentos para reconhecimento do vínculo socioafetivo.

Ademais, na própria declaração de fls., 190, o Sr. Renato, confirma que o falecido jamais,
mencionou o interesse em ver reconhecida a filiação da Sra. Taciana, vejamos:

Ora, por qualquer angulo que se analise as provas produzidas, através do Sr. Renato Okamoto
(oitiva e declaração), é possível perceber, que o falecido além de ajudar as pessoas, caso
realmente tivesse interesse em ver reconhecida a filiação socioafeitva, teria feito isso em vida.

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Logo, a oitiva e a declaração do Sr. Renato Okamoto, corroboraram a tese da defesa, que não
restou demonstrado em nenhum momento do presente processado, o interesse do falecido, em
ver reconhecido o vínculo socioafetivo descrito na presente ação.

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IV - DA OITIVA DO INFORMANTE DO JUÍZO – EDEMAR MARIGONDI DE
SOUZA

Inicialmente, antes de rebater a oitiva do informante do Juízo, cabe aqui lembrar que o
depoimento do informante, não foi isento (artigo 457, parágrafo 2º NCPC), sendo de baixo
valor probatório, já que o mesmo é primo da autora e tem nítido interesse no sucesso da
ação.

Destaco a parte importante da oitiva de Edemar:

(....) “Ele fez um seguro de vida, acho que em nome do Gabriel para
não deixar eles desamparados. Eu creio que ele tinha tanta fé em
continuar prosseguir a vida, se ele tivesse uma oportunidade, né,
vesse que não ia conseguir sobreviver eu acho que ele passava, fazia
um testamento, infelizmente não deu tempo”

Da leitura do trecho do depoimento do informante, podemos verificar, que o Sr. Carlos deixou
o seguro para o Gabriel (filho da Taciana) para não deixaram desamparados, da mesma
forma, que deixou o valor de R$ 500.726,60 (quinhentos mil, setecentos e vinte e seis reais
e sessenta centavos) sua filha Juliana (VGBL) e claramente, não evidenciou o desejo de
deixar nada para a Taciana.

Outrossim, caso houvesse interesse do Sr. Carlos em deixar algo para a autora, teria deixado
através de seguro, VGBL, investimentos financeiros ou testamento, mas não o fez, apenas
deixou parte do seguro para o filho da autora (Gabriel). Ademais, caso Sr. Carlos tivesse
interesse em reconhecer Taciana, como sua filha fosse ou tivesse interesse em deixar bens para
a mesma, certamente o teria feito, conforme declaração das testemunhas ouvidas em Juízo.

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Note-se, que o Sr. Carlos, deixou bens para o Gabriel e Juliana, mas não direcionou nada
para Taciana, certamente, é porque a relação não era tão próxima, repisa-se, como foi
relatado na exordial.

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Frisa-se, ainda, que a oitiva do informante é contraditória, porque dado momento fala que o

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falecido tinha confidenciado o interesse em deixar algo para a Taciana, mas na prática, apenas
resguardou os interesses do filho da autora (Gabriel), para contribuição dos estudos da criança.

Nesta toada, por qualquer angulo que se analise a oitiva do informante do Juízo, não há como
atribuir forte valor probatório, pois evidente, que o mesmo tem interesse na ação, devendo ser
utilizado como simples informação.

V - OITIVA DO SR. GERALDO.

Conforme suscitado preliminarmente nestes memorias, foi suscitado ao longo do processo a


nulidade do depoimento, pois o Sr. Geraldo, foi claramente orientado por terceiros, razão pela
qual, torna-se a oitiva nula.

Não há como atribuir valor probatório, a oitiva do Sr. Geraldo, pois restou claramente
demonstrado no seu depoimento, que em determinados trechos a pessoa (estranha aos autos)
orientava o mesmo.

Ressalta-se, que caso ocorresse a Microfonia, conforme relatado pela autora, tal situação
ocorreria após a fala do Sr. Geraldo, e não antes, isso me parece lógico.

Da oitiva do Sr. Geraldo, nos poucos momentos que não estava sob a orientação de terceiros
(nulidade arguida), não soube declinar sequer o nome da autora da ação, tendo em seu
depoimento, chamado a mesma de “Tatiane”

Razão pela qual, requer seja acolhida a nulidade do depoimento, pois não há como atribuir
valor probatório ao depoimento totalmente nulo, diante da clara, repisa-se interferência de
terceiros.

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Por fim, vale mencionar novamente o posicionamento do diretor nacional do Instituto


Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM, Dr. Rolf Madaleno1:

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“O ideal seria investigar a filiação ou paternidade/maternidade

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socioafetiva enquanto a pessoa está viva. Depois de morta a pessoa,
a declaração de socioafetividade tem, em regra, o intuito da busca
de uma herança, e quando abarca apenas os aspectos materiais a
própria lei cria resistência, justamente para que um pai ausente
não queira apenas reconhecer um filho que morreu e ficar com a
herança dele. O caminho inverso também deve ser verdadeiro, pois
presentes os mesmos aspectos de cunho moral, já que reconhecer uma
filiação socioafetiva de um pai que já morreu certamente tem em mira
apenas os efeitos econômicos de uma herança”

VI - CONCLUSÃO

Assim, o que se depreende dos depoimentos e de relevância para o feito é que Carlos acolheu
a autora, porque se tratava de pessoa bondosa, e que claramente ajudava a todos que
necessitavam, e não porque dedicava interesse especial de exercer a paternidade da autora.

Fato é que se o falecido Carlos quisesse, poderia ter formalizado o interesse de exercer a
paternidade em relação à autora, mas não o fez, usando os seus bens e posses para ajudar a
todos que dela necessitassem (Gabriel – Seguro e Juliana VGBL).

Em suma, existe grande distância entre a realidade de um padrasto dispensar cuidados à sua
enteada, garantindo afeto e atenção e provendo necessidades, e a
possibilidade/conveniência de, em nome de laços socioafetivo, reputá-lo genitor para
efeitos jurídicos, apenas para alcançar interesses patrimoniais.

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1 http://www.ibdfam.org.br/noticias/5768/Justi%C3%A7a+reconhece+filia%C3%A7
%C3%A3o+socioafetiva+post+mortem
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Vale lembrar que a filiação socioafetiva reclama a vontade e o reconhecimento recíproco


de ambos os envolvidos, o que não se verificou com segurança no caso concreto.

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Ante o exposto, requer seja Julgado Integralmente improcedente a presente demanda, pois a

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autora não conseguiu demonstrar, o claro interesse do falecido, em ver reconhecida a filiação
socioafetiva.

Ternos que,

Pede e espera deferimento

São Paulo, 05 de abril de 2022.

MAURICIO JOSE MARCHI

OAB/SP 281.884

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