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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA
VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PEDERNEIRAS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ FERNANDO MAIA, protocolado em 30/10/2023 às 17:27 , sob o número 10028221020238260431.
– ESTADO DE SÃO PAULO.

JAILMA MARIA DA ROCHA GUIMARÃES,


brasileira, casada, corretora de imóveis, inscrita no CPF sob o número 293.455.908-46,
portadora do RG nº 32.588.009-8, residente na Rua Virginio Faria, nº 1564, CA ZN
TR Oeste, Jd. Pacaembu, Pederneiras/SP, CEP 17.280-000,
jailmarocha.adv@gmail.com, neste ato, representada por seus Advogados e
Procuradores (Instrumento de Procuração anexo), todos integrantes do Escritório LF
MAIA SOCIEDADE DE ADVOGADOS, com sede na cidade de Bauru/SP, à Rua
Jamil Gebara, nº. 1-55, Jardim América, CEP 17017-150, endereço eletrônico
civel@lfmaia.com.br, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a
presente

em face de NELSON SFORZA JUNIOR, brasileiro,


solteiro, documento de identidade RG nº 42.105.645-9 SSP/SP, inscrito no cadastro
nacional de pessoa física sob o nº 318.381.738-11, com endereço na R. Ten. Lopes,
281 - Centro, cidade de Jaú - SP, CEP: 17.201-460 (demais dados desconhecidos - artigos
319, §§ 2º e 3º), pelas razões de fato e direito a seguir expostas:

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I – DOS FATOS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ FERNANDO MAIA, protocolado em 30/10/2023 às 17:27 , sob o número 10028221020238260431.
A autora da ação, Jailma, é vendedora de imóveis e
trabalha em uma empresa do ramo. O réu, Nelson, também é corretor de imóveis e
trabalha em uma empresa “concorrente”.

A parte autora sempre trabalhou de forma absolutamente


honesta e satisfatória, dedicando-se integralmente ao seu labor, sempre atuando dentro
de sua função e em benefício da sua empresa, sem nenhum demérito em qualquer
lugar.

Eis que o Requerido Nelson, de forma gratuita e sem


qualquer motivo, compartilhou com uma terceira pessoa (Murilo) o holerite da autora,
através de um aplicativo de mensagens, com o intuito de difamá-la e ridicularizá-la,
fazendo comentários depreciativos sobre o salário dela.

O réu dolosamente difama a autora, com o claro propósito


de macular sua honra perante o seu círculo social:

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A pessoa que recebeu a mensagem com as ofensas, Sr.
Murilo, também se sentiu constrangido com a conduta do réu, pois também atua no
ramo imobiliário.

A autora teve sua privacidade invadida, sua honra e


dignidade violadas, e sofreu abalo moral significativo, tendo em vista que suas
informações pessoais, como o valor de seu salário, foram expostas sem sua autorização
e de forma difamatória.

O caso teve repercussão na sua vida profissional, pois esses


fatos chegaram ao conhecimento de quase todos os departamentos da empresa para a
qual presta serviços e todas as pessoas ficaram horrorizadas com a atitude reprovável
do Requerido.

É bem verdade que o Réu já foi corretor de imóveis na


mesma empresa que atualmente emprega a parte Autora, sendo certo que a sua saída
foi conflituosa, envolvendo até uma reclamação trabalhista e isso pode ter contribuído
para que o Requerido tomasse esta conduta indecorosa.

De mais a mais, estes fatos também foram suficientes a


afetar a vida pessoal da parte autora, tendo envolvido o seu marido, que ficou
enfurecido com a situação e foi necessário muito cuidado e cautela para acalmá-lo,
causando abalo na relação afetiva da parte Autora.

O comportamento do réu é repudiável e inaceitável, uma


vez que fere os princípios da moralidade, ética e respeito, além de violar a privacidade
e a honra da autora.
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Há provas concretas que comprovam a conduta ilícita, não
apenas pelos prints de conversas de whatsapp em que constam as ofensas proferidas

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por Nelson, mas também pelo depoimento de Murilo que, na qualidade de testemunha
fundamental, confirmará o recebimento das mensagens difamatórias.

É salutar refletir a respeito do fato de que os servidores


públicos estão sujeitos à divulgação de seus salários na internet. Todavia, trata-se de
uma questão de transparência com a destinação da verba do contribuinte e dos
princípios norteadores do Estado democrático de direito. Por outro lado, deve ser
veementemente reprovada a conduta do indivídio que se utiliza destas informações,
notadamente de profissionais que ganham os salários mais baixos no serviço público
(tal como garis e/ou profissionais da saúde) para ridicularizar a remuneração
percebida, caçoando da contraprestação recebida pelo árduo suor dedicado por tantos
trabalhadores para sustentar com dignidade as suas famílias.

Vale ponderar, por fim, que no dia 25 de fevereiro de 2023,


foi lavrado o Boletim de Ocorrência com a descrição dos fatos e eventos narrados
(reprodução parcial do documento anexo):

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A Requerente é uma profissional organizada, dedicada,
educada e que não poupa esforços para fazer o bem para todas as pessoas do seu
círculo social, jamais imaginaria que seria vítima de tamanha desumanidade por parte
do Requerido.

Diante disso, a Autora requer a condenação do réu ao


pagamento de indenização por danos morais, tendo em vista o grave abalo emocional
que sofreu em decorrência da conduta ilícita, notadamente a exposição indevida de sua
privacidade e a diminuição da sua honra em razão do seu salário que, na visão do
Requerido, seria simplório.

Contudo, na realidade, o salário da Requerente é o fruto de


muito suor e está consubstanciado na verba que leva o alimento que sacia a fome dos
seus filhos e jamais deveria ter sido objeto de chacota, zombaria e gozação por parte
do Requerido, que se utiliza da sua posição econômico-social para desmoralizar uma
ex-colega de trabalho.

Esta é a exposição dos fatos.

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II – MÉRITO

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Ao praticar a conduta ilícita, o Requerido causou inúmeros
transtornos à parte autora, sobretudo porque ela se viu desclassificada perante colegas,
amigos e familiares, gerando burburinhos na empresa.

Relembre-se que o dano moral indenizável exige a


conjugação dos seguintes fatores, independentemente de se tratar de responsabilidade
objetiva ou subjetiva: dano, ilicitude e nexo causal. No dizer de Humberto Theodoro
Júnior (“Dano Moral”, 4ª edição, São Paulo, Juarez de Oliveira, 2001, p. 31):

Mais do que qualquer outro tipo de indenização, a reparação do


dano moral há de ser imposta a partir do fundamento mesmo da
responsabilidade civil, que não visa a criar fonte injustificada
de lucros e vantagens sem causa.

Aliás, a indenização nessas hipóteses, como assente


doutrina e jurisprudência, se justifica, de um lado, pela ideia de punição ao infrator, e,
de outro, uma compensação pelo dano suportado pelo comportamento daquele. Aquele
mesmo autor salienta que:

... ao condenar o ofensor a indenizá-lo a ordem jurídica teria


em mente não só o ressarcimento do prejuízo acarretado ao
psiquismo do ofendido, mas também estaria atuando uma
sanção contra o culpado tendente a inibir ou desestimular a
repetição de situações semelhantes (op. cit., pág 33).

E, no caso em apreço, se fazem presentes a ilicitude de


comportamento e o dano, isto é, a ofensa ao bem jurídico.

Sobre o tema, parcela da doutrina classifica o dano moral


como uma lesão aos direitos de personalidade, sobretudo porque afetam a esfera íntima
da pessoa, no seu estado psicológico. Nesse sentido, verifica-se uma violação de
direito protegido pela Constituição de 1988, que, nos incisos V e X do artigo 5º,
dispõem que:
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Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

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estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,nos
termos seguintes: [...] V - e assegurado o direito de resposta,
proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem; [...] X - São invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas,assegurado o direito à indenização por dano material
ou moral decorrente de sua violação.

Para tanto, o legislador infraconstitucional previu, no


Artigo 186 do Código Civil, a possibilidade de mitigação pelos danos sofridos, ainda
que exclusivamente morais, por intermédio da reparação pecuniária ante a constatação
de ofensa a direito ou cometimento de ilícito civil. Vejamos o supracitado dispositivo:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Desta forma, ainda que o indivíduo pratique um ato que


cause dano exclusivamente moral a outrem, cometerá o ilícito mencionado no
dispositivo e obrigatoriamente deverá reparar o prejuízo, conforme determinação do
art. 927 do Código Civil:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Noutro giro, a legislação civil ao tratar dos crimes


supostamente praticados pelo Requerido, disciplina que aquele que denigre a imagem,
gerando dano à honra objetiva (calúnia, difamação ou injúria) de seu semelhante,
deverá, obrigatoriamente, o reparar por tais prejuízos causados, conforme dispõe o
artigo 953 do Código Civil, a saber:

Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia


consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido.
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No caso em apreço, a autora teve sua privacidade invadida,
sua honra e dignidade violadas, e sofreu abalo moral significativo, tendo em vista que

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suas informações pessoais, como o valor de seu salário, foram expostas publicamente
sem sua autorização e de forma difamatória, impactando negativamente a sua honra,
com repercussões suficientes para prejudicar a sua vida pessoal e profissional, com
densidade suficiente para causar dano moral à Requerente.

É, pois, inequívoca a afirmação da presença de todos os


requisitos caracterizadores da indenização. Neste sentido temos os diversos
precedentes de casos semelhantes:

INDENIZATÓRIA. Conversa em grupo de WhatsApp com conteúdo


ofensivo. Danos morais devidos. Sentença mantida. Negado
provimento ao recurso. (TJ-SP - RI: 10004868220228260426 SP
1000486-82.2022.8.26.0426, Relator: Paulo Sérgio Jorge Filho, Data
de Julgamento: 27/10/2022, 2ª Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: 01/11/2022)

APELAÇÃO. Indenizatória por dano moral. Injúria e difamação.


Autora que teve a foto divulgada, acompanhada de comentário
ofensivo à honra na rede social facebook pela ré, a qual também
denegriu a imagem da demandante em whatsapp enviado à filha da
autora. Desmoralização e ataque pessoal. Dano moral incontestável.
Fixação do quantum em R$ 10.000,00 que atende os critérios de
razoabilidade e proporcionalidade. Manutenção da sentença.
Recursos a que se nega provimento. (TJ-SP - AC:
10030903020178260575 SP 1003090-30.2017.8.26.0575, Relator:
José Rubens Queiroz Gomes, Data de Julgamento: 19/03/2019, 7ª
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 19/03/2019)

Palavras ofensivas imputadas à vítima e encaminhadas através de


mensagens privadas por WhatsApp: "lixo, bosta, recalcado" e
possuidor de "uma bola só" – Injúria evidenciada – Dano moral
configurado nos autos – A consumação da injúria ocorre no instante
em que a vítima toma conhecimento da imputação ofensiva sendo
inexigível conhecimento por parte de terceiros – Precedentes
doutrinários e jurisprudenciais – Revelia do réu nas duas instâncias a
corroborar os fatos alegados pelo autor, inclusive o pleito e o

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quantum dos danos morais ora arbitrados em dez mil reais – Recurso
provido. (TJ-SP - RI: 10108273720208260007 SP

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1010827-37.2020.8.26.0007, Relator: Paulo Lúcio Nogueira Filho,
Data de Julgamento: 19/02/2021, 5ª Turma Recursal Cível e Criminal,
Data de Publicação: 19/02/2021)

RECURSO INOMINADO. Dano moral. Ofensas propaladas na rede


social "Facebook". Direito constitucional à liberdade de expressão e
manifestação não é ilimitado. Abuso do direito. Direito de crítica dá
conta da possibilidade de formulação de juízos pejorativos, o que
não significa, todavia, que o crítico possa fazer uso de expressões
formalmente injuriosas ou aquelas desnecessárias e alheias ao
pensamento, que venham a constituir ofensa à honra da vítima.
Dimensão do alcance que não pode ser menosprezada. Dano moral
configurado. Condenação mantida e fixada em dois mil reais para
cada recorrido. Recurso conhecido e não provido. (TJ-SP - RI:
10060129120218260320 SP 1006012-91.2021.8.26.0320, Relator:
Ricardo Truite Alves, Data de Julgamento: 25/03/2022, 2ª Turma
Cível, Data de Publicação: 25/03/2022)

Portanto, com amparo na orientação da jurisprudência


firmada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, sem dúvida, a situação
narrada no presente feito também trouxe transtornos e sentimentos de frustração,
raiva e angústia, suficiente a fazer emergir o dever de indenizar.

No tocante ao quantum indenizatório, deve-se considerar


valor suficiente não só para reparar o dano sofrido, mas também para servir de
exemplo e punição do Requerido, sem que configure enriquecimento sem causa para a
Requerente.

Assim, o valor equivalente a 10 salários mínimos revela-se


condizente com a hipótese dos autos, ante o constrangimento, desconforto e
desequilíbrio emocional sofrido, que extrapola os incidentes do cotidiano a que todos
estamos sujeitos.

Assim, de rigor a procedência dos pedidos.

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III. PROVAS A SEREM PRODUZIDAS

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Em especial, REQUER-SE a intimação e oitiva da
testemunha para qual as mensagens foram enviadas:

MURILO GIGLIOTTI SEGA


CPF: 384.541.078-78
RG: 40.894.648-09
Endereço: Rua Rui Barbosa, 736 - Centro - Jaú - 17210-000
Contato: (14) 99749-3382

Bem assim, PROTESTA a oportunidade de provar o


alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente pelo
depoimento pessoal do Réu, oitiva de testemunhas e juntada de documentos.

IV. GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Nos termos do artigo 99, § 1º, do Código de Processo Civil,


REQUER a concessão dos benefícios da gratuidade judiciária para todos os atos do
processo, já que, no caso em questão, a parte autora é corretora de imóveis e não tem
condições financeiras de arcar com as despesas processuais sem prejudicar o próprio
sustento ou da sua família.

Além disso, a Requerente é pessoa física, vulnerável, que


foi vítima de uma conduta ilícita por parte do réu, o que torna ainda mais evidente sua
necessidade de proteção e assistência jurídica, com fundamento no Artigo 5º, LXXIV
da Constituição Federal e Art. 98 do Código de Processo Civil.

V. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência:

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● A concessão dos benefícios da justiça gratuita, por ser a
autora pobre na acepção jurídica do termo, conforme os

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preceitos do Artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e
Art. 98 do Código de Processo Civil;

● A condenação da Requerida ao pagamento de indenização


por danos morais correspondentes a 10 (dez) salários
mínimos, correspondente a R$ 13.200,00 (treze mil e
duzentos reais).

● A citação do Requerido, via postal, para, querendo,


responder a presente ação, sob pena de incidência dos
efeitos da revelia;

● Condenar o Requerido ao pagamento das custas


processuais e honorários advocatícios, caso seja vencido
em de eventual apresentação de Recurso Inominado contra
a futura sentença.

Por fim, REQUER-SE, a partir da juntada desta aos autos,


sejam todas as intimações remetidas em nome do Advogado LUIZ FERNANDO
MAIA, inscrito na OAB/SP, sob o nº 67.217, sob pena de nulidade, na forma do artigo
272, § 5º, do CPC. Sem prejuízo, para os efeitos do artigo 270, do CPC, as intimações
deverão ser remetidas para o e-mail civel@lfmaia.com.br.

Dá-se à causa do valor de R$ 13.200,00 (treze mil e


duzentos reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.
Bauru, 30 de outubro de 2023.

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P.p.
P.p.

OAB/SP 239.166
OAB/SP 67.217
Luiz Fernando Maia

Luiz Augusto Almeida Maia


P.p.
P.p.

OAB/SP 333.446
OAB/SP 229.359
Alberto Quercio Neto

José Carlos Peres Júnior


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