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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000240-69.2020.5.09.0015

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 21/03/2020


Valor da causa: R$ 42.000,00

Partes:
RECLAMANTE: TAMYRES SILVA DE AGUIAR
ADVOGADO: LUCAS DOS SANTOS CORREA
RECLAMADO: CENTRAL FARMA LTDA - ME
RECLAMADO: F F FARMACIA LTDA
RECLAMADO: José Carlos Pereira
PERITO: VILSON LUIZ WESOLOVSKI
TERCEIRO INTERESSADO: UNIÃO FEDERAL (PGF)
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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA
15ª VARA DO TRABALHO DE CURITIBA\PR.

FABIANA SARAMENTO MEI com CNPJ nº 33.291.354\0001-


91, com endereço comercial a Rua Joao Nestor Simas,
nº 300 LIDIA Duarte, Camboriú\SC, neste ato
representada pela sua única sócia senhora FABIANA
SARAMENTO, brasileira, divorciada, cuidadora de
idosos, inscrita sob o CPF nº 046.326.509-27, RG nº
4.396.010, CTPS nº 4879216, Série 001-0\SC, PIS
nº136.57026.72-9, domiciliada na Rua Leandro
Bertoldi, nº 249, Bloco D, AP 202, Cedro,
Camboriú\SC, CEP. 88341589, telefone 47 99276-6874,
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por
intermédio de seu procurador, abaixo assinado, com
fulcro nos artigos 300, caput e §§ e 301, ambos do
Código de Processo Civil e artigo 847 da
Consolidação das Leis do Trabalho apresentar:

CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO na Reclamatória


Trabalhista movida por, TAMYRES SILVA DE AGUIAR pelos motivos de
fato e de direito que passa a expor:

I) – DAS INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES.

Rua Anitápolis, n. 220, Edifício Taquaras, sala 01, Bairro Vila Real, Balneário Camboriú / SC,
E-mail: weschter@gmail.com, Telefone: (47) 2125-7716

Assinado eletronicamente por: KARINA GARRIDO PEREIRA DA SILVA - 25/05/2020 17:09:06 - 1b79352
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Número do processo: 0000240-69.2020.5.09.0015 ID. 1b79352 - Pág. 1
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Informa este procurador que ao tentar acessar o TRT9


não conseguiu por ausência de cadastro. Ao tentar cadastrar não
obteve êxito advindo a informação de divergência dos dados
cadastrais impossibilitando o cadastramento.

Desta forma, a presente defesa esta sendo apresentada


com o registro de uma colega de trabalho, requerendo , se possível,
que esta Vara do Trabalho habilite este procurador nos autos para
que as intimações passem a ser enviadas exclusivamente a este.

Requer, sob pena de nulidade e contrariedade ao


disposto na Súmula 427 do Eg. Tribunal Superior do Trabalho, que
todas as publicações, intimações e notificações sejam expedidas em
nome do advogado ALMIR CLEOMAR WESCHTER (OAB/SC 44.605), com
endereço profissional constante em nota de rodapé.

II) BREVE RESUMO DA DEMANDA.

A Reclamante alega em sua exordial que teria mantido


uma relação de emprego sem contrato assinado com uma das
Reclamadas, arrolando varias empresas no polo passivo da demanda,
valorando a causa em R$ 42.000,00.

Em uma petição confusa a Reclamante informa que todas


as rés, inclusive a hora contestante, FABIANA SARAMENTO fazem parte
de um grupo econômico com o sexto Réu, JOSÉ CARLOS PEREIRA, que
seria, na versão da Reclamante, sócio da real tomadora dos
serviços.

III) DA IMPUGNAÇÃO DOS DOCUMENTOS

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A Reclamante juntou aos autos, nas páginas 37 e 38, um
documento apócrifo e sem valor jurídico informando equivocadamente,
na pagina 37, que a hora Contestante, seria uma MEI, Micro
Empreendedora Individual, e, na pagina seguinte, no mesmo
documento, consta a informação de que o Sr. JOSÉ CARLOS PEREIRA
seria sócio desta MEI.

O documento juntado aos autos não tem valor jurídico


sendo retirado de pagina duvidosa da internet. O documento
contradiz até mesmo o documento juntado pela própria Reclamante na
página anterior, oriundo da pagina da Receita Federal, onde se
constata que o CNPJ da Contestante é de uma MEI e cujo único sócio,
é, nem poderia ser diferente, a Sra. FABIANA SARAMENTO, hora
Reclamada.

IV) DA ILEGITIMIDADE PASSIVA

A Reclamante ajuizou a presente demanda em face de


CENTRAL FARMA LTDA e arrolou a hora Contestante FABIANA SARAMENTO
MEI 33.291.354\0001-91 alegando possuir sociedade com o Sr. JOSÉ
CARLOS PEREIRA que faria parte de um grupo econômico com a 1ª
Reclamada.

Contudo, o que se observa é que ocorreu um erro quanto


às pessoas jurídicas incluídas no polo passivo da presente demanda,
uma vez que a hora Contestante não possui qualquer relação e até
mesmo desconhece todos os demais partes arroladas pela Reclamante.

Como se observa, a própria Reclamante informa que a


Contestante seria uma Micro Empreendedora Individual, sendo que
esta modalidade empresarial não comporta sociedade.

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Outro sim, o documento juntado aos autos que seria a
prova da Reclamante de que a ora contestante teria uma sociedade
com o sexto Reclamado, que seria sócio da primeira Reclamada, não
tem valor jurídico e é contraposto pelo outro documento da pagina
36 que foi emitido pela Receita Federal informando que a hora
Contestante é uma MEI, ou seja, uma sociedade unipessoal.

É notório ainda que as atividades desenvolvidas pela


Contestante sequer são semelhantes com aquelas que a Reclamante
postula a figuração de grupo econômico, ademais, uma MEI jamais
poderia compor um grupo econômico.

É fato ainda que a Contestante desconheça a


Reclamante, desconhece as demais Reclamadas e nunca residiu no
Estado do Paraná.

Outro sim, mesmo que a Contestante tivesse algum tipo


de sociedade com o sexto Reclamado, que, segundo a Reclamante,
seria sócio da primeira Reclamada, ainda assim não teria
legitimidade passiva para figurar no polo passivo da presente
demanda.

Não há qualquer indicio da participação da Contestante


nas atividades empresariais do 1º Réu nem mesmo das demais partes
arroladas, na verdade, não há qualquer pretensão dirigida a
Contestante a não ser o pedido de responsabilidade solidaria, e,
subsidiariamente, a responsabilidade subsidiária pelas verbas
alegadas, fundamentado a inclusão no polo passivo apenas em uma
folha impressa retirada da internet sem qualquer valor jurídico.

Outro sim, as atividades da Contestante em nada se


assemelham com as atividades da real empregadora, nem mesmo com as
atividades do “suposto” sócio da Sexta Reclamada que seria sócio da
real empregadora, o ramo de atividades das demais Reclamadas é

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vendas de medicamentos e a atividade da Contestante, segundo a
Receita Federal, é “Atividades de fornecimento de infraestrutura de
apoio e assistência a pacientes em domicilio”, sendo, mesmo que
tivesse alguma identidade de sócios na MEI contestante, ainda assim
não restaria demonstrado a efetiva comunhão de interesses e atuação
conjunta das empresas integrantes, disposta np parágrafo 3º do art.
2º da Lei 13.467\17.

Estabelece ainda o art. 3º do CPC que: "Para propor


ou contestar ação é necessário ter interesse e
legitimidade." No que diz respeito à legitimidade
das partes, preleciona o ilustre processualista
Celso Agrícola Barbi, apud Comentários ao Código de
Processo Civil, Forense, 5ª ed., vol. I, p. 52, no
sentido de que:

"A legitimidade é o segundo requisito exigido pelo


art. 3º para que o autor possa propor ação, e para
que o réu possa contestá-la. É usualmente
denominada legitimação para a causa, ou
'legitimatio ad causam'."

Continuando, o nobre Celso Agrícola Barbi (Ob. e p.


cit.) leciona a respeito da legitimação para a causa:

"Significa ela que só o titular de um direito pode


discuti-lo em juízo e que a outra parte na demanda
deve ser o outro sujeito do mesmo direito. Ou, na
precisa definição de Chiovenda: 'é a identidade da
pessoa do autor com a pessoa favorecida pela lei, e
a pessoa do réu com a pessoa obrigada'."

Destarte, se a ação for intentada contra pessoa que


não seja o "outro sujeito" da relação de direito, indubitável que o
Magistrado não poderá julgar o mérito e, simplesmente, extinguirá o
processo por faltar legitimidade à parte passiva e, portanto, não
haver uma das condições da ação, consoante o art. 329, c/c o art.
267, VI, ambos do Código de Processo Civil vigente.

Manter a Contestante no polo passivo da ação é


presumir a solidariedade, quando solidariedade não se presume.

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"... Não há, solidariedade sem lei que a
estabeleça, por motivo de relevância e de equidade,
ou sem a vontade claramente manifestada pelas
partes." (Wilson Busada, Com. ao Código Civil, Vol.
4, Tomo I, p. 279).

Este princípio está estabelecido no CCB em seu artigo


265; que assim, dispõe: "A solidariedade não se presume, resulta de
lei ou da vontade das partes.”.

Não há, pois, como impor à Contestante a posição de


codevedora e de suportar as consequências da culpa de terceiros.

Do exposto, conclui-se, portanto, que não tem


legitimidade para responder por qualquer verba a que eventualmente
tenha direito a Reclamante, por ser parte ilegítima.

Frisa se ainda que este procurador entrou em contato


com o procurador da Reclamante informando que a Contestante é
pessoa humilde, desempregada, que jamais morou ou laborou no Estado
do Paraná, que possuía uma MEI para tentar um trabalho como
cuidadora de idosos e que desconhece as partes, solicitando a
retirada do polo passivo da demanda a fim de evitar maiores
prejuízos para a demanda, sendo que o procurador informou que a
defesa deveria ser apresentada nos autos.

Logo, se requer que, seja declarada a ilegitimidade


passiva da demandada FABIANA SARAMENTO MEI 33.291.354\0001-91, ou,
no mérito, não seja reconhecida a responsabilidade
solidária\subsidiária da Contestante, condenado a Reclamante, em
ambas as situações, aos honorários sucumbenciais de 15% do valor
atribuído a causa em favor do procurador da Contestante.

V) DA TENTATIVA DE ACORDO.

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Desde já a Contestante informa que não possui qualquer


interesse em tentativa de acordo por desconhecer as partes e
entender que não possui qualquer relação com o eventual vinculo de
trabalho da Reclamante.

VI)DO DEPOIMENTO POR CARTA PRECATÓRIA OU DA AUDIÊNCIA POR VIDEO


CONFERENCIA

Como já informado anteriormente a Contestante reside


em um bairro humilde da Cidade de Camboriú\SC, não possui veículos
tampouco condições financeiras para se deslocar até o Estado do
Paraná a fim de comparecer a eventual audiência de tentativa de
acordo (o que não possui interesse).

Outro sim, a situação atual brasileira impede muitas


vezes a circulação de pessoas entre estados e até mesmo entre
municípios, dificultando ainda mais a participação da Contestante
em audiências de tentativa de acordo ou de instrução e julgamento.

Assim sendo, a Contestante requer que o presente juízo


intime a Reclamante a fim de que esta informe se ainda insista na
oitiva pessoal da Contestante.

Em a Reclamante insistindo no depoimento pessoal da


Contestante, o que não se espera, mas, pelo principio da
eventualidade, se requer, inicialmente, que esta oitiva seja por
Carta Precatória a ser dirigida a Comarca de Balneário Camboriú, a
mais próxima da residência da Contestante, ou, subsidiariamente,
por vídeo conferencia com fundamento nos art. 385 e 453 do CPC.

VII) DA RECONVENÇÃO

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Conforme disposição expressa no art. 313 do CPC pode o


Réu, na Contestação, propor Reconvenção, o que faz a Contestante
pelas razões de fatos e de direito a seguir.

A Reclamante, ao propor a presente Reclamatória


trabalhista, arrolou indevidamente a Reconvinte, afirmando que esta
seria sócia de um dos sócios da sexta Reclamada que faria parte de
um grupo econômico com a real empregadora.

Ocorre que a Senhora FABIANA SARAMENTO é pessoa pobre,


humilde, sem posses, desempregada, que, ao fazer um curso de
cuidadora de idos, foi orientada a abrir uma MEI para aumentar as
chances de conseguir um trabalho como cuidadora de idosos.

A MEI foi aberta, mas jamais chegou a prestar


serviços, encontrando, encontrando-se ainda desempregada e
sobrevive de pequenos “bicos” e da ajuda financeira de amigos e
familiares.

Este procurador, ainda antes de fazer contrato com a


Reconvinte, entrou em contato com o procurador da Reconvinda, foi
informado que a Reconvinte não possuía qualquer ligação com
qualquer das partes e que sequer possuía condições financeiras para
arcar com uma defesa e que a MEI não possuía sócios, e nem, poderia
ter sócios ou pertencer a qualquer grupo econômico, requerendo a
retirada da Reconvinte do polo passivo sem qualquer custo para a
Reclamante, sendo que o procurador da Reclamante informou que
qualquer defesa somente seria aceita nos autos.

Assim sendo, a Reconvinte, necessitando apresentar


defesa, assinou o contrato de prestação de serviços no valor de R$

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3.000,00. Ante a impossibilidade financeira foi parcelado os
pagamentos.

Desta forma, a atitude da Reconvinda e de seu


procurador, causaram prejuízos a Reconvinte que além de necessitar
contratar um profissional para apresentar sua defesa, ainda
necessita gastar com deslocamentos em função da injusta demanda,
causando-lhe um prejuízo financeiro de R$ 3.500,00 (três mil e
quinhentos reais).

Isto posto, requer o recebimento desta Reconvenção, e,


ao final, condenar a Reclamante ao ressarcimento da quantia de R$
3.500,00 (três mil e quinhentos reais).

VIII) DA LITIGANCIA DE MÁ FÉ

Há muito se discute a punição aos litigantes de má-fé


no âmbito do processo do trabalho. Diariamente, diversas Ações
Trabalhistas são propostas pleiteando verbas que foram devidamente
pagas durante o contrato de trabalho ou mesmo verbas indevidas.

Segundo o Ministro Celso de Mello, “o processo não


pode ser manipulado para viabilizar o abuso de direito, pois essa é
uma ideia que se revela frontalmente contrária ao dever de
improbidade que se impõe às partes. O litigante de má-fé – trate-se
de parte pública ou parte privada – deve ter sua conduta
sumariamente repelida pela atuação jurisdicional dos juízes e dos
tribunais, que não podem tolerar o abuso processual como prática
descaracterizada a da essência ética do processo” AG (Edcl-AgRg) n.
2000.691 – DF.

No caso destes autos, é evidente a má-fé do reclamante


na medida em que procede de modo temerário ao tentar induzir o
Juízo em erro, alterando a verdade dos fatos e pleiteando parcelas

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sabidamente indevidas, como é o caso, por exemplo, do adicional de
acúmulo de função, adicional de periculosidade e diferenças de
gratificação de função. Deve, pois, ser punido na forma da lei.

O procedimento adotado pela Reclamante caracteriza


manifesta LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ, disciplinada no Art. 80 e 81 do CPC.
Devendo, desde logo ser condenada nas penas derivadas da LITIGÂNCIA
DE MÁ FÉ.

IX) DOS HONORÁRIOS

O § 3º do art. 790, da CLT, prescreve que: “É


facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais
do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de
ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a
traslados e instrumentos, àqueles que percebam salário igual ou
inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social”.

Conquanto se trate de mera faculdade do Juízo,


observa-se que o reclamante não se desincumbiu do ônus de provar
que não possui condições de arcar com a custa do processo e
honorários advocatícios (§ 4º do artigo citado).

Destarte, não havendo prova da insuficiência de


recursos para o pagamento de custas, não há que falar em
assistência judiciária gratuita.

Com relação aos honorários advocatícios, deverão ser


suportados pelo reclamante, haja vista a improcedência total da
presente ação.

Por fim, et ad cautelam, considerando-se a hipótese de


procedência parcial, deverão ser arbitrados os honorários de
sucumbência recíproca na forma do § 3º, do art. 791- A, da CLT. 7.

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X) CONCLUSÃO E REQUERIMENTOS

EX POSITIS, requer seja deferida a dispensa do


depoimento pessoal do Preposto da Contestante ou o seu deferimento
por Carta Precatória ou inda por videoconferência e ao final
declarada a ilegitimidade da parte com relação a Contestante.

Requer ainda a dispensa de juntada de Carta de


Preposto ante ao reconhecimento de que a Contestante tratar-se de
uma Micro Empreendedora Individual.

No mérito, que sejam julgados IMPROCEDENTES todos os


pedidos da petição inicial em relação a Contestante, com a
condenação da Reclamante ao pedido expresso na Reconvenção, custas
processuais e demais cominações legais, inclusive multa por
litigância de má-fé e honorários advocatícios na ação principal e
na Reconvenção.

Requer ainda que seja concedida a justiça gratuita a


Reclamada isentando de eventuais custas processuais.

Protesta por todo meio de prova em direito admitido.

Nestes Termos

Pede Deferimento.

Balneário Camboriú/SC, 25 de maio de 2020.

ALMIR CLEOMAR WESCHTER

OAB\SC 44.605

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