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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ILMAR CESAR CAVALCANTI MUNIZ, protocolado em 27/09/2023 às 15:51 , sob o número 10234085220238260016.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1023408-52.2023.8.26.0016 e código 10B6AECD.
DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO
PAULO - SP

DAVID ALENCAR DE SOUZA, brasileiro, solteiro,


desempregado, portador da Cédula de Identidade RG 32908416/SSP/SP,
regularmente inscrito no CPF/MF nº 289.218.268-90, residente e domiciliado na
Rua Felipe José de Figueiredo, nº 248, Bairro: Vila Paranagua, CEP 03807-300, São
Paulo – SP, e ELIZÂNGELA SOUZA SANTANA, brasileira, solteira,
comerciante, portadora da Cédula de Identidade RG nº 37.390.837-4/SSP/SP,
regularmente inscrita no CPF/MF nº 728.620.505-63, residente e domiciliada na
Avenida Manoel dos Santos Braga, nº 174, apto 158, Bairro: Vila Robertina, CEP
03807-320, São Paulo – SP, por intermédio de seu advogado que abaixo subscreve
(Procuração anexa), com escritório situado na Avenida Dom Pedro I, nº 2.167 - Vila
Pires - Santo André/SP - CEP: 09130-410, endereço eletrônico:
cavalcantemuniz@hotmail.com, local em que recebe, citações, notificações e
intimações, com fulcro nos artigos 187, 247 e 927 do Código Civil, propor a
presente:

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA CERTA C/C INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS

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Av. Dom Pedro I, nº 2.167, Vila Pires, Santo André – SP
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em face de LATAM Airlines Brasil, pessoa jurídica de direito

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1023408-52.2023.8.26.0016 e código 10B6AECD.
privado devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 02.012.862/0001-60, com sede na
Rua Ática, nº 673, andar 6, sala 62, Jardim Brasil, CEP 04634-042, São Paulo, SP,
pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:

1 – DOS FATOS

Os autores planejaram viagem com destino a Caldas Novas, GO,


motivo pelo qual adquiriram passagens da companhia aérea mencionada, com datas
e horários predefinidos tanto para ida quanto para volta.

Em decorrência de imprevisto na data de embarque (31/08/2023),


houve pequeno atraso na chegada ao aeroporto e o voo estava encerrado, sem a
possibilidade de check-in naquele momento.

Como há muito ansiavam pelo passeio, os autores optaram por seguir


de ônibus, confiando que a volta não seria prejudicada.

Aliás, a autora recebeu uma mensagem no sentido de entrar em contato


justamente para evitar que o voo fosse cancelado, e assim procedeu obtendo como
resposta o seguinte: “Não tinha nada de erro com o voo e que estava tudo certo”.

Contudo, o check-in relativo à volta não finalizava e pedia que entrasse


em contato novamente, só então para total surpresa e desespero da família, a parte
autora tomou nota de que a volta foi cancelada, sendo derrubada de forma
“automática”.

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Considerando que já estavam em Goiânia e precisavam retornar

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impreterivelmente no dia seguinte, a parte autora não teve opção a não ser a
contratação de outra passagem para a volta, agora de ônibus.

Em clara oposição ao primeiro atendimento prestado, no qual


assegurava estar tudo certo com o voo de volta, a ré abruptamente procedeu com
o cancelamento da passagem de volta.

Destaca-se que a única condição transmitida ao consumidor para que


pudesse garantir seu retorno era a de que seria necessário ligar para a companhia
aérea (e isto foi observado).

Em síntese, são os fatos.

2– DO DIREITO

A) DO RECONHECIMENTO DA RELAÇÃO DE CONSUMO

É nítida a relação de consumo neste caso, haja vista os autores serem


os destinatários finais, estando, portanto, nos moldes do disposto nos artigos 2º e
3º, § 2º, do CDC, fato pelo qual deve ser utilizado o Código de Defesa do
Consumidor:

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que


adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

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Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública

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ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes

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despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.

Houve uma clara violação aos Princípios que regem as relações de


consumo, constantes do artigo 4º, incisos I, III e IV do CDC, quais sejam: a Boa-fé,
a Equidade, o Equilíbrio Contratual e a Informação.

Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem


por objetivo o atendimento das necessidades dos
consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança,
a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua
qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das
relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no


mercado de consumo;

III - harmonização dos interesses dos participantes das


relações de consumo e compatibilização da proteção do
consumidor com a necessidade de desenvolvimento
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios
nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da
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Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e

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equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;

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IV - educação e informação de fornecedores e consumidores,
quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do
mercado de consumo.

Em vista disso, fica caracterizada a relação de consumo entre os autores


e a ré LATAM Airlines Brasil, devendo ser aplicado o Código de Defesa do
Consumidor no presente caso.

B) DA RESPONSABILIDADE

A natureza jurídica da responsabilidade civil repousa exatamente na


imputação civil do ato lesivo a quem lhe deu causa, para a finalidade de indenizar,
nos termos da lei ou do contrato, o dano injustamente suportado pelo agredido.

O fundamento da responsabilidade civil encontra amparo na exata


conduta comissiva ou omissiva do agente agressor ou do mero risco de determinada
atividade gerado por ele.

Pois bem.

A ANAC dispõe que se o cancelamento da passagem for realizado


pela transportadora, a empresa tem o dever de comunicar o passageiro sobre tal

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condição (ou sobre qualquer alteração) com antecedência mínima de 72 horas

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antes do voo.

Além disso, se a companhia aérea cancelar o voo em cima da hora,


deve fornecer ao consumidor assistência material, além de reembolso ou
reacomodação em outro avião.

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu


recentemente, em 11/09/2018, que o cancelamento automático unilateral da
passagem de volta por parte da companhia aérea, quando o consumidor não
comparece ao voo inicial, é prática abusiva vedada pelo Código de Defesa do
Consumidor.

Para o STJ, a referida conduta configura venda casada, pois


condiciona o fornecimento do serviço ao comparecimento do consumidor à viagem
de ida, violação do princípio da boa-fé objetiva dos contratos, além de ser
excessivamente onerosa para o consumidor, ofendendo, assim o Art. 39, inc. I, bem
como o Art. 51, incs. IV, XI, XV e §1º, I, II e III do código consumerista.

Caso consumidor, por qualquer motivo, não compareça ao


embarque no trecho de ida, pode a empresa adotar as medidas quanto à aplicação de
penalidades apenas com relação àquele trecho específico, não podendo isso,
entretanto, repercutir na viagem de volta (Disponível em
http://www.mpce.mp.br/decon/duvidas/bancos-e-financeiras/cancelamento-automatico-de-
passagem-aerea-de-volta-e-pratica-abusiva-mesmo-que-o-consumidor-perca-
ida/#:~:text=%E2%80%BA%20A%20Terceira%20Turma%20do%20Superior,C%C3%B3digo
%20de%20Defesa%20do%20Consumidor. Acesso em 22 de set. 2023).

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C) DO DANO MATERIAL

C.1) DA RESTITUIÇÃO POR FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO

Como dito, sem que haja justificativa a contento e desconsiderando


por completo o que já tinha sido prometido, os autores se viram onerados em
decorrência do equívoco grosseiro da companhia aérea, e precisaram desembolsar
valores extras a fim de viabilizar o retorno para casa:

Passagens aéreas R$ 503,09


Ônibus R$ 836,97
Total R$ 1.340,06

Portanto, é perfeitamente cabível e plausível a rescisão contratual,


com direito à restituição da quantia antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos (art. 35, III, da Lei nº 8.078/1990).

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D) DOS DANOS MORAIS

Não sendo difícil imaginar o desvalor suportado pelos autores, que


ficaram literalmente à mercê da boa-fé da ré, ao final, tudo se transformou em grande
transtorno e decepção. Os autores despenderam tempo e dinheiro entrando em
contatos infrutíferos com a ré, que os iludiu, demonstrando descaso para com os
consumidores.

Aduz CARLOS ROBERTO GONÇALVES:

“a responsabilidade objetiva funda-se, efetivamente, num


princípio de equidade, existente desde o direito romano:
aquele que lucra com uma situação deve responder pelo risco
ou pelas desvantagens dela resultantes [...]”. [...] “Quem
aufere os cômodos (lucros) deve suportar os incômodos
(riscos)”.

A jurisprudência segue no mesmo sentido:

“Processo: 1032033-32.2014.8.26.0100 Classe/Assunto:


Apelação/ Compra e Venda Relator (a): Gomes Varjão
Comarca: São Paulo Órgão julgador: 34ª Câmara de Direito
Privado Data do julgamento: 27/03/2018. Data de
publicação: 27/03/2018. Data de registro: 27/03/2018.
Ementa: Ação de indenização. Compra de produto não
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entregue. Responsabilidade da empresa que disponibiliza

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plataforma digital para intermediação do pagamento.

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Ocorrência de dano moral, cuja indenização, fixada em
R$2.000,00, deve ser mantida, por ser compatível com as
circunstâncias do caso e com as finalidades da condenação.
Recurso improvido.”

Como a autora não conseguiu solucionar a problemática diretamente


com a ré, fez-se necessário acionar o Judiciário para que tenha o seu direito atendido,
como também com o intuito de que se coíbam futuras práticas desse mesmo porte.

A reparação por dano moral, como se sabe, é assegurada pela


Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso X:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.

Juntamente com a Carta Magna, o Código Civil, em seu artigo 927,


também assegura a reparação por danos morais:

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Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar

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dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

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Não se pode conceber que a má prestação dos serviços de forma
contínua seja um mero aborrecimento do cotidiano. A realidade é que a situação
apresentada na presente ação rompeu esta barreira, razão pela qual a parte autora
busca justa reparação por todos os danos experimentados.

Deste modo, a Requerente deverá ser indenizada pelos danos


causados, bem como cabível o ressarcimento a título de danos morais, a ser arbitrado
por Vossa Excelência em conformidade com os princípios de equidade e justiça.

D.1) DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

No que concerne ao quantum indenizatório, tem-se o entendimento


jurisprudencial no sentido de que a indenização pecuniária não possui apenas cunho
de reparação de prejuízo, MAS TAMBÉM CARÁTER PUNITIVO OU
SANCIONATÓRIO, PEDAGÓGICO, PREVENTIVO E REPRESSOR: a
indenização não apenas repara o dano, mas também atua como forma educativa ou
pedagógica para o ofensor e a sociedade e intimidativa para evitar novas práticas
idênticas e/ou semelhantes.

De mais a mais, cabe lembrarmos que os direitos atingidos são mais


valiosos do que os bens e interesses econômicos discutidos, pois reportam à

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dignidade humana e à intangibilidade dos direitos da personalidade. As situações de

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angústia, paz de espírito abalada, de mal-estar e amargura devem somar-se nas
conclusões do juiz para que este saiba dosar com justiça a condenação do ofensor.

Assim sendo, deve-se verificar o grau de censurabilidade da conduta,


a proporção entre o dano moral e material e a média dessa condenação, cuidando-
se para não se arbitrar tão pouco a ponto de perder o caráter sancionador da medida.

Diante do caráter disciplinar e desestimulador da indenização, do


poderio econômico da empresa promovida, das circunstâncias do evento e da
gravidade do dano causado aos autores, mostra-se justo e razoável a condenação
da ré por danos morais num quantum indenizatório de 10 salários-mínimos,
que totaliza o montante de 13.200,00 (Treze mil e duzentos reais).

4 – DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS

Ante todo o exposto, pedimos e requeremos:

1) A inversão do ônus da prova em favor dos autores, nos termos do art. 6º, VIII,
do Código de Defesa do Consumidor;

2) A citação da ré, em seu endereço constante do preâmbulo da inicial, para que


venha contestar a presente, tempestivamente, sob pena de revelia;

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3) O reconhecimento da relação de consumo no presente caso;

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5) A TOTAL PROCEDÊNCIA da presente ação para condenar a ré nos danos
materiais aqui relacionados, danos que, somados, perfaz R$ 1.340,06 (Mil Trezentos
e Quarenta Reais e Seis Centavos);

6) A TOTAL PROCEDÊNCIA da presente ação para condenar também nos


danos morais configurados, os quais calculamos em 10 (dez) salários-mínimos (ou
R$ 13.200,00);

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, mormente aquelas de ordem documental e testemunhal.

Informa, ainda, interesse na conciliação.

Termos em que, dando-se ao pleito o valor de R$ 14.540,06


(Quatorze Mil Quinhentos e Quarenta Reais e Seis Centavos), pede deferimento.

Santo André - SP, 26 de setembro de 2023.

Ilmar Cesar Cavalcanti Muniz

OAB/SP 300.794

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