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Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais

PJe - Processo Judicial Eletrônico

27/01/2023

Número: 5000507-69.2021.8.13.0625
Classe: [CÍVEL] PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara Cível da Comarca de São João del-Rei
Última distribuição : 09/02/2021
Valor da causa: R$ 100.000,00
Assuntos: Indenização por Dano Moral
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
DENIMARCOS AURELIO DA SILVA (AUTOR)
CAIO CESAR DE CARVALHO (ADVOGADO)
MARCO ANTONIO DOS SANTOS JUNIOR (ADVOGADO)
LUIZ RICARDO VANZELOTI BAHENSE (ADVOGADO)
ESTANISLAU BATISTA DOS SANTOS JUNIOR
(ADVOGADO)
KENYA CAROLINE DO CARMO (ADVOGADO)
LUANA DAMARES DA SILVA (ADVOGADO)
MOEMA JUSSARA NEVES CANTELMO (RÉU/RÉ)
IZABEL LUIZA RESENDE (ADVOGADO)
BOLIVAR DE ABREU OLIVEIRA (ADVOGADO)

Documentos
Id. Data da Assinatura Documento Tipo
2258786398 09/02/2021 16:01 01-AÇÃO Inicial DENIMARCOS PETIÇÃO INICIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA
CÍVEL DA COMARCA DE SÃO JOÃO DEL REI-MG

DENIMARCOS AURELIO DA SILVA, brasileiro,


inscrito no CPF sob o nº 044.859.426-94, residente e domiciliado na Rua
Getúlio Vargas, nº 204, bairro Centro, Santa Cruz de Minas, CEP: 36.328-
000, por intermédio de seus advogados, mandato em anexo, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor

AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANO MORAL

em face de MOEMA NEVES, CPF: DESCONHECIDO, residente e


domiciliada na Rua Severo Albino Giarola, 223, Colônia do Marçal, São
João del Rei-MG CEP:36302-336, pelos motivos de fato e de direito a
seguir aduzidos.

I - DOS FATOS

O Requerente, é trabalhador autônomo, e faz transporte/frete de


carga para as pessoas dentro de São João Del rei-MG e Região.

Para divulgar seu trabalho, o autor utiliza-se das redes sociais mais
especificamente do FACEBOOK, no grupo “CLASSIFICADOS SÃO JOÃO DEL
REI E REGIÃO”, grupo destinado a esse tipo de divulgação.

Ocorre que ao postar a oferta do seu trabalho, foi surpreendido por


mensagens de uma mulher que se diz oficial de Justiça em tom de
prepotência e “deboche” sobre o seu veículo que é utilizado para os
transportes das cargas, com os seguintes dizeres: “Que horror.kkkkkk”.
(grifo nosso)

O autor indignado com a mensagem questionou:

Número do documento: 21020915450663000002256553767


https://pje.tjmg.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21020915450663000002256553767
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“Moema neves porque que horror?? Por acaso pedi a
senhora dinheiro para comprar a camionete para
trabalhar? Por acaso fiz algum serviço para a senhora e
não foi bem feito? Por acaso conheço a senhora ou
deveria conhecer? Horror deve ser a senhora que só vem
no Facebook para Criticar ou bisbilhotar o serviço ou a
vida dos outros...”

Não contente com o primeiro ataque, a Requerida novamente em


tom de prepotência em razão da sua classe social atacou:

“ Denimarcos Ambrosio, tenho um ótimo emprego


sou oficial de Justiça. Nunca te contrataria pra
mudar nessa fumaça que faz. Tenho como pagar
uma boa pessoa que faça minha mudança se fosse
o caso. Kkkkkkkk está uma vergonha. Kkkkkkkk
*bagunça”. (grifo nosso)

A humilhação em razão da condição social teve uma repercussão


muito grande, já que aconteceu em um grupo aberto em que conta com
quase 100.000 (cem mil) integrantes. Prints viralizaram em grupos do
whatsapp e em todos os meios de divulgação possível, inclusive em sites
de grande circulação e visualização, o Requerente se sentiu enormemente
constrangido e humilhado com tamanha situação.

A repercussão foi tanta, que os jornais locais imediatamente


veicularam matéria sobre o ocorrido, o próprio fórum da comarca de São
João Del Rei emitiu uma nota de esclarecimento e repúdio, o SINDOJUS-
MG (sindicato dos oficiais de Justiça) enviou através de seu advogado a
seguinte mensagem:

“Prezado Denimarcos, boa noite. Me chamo Bruno


Aguiar, sou advogado do SINDOJUS-MG, o Sindicato dos
Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Minas Gerais.
A Diretoria do Sindicato tomou ciência do absurdo e
lamentável fato ocorrido com você e se solidariza.
Informamos que a pessoa não é Oficial de Justiça, apesar
de ter informado isso no comentário que foi feito. Para
sua ciência, encaminhamos a nota de repúdio feita pela
Direção do SINDOJUS-MG.”

Número do documento: 21020915450663000002256553767


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Conforme os documentos em anexo, verifica-se que o requerente
teve um dano enorme à sua imagem e especialmente à sua moral, que
aconteceu sem motivo algum, uma vez que simplesmente publicou uma
oferta de serviços em um local próprio e adequado para tal.

Diante desta situação tão constrangedora e humilhante que


passou, o Requerente vem por meio da presente demanda, requerer a
devida reparação moral, uma vez que teve sua honra fortemente atingida.
Ademais o requerente visa a propositura da presente ação para que seja
além de tudo, uma medida preventiva, para que outras pessoas não
passem pela mesma situação vexatória pela qual passou.

II - DO DIREITO

DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, o requerente afirma não possuir recursos suficientes


para arcar com a taxa judiciária, às custas, as despesas processuais e os
honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família,
com amparo no artigo 98, caput c/c § 3º do artigo 99, ambos do Código
de Processo Civil, bem como na Lei 1.060/50. Motivo pelo qual exerce
neste ato o direito constitucionalmente assegurado à assistência jurídica
integral e gratuita, nos termos do inciso XXXV do artigo 5º da CRFB/88,
conforme atesta em declaração de hipossuficiência assinada em anexo.

DO DEVER DE INDENIZAR E DO DANO MORAL

A Constituição Federal, ao tratar dos direitos e garantias


fundamentais, deixa evidente a inviolabilidade de alguns direitos, inclusive
o da honra e imagem. Vejamos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:

Número do documento: 21020915450663000002256553767


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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;

Assim, em toda situação fática que resultou na desmoralização da


imagem e honra do requerente, restará a este o direito de ser indenizado
por tal ato.

O Código Civil brasileiro, no mesmo sentido, assim define quanto à


prática de ato ilícito. Segue in verbis:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Desta forma, ainda que o indivíduo pratique um ato que cause dano
exclusivamente moral a outrem, cometerá tal descrito no mencionado
dispositivo e obrigatoriamente deverá reparar o prejuízo, conforme
determinação do art. 927, do Código Civil.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Dessa maneira, ao praticar atos ilícitos, ainda que em rede social,


deverá ter que indenizar ou ressarcir o prejuízo causado, o que nota ser
exatamente o que ocorreu no caso em tela.

Neste sentido, notemos o posicionamento do Tribunal de Justiça do


Distrito Federal:

DIREITO CIVIL. CONSTITUCIONAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO


POR DANOS MORAIS. REDES SOCIAIS. FACEBOOK. DIREITO
À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E PENSAMENTO VERSUS
DIREITOS DE PERSONALIDADE. PUBLICAÇÃO DE FOTO E
MENSAGEM COM NÍTIDO CARÁTER OFENSIVO À HONRA
OBJETIVA DO AUTOR. DANO MORAL CONFIGURADO. DEVER
DE INDENIZAÇÃO. VALOR INDENIZATÓRIO. MANUTENÇÃO.
RAZOABILIDADE. SENTENÇA MANTIDA. 1 - Incontroverso
nos autos que a requerida publicou em sua página de
FACEBOOK a fato do autor acompanhada de mensagem com
a nítida intenção de atingir-lhe a honra objetiva, impondo-se
o reconhecimento dos danos morais. 2 - A liberdade de
expressão e do pensamento não é direito absoluto e deve ser
exercitado em respeito à dignidade alheia para que não
resulte em prejuízo à honra, à imagem e ao direito de

Número do documento: 21020915450663000002256553767


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intimidade da pessoa. 3 - Na hipótese, o texto divulgado pela
requerente extrapola os limites da liberdade de expressão,
visto que as colocações utilizadas mostram-se ofensivas e
desrespeitosas à honra e à imagem do autor, ultrapassando
os limites da boa-educação, urbanidade e polidez,
configurando, pois, ato ilícito capaz de gerar danos morais
indenizáveis (CC, arts. 186, 187 e 927). 4 - Desnecessária a
comprovação de dor e sofrimento quando demonstrada a
ocorrência de ofensa injusta à dignidade da pessoa humana,
visto que em tal caso o dano é presumido. 5 - Mostra-se
adequado e razoável o valor indenizatório fixado em R$
3.000,00 (três mil reais) na sentença, visto que arbitrado em
consonância ao grau de lesividade da conduta ofensiva, à
capacidade econômica da parte pagadora, à repercussão do
dano, à reprovabilidade da conduta e ao caráter preventivo.
6 - Recurso conhecido e desprovido.

(TJ-DF 20150110767689 0022955-31.2015.8.07.0001,


Relator: MARIA IVATÔNIA, Data de Julgamento:
10/05/2017, 5ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado
no DJE : 18/05/2017 . Pág.: 303/307)

Continuando, neste mesmo sentido, entende o Tribunal de Justiça


do Mato Grosso do Sul:

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS – PUBLICAÇÕES NA INTERNET – VIOLAÇÃO À
IMAGEM E HONRA – ABUSO DO DIREITO À LIVRE
MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO - DANO MORAL
CARACTERIZADO - INDENIZAÇÃO DEVIDA - VALOR
MANTIDO - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. O
princípio da liberdade de expressão não se mostra absoluto,
tendo seu limite no direito à intimidade, imagem e honra das
pessoas. Daí que é assegurado a qualquer cidadão o direito
a se expressar contra fatos ou até mesmo pessoas, desde
que essa exposição não cause dano à imagem, honra ou
intimidade do outro, como na hipótese. Assim, considerando
que ao exercer o direito de manifestação do pensamento o
réu violou direitos de imagem e honra do autor, está
configurado o ato ilícito e a obrigação de reparação dos
danos, ainda que exclusivamente moral. 2. Os R$ 10.000,00
fixados na sentença constituem valor capaz de compensar os
efeitos do prejuízo moral sofrido, bem como de inibir que o
apelante torne-se reincidente, atendendo aos princípios da
razoabilidade e proporcionalidade.(TJMS. Apelação Cível n.

Número do documento: 21020915450663000002256553767


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0800647-64.2019.8.12.0008, Corumbá, 4ª Câmara Cível,
Relator (a): Des. Sideni Soncini Pimentel, j: 16/06/2020, p:
18/06/2020)

Não obstante a isso, a legislação civil ao tratar dos crimes


supostamente praticados pela requerida, disciplina que aquele que denigre
a imagem, gerando dano a honra objetiva (injúria ou difamação) de seu
semelhante, deverá, obrigatoriamente, o reparar por tais prejuízos
causados.

Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia


consistirá na reparação do dano que delas resulte ao
ofendido.

Evidente que a Requerida tinha total ciência de que suas mensagens


veiculadas naquela página tinha o intuito de ferir e atacar tanto a honra
como a imagem da pessoa do Requerente, ressalta-se ainda que o grupo
possui muitos integrantes, por ser um grupo muito conhecido e
movimentado na cidade e Região, de modo que o fato teve densidade
suficiente para causar dano moral ao Requerente.

Inequívoco, portanto, a afirmação da presença de todos os requisitos


caracterizadores da indenização, quais sejam: a) ação ou omissão
(postagem com xingamentos nas redes sociais); b) culpa do agente
(evidente por ter sido a responsável pelas postagens); c) dano
experimentado pela vítima (tristeza profunda e vergonha ao ver-se
exposto de forma vexatória nas redes sociais); d) nexo de
causalidade (comprovado pela ação da requerida e o abalo moral
sofrido pela requerente).

Em vista de todo exposto, é importante considerar que a reparação,


na qual se convertem em pecúnia os danos morais, devem ter caráter
dúplice, ou seja, o que penaliza o ofensor, sancionando-o para que não
volte a praticar o ato ilícito, bem como o compensatório, para que o
ofendido, recebendo determinada soma pecuniária, possa amenizar os
efeitos decorrentes do ato que foi vítima.

Ante esse raciocínio, deve-se sopesar, em cada caso concreto, todas


as circunstâncias que possam influenciar na fixação do "quantum"
indenizatório, levando em consideração que o dano moral abrange, além
das perdas valorativas internas, as exteriorizadas no relacionamento diário
pessoal, familiar, profissional e social do ofendido.

Número do documento: 21020915450663000002256553767


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Deve-se lembrar ainda, por outro ângulo, que a indenização por
danos morais deve ser fixada com base também na condição
econômica da Requerida, como a própria requerida disse ter um bom
emprego e boa condição financeira, deve a condenação atingir
efetivamente o patrimônio da mesma, deste modo um valor justo seria, a
fixação de indenização a título de dano moral no valor de R$ 100.000,00
(cem mil reais), ao requerente.

III - DOS PEDIDOS

Isto posto, requer-se:

a) A concessão da justiça gratuita, posto que o requerente se declara


hipossuficiente no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa,
conforme art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil;

b) A citação da Requerida no endereço talhado, para que se quiser,


apresente contestação no prazo legal ao presente pedido, sob pena de
revelia, nos termos do artigo 344 do CPC;

c) A PROCEDÊNCIA TOTAL DO PEDIDO, condenando a Requerida ao


pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais), a título de indenização por
danos morais, posto que agiu com extrema má-fé injuriando o Requerente
publicamente nas redes sociais, consoante determinação do
artigo 186 do Código Civil e demais dispositivos aplicáveis a espécie;

d) A condenação da Requerida para fazer uma retratação com


pedidos de desculpa de modo público no mesmo local, qual seja no mesmo
grupo de classificados onde ocorreu a ilicitude, sob pena de aplicação de
multa penal pelo não cumprimento.

d) A condenação da Requerida ao pagamento das custas processuais


e honorários advocatícios, nos moldes do artigo 85 e seguintes do CPC;

e) Consoante determinação legal do artigo 319, VII, do Código de


Processo Civil, o Requerente registra o interesse na realização de audiência
prévia de conciliação.

IV - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, sejam elas preferencialmente documentais, testemunhais e
através de depoimento pessoal das partes.

Número do documento: 21020915450663000002256553767


https://pje.tjmg.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21020915450663000002256553767
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V - DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais)

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

São João Del Rei-MG, 27 de Janeiro de 2021

CAIO CESAR DE CARVALHO


OAB/MG 139.308

MARCO ANTÔNIO DOS SANTOS JUNIOR


OAB/MG 201.856

Número do documento: 21020915450663000002256553767


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