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ALDERITO ASSIS

ADVOGADO

AO DOUTO JUIZO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE ABREU E LIMA – PE

ADILSON SEVERINO DA SILVA, brasileiro, casado, desempregado, portador do RG sob nº


00525171228, inscrito no CPF sob nº 801.661.804-91, nascido em 20/02/1976, e-mail
adilsonsilva2402@gmail.com, residente e domiciliado à Rua Henrique Dias, Nº 571, Bairro Matinha,
cidade de Abreu e Lima/PE, CEP 53585-295, vem a presença deste D. Juízo, por intermédio do seu
advogado infra-assinado, com instrumento de procuração em anexo e escritório profissional localizado
na Rua Ulisses Pernambucano, Praça São José, 31 - Centro, Abreu e Lima - PE, 53520-230 e com
endereço eletrônico civel@alderitoassis.com.br, onde recebera as intimações, ajuizar:

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZATÓRIA, E


OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Em face de ATIVOS S.A. SECURITIZADORA DE CREDITOS S.A., pessoa jurídica de direito


privado, inscrita no CNPJ sob o nº. 05.437.257/0001-29, com endereço na SEPN Quadra 508,
conjunto “C”, 2º andar, Bairro Asa Norte, Brasília-DF. CEP: 70.740-543, localizada na Rua do
Lavradio, n° 71, andar 2, Bairro Centro, CEP 20230-070, na Cidade de Rio De Janeiro -RJ, pelos fatos
e fundamentos a seguir expostos.

PRELIMINARMENTE

DO NÃO INTERESSE EM AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Requer que não seja designada audiência de conciliação, uma vez que, não há interesses, pois são
ínfimas as possibilidades de acordo com a parte ré, pois se caso a mesma tiver vontade de conciliar
ADVOGADO ALDERITO ASSIS
(21)99902-6373 / (21)3796-4816 / (21)3547-8347
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Rua Senador Camará, 151 B Rua Augusto Vasconcelos 544, sala 338 Rua Ulisses Pernambucano, Praça São
José, 31 - Centro
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ligará para o escritório no número 21-3796-4816 ou pelo endereço eletrônico acima mencionado, que
se encontra tanto na petição quanto no Cadastro do advogado na " OAB".

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, Requer a Vossa Excelência, os benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art.4º, da
Lei n. º1.060/50, com a nova redação dada pela Lei n. º 7.510/86, eis que a requerente não tem
condições de pagar às custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo próprio ou da família,
pois:

Visto que como previsto na RESOLUÇÃO Nº 140, DE 24 DE JUNHO DE 2015, a parte autora possui
os critérios necessários os critérios necessários para que seja deferida seu direito a Justiça gratuita.

DO JUÍZO 100% DIGITAL

O Autor, visando a agilidade e economia processual, vem declarar sua opção pelo Juízo 100% Digital,
para que todos os atos processuais sejam praticados exclusivamente por meio eletrônico e remoto. Para
tanto, desde já informa os dados de contato, conforme qualificação acima apresentada. Assim, estar-se-
á viabilizando o acesso à justiça e propiciando celeridade e eficiência da prestação jurisdicional.

I-DOS FATOS

A parte autora foi surpreendida com a inclusão de seu nome nos cadastros restritivos de crédito, por
contrato demostrado abaixo da referida a empresa ré. Documentação em anexo.

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Entretanto, a parte autora desconhece por completo qualquer relação referida ao contrato mencionado
com a empresa ré que justifique a negativação indevida de seu nome, inclusive não possui essa dívida
com a empresa ré e por esse motivo desconhece as razões pelo qual seu nome encontra-se com tal
cobrança indevida.

Salienta-se que ainda, nem mesmo recebeu nenhuma carta, ou informação para que pudesse comprovar
que nunca fez tal dívida, conforme Súmula 359 STJ: Cabe ao órgão mantenedor do cadastro de
Proteção ao crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição.

Frisa-se Excelência, que a parte autora tentou resolver o problema administrativamente, porém não
obteve êxito, sendo obrigada a recorrer ao judiciário para ter seus direitos.

II- DO DIREITO

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A Constituição Federal de 1988, incorporando uma tendência mundial de influência do direito público
privado, chamado pela doutrina de “constituição do direito civil” ou de “direito civil constitucional”,
adotou como princípio fundamental, estampado no art. 5º, XXXII, “a defesa do consumidor”.

Com relação à boa-fé disposto no art. 4o do CDC há que ser reconhecido que a conduta da loja Ré
representa grave violação à boa-fé objetiva.

Imperioso analisar que todo dano causado ao Autor deve ser indenizado pelo Réu, que também por
força do art. 14 do CDC, responde pelo dano causado de forma objetiva, ou seja, comprovado o dano e
o nexo de causalidade, já passa a existir o dever de indenizar por parte do fornecedor, no caso o Réu.

Entende-se assim, que as pessoas jurídicas, sejam de direito público, sejam de direito privado, estão
submetidas às regras do Código de Defesa do Consumidor, não só devendo prestar serviços eficientes
e seguros, como também estando sujeitos a reparar os danos que porventura vierem a causar aos
consumidores, nos mesmos moldes do art. 14 do CDC (responsabilidade objetiva) c/c art. 22,
parágrafo único do CDC.

Como se pode inferir Nobre Julgador, não há dúvidas quanto à ocorrência de danos morais ao autor,
uma vez que este experimentou um constrangimento indevido e desnecessário, dano este decorrente da
irresponsabilidade da ré.

III-DOS DANOS MORAIS E DO CARATER PUNITIVO

De caráter subjetivo, o dano moral compreende toda gama de transtornos gerados pelo ato ilícito e que
se manifesta na afronta à tranquilidade, a paz interior, ao normal segmento da vida natural,
experimentado por aquele que é alvo do evento danoso.

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A doutrina aponta duas forças convergentes na ideia da reparação do dano moral: uma de caráter
punitivo (castigo ao ofensor) e compensatório (compensação como contrapartida do mal sofrido),
conforme a intensidade da dor ou do sofrimento do lesado, o grau de culpa do ofensor e condição
econômica, social e econômica da vítima.

Note-se que o autor optou por este procedimento, renunciando a indenizações mais altas, por não ser
seu interesse enriquecer às custas de empresários inconscientes, mas tão somente fazer da sanção aos
que não olham a lei e visam somente seus interesses, em detrimento dos direitos do consumidor,
sempre tão lesado, tão sofrido, tão desrespeitado.

O dano moral é o fruto de uma evolução jurisprudencial, que foi se consolidando com o passar do
tempo, vindo a integrar o direito material, sendo nos dias de hoje, um direito líquido e certo que todo
cidadão tem de ser indenizado por qualquer violação de ordem subjetiva, conforme os artigos 186, 187
e 927 do Código Civil Brasileiro de 2002 e pelo art. 6°, VI e VII do CDC, sendo que a verba
indenizatória pleiteada pela autora referente ao prejuízo moral, não se justifica somente por uma
compensação, pela tormenta experimentada, mas também como forma de punir a ré, disciplinando-os
pedagogicamente. Neste aspecto, ensina o renomado Caio Mário da Silva Pereira:

"Quando se cuida do dano moral, o fulcro do conceito renascitório acha-se


deslocado para a convergência de suas forças: caráter punitivo, para que o
causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela ofensa que
praticou; e o caráter compensatório, para que a vítima, que receberá uma soma
que lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal sofrido.”

Assim, não restam dúvidas que a parte autora experimentou danos morais sérios e não de sabores do
dia-a-dia, pois foi extremamente, difícil e constrangedor para o autor, ter que se expor e experimentar
um forte constrangimento e vexame por toda situação vivida.

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IV- DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Inicialmente verificamos que o presente caso se trata de relação de consumo, sendo amparada pela lei
8.078/90, que trata especificamente das questões em que fornecedores e consumidores integram a
relação jurídica, principalmente no que concerne a matéria probatória. Tal legislação faculta ao
magistrado determinar a inversão do ônus da prova em favor do consumidor conforme seu artigo 06º,
VIII:

“Art. 6º São direitos básicos do consumidor: [...] VIII- A facilitação da defesa


de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência".

Assim, presentes a verossimilhança do direito alegado e a hipossuficiência da parte autora para o


deferimento da inversão do ônus da prova no presente caso, dá-se como certo seu deferimento.

V- DA CONCESSAÇÃO DE TUTELA PRÓVISORIA DE URGÊNCIA

O art. 300 do CPC reza que é provável a concessão da tutela provisória de urgência até mesmo
sem a oitiva da parte contraria quando presentes os seguintes quesitos: probabilidade do direito e
perigo ao resultado útil do processo ou risco de dano.

A probabilidade do direito este presente no fato de que o autor jamais celebrou o contrato
objeto da negativação indevida e o risco ou perigo de dano repousa no fato que a manutenção indevida
da negativação do nome do autor causa-lhe prejuízo e ainda exclui o consumidor do mercado.

Logo, a concessão da tutela antecipada é à medida que se encontra que se impõe também a luz
do art. 84 do CDC.

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Seja concedida a tutela antecipada compelindo a Ré a retirar a negativação indevida do


nome da parte autora, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais), em caso de não
cumprimento do mando judicial.

VI -DOS PEDIDOS:

Posto isso, requer:

a) Que seja deferida a gratuidade de justiça, nos termos da fundamentação supra;

b) A citação da empresa ré para compor o polo passivo da demanda no prazo legal ofereça a
devida contestação, sob pena de revelia;

c) A concessão da tutela provisória de urgência para retirada imediata do nome da parte


autora do cadastro de negativação indevida contrato e dívida que desconhece, sob pena de multa
diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais);

d) Seja a ré condenada a retirar o nome da autora dos cadastros restritivos de crédito, sob pena de
multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais);

e) Envio de ofício ao SPC e SERASA com o fim de retirarem o nome do autor de seus cadastros;

f) A confirmação da tutela para em sede de sentença, julgar também procedente o pedido


do autor no sentido de declarar a inexistência de débito e condenar o réu o pagamento da
compensação por dano moral, no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), conforme
jurisprudência acima; com Aplicação de juros e correção monetária desde o evento danoso;

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g) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, em especial a
prova documental, testemunhal e outras provas que se fizerem necessárias à busca da verdade;

h) Que seja deferida a inversão do ônus da prova, diante do art. 6º, VIII, do Código de defesa do
consumidor;

i) Requer que não seja designada audiência de conciliação, conforme fundamento exposto acima.

j) Requer o Juízo 100% Digital, conforme fundamentado;

k) Condenação ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 20% sobre o valor da


condenação, nos termos do art. 20, § 3º do CPC.

VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

Nestes termos, pede deferimento,

Rio de Janeiro, 08 de maio de 2023.

ALDERITOASSISDELIMA

OAB196.593

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