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Não existe a empresa perfeita para trabalhar, a não ser que sejamos patrões de nós próprios.

No entanto existem empresas com as quais nos identificamos melhor conforme as nossas etapas
profissionais. Valores como o reconhecimento; a integridade; a transparência; a humildade e a
recompensa, são valores que procuro para a minha vida profissional.
“Viver para trabalhar” é um dos maiores erros que as empresas cometem com os seus
colaboradores, querendo exigir que se dediquem às suas entidades empregadoras como prioridade
das vidas pessoais dos colaboradores. Um falso valor incutido pelas equipas de recursos humanos.
As pessoas atualmente optam por empresas onde possam ser seguras e à vontade com a sua
saúde mental. Trocar de trabalho é cada vez mais constante e comum nos nossos dias, as pessoas
optam por querer sair duma empresa onde os valores de cada um não são recíprocos.
O Grupo Nabeiro, que tem como posse a empresa Delta, consegue reunir bastantes valores e
como resultado disso um grande e bom ambiente de trabalho. Existe comunicação hierárquica, o
colaborador consegue comunicar com facilidade com departamentos e chefias.
A humildade da empresa perante o colaborador traz o seu reconhecimento ao mesmo. O
“Obrigado.” ainda existe . Mostrarem ao colaborador que é útil, que ajudou no crescimento da
empresa. Acompanhado, ou não, por uma recompensa monetária, ou dias extras de ferias. São
fatores que fazem com que os colaboradores operem com um sorriso na cara. Com isto, existe um
ambiente de trabalho saudável o que faz com que exista uma lealdade perante todos os
colaboradores. Uma hegemonia onde todos vestem a camisola e lutam todos pelo mesmo, onde os
objetivos são gerais.
Destaco também a Google como uma das melhores empresas para trabalhar. Uma empresa
que demonstra preocupação com o colaborador e vai mais além disso: com as suas próprias famílias,
recompensando com regalias, não pessoais, mas sim familiares, desde seguros de saúde à construção
de infantários nas próprias instalações das empresas.
Destacar o Lidl e o Mercadona, lideres no sector do retalho e também na satisfação dos
colaboradores. No caso do Lidl existe a valorização nas competências profissionais, o domínio da
língua alemã abre muitas portas nesta empresa, que de qualquer das maneiras oferece aos
colaboradores salários acima da média. O Mercadona é conhecido pela sua transparência e
integridade, também aliciando os colaboradores com salários atrativos no sector do retalho.
Ainda dentro deste sector está o grupo Sonae e Jerónimo Martins, acompanhados pelas suas
marcas: o Continente e o Pingo Doce respetivamente. As empresas do sector de retalho que mais
imagem ganharam durante a pandemia, onde nunca pararam e deram todas as condições necessárias
para que os seus colaboradores continuassem a trabalhar. Além disso passaram a premiar os seus
colaboradores com recompensas monetárias ainda maiores.
No entanto há que destacar as piores empresas, ou aquelas com as quais não nos
identificamos para trabalhar. McDonalds por exemplo, sendo o mais famoso do trabalho precário,
que lucra milhões e milhões todos os anos e o máximo que consegue pagar aos seus colaboradores é
nada mais, nada menos que o salário mínimo acompanhado com horas extra de trabalho que não são
pagas nem contabilizadas para banco de horas. As pessoas dão o corpo ao manifesto pela empresa e
não recebem sequer um “Obrigado.” em troca.
Tal como a MEO (que está cotada como pior empresa para trabalhar no sector das
telecomunicações), onde a carga de trabalho e os objetivos da empresas são maiores que aquilo que
a carga horária consegue suportar. Onde 90% das chamadas atendidas são reclamações, o stress
gerado, a falta de preocupação da empresa para com o trabalhador têm gerado burnouts. Um
fenómeno da saúde mental que já nos acompanha há algum tempo nos nossos dias, mas são poucas
as empresas que lutam para combater. Ao contrário da Vodafone, que também opera no setor das
telecomunicações, está cotada como uma das melhores empresas para trabalhar. Onde as regalias
oferecidas e a carga de trabalho ajustada faz com que ultrapasse um dos seus rivais diretos e por fim
podendo jogar numa liga diferente.
Infelizmente não existe a empresa de sonho como disse anteriormente, existem melhores
empresas para podermos trabalhar, ou exercer as nossas profissões. Os sindicatos estão cada vez
menos intervenientes, o que nos diz que os trabalhadores estão cada vez mais satisfeitos com as suas
entidades patronais.
A reformulação de visões e valores empresariais estão a ser cada vez mais frequentes nos
nossos dias. Felizmente os diretores e equipas de recursos humanos estão a olhar cada vez mais para
os colaboradores como peças chaves e fundamentais das suas organizações e não como meros
números. Deixar de dizer “Ninguém é insubstituível” e olhar para o colaborador como um ser humano
está ser cada vez mais comum nos dias de hoje e todos nós identificamos isso ao longo da nossa vida
profissional.

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