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Aline Cogo Furquim 31/08/2020

MICOSES SUPERFICIAIS:
MICOSES - MICOSES CUTÂNEAS

PROFUNDAS MICOSES PROFUNDAS:


- MICOSES SUBCUTÂNEAS
Dra Aline C. Furquim
- MICOSES SISTÊMICAS
- MICOSES OPORTUNISTAS

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Infecções Fúngicas que


podem acometer as
camadas mais profundas
MICOSES da pele (micoses
PROFUNDAS subcutâneas) ou
disseminar-se para
outros órgãos (micoses
sistêmicas).

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Patógenos primários

MICOSES densidade de propágulos e tempo de exposição

SISTÊMICAS
Defesas do hospedeiro

caráter de progressividade e gravidade da doença

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Inoculação é feita através de Ø São 5:


Ø Fungo Inalado Micose
Profunda * Paracoccidioidomicose
inalação do fungo
Sistêmica * Histoplasmose
* Blastomicose (micose de importação)
Dimórfico Fungos * Coccidioidomicose
Ø Porta de entrada dos propágulos
Térmico Patogênicos
fúngicos quase * Esporotricose
Fungo Anemófilo Fungo
invariavelmente pulmonar
Oportunista

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Blastomicose
Norte-Americana
• Causada pelo Blastomyces

BLASTOMICOSE
dermatitidis
• Endêmica no centro e
sudeste dos Estados Unidos,
atingindo também parte do
Canadá.
• Clínica semelhante a
paracoccidioidomicose,
• Lesões cutâneo-mucosas
• Comprometimento
pulmonar, ósseo e outros
órgãos.

• Não há casos relatados


autóctones no Brasil

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%/$672 0 ,& 2 6(

ð Doença endêmica na América do Norte, sobretudo EUA e Canadá, e África.


ð Reservatório: exato, ainda é desconhecido, entretanto mais provável que
fungo viva saprofiticamente no solo e madeira em decomposição.
ð É mais frequente no meio rural e homens.
ð Faixa etária: 20 a 40 anos.
ð Clinicamente semelhante a paracoccidioidomicose no comprometimento
sistêmico dos pulmões, ossos e outros órgãos e também nas lesões
cutâneas.

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%/$672 0 ,& 2 6( %/$672 0 ,& 2 6(

Patogenia
ð Blastomyces dermatitidis B. dermatitidis
ð Fungo dimórfico, crescimento na forma filamentosa a 25°C,
produzindo hifas septadas, ramificadas e hialinas e conídios.
ð No hospedeiro apresenta-se em forma de levedura esférica (37°C),
multinucleada e de paredes espessadas, com brotamento único.
Infiltrado pulmonar + sintomas
inespecíficos

disseminação

Lesões cutâneas, osso, genitália e SNC


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FORMAS CLÍNICAS
PULMONAR
* AGUDA MAIS FREQUENTE
SÍNDROME GRIPAL
* CRÔNICA
As lesões se curam espontaneamente
na maioria dos casos.
CUTÂNEA
* DE EVOLUÇÃO CRÔNICA PELA INALAÇÃO DE CONÍDIOS
* DE INOCULAÇÃO PRIMÁRIA TAMBÉM PODE OCORRER
DISSEMINADA RARA
PROGNÓSTICO RESERVADO

Quadro Clínico
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%/$672 0 ,& 2 6(

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

• LEVEDURA COM BROTAMENTO SIMPLES


(NÃO É MÚLTIPLO COMO NA PARACOCO).

ð Amostras: escarro, pus, exsudato, urina e

Diagnóstico ð
biópsia das lesões.
Exame microscópico: (KOH + tinta) células
esféricas, grandes, isoladas ou com brotamento
único.
è Histopatologia (HE, Prata, PAS): reação
piogranulomatosa, com neutrófilos e
granulomas não caseosos.

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BLASTOMICOSE
Diagnóstico
 Cultivo
 Crescimento lento (14-21 dias), semear vários tubos.
 Colônias algodonosas, com coloração branca.

Microscopia colônia: hifas hialinas,


septadas e ramificadas com
37ºC 25ºC conídios terminais
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TRATAMENTO

• SIMILAR AO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE.

COCCIDIOIDOMICOSE

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• Agente: Coccidioides immitis, provável agente fúngico mais


Distribuição Geográfica
virulento conhecido, sendo a coccidioidomicose a mais infecciosa das
micoses.
• Presente em áreas secas dos Estados Unidos, particularmente na • Áreas secas dos Estados Unidos,
Califórnia. Ocorre também no México e em alguns países da América particularmente na Califórnia.
Central e do Sul.
• Também no México e em alguns países da
• Recentemente foram descritos casos na Bahia, Ceara e Piauí. América Central e do Sul.
• Sinonímia: febre do vale do São Joaquim, febre do deserto. • Recentemente foram descritos casos na
Bahia, Ceara e Piauí.

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COCCIDIOIDOMICOSE

EPIDEMIOLOGIA
• Reservatório • Inalação de artroconídios (poeira)
– Solo desérticos (ph salino); • Incubação de 1-3 semanas
– A doença acomete o homem e outros animais • Paciente esferulina + (Intradermoreação é útil para investigação epidemiológica)
• Infecção pulmonar subclínica (60%) ou clínica (40%)
(gado bovino, ovino, caprino, entre outros).
• Infecção Aguda
• Clínica de pneumonia aguda com eritema morbiliforme ou polimorfo em 20%.
• Modo de transmissão • Cura espontânea em 95% dos casos
– Inalação dos artroconídios; • Infecção Crônica
– Inoculação (acidente de lab). • Nódulo único ou múltiplo, cavitação, fibrose e bronquiectasia.

• Período de incubação
– 1 a 4 semanas

• Período de transmissibilidade
Patogenia
– Não é doença contagiosa de indivíduo a indivíduo.
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Cocciioidomicose
• Coccidioides immitis
• Fungo dimórfico, geofílico
• Fase M: artroconidios em
forma de barril
• Fase L: estrutura
arredondada de parede
espessa (esférula), de 20-
80μm, com inúmeros
endosporos de 2-5μm

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PATOGENIA ASPECTOS CLÍNICOS


Inalação de artroconídios • DEFINE-SE COMO DOENÇA CRÔNICA, CAQUETIZANTE, COM ANOREXIA
PROGRESSIVA E COMPROMETIMENTO PULMONAR, PODENDO DISSEMIRA
PARA OUTROS ÓRGÃO E SÍTIOS.
2-4 semanas
• ACOMETE O PULMÃO, PELE, LARINGE, OSSOS, ARTICULAÇÃO, MENINGES.
Assintomáticos Sintomas semelhantes à
60% influenza-40% • SINAIS: COMPROMETIMENTO RESPIRATÓRIO BAIXO, FEBRE, SUDORESE
NOTURNA, DISPNÉIA E TOSSE PRODUTIVA.
1-2 semanas-15%
• A FORMA DISSEMINADA É INFREQUENTE E FATAL (AIDS). APRESENTA,
Reações de hipersensibilidade LESÕES PULMONARES COM ABCESSOS EM TODO O CORPO, PELE,
OSSOS E SNC.
Hematogênica
ou direta • NÃO É TRANSMITIDA ENTRE ANIMAIS NEM ENTRE HUMANOS A
TRANSMISSÃO OCORRE SOMENTE MEDIANTE INALAÇÃO DOS
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Disseminação-1% ARTOCONONÍDIOS.
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Outros Exemplos

Características Clínicas
•As lesões cutâneas são variadas, com pápulas, nódulos e placas, as quais
podem ser verrucosas, ulceradas, furunculóides ou vegetantes.

•Forma disseminada em imunodeprimidos: pele, mucosas, LN, ossos e


articulações, fígado e baço.

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Diagnóstico
• Exame direto, cultural ou AP
mostra o fungo.
• Material: lesões cutâneas e
secreções
• Direto: esférulas com
endosporos
• Cultura: colônias
algodonosas brancas

Em alguns indivíduos desenvolve-se a coccidioidomicose-doença com lesões cutâneas


do tipo nódulos, abscessos, ulcerações e vegetações verrucosas. Em 20% dos
pacientes com a forma pulmonar sintomática, é possível observar o surgimento de
relações exantemáticas, eritema polimorfo e eritema nodoso.
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COCCIDIOIDOMICOSE

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
EXAME MICOLÓGICO DIRETO

 Coccidioidomicose: único procedimento seguro alta virulência


e elevado risco de contaminação no laboratório

Diagnóstico
ANATOMOPATOLÓGICO (PAS E GROCCOT)
• ESFERULAS + ENDOSPOROS
• COM MICROABSCESSOS (INFECÇÃO AGUDA E
IMUNODEPRIMIDOS)
• COM GRANULOMAS (INFECÇÃO CRÔNICA)

0 LFURVFRSLDHP SDUDVLWLVP R HVIÆUXODV


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COCCIDIOIDOMICOSE COCCIDIOIDOMICOSE

CULTIVO ' LDJQÐVWLFRODERUDWRULDO


CULTIVO ' LDJQÐVWLFRODERUDWRULDO

 DESACONSELHÁVEL  Microscopia do cultivo: atroconídios


evitar cultivo, porém uma
vez realizado
 cabine de segurança
biológica da classe III B2.

 Sabouraud (cloranfenicol),
crescimento 3-5 dias,
25ºC, colônias
algodonosas, de coloração
branca.

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COCCIDIOIDOMICOSE
Diagnóstico laboratorial

CULTIVO
 Micromorfologia do cultivo a 25°C:

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COCCIDIOIDOMICOSE

DIAGNÓSTICO: OUTROS
• A INTRADERMORREAÇÃO É ÚTIL PARA
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA.

• AS REAÇÕES SOROLÓGICAS SÃO


NECESSÁRIAS PARA ACOMPANHAR A
EVOLUÇÃO DAS LESÕES.

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HISTOPLASMOSE
(Dça de Darling)
Tratamento • O TRATAMENTO É COM ANFOTERICINA
B E IMIDAZÓLICOS
• SOROLOGIA PARA ACOMPANHAR
EVOLUÇÃO

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HISTOPLASMOSE • Histoplasma capsulatum var. capsulatum


• Dimórfico
• Sinonímia: doença de Darling • Fungo dimórfico térmico
– Histoplasma capsulatum
Epidemiologia – Doença cosmopolita
• Habitat: solo pH ácido
• Distribuição universal, endêmico na enriquecido com matéria
orgânica (fezes de aves);
América do Norte e Argentina onde crescem
saprofiticamente sob a
• No Brasil é raro na forma clássica, mas forma filamentosa.
comum na oportunista associada a AIDS • Endêmico nas Américas e
raro na Europa.

• Saprófita no solo rico em excrementos de


pássaros e morcegos

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Ø As aves, pela elevada temperatura corporal, não se infectam com o H. capsulatum.


Os morcegos, no entanto, além de contribuírem para criar um ambiente favorável à
proliferação do fungo no solo, também são suscetíveis à infecção, podendo eliminar
elementos viáveis de H. capsulatum presentes no seu conteúdo intestinal.

Ø As infecções de hospedeiros suscetíveis frequentemente ocorrem após revolvimento


de solos contaminados, provocando dispersão aérea de elevado número de propágulos
Histoplasma capsulatum: infectantes (microconídios). Entretanto, mesmo sem revolvimento de solos
Fezes secas de morcegos e galinhas contaminados, representam risco de contaminação, e o fungo é capaz de atingir e
O alto teor de ácido úrico e outros infectar pessoas num raio de até 32 km.
compostos nitrogenados, encontrados
nas excretas desses animais, inibem o
crescimento de grande parte da
microbiota competidora, favorecendo o
crescimento e proliferação do Infecção
Histoplasma, que utiliza esses
Aline Cogo Furquim componentes como fonte de nitrogênio. Aline Cogo Furquim

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HISTOPLASMOSE
PATOGÊNESE

• Inalação de esporos PATOGENIA


• Incubação de 3-21 dias
• Infecção pulmonar (histoplasmose primária*)
Inalação de conídios
• Assintomático (90%)
• Histoplasmose pulmonar aguda

Histoplasmose Doença Fagocitados por macrófagos alveolares


•Pulmonar Crônica
multiplicação
•Multifocal Crônica
•Disseminada Aguda Tecidos reticuloendoteliais (fígado, baço,
•Disseminada Oportunística medula óssea e linfonodos)

Infecção pulmonar Histoplasmose


*A histoplasmose primária pode curar, permancecer latente ou evoluir para doença semelhante à influenza disseminada
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HISTOPLASMOSE

ASSINTOMÁTICA
• Assintomática
• 90-95% dos casos de histoplasmoses.
• Pulmonar
• Disseminada • Alguns casos:
MANIFESTAÇÕES Focos de calcificação nos pulmões.
CLÍNICAS
HISTOPLASMOSE • Sintomas de gripe cura espontânea.

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HISTOPLASMOSE HISTOPLASMOSE

PULMONAR DISSEMINADA

• Sintomas de gripe persistem. • 1/50.000 casos de infecção pulmonar


• Febre, tosse com expectoração, perda de • Mais frequente na Aids
peso, eritema. • Mortalidade (imunossuprimido): >50%
• Sintomas clínicos: febre, perda de peso,
hepatoespelenomegalia, linfoadenopatia,
leucopenia, anemia e lesões cutâneas.

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HISTOPLASMOSE

Diagnóstico
MICROCULTIVO

Exame Direto
• Material: lesões, líquidos e secreções
Fase L: Células ovais com gemulação única
Fase M: macroconideos arredondados com
estalagnosporos.

DIAGNÓSTICO Elementos fúngicos pequenos Cultura


• Confirma o diagnóstico
difícil visualização no exame a fresco
EXAME MICOLÓGICO Prata sugere o agente, necessitando de
Fase L: cultura leveduriforme cor creme
Fase M: cultura algodonosa branca
DIRETO cultivo para confirmação.

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HISTOPLASMOSE HISTOPLASMOSE
CULTIVO –
MICROSCOPIA
Macroconídios mamilonados
ou estalagmosporo
(Pandeiro).

HE GMS

Organismos intracelulares
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CULTIVO – HISTOPLASMOSE

MACROSCOPIA

Fungo dimórfico:
25ºC – Filamentoso  Forma infectante
37ºC - Levedura  Forma parasitária
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HISTOPLASMOSE
$XWÐSVLD FDVHR

DIAGNÓSTICO
Histopatologia

Organismos intracelulares
corados pelo Gram, Giemsa.
+ ( * UDQXORP DWXEHUFXOÐLGH FRP QHFURVHFDVHRVD
Diferem da leishmaniose e
donovanose por corarem com
PAS e Gomeri.
DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO
Macrófagos dérmicos com leveduras de H. capsulatum.
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HISTOPLASMOSE

SOROLOGIA -
IMUNODIFUSÃO
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• Associada a AIDS ou outra imunodepressão

• Ocorre reativação de foco quiescente ou


HISTOPLASMOSE
A radiologia pulmonar pode ser
infecção recente com disseminação DISSEMINADA
sugestiva, quando se deve pedir
micológico direto e cultural.
OPORTUNÍSTICA
• Lesões cutâneas variadas e bizarras

• Pápulas, nódulos e placas que podem ser


verrucosas, vegetantes, ulceradas,
furunculóides.

• Pode haver lesões molusco-like, como na


criptococose

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HISTOPLASMOSE

A LESÃO MAIS COMUM É UMA ULCERAÇÃO


MUCOSA NA BOCA, LÍNGUA OU FARINGE;
EXCEPCIONALMENTE GENITAL OU RETAL.

Outras lesões incluem pápulo-pústulas,


abscessos, nódulos, fístulas, ulcerações e
lesões verrucosas.
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Lesões discretamente umbilicadas

Como na criptococose, podem aparecer pápulas com depressões centrais


semelhantes ao molusco contagioso. Nos HIV+, a incidência é alta e há pleomorfismo de lesões no mesmo paciente.
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• Causada pelo Histoplasma duboisii


• Ocorre na África Central
Anfotericina B
Histoplasmose • Lesões cutâneas, subcutâneas,
TRATAMENTO Cetoconazol, itraconazol linfonodos e ossos.

e fluconazol.
Africana • Comprometimento pulmonar é raro;
• Diagnóstico e tratamento similares
a histoplasmose.

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PARACOCCIDIOIDOMICOSE

• Micose sistêmica mais frequente nos países latinos.


• Mais prevalente no Brasil: 60-80% dos casos da literatura.
PARACOCCIDIOIDOMICOSE • 1-3 casos novos/100.000 em áreas endêmicas.
• No RS, mais prevalente na metade norte.

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PARACOCCIDIOIDOMICOSE
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
CONTÁGIO
HABITAT E ECOLOGIA
Apesar do P. brasiliensis ser encontrado em
animais como tatu, bovinos, ovinos e
• Foi descrita em 1908, por Lutz, em equinos, possivelmente o homem seja
São Paulo, que identificou o parasito
• Solos e vegetais
infectado a partir do fungo em saprofitismo
e, posteriormente, sua distribuição. • Floresta úmida no solo ou vegetais.
• Isolamento do solo (poucos relatos)
• É a mais freqüente das micoses
• Fungo foi isolado de: Paciente Típico
profundas no Brasil.
– Vísceras de sagui (Bolívia) • Meio rural, em atividades que
• Ocorre do sul do México até a
– Tatu (Botucatu, Brasil) tenham contato com solo
Argentina
– Fezes de pinguim (Antártica) • Entre 30 e 50 anos
– Ração para cães • Sexo masculino (9:1).

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PARACOCCIDIOIDOMICOSE

PARACOCCIDIOIDOMICOSE

■ Acredita-se que em torno de 50% dos habitantes de zonas endêmicas se exponham ao agente,
mas uma proporção muito pequena desenvolve a micose.

■ A PCM não está usualmente relacionada a doenças imunodepressoras.

MAIS FREQUENTE NÃO É CONTAGIOSA. DOENÇA CRÔNICA E SINAIS E SINTOMAS


■ É um importante Problema de Saúde Pública devido ao alto potencial incapacitante e de mortes EM HOMENS E GRANULOMATOSA. INESPECÍFICOS.
prematuras, especialmente para os trabalhadores rurais, que, pela dificuldade de acesso aos AGRICULTORES.

serviços de saúde, têm diagnóstico tardio.

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PARACOCCIDIOIDOMICOSE

Patogenia
EPIDEMIOLOGIA • A infecção geralmente é adquirida até 20a, mas a doença
surge entre entre 30 e 50 anos, como reativação de foco Inalação do P. Brasiliensis
endógeno latente.

• Apenas 10% dos casos da doença ocorrem até os 20 anos.


lesões pulmonares (granulomas)
• O 17B estradiol age como fator protetor para a mulher,
bloqueando a síntese de proteínas durante a conversão da
Período de latência:
fase miceliana em leveduriforme. Disseminação décadas
• PCM infeção 1:1; PCM doença em crianças 1:1 e PCM em pele e tecido subcutâneo, linfonodo, baço,
adulto 10-15:1. fígado e supra-renais

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PROGRESSÃO DA PARACOCCIDIOIDOMICOSE

DOENÇA IMUNOPATOGENIA
A infecção tem uma evolução dependente da Cicatrização do complexo
virulência do agente e do estado imunológico primário: involução com
manutenção de focos quiescentes
do hospedeiro. • O controle da infecção depende de resposta imune celular específica, tipo
Th1, com ativação de macrófagos, LT CD4+ e formação de granulomas.
A porta de entrada é inalatória (raramente por Disseminação linfática ou
hematogênica • Quando há depressão da resposta Th1, a doença evolui com gravidade.
inoculação direta), mais frequentemente pela
• Nas formas graves há predomínio de resposta imunológica tipo Th2, com maior
mucosa bucofaríngea ou pulmões. ativação de LB, hipergamaglobulinemia e altos títulos de anticorpos
No pulmão forma o complexo primário (foco + específicos.
Disseminação por contiguidade.
LN regional no hilo) que pode evoluir para: • Na PCM-infecção e na forma crônica no adulto, a resposta predominante é
Th1; na forma juvenil e naquela associada a imunodepressão, a resposta é do
tipo Th2.

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PARACOCCIDIOIDOMICOSE

PARACOCCIDIOIDOMICOSE FORMAS Assintomática ou subclínica, pulmonar primária: ausência de


sintomas e reação positiva à paracoccidioidina e RX-Tórax normal.
INFECÇÃO
CLÍNICAS
Doença aguda (juvenil): mais grave, com sintomas, evolução rápida,
PARACOCCIDIOIDOMICOSE infecção dissemina-se por via hematogênica devido a infecção
DOENÇA pulmonar primária.
(Th2)
FORMAS • Forma aguda/subaguda
CLÍNICAS • Forma crônica
• Unifocal
Crônica (adulto): 20-30% casos, com sintomas, duração prolongada,
lesões unifocais ou multifocais.
(Th1)
• Multifocal

FORMA RESIDUAL OU
SEQUELAR

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PARACOCCIDIOIDOMICOSE PARACOCCIDIOIDOMICOSE

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Forma Aguda/Subaguda
■ SÃO OS PACIENTES QUE FORMARAM COMPLEXO PRIMÁRIO, MAS NÃO DESENVOLVERAM
A DOENÇA. COMPROVADA PELA POSITIVIDADE DO TESTE INTRADÉRMICO COM
(Tipo Juvenil)
ANTÍGENOS DO PARACOCO EM ÁREAS ENDÊMICAS E NEGATIVIDADE EM ÁREAS NÃO
ENDÊMICAS. CARACTERIZA-SE POR: • Compreende 3 a 5% dos casos da doença
• Predomina em crianças e adolescentes
■ PACIENTE PARACOCCIDIOIDINO POSITIVO
• Igual incidência nos sexos
■ AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS
• Evolução mais rápida (pcte procura médico 4-12sem)
■ GERALMENTE NÃO HÁ CALCIFICAÇÃO PARENQUIMATOSA RESIDUAL NO RX DE TÓRAX, • Linfoadenomegalia é a característica principal
MAS PODE MOSTRAR LINFOADENOMEGALIA HILAR.
• Superficial (cervical e axilar)
• Profunda (mediastino, peri-ilíacos e peri-aórticos)
• Iniciam firmes, fistulizam sem tendência a cicatrizar
Abscessos em regiões frontal e

Paracoccidioidomicose Infecção clavicular, resultantes do


acometimento osteo-articular.

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Em ordem de frequência, há:


Linfadenomegalia

Manifestações digestivas Acometimento linfático-


Linfoadenomegalia abdominal com ascite e
Hepatoesplenomegalia inguinal hepatoesplenomegalia.

Icterícia Forma Aguda/Subaguda (Tipo Juvenil)


Envolvimento Acometimento
ósteo-articular linfático
Lesões abscedado
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cutâneas Aline Cogo Furquim

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■ Representa mais de 90% dos casos


■ Predomina no sexo masculino (9:1).
■ A doença progride lentamente por anos, de forma silenciosa, até que seja diagnosticada
■ As manifestações pulmonares estão presentes em 90% dos pacientes.
■ Apresentação Unifocal
■ Quando se restringe a somente um órgão
■ Os pulmões podem ser o único órgão afetado em até 25% dos casos
■ Apresentação Multifocal
■ Quando mais de um órgão simultaneamente (é o mais comum)
■ Massas ganglionares em região
■ Locais mais frequentes: pulmões, mucosas e pele FORMA CRÔNICA supraclavicular, cervical e
LINFONODULAR submandibular.
■ Deve ser diferenciada de doenças
FORMA CRÔNICA (TIPO ADULTO) hematológicas, como linfoma

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• Com a disseminação hematogênica,


surgem lesões cutâneas que evoluem de
pápulas, nódulos, placas, ulcerações e
vegetações.
A B
• Frequentemente há um ponteado
hemorrágico (granulação moriforme). Lesões cutâneas em face resultantes de disseminação hematogênica.
• Acometem a pele nessa frequência: face, A: Lesões papulosas e úlcero-crostosas. B - Acometimento perioral e mentoniano.
MMII, MMSS e tronco

Lesões Úlcero-vegetantes
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Lesão vegetante com bordos irregulares


em região perianal

Lesões verrucosas e ulceradas resultante Lesões pápulo-nodulares e


de disseminação hematogênica. Ulceradas por disseminação Linfonodos cervicais e submandibulares
hematogênica fistulizados.

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ESTOMATITE MORIFORME Outras lesões


Mucosa oral
A mucosa apresenta erosões com pontilhado hemorrágico que evoluem para
áreas úlcero-vegetantes
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COMPROMETIMENTO
PULMONAR
O pulmão está acometido
em até 90% dos casos,
havendo sintomatologia
apenas nas formas mais
extensas.
A pele ao redor da boca e nariz é geralmente
acometida por contigüidade A radiografia mostra lesões
a partir de lesões mucosas. miliares, nodulares, infiltrativas,
pneumônicas, cavitárias, e fibrosas.
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Padrão intersticial reticular bilateral

99 100
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

COMPROMETIMENTO
DIGESTIVO

Pode acontecer do
esôfago ao reto, mas
comumente atinge
intestino delgado e cólon,
com estenoses e
perfurações.
Lesão mista em asa de Cavitações em ambos Padrão alveolar com
borboleta com pulmões cavitações em ambos
predomínio de pulmões
confluência

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

101 102

COMPROMETIMENTO
DIGESTIVO COMPROMETIMENTO
ÓSSEO
■ Pode se apresentar de 4 formas: ■ Manifesta-se com
lesões osteolíticas,
• Oclusão intestinal total ou parcial (compressão pelos LN) principalmente das
clavículas, costelas e
• Enterocolite ou retocolite (fístulas) úmero, geralmente
simétricas.
• Icterícia (compressão biliar)
■ As lesões articulares
• Abdome agudo ocorrem por
contigüidade ou
disseminação
hematogênica.

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

103 104
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

COMPROMETIMENTO ■ No comprometimento da adrenal, pode haver uma


síndrome de Addison típica (astenia, hipotensão e
ADRENAL pigmentação) ou redução parcial da função
COMPROMETIMENTO ■ Há casos com comprometimento exclusivo da adrenal
NEUROLÓGICO ■ A função adrenal deve ser sempre investigada nas formas
• Pode se manifestar disseminadas
com sintomatologia ■ A etiologia paracoccidioidomicótica deve ser investigada
tumoral, meningite, nas regiões endêmicas
meningoencefalite e
meningoradiculite
aguda ou subaguda.

COMPROMETIMENTO  O fígado e o baço podem estar aumentados de volume nas


OUTROS ÓRGÃOS formas disseminadas.
 Infecções no trato gênito-urinário, músculos, globo ocular
e coração têm sido descritas nas formas severas ou
terminais
Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

105 106

PARACOCCIDIOIDOMICOSE PARACOCCIDIOIDOMICOSE

O pulmão está acometido em 50-80% dos casos, As lesões são polimorfas e podem atingir qualquer parte do
havendo sintomatologia apenas nas formas mais organismo, com especial predileção para a pele, mucosas,
extensas. linfonodos, pulmões, adrenais e sistema nervoso.

Padrão intersticial
Aline Cogo Furquim reticular bilateral = “asa de borboleta” Aline Cogo Furquim

107 108
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

Fungo dimórfico PARACOCCIDIOIDOMICOSE


DIAGNOSE DIFERENCIAL 
 Exame Direto:
É feito principalmente com doenças que podem apresentar  À fresco - CARACTERÍSTICO - fase de levedura ou fase
lesões mucosas, verrucosas, linfonodulares e tumorais. parasitária (37ºC) - multibrotante.
• Leishmaniose Americana  Corado – histopatologia
• Esporotricose ○ Grocott-Gomori (prata metenamina)

• Cromomicose ○ HE

• Tuberculose  Cultivo:
 Sabouraud e Mycosel a 25ºC
- fase filamentosa / infectante
 Sabouraud e Mycosel a 37ºC
- levedura
DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
PLECT  BHI

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

109 110

Exame direto em KOH + tinta: Gemulação múltipla PARACOCCIDIOIDOMICOSE


Diagnóstico Laboratorial

EXAME DIRETO

■ Células arredondadas de dupla parede,


birrefringentes, com ou sem gemulação, com 5-25
micra de diâmetro.

Exame direto em KOH 20%: Gemulação múltipla


■ A gemulação múltipla (roda de leme, orelhas do
Mickey) é diagnóstica e pode ser vista no exame
direto e histopatológico.
EXAME DIRETO

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

111 112
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

PARACOCCIDIOIDOMICOSE PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial

EMD
Coloração pela Prata:
gemulação múltipla,
elementos fúngicos
característicos

EMD: Prata (criptoesporulação – diagnóstico definitivo


“roda de leme”)

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

113 114

PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Diagnóstico Laboratorial

HISTOPATOLOGIA: HE – Gemulação múltipla


“Mickey Mouse”

GROCOTT - GOMORI
Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

115 116
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

HISTOPATOLOGIA HISTOPATOLOGIA

• Granuloma rico em células epitelióides e O P. brasiliensis é facilmente


gigantócitos
identificado no HE, mas, quando
• Parasitos no interior de alguns granulomas.
em pequeno número, é melhor
• Perifericamente há linfócitos, plasmócitos e visto no PAS e Grocott-Gomori.
eosinófilos e áreas de exsudação com neutrófilos,
caracterizando o aspecto de Granuloma Supurado.

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

117 118

PARACOCCIDIOIDOMICOSE PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Diagnóstico Laboratorial

Cultivo

Fungo dimórfico térmico

• Filamentoso (25ºC): hifas finas, septadas e


com esporos terminais ou intercalares

• Leveduriforme (35-37ºC) colônias com


aspecto cerebriforme de cor creme, com
células arredondadas com parede
refringente com multibrotamentos.

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

119 120
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Cultivo Diagnóstico Laboratorial

25ºC – Filamentosa, branco-amarelada, circunscrita (Pipoca)

ANVERSO : ALGODONOSO / PIPOCA ESTOURADA REVERSO : CASTANHO

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

121 122

MICROSCOPIA DA CULTURA EM TEMPERATURA AMBIENTE


(VARIANTE M – MICELIANA)

• Hifas hialinas septadas e delicadas Cultura a 37oC


• Clamidosporos terminais e intercalares
esféricos • Colônias leveduriformes ou cerebriformes
• Podem apresentar artroconídios
em 5-10 dias.

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

123 124
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

MICROSCOPIA DA CULTURA A 37*C


Auxilia no diagnóstico, indica gravidade e permite acompanhamento
(VARIANTE L OU Y-YEAST) Sensibilidade e especificidade entre 85% e 100%.
• Células arredondadas com paredes grossas e Falso-negativos em lesões muito localizadas, AIDS e imunodeprimidos
birrefringentes, com brotamento único ou
múltiplo, com variação em tamanho e número. Falso-positivo em histoplasmose e aspergilose.
• A roda de timão é patognomônico.
Exame mais usado: Imunodifusão dupla (ID),
Outros exames: contraimunoeletroforese (CIE), imunofluorescência
indireta (IFI), ensaio imunoenzimático (ELISA) e imunoblot (IB)

SOROLOGIA
Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

125 126

Pelo Consenso Brasileiro: Imunodifusão Dupla (ID) Quantitativa é primeira linhas


investigative e CIE deve ser realizada em Centros de Referência. EXAME
ID é BOA PARA DIAGNÓSTICO E PARA ACOMPANHAMENTO. • Reação de Fava Neto (reação de
fixação de complemento com antígeno
SOROLÓGICO
Ac gp43 e Ac gp 70
polissacarídico): controle sorológico
ELISA TEM BOA CORRELAÇÃO CLINICA, SENDO BOM PARA ACOMPANHAMENTO pós-tratamento.
TERAPÊUTICO
Contraimunoeletroforese (CIE) é mais adequada para verificar melhora clínica e • Imunodifusão (ID): é mais usada no
em títulos maiores que 1:16 é doença em franca atividade diagnóstico da doença
Imunoblot (IB) se faz quando ID é negatrivo e há alta suspeição clinica • ELISA, Imunoblotting e PCR:
Diagnóstico e seguimento da doença

SOROLOGIA
Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

127 128
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

EXAME SOROLÓGICO
IMUNODIFUSÃO APÓS O TÉRMINO DO TRATAMENTO COMPLETO
DUPLA COM A NEGATIVAÇÃO OU ESTABILIZAÇÃO EM DILUIÇÃO DE 1:2 OU MENOS
Sangue (Soro - jejum 4h) EM 2 COLETAS COM 6 MESES DE INTERVALO
ou LCR

Paracoccidioidomicose e OBS.: ALGUNS PACIENTES PODEM APRESENTAR JÁ NO DIAGNÓSTICO


Histoplasmose: TÍTULOS ABAIXO DE 1:4. NESTES CASOS, O CRITÉRIO SOROLÓGICO PELA
imunodifusão radial dupla ID TEM VALOR LIMITADO NO SEGUIMENTO DO TRATAMENTO.
SIMPLES, SENSÍVEL E
ESPECÍFICA

Ac específicos
Ac gp43 e Ac gp 70
Cura Sorológica : CURA IMUNOLÓGICA
MAIS PRECOCE MARCADOR DE RECIDIVA; SOROLOGIA ALTERADA É A
PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO
AlineNA
CogoRECIDIVA
Furquim Aline Cogo Furquim

129 130

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

131 132
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

Seguimento Clínico Laboratorial


Acompanhamento dos Primeira Consulta HMG, VHS, PFH, Na, K
Pacientes Após Tratamento Rx de Tórax e sorologia

Em 30 dias HMG, VHS, PFH, Na, K


CONSULTAS ANUAIS COM EXAME CLÍNICO E
Em 60 dias HMG, VHS, PFH, Na, K
SOROLÓGICO, SE NECESSÁRIO. Rx de Tórax e sorologia (se resposta pobre)

Em 90 dias Sorologia e Rx de Tórax


A POSITIVAÇÃO OU AUMENTO DA HMG, VHS, PFH, Na, K (se necessário)
TITULAÇÃO DA ID PODE PRECEDER A
Retornos 3/3m HMG, VHS, PFH, Na, K (3/3m)
RECAÍDA CLÍNICA E, NESSE CASO, ESTÁ
Rx de Tórax e sorologia (6/6m)
JUSTIFICADO NOVO TRATAMENTO
Após terminar tto Consultas 6/6m (2 consultas)
Cura se sorologia estável ≤1:2
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133 134

Tratamento Critérios de Cura


O paciente deve permanecer em tratamento e acompanhamento até a obtenção da
Itraconazol
Adultos 200mg/d (2cp juntos após refeição) cura, baseada em parâmetros clínicos, radiológicos e sorológicos.
Crianças (<30kg e >5a) 5-10mg/kg/dia (não abrir a cápsula)
Clínico
Duração Tto 6-9m nas formas leves • Critérios de Curada sintomatologia, cicatrização das lesões tegumentares,
Desaparecimento
12-18m nas formas moderadas involução das linfoadenopatias e recuperação do peso corporal.
• Frequentemente persistem sequelas respiratórias, linfático-abdominais,
SMZ + TMP (400/80mg)
cutâneas, adrenais e neurológicas (não representam atividade da doença).
Adultos 2-3cp de 12/12h
Crianças 40-50/8-10mg/kg de 12/12h Radiológico
Duração do Tto 12m nas formas leves • Estabilização do padrão das imagens cicatriciais radiológicas pulmonares em
18-24m nas formas moderadas duas teleradiografias registradas com intervalo de três meses.

Imunológico
Casos graves: encaminhar para centro de referência e anfotericina B ou SMZ/
TMP EV. • Negativação ou estabilização em ≤1:2 dos títulos de ID em duas amostras com
Crianças: maior experiência com SMZ/TMP. Pode ser usado em solução oral intervalo de seis meses, após ter completado o tratamento com itraconazol ou
quando não engolem cápsulas . SMZ/TMP.
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135 136
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Abordagem do Paciente com Forma Aguda

Anamnese e exame físico dirigidos


1. Pesquisar linfoadenomegalias e complicações
• Icterícia obstrutiva por compressão de colédoco
• Sub-oclusão ou oclusão intestinal
• Síndrome de compressão de veia cava
• Diarreia com síndrome de má absorção e ascite
2. Pesquisar hepatomegalia e esplenomegalia
3. Pesquisar lesões de pele e lesões ósteoarticulares
4. Avaliar adrenal
• Astenia, ↓peso, hipotensão, escurecimento da pele, dor abdominal
5. Avaliar SNC
• Cefaléia, déficit motor, convulsão, alteração do comportamento/consciência
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137 138

Abordagem do Paciente com Forma Crônica


Exames Laboratoriais e de Imagem na Forma Aguda
Anamnese e exame físico dirigidos a:
1. Envolvimento pulmonar
• Raio X simples de tórax (PA e Perfil)
• Tosse, dispnéia, expectoração mucopurulenta
• Ultrassonografia abdominal
2. Envolvimento mucosa das VAS
• Hemograma completo
• Lesões mucosas, disfonia, odinofagia
• Velocidade de hemossedimentação
3. Envolvimento da pele e linfonodos
• Função Hepática: ALT, AST, Gama GT, fosfatase alcalina
• Lesões cutâneas, linfoadenomegalias, síndromes compressivas
• Eletroforese de proteínas
4. Envolvimento adrenal
• Avaliação renal e metabólica: creatinina, Na e K
• Astenia, ↓peso, hipotensão, escurecimento de pele, dor abdominal
1. Envolvimento SNC
Obs.: A realização de exames mais complexos está condicionada à suspeita
• Cefaléia, déficit motor, convulsão, alteração comportamento/consciência
clínica ou laboratorial que indiquem envolvimento do SNC, TGI, adrenal e outros
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139 140
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

Exames Laboratoriais e de Imagem na Forma Crônica

• Raio X simples de tórax (PA e Perfil)


• Hemograma completo
• Velocidade de hemossedimentação
• Função Hepática: ALT, AST, Gama GT, fosfatase alcalina
MICOSES
• Avaliação renal e metabólica: creatinina, Na e K OPORTUNISTAS
Obs.: A realização de exames mais complexos está condicionada à suspeita
clínica ou laboratorial que indiquem envolvimento do SNC, TGI, adrenal e outros

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

141 142

Fungo, isolado de um paciente


imunocomprometido, considerado
MICOSES Características gerais potencialmente patogênico.
PROFUNDAS São causadas por fungos amplamente MICOSES
distribuídos na natureza. PROFUNDAS
SISTÊMICAS SISTÊMICAS POR Fatores predisponentes:
Geralmente não causam infecção sistêmica FUNGOS
em pacientes imunocompetentes.
POR FUNGOS OPORTUNISTAS •distúrbios na barreira mucocutânea
Pacientes imunocomprometidos são •defeitos ou disfunções em neutrófilos e
OPORTUNISTAS altamente susceptíveis. fagócitos
•defeitos ou disfunções na imunidade
mediada por linfócitos T

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143 144
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

MICOSES OPORTUNISTAS
 São 5:
 Candidose
 Criptococose
 Feo-hifomicose HIALOHIFOMICOSE
 Hialo-hifomicose
 Mucormicose

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145 146

AGENTES ■ QUALQUER SAPROBIO HIALINO, DESTACA‐SE O

ETIOLOGICOS Aspergillus fumigatus, MAIS ADAPTADO AO

■ INFECÇÃO OPORTUNISTA CAUSADA POR FUNGOS HIALINOS EM HOSPEDEIRO CRESCIMENTO A 37*C


IMUNOCOMPROMETIDO

■ OS FUNGOS SÃO UBÍQUOS


EPIDEMIOLOGIA

MECANISMO ■ VIA INALATÓRIA


HÁ NECESSIDADE DE O HOSPEDEIRO APRESENTAR
DE INFECÇÃO: IMUNODEPRESSÃO
HIALOHIFOMICOSE
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147 148
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CLINICA DIAGNOSTICO LABORATORIAL

■ FORMA PULMONAR (ASPERGILOSE / ASPERGILOMA), ONDE PRODUZ AGRESSÃO TECIDUAL POR ■ EXAME DIRETO OU HISTOPATOLÓGICO
TROMBOSE.
■ PRESENÇA DE HIFAS SEPTADAS HIALINAS COM RAMIFICAÇÃO EM ÂNGULO AGUDO.

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149 150

DIAGNOSTICO LABORATORIAL

CULTURA

■ COLONIA TIPICA DE CADA GENERO ISOLADO

MICROSCOPIA

■ CONIDIÓFORO COM VESÍCULA = Aspergillus sp

■ CONIDIÓFORO SEM VESÍCULA = Penicillium sp

■ CONÍDIO EM MEIA‐LUA = Fusarium sp

■ HIFAS SEPTADAS HIALINAS E ARTROCONÍDIOS = Geotrichum sp

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151 152
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TRATAMENTO

■ ANFOTERICINA B E CIRURGIA
HIALOHIFOMICOSE
ASPERGILOSE

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153 154

ASPERGILOSE ASPERGILOSE

GENERALIDADES  Morfologia: filamentoso, hifas hialinas septadas e


ramificadas, frequentemente dicotômicas em
ângulo agudo (45o)
 Ecologia: ubíquos na natureza e sapróbios, 45º
conídios se dispersam no ar.

 Representa fonte de contaminação no


laboratório.

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155 156
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

ASPERGILOSE ASPERGILOSE

 Via de infecção:
Ø Fatores de virulência:
- Grande produção de conídios - pulmonar e seios nasais
- Tamanho do conídio (3-5 m) - implantação traumática
- conídio facilmente veiculado pelo ar (manifestação respiratória)
- Presença de proteases e elastases:  capacidade de angioinvasão
 Fatores:
Ø Pacientes c/ mecanismos pulmonares de defesa íntegros: raramente
desenvolvem a doença. - gerais - imunossupressão (neutropenia,
uso de corticosteróides)
- locais - tabagismo, tuberculose…
Patogenia
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157 158

ASPERGILOSE
Inalação de conídios
ASPERGILOSE
ESPÉCIES PATOGÊNICAS

Infecção pulmonar(macrófagos fagocitam e
destroem os conídios)  A. fumigatus, A. flavus, A. niger, A. terreus

atópicos imunocomprometidos
 

Reações Intumescimento e germinação dos


alérgicas conídios e produção de hifas
graves cavidades preexistentes ou
 sangue

Bola fúngica/Aspergilose invasiva


Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

159 160
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ASPERGILOSE ASPERGILOSE
Aspergillus fumigatus Aspergillus fumigatus

 Corresponde a grande maioria dos


isolados clínicos.

 Espécie
mais patogência (pequeno
tamanho do conídio).

 Em infecções invasivas: isolado em 90%.

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161 162

Aspergillus flavus Aspergillus flavus


Macromorfologia: aspecto granuloso, verde-amarelado
 Isolado
comum de sinusite, infecções (“graminha” ou “musgo”) ou castanho-escuro

cutâneas e invasivas.

 Produzmicotoxina: aflotoxina - cereais


contaminados - hepatite aguda.

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ASPERGILOSE ASPERGILOSE
Aspergillus niger Aspergillus niger
 Menor patogenicidade (conídio maior).

 Colonizante comum, pode ser causa de


infecções superficiais como otite externa.

 Produz apreciável quantidade de ácido


oxálico que, combinando-se com o cálcio
do organismo, precipita cristais de oxalato
de cálcio, podendo ocasionar oxalose Macromorfologia: aspecto granuloso lembrando “borra de café”
aguda ou Insuficiência renal.
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165 166

ASPERGILOSE ASPERGILOSE
Aspergillus terreus Manifestações Clínicas

 Infecções invasivas em pacientes 1. Aspergilose Alérgica (atópicos)


imunodeprimidos. 2. Bola Fúngica
3. Aspergilose Invasiva
 Mais rara
4. Aspergilose Pulmonar Necrozante Crônica
5. Sinusite Aspergilar
6. Otomicose Aspergilar
7. Aspergilose Cutânea

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Aline Cogo Furquim 31/08/2020

1. Aspergilose Alérgica
 Em indivíduos atópicos. 1. Aspergilose Alérgica
 Desenvolvimento de anticorpos IgE contra os
antígenos de superfície dos conídios.  Critérios diagnósticos: asma, eosinofilia
 Ocorre: no escarro e no sangue, inflitrados
- pulmões e seios da face pulmonares recorrentes e alergias à
- formação de tampões de muco contendo hifas antígenos de Aspergillus (teste
de Aspergillus nos brônquios (molde brônquico) cutâneo).

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

169 170

2. Bola Fúngica  Formação da massa miceliana compacta:


- nas cavidades o fungo encontra condições
favoráveis p/ se desenvolver
 Ocorre: - os macrófagos não tem acesso, devido a
epitelização do revestimento interno da lesão
- pulmões: presença de cavidades
pulmonares preexistentes (sequela Tb,
neoplasia)  Bola fúngica: fricção mecânica + endotoxinas
hemolíticas  hemoptises (50% dos casos)  óbito
- seios da face por hemorragia

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171 172
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

3. Aspergilose Invasiva 4. Aspergilose Pulmonar


 Acomete: imunossuprimidos em fase de Necrozante Crônica
neutropenia prolongada (Tx, Ca), Aids
 Acomete homens de meia-idade ou idosos
 2a infecção fúngica mais comum em pacientes Tx que têm doenças pulmonares crônicas (Tb,
alcoolismo, diabetes, DPOC), com parênquima
 Principal causa de óbito em pacientes submetidos pulmonar previamente lesado, em vigência de
a Tx de medula óssea imunossupressão leve.

 As hifas invadem a luz e a parede de vasos


sanguíneos  trombose, infarto e necrose  Ocorre: aparecimeto progressivo de infiltrados
parenquimatosos no lobo superior -
 Manifestação mais precoce: febre não-responsiva frequentemente evoluem p/ cavitação, e em
a antibióticos. 50% forma bola fúngica
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173 174

5. Sinusite Aspergilar 6. Otomicose Aspergilar


 Acomete: principalmente seios
 Infecção secundária do conduto auditivo
maxilares
externo de pacientes que fizeram uso
local de corticóides e antibiótico.
 Quadro mais comum: forma localizada
7. Aspergilose Cutânea
 Fatores predispontes:
- Crônicos: polipos nasais, infecções  Resulta de um traumatismo cutâneo -
bacterianas recorrentes  bola fúngica pacientes gravemente queimados.

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175 176
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ASPERGILOSE ASPERGILOSE
Diagnóstico Laboratorial
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Cultivo do fungo:
 Microscopia do fungo: - Sabouraud c/ cloranfenicol
- Exame direto - KOH
- Coloração de Gomori-Grocott

Obs: bióspias - melhor material


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ASPERGILOSE ASPERGILOSE
Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial

 Cultivo do fungo:  Imunodifusão Radial Dupla:


- micromorfologia: cabeça aspergilar

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179 180
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FUSARIOSE
Generalidades
 Ubíquos, contaminante em laboratório.

HIALOHIFOMICOSE  No homem pode afetar os tecidos


superficiais e profundos, causando
FUSARIOSE diferentes manifestações clínicas.

 Morfologia: fungo filamentoso, hifas


septadas, hialinas, ramificadas em
ângulo de 45o.

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

181 182

FUSARIOSE FUSARIOSE
Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas

 Disseminada:
 Ceratite:
- mais frequente
- pacientes neutropênicos, uso de
corticóides.
- história de traumatismo acidental de
córnea (agricultores) - tendência a invadir vasos, trombose e
necrose, quase sempre fatal.
- fator predisponente: uso indiscriminado
de colírios com corticóides - lesões múltiplas e necróticas da pele
(porta de entrada do fungo - disseminação)
Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

183 184
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FUSARIOSE FUSARIOSE
Manifestações Clínicas
Diagnóstico Laboratorial
 Micetoma:
 Microscopia do fungo:
- grãos brancos - Exame direto - KOH
- geralmente no pé (nódulo subcutâneo - Coloração de Gomori-Grocott
fechado)

 Onicomicose:
- mais rara
- pontos brancos e pequenos que dão
origem a uma zona branca na superfície da
unha.
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185 186

FUSARIOSE FUSARIOSE
Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial
 Cultivo do fungo:  Cultivo do fungo:
- SCL sem cicloheximida - microscopia: “bananas”

Macrocultivo: filamentoso, hialino, roxo ou lilás (pode ser branco)


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187 188
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PENICILIOSE
HIALOHIFOMICOSE INFECÇÃO PULMONAR
PENICILIOSE OPORTUNISTA

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■ Penicillium marneffei
AGENTE
■ ISOLADOS DE RATOS BAMBOO (Rhysomys sinensis)
ETIOLOGICO NATIVOS DO VIETNAM
■ ENDÊMICA NA TAILÂNDIA, SUL DA CHINA, HONG KONG,
■ DIMORDISMO TÉRMICO NO CULTIVO A 37*C INDONESIA E VIETNAM
■ AGENTE DE PENICILIOSE HUMANA, PRINCIPALMENTE
EM PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS (AIDS)
SIMULANDO HISTOPLASMOSE (RETICULO‐
HISTIOCITOSE)

EPIDEMIOLOGIA
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■ EXAME DIRETO
DIAGNOSTICO
■ SINTOMATOLOGIA PULMONAR, COM LABORATORIAL ■ CELULAS LEVEDURIFORMES SEPTADAS, SEM
BROTAMENTO NOS TECIDOS INFECTADOS
COMPROMETIMENTO DA PELE E DE OUTROS ■ CULTURA:
LOCAIS ■ COLONIA FILAMENTOSA BRANCA, TORNANDO‐SE
VCERMELHO‐CINZA, CORAL E VERDE‐ESCURO.
REVERSO VERMELHO‐MARROM OU CORAL.

■ APRESENTA DIMORFISMO TERMICO NO CULTIVO A


37*C

CLINICA
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193 194

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

195 196
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ANFOTERICINA B
E ITRACONAZOL

TRATAMENTO CANDIDOSE

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197 198

Candidose Candidose

Generalidades Generalidades

Ø Espécies comumente implicadas em casos


Ø Candida sp. - membro clínicos: C. albicans, C.tropicalis, C.
da microbiota da pele, parapsilosis, C. glabrata, C. Krusei, C.
das mucosas e do trato guilliermondii…
gastrointestinal. Ø Micose opotunista mais prevalente.
Ø Acomete 75% dos pacientes com Aids.
Ø Apresenta- se na forma
de blastoconídio,
pseudo-hifa e hifa.

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199 200
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Candidose

Patogenia

Ø Características do poder patogênico:


 Candidose Cutâneo-mucosa
1. crescimento a 37oC
2. formação de hifas e pseudo-hifas com mais
de 20 m de comprimento
 Candidose sistêmica
3. produção de alguns metabólitos - alergia
4. Inundação antigênica (mananas) 
depressão da imunidade celular
5. Produção de enzimas lipases e proteinases
6. Variação fenotípica e aderência MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Candidose

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201 202

CANDIDOSE SISTÊMICA
Fatores predispontes
Ø Sintomatologia infecciosa localizada. Hospedeiro Microrganismo
Ø Em algum período de sua evolução dissemina-se para outros órgãos -Portadores de doenças que -Presença de cepas
via hematogênica ou por origem exógena c/ disseminação (infusão de comprometam o sistema com melhor
líquidos contaminados) imune, ligado ao sistema adesividade celular ao
- Invasiva: envolve o parênquima de 1 só órgão fagocitário; hospedeiro;
- Disseminada: envolve no mínimo 2 órgãos internos - idosos; - Produção de
- ruptura de barreiras pseudo-hifas;
mecânicas (cateterismo, - Presença de toxinas
queimaduras, sondagens); (canditoxinas);
- abuso de drogas - Produção de
CANDIDOSE SISTÊMICA intravenosas. enzimas proteolíticas.
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203 204
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CANDIDOSE Candidose
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

 Microscopia do fungo: Cultivo do fungo: Hemocultura:


- Exame a fresco
- Coloração de Grocott – Gomori.

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205 206

Candidose Candidose
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Diagnóstico laboratorial

Identificação de Candidas
TG X Pseudo-hifa
 Tubo Germinativo (TG):
Tubo Germinativo: Pseudo-hifa:
- projeção alongada que emerge da levedura - asseptado, - c/ ou s/ septo,
quando esta entra em contato com o soro humano - sem constrição no - com constrição no
à 370C por 2 até 3 h ponto de inserção ponto de inserção
- distingue C.albicans (TG +) de outras espécies

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Candidose Candidose
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL INTERPRETAÇÃO
 Dificuldades:
 ATB express: identificação de leveduras
- princípio: reações de turbinefelometria e - As culturas de escarro não tem valor
colorimetria, detectando assimilações de diagnóstico (pertence a microbiota oral).
açúcares
- LB / LBA - contaminação do broncoscópio.

- O valor diagnóstico de uma cultura de urina


está na dependência da integridade da amostra
e do número de leveduras.

- Biópsia a céu aberto diagnóstico definitivo.


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209 210

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211 212
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CRIPTOCOCOSE

• A criptococose ou torulose é causada pelo Cryptococcus neoformans

CRIPTOCOCOSE • Levedura gemulante encapsulada de distribuição universal.


• A infecção primária em indivíduos sadios é rara

O C. neoformans tem uma cápsula de polissacarídio espessa e pouco antigênica e, por


isso, a resposta imunológica do organismo é diminuta e, em muitos casos, não há
resposta granulomatosa como nas micoses profundas.

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217 218

Etiologia Patogenia

Cryptococcus neoformans var. neoformans (sorotipos A e D) • Inalação do fungo


• Infecção pulmonar
• Solo contaminado com dejetos de pássaros (pombos)
• Ou resolução espontânea (maioria)
Cryptococcus neoformans var. gatti (sorotipos B e C)
• Ou Disseminação hematogênica e linfática (quase sempre imunodeprimidos)
• Folhas e cascas de Eucalyptus calmadulensis
• SNC (típico)
• Pele, mucosas, ossos e outros órgãos

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219 220
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Criptrococose
 Evolução crônica e sub-aguda que se localiza
primariamente no pulmão e, com frequência, se
dissemina ao SNC com sinais e sintomas de Agente
meningoencefalite.

 Maioria da população tem anticorpos. ü Agente etiológico: Cryptococcus sp


ü Fonte de infecção: fezes de pombo e ocos
de árvores
 Em geral, está associada a Aids, neoplasias ü Características: resistente a altas
malignas ou imunossupressão. temperaturas e a falta de umidade
ü Leveduras esféricas, c/ ou s/ brotamento,
dotado de cápsula de mucopolissacarídeo
GENERALIDADES – gelatinosa
Criptrococose

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221 222

 Duas principais espécies:  Inalação de propágulos  defesa pulmonar


primária (macrófagos)  resposta pulmonar
- Cryptococcus neoformans (var. com granuloma (controle da infecção), não há
neoformans e var. grubii) - sorotipos A, D formação de nódulos calcificados  imunidade
e AD define a progressão

- Cryptococcus gattii - sorotipos B e C

AGENTE PATOGÊNESE
Criptrococose
Criptrococose

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223 224
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Patogenia Criptrococose
Cryptococcus neoformans
Inalação de células leveduriformes
 Nicho:fezes de pombos e aves

Infecção pulmonar primária semelhante criadas em cativeiro, solo e ocos de
à Influenza ou assintomática árvores.
 Imunocomprometidos
  multiplicação

Resolução Disseminação para outros


espontânea órgãos(SNC, pele, olhos e
próstata)
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225 226

Cryptococcus neoformans
Acomete somente paciente
 Morfologia: células arredondadas imunosuprimidos.
 Sorotipos, A, D, AD
Criptococose Exposição à propágulos é
 Assimilação da glicina: não assimilam glicina, de neoformans frequente - zonas urbanas
modo que ao serem semeados no meio de cultivo
cromogênico com glicina (CGB), não irá mudar de
cor, diferentemente da espécie de C.gattii. Via de infecção: inalatória
pulmonar

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Criptococose neoformans
Cryptococcus gattii
 Tropismo cerebral Dermatotropismo
frequente Ø Nicho: árvores tropicais (Eucalyptus)

Ø Endêmico

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229 230

Acomete pacientes
Cryptococcus Ø Morfologia: células mais imunocompetentes.
ovaladas
gattii
Ø Sorotipos: B e C Exposição à propágulos: rara.
Criptococose
Ø Assimilação da glicina: 100%
(CGB +)
gattii Via de infecção: inalatória
pulmonar.

Dermatotropismos pouco
frequente.
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231 232
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Nigrosina Criptrococose

Criptococose gattii Prata

Ø Tropismo cerebral, causando nódulos


cerebrais.

Exame a fresco
Diagnóstico Laboratorial
Ø Microscopia do fungo:

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233 234

Diagnóstico
Laboratorial
Cultura
• Deve-se levar em conta a imunodepressão do
paciente
COLÔNIA MUCOIDE, ÚMIDA E VISCOSA
• O acometimento do SNC é altamente sugestivo.
• Exame Direto
• A partir de lesões cutâneas, líquidos corporais
ou secreções.
• Leveduras encapsuladas de paredes espessas
que se coram negativamente pela tinta da China

Criptococcus spp.
(Urease +)
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235 236
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Criptrococose Criptrococose
Cultivo : Dx diferencial Diagnóstico Laboratorial
Diagnóstico
Laboratorial
Cultivo
Ø SABOURAUD OU
ADICIONADO DE -
Uréia +: enquanto a CGB: diferencia as
ANTIBIÓTICO: Ágar niger: o duas espécies pela
Candida é uréia negativa
LEVEDURIFORME, Cryptococcus cresce
(ambos apresentam assimilação de
ÚMIDA, GELATINOSA com uma colônia
colônias semelhantes. glicina
E BRILHANTE. escura
ASPECTO DE “LEITE
CONDENSADO” OU
“DOCE DE LEITE”.

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237 238

• Leveduras esféricas com 4-12µm


• Cápsula radiada que não se cora pelo HE
Histopatologia ou PAS
• Cora com mucicarmim e
metacromicamente com azul de toluidina
(púrpura).
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239 240
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Criptrococose
Diagnóstico Laboratorial

Detecção do antígeno criptocócico


- Látex: pesquisa antígenos capsulares
- Sensibilidade>95%

Negativo Positivo Titulação sequencial

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241 242

C. neoformans C. gattii Manifestações Clínicas


Nicho fezes de pombos árvores tropicais
• Lesões cutâneas em apenas 10-15%
Agente CGB - CGB + dos casos
• Não há lesões cutâneas características.
Hospedeiro Imunocomprometido Imunocompetente
• Simula outras doenças, tipicamente
Doença Meningite, Nódulos cerebrais molusco contagioso.
meningoencefalite e e pulmonares
dermatrotopismo • Pode se apresentar com lesões
acneiformes, abscessos e úlceras, além
de paniculite, equimose e necrose.

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243 244
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245 246

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247 248
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249 250

Tratamento

FEO-HIFOMICOSE
Dose de Ataque
• Anfotericina B EV + Flucitosina oral: 0,5-1,0mg/Kg/D (total 3,0g)
Manutenção
• Fluconazol 200-800mg/d que tem boa penetração SNC

A prognose é grave podendo evoluir para o êxito letal.

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Feohifomicose

Generalidades
FEOHIFOMICOSE
O termo agrupa doenças do
subcutâneo, raramente Ø Causada por fungo demáceo (melanina) que em parasitismo apresentam
sistêmicas, causada por fungos hifas.
demácios.

Diferem da cromomicose por Ø Habitat: solo


apresentarem, em vida
parasitária, elementos Ø Mais de 80 espécies.
micelianos septados, com ou
sem formas arredondadas. Ø Acomete principalmente hospedeiros imunodeprimidos.

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253 254

Feohifomicose

Diagnóstico
 Morfologia: Laboratorial
- Hifas demáceas, septadas e ramificadas Microscopia
- Todos crescem como colônias negras Feohifomicose

 Via de infecção:
- traumatismo
- inalação - pulmonar
- venosa - uso de drogas

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Feohifomicose
Exemplos: FEOHIFOMICOSE
cultivo
 Alternaria sp Acontece em O fungo é
praticamente todos os oportunista e pode
Os agentes mais
continentes, com haver associação
predomínio nas comuns são:
com desnutrição ou
regiões tropicais. imunodepressão

Forma sistêmica: Cladosporium


 Curvularia sp bantiasenum e outros como
Alternaria alternada, Exophiala Forma subcutânea:
moniliae, Phialophora Exophiala
verrucosa, Phloma sp,
Curvularia geniculata, Mycelia jeanselmei e
sterilia e outros. Wngiella dermatitis.

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257 258

Entrada por inalação


FORMA
SUBCUTÂNEA Inicia no pulmão com cistos e abscessos
• Entrada por trauma com
fragmentos vegetais ou
fômites. Dissemina-se por via hematogênica
• Lesão cística, geralmente
única, com discreta ou
nenhuma reação
inflamatória.
Cistos e abscessos em outros órgãos, inclusive SNC
• Pode ulcerar e eliminar
material purulento.
• Assintomática ou pouco
dolorosa; FORMA SISTÊMICA
• Raramente há adenopatia.

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259 260
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DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
• Lipoma Exame Direto
• Cistos • Secreção ou tecido
• Abscessos • Hifas escuras e corpos
arredondados.
• Gânglios
Cultura
• Sífilis
• Imprescindível para a
• Esporotricose identificação do fungo
• Micetomas

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261 262

• Infiltrado inflamatório envolvendo área de


DIAGNÓSTICO abscesso contendo hifas pigmentadas septadas e
esporos
Histopatologia • Esporos sobrepostos lembram corpos
fumagóides.

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Tratamento

Exérese cirúrgica da lesão


Itraconazol, anfotericina ou flucitosina. PNEUMOCISTOSE

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Generalidades Pneumocistose

 1909 - identificado por Chagas e Carini -


considerado um parasita.

 1988 - Foi reclassificado para o reino Fungi


(Biologia Molecular).

 1999 - Frenkel reconheceu as diferenças


genéticas e funcionais das espécies de
Pneumocystis - infecção no homem P. jirovecii
(homenagem a Otto jirovec parasitologista
descreveu o microorganismo em humano - 1952).

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267 268
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Características Pneumocistose

Manifestação clínica
Pneumocistose

 Distribuição: universal
 Adultos:
quadros de pneumonia, podendo
 Facilmente transmitida pelo ar disseminação extrapulmonar.

 Tropismo pulmonar
 Crianças:
 Doença definidora de Aids: infecta - prematuras, debilitadas, mal-nutridas
principalmente pacientes com vírus HIV
(CD4<200 cél/mm3) - achados clínicos inespecíficos (dispinéia,
febre, tosse…)
 Década 90: platô na quantidade de infecções
(profilaxia)
Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

269 270

Pneumocistose Pneumocistose

Manifestação clínica Diagnóstico Laboratorial


 Pacientes imunodeprimidos não infectados  Microscopia:
por HIV: - O diagnóstico etiológico definitivo
- Tx, quimioterapia, corticoterapia depende da identificação da forma tecidual
prolongada característica do fungo no material clínico.
- curso clínico mais agudo, por vezes
fulminante - Coloração de Gomori-Grocott: *
- maior mortalidade que nos pacientes c/ Específico e sensível.
Aids * Detecta leveduras com ponto central
típico de impregnação argêntica

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

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Diagnóstico Laboratorial
Pneumocistose

 Microscopia do fungo:

SCEDOSPORIOSE

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Scedosporiose Scedosporiose
Generalidades
Via de infecção
 Scedosporium apiospermum  traumatismo: artrite, ceratite,
osteomelite
 Habitat: água e solo
 inalação:
pulmonar - colonização de
 Morfologia: hifas hialinas septadas e cavidade  bola fúngica 
ramificadas disseminação

 Mais patogênico que o Aspergillus.


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Scedosporiose Scedosporiose
Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial
 Microscopia do fungo:
 Cultivo do fungo: obrigatório para definir gênero
- Exame direto - KOH - SCl
- Coloração de Gomori-Grocott - Diferenciação de Aspergillus: resistente a Anfo
B

Aneloconídios
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277 278

ZIGOMICOSE
Scedosporium apiosmermum = fase assexuada

Pseudalescheria
Aline Cogo Furquim boydii = fase sexuada Aline Cogo Furquim

279 280
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■ FUNGOS NÃO – SEPTADOS (CENOCÍTICOS)

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281 282

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283 284
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Generalidades Zigomicose
Mucorales
Zigomicose

 Progressão rápida com elevada taxa de  Fatores de risco:


morbidade e mortalidade. • acidose (diabetes),
• leucemia,
 Ordem:
• linfoma,
- Mucolares • uso de corticosteróides,
- Entomoftorales • queimaduras extensas,
• imunodeficiência,
 Classe: Zigomicetos • pacientes em diálise com agente
quelante de ferro (deferoxamina).
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285 286

Zigomicose
Mucorales Zigomicose
Manifestações Clínicas Mucorales
 Morfologia: hifas largas de dimensão irregular,
hialinas, geralmente cenocíticas e com
ramificações em ângulo de 45° à 90°.  Rinocerebral:
- principal forma clínica
- a doença pode ter uma evolução rápida
- ocorre edema da área facial afetada, celulite
orbitária e exsudato nasal sanguinolento.
- no cérebro há necrose e formação de abscesso.

 Principais patógenos: Rhizopus, Rhizomucor,


Absidia, Mucor e Cunninghamella.

 Rhizophus arrhizus é o agente mais frequente.


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Manifestações Clínicas
Zigomicose Zigomicose
Manifestações Clínicas
 Pulmonar:  Gastrointestinal:
- consequência da inalação ou por - infarto intestinal, sepse, hemorragia digestiva.
disseminação hematogênica/linfática. - ocorre em crianças mal-nutridas.

-maioria dos casos: leucêmicos  Cutânea:


- predomina em grandes queimados.
- causa necrose e infarto dos vasos.
-Evolui com necrose isquêmica e destruição
tecidual maciça.
 Disseminada:
- consequencia de qualquer uma das formas
localizadas.
- tropismo: cérebro
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289 290

Zigomicose Zigomicose

Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial

 Microspcopia do fungo: Visualização das  Cultivo do fungo: rápido


hifas é fundamental = cenocíticas - SCl
- Exame direto: KOH - Semeadura sobre o pão (isca)
- Coloração de Gomori-Grocott

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Zigomicose Zigomicose
Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial

 Cultivo  Cultivo Rhyzopus sp.

Macromorfologia: Algodonosa, bifásica, com ápice escuro,


preenchendo o tudo (“cigarro”).
Macromorfologia: cultura algodonosa, hialina,
preenchendo totalmente o tubo = Mucor, Absidia Único Zygomycetes identificado pela macromorfologia (cultivo).
Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

293 294

Zigomicose Zigomicose
Diagnóstico Laboratorial Diagnóstico Laboratorial
 Cultivo: microscopia  Cultivo: microscopia

Sem Rizóides
Mucor: sem rizóides (“raíz”) Absidia: esporangióforo surge Rhyzopus sp.
entre 2 Rizóides (“Raízes”)
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295 296
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Interpretação Zigomicose
Zigomicose X Aspergilose X
O diagnóstico deve ser feito rapidamente:
Scedosporiose:
micose fulminante.
 Obrigatória
diferenciação para o
tratamento adequado:
 Maioria dos diagnósticos: necrópsia.
Zigomicose - só Anfo B
O isolamento a partir de materiais não Aspergilose - Anfo B ou azólicos
estéreis deve ser interpretado com cuidado
(bióspias são o material de escolha). Scedosporiose - só azólicos

 Pacientes diabéticos deverá ser valorizado.


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297 298

ADIASPIROMICOSE

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299 300
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PROTOTECOSE

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301 302

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

303 304
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RINOSPORIDIOSE

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

305 306

RINOSPORODIOSE RINOSPORODIOSE

Causada pelo Rhinosporidium seeberi,


• Há dúvida se é Fungo ou Alga ou Protozoário
Aquático
• É uma infecção crônica, granulomatosa • Vive no solo ou água estagnada
das mucosas • Contágio a partir da poeira ou água contaminada

• Afeta principalmente o nariz (70%) e • Geralmente em condições sanitárias precárias.

olhos, mas também orelhas, faringe, • Não há transmissão inter-humana

laringe e, excepcionalmente, vagina,


pênis ou pele.
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307 308
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

RINOSPORODIOSE RINOSPORODIOSE

• É o “fungo” de maior tamanho: 6-300µm.


• Ocorre em qualquer idade
• A doença é encontrada em gado e equídeos.
• Mais frequente no sexo masculino.
• É endêmica na Índia e Sri-Lanka, com relatos
• Não há transmissão inter-humana de caso no resto do mundo.

• No Brasil, 50% dos casos ocorrem no


Nordeste e casos esporádicos em outras
regiões.

Seta: pontos esbranquiçados


Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

309 310

MANIFESTAÇÕES MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS CLÍNICAS

Cavidade Nasal (70%), Ocular.

• Vegetação róseo-avermelhada com áreas


• Evolução crônica e eventualmente se
esbranquiçadas puntiformes. exterioriza.
• A lesão pode ser séssil ou pedunculada e • A causa da consulta geralmente é por
tem a superfície irregular.
obstrução nasal, rinorréia ou
• Geralmente unilateral e friável.
epistaxe.

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

311 312
Aline Cogo Furquim 31/08/2020

Diagnóstico
Diagnóstico EXAME DIRETO
Laboratorial
Laboratorial Esporângios grandes de 300µm de diâmetro
HISTOPATOLOGIA
com esporos de 7-9 µm.
INFILTRADO
GRANULOMATOSO COM
ESPORÂNGIOS
DE VÁRIOS TAMANHOS
E ESPOROS.

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

313 314

Aline Cogo Furquim Aline Cogo Furquim

315 316
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TRATAMENTO

• Excérese e Eletrocoagulação

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317 318

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MUITO OBRIGADA!
alinefurquim@yahoo.com.br

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