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Área 38
EDUCAÇÃO
2021
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Ministério da Educação
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Diretoria de Avaliação
38.educ@capes.gov.br
1. INTRODUÇÃO
A avaliação com vistas ao Qualis Periódicos da Área da Educação aqui relatada se refere
a todas as revistas científicas que foram listadas pelos PPG dessa Área nos relatórios da
plataforma Sucupira referentes aos anos de 2017 a 2020. Contudo, foram avaliados apenas os
periódicos em que a Educação é a área-mãe, isto é, os periódicos que são registrados na
Plataforma Sucupira com uso predominantemente pelos PPG da Área de Educação. Isto trouxe
um conjunto de 1121 ISSN distintos para a avaliação. Há, ainda, um conjunto de periódicos
para os quais a Educação é área-irmã que alcançam 257 ISSN distintos. Este conjunto ainda
será passível de discussão com as outras áreas durante o mês de setembro de 2021.
A compreensão da coordenação da Área é que a avaliação do Qualis Periódicos visa,
exclusivamente, levantar informações sobre os periódicos acadêmicos utilizados pela área
durante o quadriênio mencionado, com vistas a classificá-los nos estratos (A1, A2, A3, A4,
B1, B2, B3, B4 ou C), com o escopo de mensurar e avaliar a produção bibliográfica dos PPG.
Não tem esta avaliação de periódicos outro objetivo que não este.
Os procedimentos de avaliação dos periódicos, afora a realizada por ocasião da
avaliação de meio-termo e já relatada em 2019, tiveram início em novembro de 2020. Houve
a partir dali três momentos de avaliação desenvolvidos denominados pela DAV-CAPES de
fases 5, 7 e 9, as quais se passa a tratar. Antes, porém, apontam-se algumas notas sobre a
metodologia Qualis Referência 2 (QR2) utilizada pela Área de Educação.
2. METODOLOGIA DO QR2
O Qualis Referência 2 (QR2) é uma das duas metodologias aprovadas pelo CTC para
a avaliação e classificação dos periódicos acadêmicos neste quadriênio 2017/2020. As áreas
de avaliação poderiam optar entre QR 1 e QR 2, e foi esta que a escolhida para ser utilizada
pela Área de Educação tendo em vista a correlação e proximidade com os resultados das
avaliações pregressas de qualidade da Área, bem como pela maior facilidade e objetividade
no uso dos dados de impacto próprios desta metodologia.
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A3 99 212 91
A4 99 211 91
B1 99 211 91
B2 99 211 91
B3 99 211 91
B4 99 211 91
Obs.: 12,5% em cada estrato. Números hipotéticos, porque: a) há que se excluir posteriormente os NP (“não-
periódicos”); b) há periódicos que seriam, posteriormente, classificados como “C”; c) a divisão entre estratos
não é exata, uma vez que é feita pelo h5 dos periódicos e seria possível, conforme de fato se verificou, um número
maior de periódicos em dado estrato, porque haveria mais periódicos com dado h5 do que o número de
periódicos que deveriam ser classificados em determinado estrato.
3. FASE 5:
Na fase 5, desenvolvida entre outubro e dezembro de 2020, a coordenação da Área
recebeu uma planilha, na qual constavam os h5 levantados pela DAV-CAPES, a qual utilizou
de um sistema informatizado para levantar os dados dos periódicos a partir do seu título. Isto
permitiu o levantamento dos h5 para 47% do total de periódicos que compunham o “Universo”
da Área. Verificou-se que em vários casos havia dados muito diferentes dos que a própria
Área encontrou quando pesquisou pelo ISSN, ou mesmo pelo título do periódico. Uma
hipótese tem relação com o fato de que se tem, na Área de Educação, muitos periódicos com
títulos iguais ou muito parecidos: Educação em Revista; Caderno(s) de Pesquisa; Educação
em Foco; Educação; etc. Outra hipótese pode estar relacionada aos aspectos ortográficos
(acentos, cedilha, crase) que estão nos títulos dos periódicos e que podem provocar confusão
no sistema de busca e rastreio dos dados.
A Área promoveu uma complementação e confirmação ou alteração dos dados nesta
fase. Foram contratados quatro estagiários, bastante familiarizados com sistemas de busca e
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com dados quantitativos e uso de ferramentas de internet, memos assim ofereceu-se uma
formação específica necessária a especificidade da tarefa exigida. Esses estagiários, sob
supervisão da coordenação da Área, reviu todos os h5 de todos os periódicos do Universo,
confirmando ou revisando dos dados da DAV ou complementando-os. No final de dezembro
de 2020, a coordenação da Área, após checagem final de toda a base, enviou para a CAPES a
planilha com os dados atualizados.
4. FASE 7
Em março de 2021, a Área recebeu da DAV-CAPES a planilha com os dados
atualizados e já com a distribuição dos periódicos pelos respectivos estratos. Alguns dados
desta planilha chamaram a atenção:
a) Percebeu-se certo desequilíbrio quantitativo entre os estratos, quando os periódicos foram
separados por idioma, no “Universo” da Área, com um número elevado de periódicos
indicados como A (A1+A2+A3+A4). A Área avaliou que isto deve ter decorrido da forma
como se realizou a classificação, a qual parece ter iniciado pelo grupo/estrato superior (A1) e
progressivamente a distribuição do “Universo” deve ter se encaminhado para os estratos
inferiores (distribuição top-down);
b) Verificou-se a ausência de periódicos classificados como “C”. Houve apenas um único
caso, dentre mais de 3100 periódicos;
c) Dentre os periódicos em Língua Portuguesa, não havia nenhum classificado como B2 ou
B3;
d) Verificou-se que a linha de corte para a classificação dos periódicos em Língua Portuguesa
nos estratos superiores ficou muito baixa em termos de h5, de forma que resultou em um
número elevado e em excesso de periódicos classificados como A1 e A2 nesse grupo
linguístico.
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b) A distribuição dos periódicos no “Universo” e dentro dos agrupamentos por idioma deveria
partir da base para o topo (distribuição bottom-up), isto é, deveria se distribuir os periódicos
primeiro em B4, depois em B3, depois em B2, e assim sucessivamente até o topo;
c) A distribuição ideal dos percentis para a composição dos estratos, considerando os grupos
linguísticos e o tamanho do “Universo” na ocasião, deveria ser:
Quadro 2: Sugestão de corte por h index feita pela Área à DAV – Fase 7
Língua Portuguesa Língua Inglesa Outros Idiomas
Estratos Corte ≅ h n Corte ≅ h n n
Corte ≅ h index
index para (Universo index para (Universo (Universo
para 12,5%
12,5% ) 12,5% ) )
A1 12 ou mais 35 33 ou mais 216 16 ou mais 81
A2 8 a 11 52 25 a 32 189 11 a 15 91
A3 6e7 43 18 a 22 216 8 a 10 96
A4 5 55 14 a 18 223 6e7 92
B1 4 65 10 a 13 212 4e5 120
B2 3 65 7a9 193 3 73
B3 2 103 4a6 214 2 71
B4 1 135 1a3 191 1 57
C 0 231 0 35 0 36
Obs.: Esta sugestão foi calculada a partir de: 1. Todos os periódicos h index=0 como C; 2. Os periódicos com
h index = ou > 1 foram empilhados em ordem decrescente de h index, dentro de cada grupo linguístico; 3. A
divisão se iniciou de “baixo para cima”, isto é, do B4 para o A1; 4. A divisão buscou aproximar, ao máximo,
o corte dos 12,5% para cada estrato. Estão excluídos os Não-Periódicos (NP).
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5. FASE 9
Finalmente, chegou-se à fase 9, que ainda está em curso. A Área de Educação já
realizou toda a conferência e correções, bem como os ajustes de 10% e 20%, mas ainda carece
de encaminhar o processo de negociação com as áreas irmãs.
O processo de conferências de h5 dos “novos” periódicos que foram inseridos nesta
fase (advindos de outras áreas após o Coleta 2020, ou novos na base de dados), encetou uma
nova planilha que está sendo encaminhada à DAV, na qual se identifica o h5 desses periódicos
e a recomendação de qual grupo pertencem (por idioma) e em qual estrato deveriam ser
localizados.
Também se indicou, em planilha específica, a lista de periódicos predatórios
identificados durante a avaliação da Fase 9, pela comissão da Área.
Alguns problemas nesta fase foram encontrados:
a) Os periódicos que foram indicados pela DAV como pertencentes aos estratos B2 ou
superior não poderiam ser classificados como “C”, tendo em vista a metodologia
definida para o “ajuste” de que uma fração da base de dados (até 10%) poderia subir
ou descer dois degraus ou estratos na classificação e outra fração (20%) poderia subir
ou descer um degrau na classificação. Assim, um periódico B2, por exemplo, que
estivesse descontinuado, isto é, sem publicar qualquer artigo deste 2017, não poderia
ser classificado como “C”, pois ao ser-lhe permitido descer no máximo dois degraus
poderia ir até a categoria B4, no limite.
b) Os periódicos predatórios que haviam sido indicados para classificação pela DAV
como B2 ou superior, tampouco poderiam ser classificados como “C”. A única opção
neste caso seria identificá-los como NP (não-periódico), o que, tecnicamente, é um
erro, na medida em que são periódicos ativos, e não deveriam, na visão da Área, ser
identificados como NP. Esta solução foi indicada pela DAV, mas não parece ser
satisfatória para a questão porque ao ser classificado como NP, o periódico não conta
para o cálculo do ajuste de 30% (10%+20%). Contudo, periódicos identificados como
predatórios na Fase 5 vieram identificados na planilha da Fase 9 como “C”. Isto
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Quadro de Distribuição
Estrato Total Total em %
A1 80 7,1%
A2 116 10,3%
A3 123 11,0%
A4 117 10,4%
B1 149 13,3%
B2 128 11,4%
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B3 62 5,5%
B4 8 0,7%
Total (A1 a B4) 783 69,8%
C 134 12,0%
NP 204 18,2%
Total Geral 1121 100,0%
Como pode ser percebido pelos quadros acima, a Área de Educação classificou um
total de 196 periódicos como A1+A2, o que representa um total de 17,5% do total dos
periódicos da área-mãe. Contudo, a Área de Educação se caracteriza por ter uma concentração
muito elevada de publicação em periódicos em língua portuguesa e, destes, apenas 57 de um
total de 658 (8,5%) foram classificados como A1 ou A2.
Entendemos que a distribuição final nos estratos reconhece a qualidade dos
periódicos utilizados pela Área no país e no exterior, de forma que aqueles que alcançaram os
estratos superiores efetivamente possuem qualidade tanto na seleção de bons materiais
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Periódicos predatórios
Promoveu-se, finalmente, uma avaliação cuidadosa sobre os periódicos chamados
“predatórios”, entendendo tais veículos como aquelas que assediam os pesquisadores,
cobrando taxas de submissão/publicação elevadas e garantindo prazo muito curto para a
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aprovação e publicação dos artigos. Estes com poucas páginas, na maioria das vezes, além de,
em diversas situações, comporem volumes com baixo número de artigos, sem prever análise
cega por pares. Utilizou-se, para tanto, de páginas na internet que indicam potencialmente a
editora ou prática predatória, afora o reconhecimento da área pela prática usual e já conhecida
de alguns desses periódicos. Quando identificado um periódico nesta condição, ele foi
classificado como NP, por orientação da DAV-CAPES, ainda que, como mencionado, isto
divirja da forma como se lidou com a questão na Fase 5 do processo. Nesta fase 9, foram
identificados como predatórios mais 21 periódicos, cuja listagem foi encaminhada em
separado para a DAV-CAPES.
6. COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
A comissão final responsável pela avaliação dos periódicos acadêmicos na Área da
Educação foi composta por:
Nome Instituição
Robert Evan Verhine UFBA, Coordenador da Área
Ângelo Ricardo de Souza UFPR, Coordenador Adjunto da Área
Flávia O. C. Werle UNISINOS, Coordenadora dos Programas Profissionais da Área
Elizabeth Macedo UERJ
Clarilza Prado de Sousa PUC-SP
João Ferreira de Oliveira UFG
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