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C A PA

ISSN . 1948-560X

2022

SAEPE
Sistema de Avaliação Educacional
de Pernambuco

Revista da Escola
Língua Portuguesa
FICHA CATALOGRÁFICA

PERNAMBUCO. Secretaria de Educação e Esportes.

SAEPE – 2022 / Universidade Federal de Juiz de


Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

V. 1 (2022), Juiz de Fora – Anual

Conteúdo: Revista da Escola


Língua Portuguesa

ISSN 1948-560X

CDU 373.3+373.5:371.26(05)
SUMÁRIO

01 4 Apresentação

02 6 Avaliação, diagnóstico e (re)planejamento: a


recomposição das aprendizagens em 2023

03 13 O SAEPE 2022

14 Características de uma avaliação externa

19 Limites de uma avaliação externa

04 20 Resultados da escola: leitura e interpretação

21 Resultados de participação

22 Resultados de desempenho

23 I. Proficiência média e padrão de desempenho médio

25 II. Distribuição dos estudantes por padrão de desempenho

25 III. Percentual de acerto por descritor

26 Língua Portuguesa: habilidades foco de atenção

05 37 Reflexão e ação

39 Roteiro de análise e apropriação dos resultados

06 47 Anexos

48 Anexo I - Matrizes de Referência

52 Anexo II - Níveis de Desempenho


01

A P RES EN TAÇÃO
SAEPE | 2022

P
rezadas equipes gestora e pedagógica,

Apresentamos a Revista da Escola – Língua Portuguesa, volume integrante da


coleção de divulgação dos resultados do Sistema de Avaliação Educacional
de Pernambuco (SAEPE) 2022. Também compõem essa coleção a Revista da Rede, a
Revista da Escola – Alfabetização e a Revista da Escola – Matemática.

Em um primeiro momento, esta publicação aborda algumas discussões sobre o de-


safio da recomposição das aprendizagens, ressaltando a importância da avaliação
do desempenho dos estudantes e do diagnóstico de seus resultados para a reorga-
nização do currículo e o replanejamento das estratégias pedagógicas e de gestão,
conforme as demandas observadas para o ano letivo de 2023.

A seção seguinte retoma as características e os limites de uma avaliação externa em


grande escala, com destaque para os indicadores de participação e de desempe-
nho gerados por essa modalidade avaliativa. A penúltima seção desta revista, por
sua vez, traz orientações para a leitura e a interpretação dos resultados da escola e
apresenta reflexões acerca de determinadas habilidades que, historicamente, vêm se
revelando como pontos de atenção neste componente curricular.

Em sua última seção, a revista propõe um modelo de roteiro para a leitura e a análise
dos resultados da avaliação externa, bem como sugere a elaboração de um plano
de ações voltadas para a melhoria da aprendizagem dos estudantes das escolas
pernambucanas.

Por fim, esta publicação conta, ainda, com dois Anexos: o primeiro relaciona as ma-
trizes de referência definidas para os testes do SAEPE 2022, e o segundo registra a
descrição pedagógica dos níveis que compõem os padrões de desempenho estabe-
lecidos para a divulgação dos resultados da avaliação.

Esperamos que a Revista da Escola contribua para debates e proposições específicas,


de acordo com a realidade de cada escola, e que, a partir do diagnóstico de suas tur-
mas, as equipes pedagógicas possam planejar estratégias visando auxiliar os estudan-
tes a superarem as defasagens de aprendizagem e a desenvolverem as habilidades
necessárias para prosseguirem, com sucesso, em seu processo de escolarização.

Boa leitura!

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02

AVAL IAÇÃO, DIAGNÓ STICO E ( RE) P L A N EJA MEN TO:


A RECOMPOSIÇÃO DAS A P REN DIZAG EN S EM 2 02 3
SAEPE | 2022

O
s sistemas de ensino no Brasil e no mundo vêm se empenhando na busca pelas melhores es-
tratégias para efetuar a chamada recomposição das aprendizagens, uma vez que a trajetória
escolar dos estudantes foi extremamente impactada durante o período de suspensão das aulas
presenciais em 2020 e 2021, devido à pandemia da Covid-19.

O ano letivo de 2022 foi marcado por várias iniciativas que tiveram como objetivo auxiliar os estudantes a
retomarem o processo ensino-aprendizagem, visando superar as defasagens observadas nesse processo
por ocasião do retorno às aulas presenciais. Essas iniciativas consideraram, notadamente, as seguintes
ações, indicadas em diversos estudos que vêm tratando do tema recomposição das aprendizagens1:

C Adaptação (priorização) curricular

C Avaliação diagnóstica e contínua

C Adaptação das práticas pedagógicas

C Formação de professores

C Adequação do material didático

C Adaptação do tempo de instrução

A primeira ação – adaptação ou priorização curricular – diz respeito à necessidade de estabelecer, em


relação ao currículo adotado por cada rede, aquelas habilidades consideradas essenciais para que os
estudantes possam avançar, com sucesso, em sua trajetória escolar. Entretanto, é preciso levar em conta
que priorização não pode se confundir com simplificação ou redução: a definição do que é essencial e o
que pode ser abordado com menor ênfase, ou mesmo em outro momento, passa pelo cuidado em não
esquecer que todos os estudantes têm direito a uma educação de qualidade. Esse direito corresponde
a uma abordagem curricular que permita, a esses estudantes, o acesso a todos os conhecimentos im-
prescindíveis para o seu progresso escolar e para o exercício de sua cidadania com dignidade, seja no
ingresso no ensino superior e/ou no mercado de trabalho.

Diversos países optaram, em 2021 e 2022, por intervenções curriculares, como se verifica nos resultados
do estudo “Intervenções Curriculares na pandemia: um olhar para quinze territórios”2, desenvolvido pela
consultoria Vozes da Educação com o apoio do Movimento pela Base.

1. Sugestões de leituras sobre o tema:

FUNDAÇÃO LEMANN/INSTITUTO NATURA. Recomposição das aprendizagens: estratégias educacionais para enfrentar os desafios da Pandemia,
fev. 2022. Disponível em: https://www.institutonatura.org/wp-content/uploads/2022/02/Guia-sobre-Aprendizagem.pdf. Acesso em: 10 dez. 2022.

VOZES DA EDUCAÇÃO. Recomposição das aprendizagens em contextos de crise, jun. 2021. Disponível em: https://www.institutonatura.org/wp-
-content/uploads/2021/08/Levantamento_Internacional___Estrate%CC%81gias_de_Recomposic%CC%A7a%CC%83o_das_Aprendizagens_VF_1.
pdf. Acesso em: 10 dez. 2022.

SANTOS, Victor. O que é recomposição de aprendizagens e como ela acontece no dia a dia das escolas públicas. Nova Escola, 23 fev. 2022.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/20976/o-que-e-recomposicao-de-aprendizagens-e-como-ela-acontece-no-dia-a-dia-das-esco-
las-publicas. Acesso em: 10 dez. 2022.

2. VOZES DA EDUCAÇÃO. Intervenções curriculares na pandemia: um olhar para quinze territórios, maio 2022. Disponível em: https://observatorio.
movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2022/08/versao-executiva-priorizacao-curricular.pdf. Acesso em: 10 dez. 2022.

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Esse estudo, publicado em maio de 2022, realizou um levantamento das estratégias de intervenção
curricular adotadas por quinze “territórios”, a saber: África do Sul, Argentina, Brasil (município de Sobral
– Ceará e estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul), Butão, Canadá (Ontário, Québec e New Bruns-
wuick), Chile, Equador, Estados Unidos (Massachussets), Índia, Portugal e Reino Unido (Inglaterra).

VERSÃO
A pesquisa partiu do conceito de intervenção APROVADA
curricular, que engloba não só a priorização, mas também
a incorporação e a reforma curricular. Inspirado no “Guía de adaptación del currículo em situaciones
de emergência”3 (publicado em 2021 pelo UNICEF e pela ONG Plan Internacional), o quadro 1, a seguir,
esclarece esses conceitos:

Quadro 1: Criando consensos sobre Intervenções Curriculares

CURRÍCULO VIGENTE

etapas anteriores 5º ano 6º ano etapas posteriores

PRIORIZAÇÃO CURRICULAR PRIORIZAÇÃO E INCORPORAÇÃO CURRICULAR REFORMA CURRICULAR

Adaptação para atender as necesidades Caso o currículo vigente não


prioritárias de aprendizagem dos satisfaça demandas ou interesses
estudantes em determinado contexto. Adaptação que realiza a priorização do dos alunos, ele deve ser alterado
currículo vigente e incorpora conteú- em sua totalidade.
dos, competências e/ou habilidades
Consiste em identificar e de anos anteriores, necessários para
hierarquizar os conteúdos, responder às demandas ou interesses Após uma pandemia, por exemplo,
competências e/ou habilidades do dos estudantes. com efeitos visíveis a longo prazo,
currículo vigente que se relacionam podem ser implementadas ações de
com as necessidades prioritárias. mudança curricular.

Currículo priorizado do 5º ano Currículo priorizado do 6º ano, Novo currículo do 6º ano


com incorporação de partes do currículo do 5º ano

Currículo priorizado do 6º ano

Adaptado de Vozes da Educação 2022, p. 6. Vozes da Educação 2022, p. 6 (Adaptado).

No caso dos três territórios brasileiros pesquisados, todos adotaram não somente a priorização, como
também a incorporação curricular. Essas estratégias de intervenção curricular foram obrigatórias para as
redes de ensino envolvidas.

3. UNICEF/PLAN Internacional. Guía de adaptación del currículo em situaciones de emergência, 2021. Disponível em: https://www.unicef.org/lac/
media/20581/file. Acesso em: 10 dez. 2022.

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SAEPE | 2022

Entretanto, para promover a recomposição das aprendizagens, não basta escolher o tipo de intervenção
curricular. É preciso estabelecer critérios para a seleção dos conteúdos que devem compor o currículo
a ser colocado em prática, e esses critérios passam pelos conceitos de pertinência, essencialidade e
sequencialidade, como se observa no quadro 2.

Quadro 2: Critérios para seleção de conteúdos curriculares: principais conceitos

Pertinência Essencialidade Sequencialidade

O conteúdo atende às O conteúdo é imprescindível O conteúdo é parte integrante e


necessidades educacionais do para dar continuidade na se desenvolve progressivamente
contexto. aprendizagem e está vinculado a dentro do mesmo ano/série/ciclo,
áreas ou anos/séries específicos. serve de base para aprendizagens
Perguntas-chave para verificar posteriores e articula-se com
se um conteúdo é pertinente: Perguntas-chave para verificar conteúdos essenciais da mesma
Atende às necessidades se o conteúdo é essencial: área ou de outras áreas.
causadas pela emergência/crise? É imprescindível? É necessário
É importante no momento? É para dar continuidade a outras Perguntas-chave para verificar
possível trabalhá-lo no contexto aprendizagens da própria área se o conteúdo é sequencial:
da emergência/crise? Está ou ano/série/ciclo? É pré-requisito Relaciona-se com outros
vinculado à realidade? Ajuda para aprender outro conteúdo? conteúdos da mesma área?
a compreender e a enfrentar o É repetido em alguma outra área Relaciona-se com outros
contexto? ou ano/série/ciclo? conteúdos de outras áreas?
É sequencial em relação aos
demais conteúdos e não pode
ser adiado ou deixar de ser
abordado?

Adaptado de Guía de Adaptación del Currículo en Situaciones de Emergencia, ECW, Plan Unicef, 2021.
Vozes da Educação 2022, p. 18 (Adaptado).

De modo geral, as redes de ensino no Brasil colocaram em prática determinados tipos de intervenção
curricular, levando em consideração os critérios elencados no quadro 2. As perguntas-chave sugeridas
em cada um desses critérios fizeram parte, em alguma medida, das discussões acerca das estratégias
adotadas para promover a recomposição das aprendizagens daqueles estudantes que retornaram, no
final de 2021 e em 2022, às atividades presenciais nas escolas.

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Sabe-se, porém, que esse desafio permanece no familiar, tiveram de fazê-lo, e esse movimento cau-
ano letivo de 2023 e provavelmente se estende- sou a interrupção dos estudos. Já a segunda razão
rá a anos subsequentes. Tal afirmação se justifi- mostra, de forma contundente, que, apesar de todos
ca mediante estudos como o desenvolvido pelo os esforços despendidos pelas equipes gestoras e
instituto IPEC – Inteligência em Pesquisa e Con- pedagógicas, tanto das redes como das escolas,
sultoria, também em parceria com o UNICEF. O as estratégias de recomposição das aprendiza-
IPEC procedeu a uma coleta de dados no período gens adotadas não foram de todo adequadas e/
de 09 a 18 de agosto de 2022, cuja análise deu ou suficientes para que um importante grupo de
origem ao documento “Educação brasileira em estudantes conseguisse acompanhar, com êxito, as
2022: a voz dos adolescentes”4. As informações atividades realizadas nas salas de aula em 2022.
obtidas a partir dessa análise revelaram aspectos
Cabe destacar, ainda, que 21% dos respondentes
preocupantes no que tange à realidade das crian-
que estavam frequentando a escola pensaram, nos
ças e adolescentes brasileiros em idade escolar.
últimos três meses anteriores à coleta dos dados,
Um desses aspectos diz respeito à situação na es- em desistir da escola. O principal motivo, alegado
cola dos sujeitos entrevistados. De acordo com esse por 50% dos estudantes que revelaram esse dese-
levantamento, no momento da pesquisa, 11% deles jo, foi “Por não conseguir acompanhar as explica-
não estavam frequentando a escola, percentual que ções ou atividades passadas pelos professores”.
corresponderia, em termos gerais, a aproximada- Novamente, importa repensar as estratégias e ativi-
mente 2 milhões de crianças e adolescentes brasi- dades propostas, verificando se o aprendizado dos
leiros – em especial aqueles pertencentes às cama- estudantes foi positivamente impactado por elas.
das sociais economicamente mais vulneráveis.
Chama a atenção, no mesmo estudo, a constata-
Dentre os motivos alegados para o abandono ção de que 91% dos estudantes afirmaram ser ne-
dos estudos, destacam-se as respostas “Porque cessário que a escola faça avaliações para saber
tem de trabalhar fora” (48%) e “Por não conseguir o que eles já aprenderam e quais são as suas difi-
acompanhar as explicações ou atividades passa- culdades, e cerca de 80% consideram essencial a
das pelos professores” (30% dos respondentes). oferta de aulas de reforço escolar (83%) e a dispo-
Esses dados mostram que há um contingente sig- nibilização de professores tutores para acompa-
nificativo de estudantes em potencial que, devido nhar mais de perto os estudantes. Além disso, 89%
à necessidade de trabalhar, não frequenta mais a deles entendem ser necessário promover ativida-
escola, e quase um terço dos que a abandonaram des que favoreçam um bom relacionamento entre
o fizeram por não conseguir acompanhar as ativi- os estudantes, dado que sinaliza para a importân-
dades pedagógicas propostas. cia do trabalho com as chamadas competências
socioemocionais, previstas na BNCC.
O primeiro motivo guarda uma relação possivel-
mente direta com os efeitos da crise econômica Esse ponto não deve ser subestimado. É preciso
gerada no contexto da pandemia da Covid-19, que considerar a criação ou reformulação das estraté-
provocou a perda de muitos postos de trabalho. gias de apoio à saúde mental e emocional dos es-
Aqueles adolescentes que estavam em condições tudantes, buscando desenvolver as competências
de trabalhar, a fim de contribuir para o orçamento socioemocionais necessárias.

4. UNICEF/Ipec. Educação brasileira em 2022: a voz dos adolescentes, 15 set. 2022. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/20186/file/
educacao-em-2022_a-voz-de-adolescentes.pdf. Acesso em: 10 dez. 2022.

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Esse desenvolvimento pressupõe a formulação de ações, no interior das escolas, que contemplem,
dentre outros aspectos, os eixos previstos pela BNCC:

C Abertura ao novo

C Autogestão

C Engajamento com os outros

C Amabilidade

C Resiliência emocional

É essencial ter em mente a intencionalidade Nesse sentido, a avaliação constitui uma ferra-
dessas ações, a fim de contribuir para o desen- menta potente para a obtenção dessas informa-
volvimento integral dessa geração de crianças e ções, atendendo à proposta de uma avaliação
jovens que vivenciou – e continua vivenciando – diagnóstica e contínua, já indicada dentre as
uma situação ímpar, complexa e desafiadora não ações necessárias à organização da recomposi-
somente na vida escolar, mas em toda a sua vi- ção das aprendizagens. Mais especificamente, a
vência social. É também responsabilidade da es- avaliação externa traz, com maior rigor e precisão,
cola guiá-los em direção à consolidação daquelas aquelas habilidades essenciais que os estudantes
competências, com vistas à superação das dificul- ainda não desenvolveram e que são fundamen-
dades que porventura ainda estejam presentes tais para o seu percurso escolar de sucesso.
em sua trajetória escolar.
Por se tratar de uma avaliação somativa, cujo ob-
Em virtude do exposto, é imperativo retomar as jetivo é aferir o desempenho dos estudantes ao fi-
discussões acerca da recomposição das apren- nal de uma etapa de escolaridade, o SAEPE 2022
dizagens para os próximos períodos letivos. Uma fornece dados robustos para a organização desse
vez mais, faz-se necessário repensar as estraté- debate, sobretudo, para o planejamento de 2023.
gias de intervenção curricular, retomando as dis- Toda avaliação tem, como objetivo precípuo, o
cussões acerca da pertinência, da essencialidade diagnóstico de determinada situação de aprendi-
e da sequencialidade dos conteúdos abordados zagem, e os resultados da avaliação externa em
durante o ano de 2022. É preciso refletir sobre a larga escala oferecem informações que atendem
efetividade das adaptações das práticas peda- a diversas instâncias envolvidas no processo edu-
gógicas; da adequação do material didático às cacional, desde a mais ampla – a rede de ensino
estratégias adotadas; das formações de professo- como um todo – até a mais específica – cada es-
res; e da adaptação do tempo de instrução e dos tudante individualmente.
espaços às necessidades dos estudantes, entre
Com base nos resultados dos testes, é possível
outras ações.
elaborar um painel da situação da rede e das
Para levar a efeito essas reflexões, há que se bus- escolas. Os dados obtidos permitem, às equipes
car uma forma de obter informações fidedignas gestoras e pedagógicas, verificar se o tempo de
sobre o desempenho dos estudantes, a fim de instrução disponibilizado aos estudantes foi sufi-
subsidiar o debate e as tomadas de decisão. ciente para a abordagem dos conteúdos estabe-

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lecidos pela priorização curricular, ou se é pre- Caso as equipes pedagógicas percebam que essa
ciso repensar a duração desse tempo – como, adequação não foi realizada a contento, é prová-
por exemplo, a ampliação do tempo escolar no vel que os professores precisem de apoio para a
contraturno, estratégia adotada por diversas re- reformulação desse material. Para tanto, as equi-
des e escolas em 2022, tanto no Brasil como em pes gestoras da rede e das escolas podem criar
outros países. oportunidades para a formação docente contínua,
a fim de que as equipes pedagógicas tenham con-
Esses resultados sinalizam, ainda, para a neces-
tato com novas ideias que contribuam para a me-
sidade de verificar se o material didático utilizado
lhoria de sua atuação em sala de aula.
foi adequado às necessidades dos estudantes.

Conforme já explanado, os resultados do SAEPE 2022 constituem um diagnóstico do


desempenho dos estudantes da rede para o ano de 2023. Na Plataforma de Avalia-
ção e Monitoramento da Educação Básica de Pernambuco, é possível consultar esses
resultados, bem como uma série de orientações pedagógicas direcionadas a cada
componente curricular. Esse material foi elaborado pensando nas equipes pedagógi-
cas das escolas, a fim de servir como subsídio e inspiração para alternativas que visem
ao desenvolvimento de habilidades essenciais em cada ano de escolaridade.

Nas próximas seções desta revista, serão retomadas as características da avaliação ex-
terna, destacando a relevância de cada indicador produzido a partir dos resultados dos
testes do SAEPE para o diagnóstico da situação educacional dos estudantes ao final do
ano de 2022. Com vistas à realização desse diagnóstico, será apresentada, também, uma
proposta de roteiro para a análise e a apropriação dos resultados da avaliação.

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O S A EP E 2 02 2
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P
odemos iniciar nossa discussão sobre o Lidar com o tema da avaliação educacional no co-
SAEPE 2022 com a pergunta: para que ser- tidiano escolar impõe a necessidade de conhecer
ve uma avaliação externa? e compreender as características que envolvem
tal tema. A compreensão dessas características é
A avaliação externa serve, fundamentalmente,
fundamental para que os resultados das avalia-
para apresentar resultados de desempenho es-
ções possam ser interpretados com profundidade
colar dos estudantes matriculados em diferentes
e utilizados em prol da melhoria da aprendizagem
anos escolares, a depender da abrangência, e
de todos os estudantes.
sobre o que são capazes de saber (fazer) em um
determinado estágio da sua trajetória escolar, em
áreas como Língua Portuguesa.

Características de uma avaliação externa

Para conversarmos sobre os resultados da avaliação externa, é importante retomar alguns elementos
essenciais que compõem esse tipo de avaliação:

C Matriz de referência C Escala de proficiência

C Item C Padrão de desempenho

C Proficiência

M ATRIZ D E REFERÊNCIA

O primeiro passo para realizar uma avaliação é definir o desenho dessa avaliação. Esse desenho con-
siste na definição do tipo de teste e do componente curricular e etapa a serem avaliados. Com base no
componente e na etapa, é construída a chamada matriz de referência.

A elaboração da matriz se dá a partir de estudos da proposta curricular de ensino e do currículo vigente,


indicando as habilidades e competências esperadas para desenvolvimento na etapa e no componente
avaliados. Enquanto as habilidades referem-se, basicamente, ao ato de saber fazer algo, as competên-
cias englobam um conjunto de habilidades afins entre si.

É essencial perceber que a matriz de referência é apenas um “recorte” do currículo e, portanto, não
esgota os objetivos de aprendizagem a serem trabalhados em sala de aula. Avaliam-se apenas as habi-
lidades consideradas básicas, essenciais e passíveis de mensuração no modelo de teste utilizado para
cada área de conhecimento e etapa de escolaridade.

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MATRIZ DE REFERÊNCIA
IMPORTANTE:
D01
As Matrizes de Referência são do-
D02
cumentos formados por um conjunto
D03
de descritores, que descrevem cada Tópico/Tema
uma das habilidades a serem tes-
D04
tadas. Esses documentos agrupam
D05
os descritores em tópicos ou temas, Descritor
D06
que representam uma subdivisão de
acordo com conteúdo, competên-
D07
cias de área e habilidades.
D08

Para conhecer as matrizes de referência de Língua Portuguesa definidas para o


SAEPE 2022, consulte o Anexo I desta revista.

ITEM

Os itens são questões que buscam verificar se o estudante desenvolveu determinadas habilidades. Ge-
ralmente, em uma avaliação em larga escala, os itens são de múltipla escolha e possuem quatro ou
cinco alternativas de resposta, sendo uma denominada gabarito e as demais, distratores. Os itens são
elaborados com base na Matriz de Referência, a qual apresenta uma lista de descritores relacionados a
habilidades que fazem parte do currículo de uma etapa de ensino.

Uma característica fundamental do item é a sua unidimensionalidade, ou seja, a avaliação de apenas


uma única habilidade. Isso é necessário porque o teste deve gerar informação precisa sobre o desem-
penho do estudante. Se o item fosse multidimensional, avaliando múltiplas habilidades, o resultado do
estudante não seria capaz de apontar qual(is) habilidades, dentre aquelas avaliadas pelo teste, ele de-
monstrou ainda não ter conseguido desenvolver.

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O item é formado pelas seguintes partes:

Enunciado

Leia o texto abaixo.

Suporte

BECK, Alexandre. In: Folha de São Paulo. 2016. Disponível em: <https://bit.ly/2OiOsWT>. Acesso em: 10 abr. 2018. (P050010I7_SUP)

Comando
(P050016I7) O humor desse texto está no fato de
A) a mãe dizer que a fase que o filho vive vai passar rápido.
B) a mãe pedir ao pai que tenha paciência com o menino. Distratores
C) o menino divertir-se com o jogo de videogame.
Gabarito D) o menino entender que a mãe está falando da fase do jogo.

Enunciado

Enunciado representa a exposição sumária do item, englobando o suporte e o comando.

Suporte

Suporte é qualquer recurso ao qual o estudante tenha que recorrer para responder ao
item – um texto, uma tirinha, um gráfico, uma tabela, uma equação etc. Nos itens de Língua
Portuguesa, é obrigatória a presença de suporte; nos de Matemática, não necessariamente.

Comando

Comando é o direcionamento do estudante para aquilo que se espera dele no item, imedia-
tamente anterior às alternativas de resposta. Deve se conectar diretamente com a habilidade
avaliada pelo item e é essencial que seja assertivo e claro.

Distratores

Distratores são as alternativas erradas de resposta. Os distratores representam caminhos cog-


nitivos possíveis, embora equivocados, que podem ser percorridos pelo estudante ao desenvol-
ver o raciocínio para responder o item. Ainda devido à necessidade de gerar informação precisa
sobre o desempenho do estudante, os distratores não devem conter “pegadinhas” ou respostas
não plausíveis, que venham a induzir ao erro ou ao acerto.

Gabarito

Gabarito é a alternativa correta de resposta daquele item.

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P ROFICIÊNCIA

A medida do desempenho do estudante é conhecida como proficiência. Ela é representada por um valor
calculado a partir da Teoria da Resposta ao Item (TRI) e trata, em síntese, dos saberes (ou conhecimentos)
estimados a partir das tarefas que o estudante é capaz de realizar na resolução dos itens do teste.

ES CA LA DE PRO FICIÊNCIA

A escala de proficiência objetiva traduzir as medidas de proficiência em diagnósticos qualitativos do


desempenho escolar. Ela orienta, por exemplo, o trabalho do professor com relação às competências
que seus estudantes desenvolveram, apresentando os resultados em uma espécie de régua em que os
valores de proficiência obtidos são ordenados e categorizados em intervalos, que indicam o grau de de-
senvolvimento das habilidades para os estudantes que alcançaram determinado nível de desempenho.

As escalas de proficiência de Língua Portuguesa utilizadas pelo SAEPE 2022 são:

2º ano do Ensino Fundamental

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

5º e 9º ano do Ensino Fundamental


3º ano do Ensino Médio

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

É fundamental conhecer e interpretar os resultados alcançados no teste utilizando, como parâmetro, as


escalas de proficiência.

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PA D RÃO DE DESEMPENH O

Para propiciar a compreensão das necessidades pedagógicas dos estudantes, tendo em vista seu
desempenho no teste de Língua Portuguesa, a escala de proficiência é dividida em intervalos que
correspondem ao conjunto de habilidades avaliadas pelo teste. Esses intervalos são conhecidos como
padrões de desempenho e agrupam os estudantes de acordo com seu perfil pedagógico.

A seguir, apresentamos os padrões de desempenho de Língua Portuguesa estabelecidos para o


SAEPE 2022:

Padrões de desempenho em Língua Portuguesa

Etapa Elementar I Elementar II Básico Desejável

5º ano EF Até 125 125 a 175 175 a 210 Acima de 210


9º ano EF Até 200 200 a 235 235 a 270 Acima de 270
3º ano EM Até 225 225 a 270 270 a 305 Acima de 305

Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e a


área do conhecimento avaliadas, revelando carência de aprendizagem. Para os estudantes
Elementar I
que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação peda-
gógica intensiva por parte da instituição escolar.

Padrão considerado básico para a etapa e a área de conhecimento avaliadas. Os estu-


dantes que se encontram neste padrão caracterizam-se por um processo inicial de de-
Elementar II
senvolvimento de competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade
em que estão situados.

Padrão considerado adequado para a etapa e a área do conhecimento avaliadas. Os estu-


dantes que alcançaram este padrão demonstram ter desenvolvido as habilidades essenciais
Básico
referentes à etapa de escolaridade em que se encontram, demandando ações para aprofun-
dar a aprendizagem.

Padrão de desempenho desejável para a etapa e a área de conhecimento avaliadas. Os estu-


dantes alocados neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de
Desejável
escolaridade em que se encontram, necessitando de estímulos para continuar avançando no
processo de aprendizagem.

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SAEPE | 2022

Para conhecer a descrição pedagógica dos níveis que compõem os padrões de


desempenho de Língua Portuguesa, consulte o Anexo II desta revista.

Limites de uma avaliação externa

Antes de avançarmos nas discussões sobre os resultados de desempenho, é preciso entender que a
avaliação externa possui algumas limitações, as quais devem ser observadas para, inclusive, tornar vá-
lida a análise que será feita a partir de seus resultados.

Um desses limites diz respeito ao momento de aplicação dos testes. Se a avaliação é realizada no início
do processo educativo, ela é diagnóstica e busca perceber as características dos avaliados nessa oca-
sião; se é aplicada ao longo do processo, de modo a acompanhar a aprendizagem, a avaliação é forma-
tiva; e por fim, se ocorre no final do processo, a avaliação é somativa e indica a percepção global sobre
o aprendizado ao final de um período ou etapa escolar. Cabe ressaltar, porém, que toda avaliação serve
a um diagnóstico ou a uma formação. A razão dessa classificação está associada justamente aos limites
e às possibilidades de cada tipologia, que devem ser levados em consideração no momento da análise.

Outro limite contido no processo avaliativo é a natureza do instrumento em si. Como já destacamos, os
testes padronizados de desempenho incluem itens de múltipla escolha que avaliam habilidades que
podem ser mensuradas nesse modelo. Um único teste não comporta todas as habilidades esperadas
para o desenvolvimento do estudante; adota-se, portanto, a composição de testes com Blocos Incom-
pletos Balanceados (BIB), a partir da qual as habilidades da matriz de referência são distribuídas em
diferentes cadernos. Sendo assim, é possível produzir informações sólidas sobre como uma população
domina um conjunto de habilidades, sem que cada estudante tenha que responder a um caderno de
teste muito extenso.

Uma vez compreendidos os principais conceitos relacionados à avaliação externa em larga


escala, cabe a gestores e professores percorrer o trajeto necessário para analisar e interpretar
os resultados educacionais de forma colaborativa e eficiente, pois trata-se de um trabalho que
deve reunir todos os profissionais que estão, de alguma forma, envolvidos com o desempenho
dos estudantes. Afinal, as ações que surgirem posteriormente não serão executadas de modo
individual, mas por toda a equipe escolar. Além disso, as ações planejadas e realizadas de
maneira colaborativa entre os pares são mais produtivas e seus resultados, mais duradouros.

19
04

RESULTADO S DA ES CO LA :
LE ITURA E IN T ERP RETAÇÃO
SAEPE | 2022

N
esta seção, apresentamos algumas sugestões para a leitura e a análise dos resultados dos
testes do SAEPE 2022. Nosso objetivo é contribuir para uma leitura dos dados que permita uma
visão abrangente e objetiva do desempenho dos estudantes da escola, capaz de subsidiar dis-
cussões e embasar futuros projetos.

Confira, no card Resultados do SAEPE (disponível na área restrita da Plata-


forma de Avaliação e Monitoramento da Educação Básica de Pernambuco),
os dados de participação e de desempenho dos estudantes na avaliação de
Língua Portuguesa:

https://avaliacaoemonitoramentopernambuco.caeddigital.net/

Resultados de participação

Esse indicador é o primeiro a ser considerado. Como a avaliação externa é censitária, pode-se genera-
lizar os resultados para toda a escola quando a participação efetiva for igual ou superior a 80% do total
de estudantes previstos para realizar a avaliação. Quanto maior a participação dos estudantes, mais
fidedignos são os resultados dos testes cognitivos.

Entretanto, é preciso considerar o contexto de aplicação dos testes, uma vez que ainda estamos viven-
ciando os efeitos da paralisação das atividades presenciais nas escolas. Desse modo, faz-se necessário
considerar esse indicador com cautela, verificando os motivos que levaram a uma possível participação
abaixo do esperado.

21
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

Resultados de desempenho

Os indicadores de desempenho obtidos por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI) e da Teoria Clássi-
ca dos Testes (TCT), divulgados na Plataforma de Avaliação e Monitoramento, são:

C Proficiência média e padrão de desempenho médio

C Distribuição dos estudantes por padrão de desempenho

C Percentual de acerto por descritor

No caso específico do SAEPE 2022, deve-se levar em conta, ao analisar os resultados de desempenho
da escola, o fato de que muitos estudantes podem apresentar dificuldades de aprendizagem, dadas as
condições em que as aulas foram ministradas durante o período mais crítico da pandemia –
­ presenciais,
on-line ou híbridas –, o que possivelmente impactou, de alguma forma, o desempenho nos testes.

22
SAEPE | 2022

I. Proficiência média e padrão de desempenho médio

A proficiência média da escola corresponde à média aritmética das proficiências dos estudantes em
cada etapa e componente curricular avaliados.

ESCOLA

281,3

ESTUDANTES

210,4 285,3 305,1 324,7

Esse indicador permite monitorar a qualidade da educação ofertada pela escola, especialmente ao se
verificar sua evolução entre ciclos de avaliação sucessivos.

23
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

A relação entre a proficiência média e o desem- Fundamental varia de 0 a 1.000 pontos e é divi-
penho dos estudantes pode ser compreendida dida em intervalos menores, chamados de níveis
observando essa proficiência na escala de pro- de desempenho. Por sua vez, a escala de profi-
ficiência. Essa escala permite que a proficiência ciência para o 5º e o 9º ano do Ensino Fundamen-
(medida) seja associada a diagnósticos qualitati- tal e para o 3º ano do Ensino Médio é a mesma
vos do desenvolvimento de habilidades e compe- utilizada pelo Sistema de Avaliação da Educação
tências pelos estudantes avaliados. Básica (Saeb), compreendendo um intervalo de 0
a 500 pontos. Essa escala também é dividida em
Como informado na seção anterior, a escala de
níveis de desempenho, como pode ser conferido
proficiência do SAEPE para o 2º ano do Ensino
na imagem abaixo:

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500
DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS

Identifica letras

Apropriação do Reconhece convenções gráficas


sistema da escrita
Manifesta consciência fonológica

Lê palavras

Localiza informação

Estratégias de
Identifica tema


leitura
Realiza inferência

Identifica gênero, função e destinatário de um texto



Estabelece relações lógico-discursivas

Identifica elementos de um texto narrativo

Processamento
do texto Estabelece relações entre textos

Distingue posicionamentos

Identifica marcas linguísticas

A gradação das cores indica a complexidade da tarefa.



Os padrões de desempenho do SAEPE são estabe- Mas atenção! Ainda que a média de proficiência
lecidos a partir das expectativas de aprendizagem da escola a situe em um determinado padrão de
para cada etapa de escolaridade e componente desempenho, isso não significa que todos os es-
curricular avaliados. Para constituir um padrão de tudantes da escola alcançaram o mesmo padrão.
desempenho, os níveis de desempenho da escala É essencial verificar a distribuição dos estudantes
são agrupados em intervalos maiores. Cada in- pelos padrões de desempenho, de acordo com a
tervalo corresponde a um determinado padrão, e proficiência obtida no teste.
cada padrão compreende um conjunto de tarefas
que os estudantes são capazes de realizar, con-
forme as habilidades desenvolvidas.

24
SAEPE | 2022

II. Distribuição dos estudantes por padrão de desempenho

A proficiência alcançada pelo estudante no teste corresponde a um perfil que possibilita alocá-lo em um
padrão de desempenho. Isso quer dizer que, em uma mesma turma e escola, é possível haver diversos
alunos em cada um desses padrões. A distribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho é
registrada em percentuais, permitindo saber quantos estudantes estão situados em cada padrão e o que
esses estudantes são capazes de realizar, de acordo com seu desempenho.

III. Percentual de acerto por descritor

Os resultados da avaliação do SAEPE, além de informarem os indicadores de participação, proficiência


e distribuição dos estudantes por padrão de desempenho, permitem conferir quais foram as habilidades
avaliadas e o desempenho da escola, das turmas e dos estudantes em relação a cada uma dessas ha-
bilidades. As matrizes de referência descrevem as habilidades por meio dos seus descritores.

A partir dos percentuais de acerto em cada descritor, pode-se estabelecer as habilidades que necessi-
tam de maior atenção, tanto em relação à escola como um todo quanto em relação a cada turma e a
cada aluno individualmente. Para conhecer esses resultados, acesse novamente o card Resultados do
SAEPE, na área restrita da Plataforma de Avaliação e Monitoramento.

25
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

Língua Portuguesa: habilidades foco de atenção

O desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa vem se apresentando como ponto de reflexão
para os agentes educacionais desde muito antes do surgimento da pandemia da Covid-19. Entretanto,
como consequência desse momento atípico, as defasagens nesse componente curricular se acentuaram.

A retomada das atividades presenciais evidenciou a recomposição das aprendizagens como um dos
seus maiores desafios. Essa ação, que surgiu como alternativa às mudanças impostas pela pandemia,
começou a ser implementada especialmente no ano letivo de 2022.

26
SAEPE | 2022

Com o objetivo de superar as defasagens de aprendizagem, essa proposta vem sendo desenvolvida com
base em vários aspectos, entre eles a priorização curricular. Considerando que o acesso às aulas, durante
o período mais complicado da pandemia, se deu de diferentes formas, por diferentes meios, e que os estu-
dantes de um mesmo ano de escolaridade atingiram desempenhos bastante diversos, a recomposição das
aprendizagens visa ao nivelamento dos estudantes com relação ao currículo estabelecido.

O currículo de Língua Portuguesa prevê o desenvolvimento de uma quantidade significativa de habilida-


des. Algumas se repetem ao longo dos anos de escolarização, diferenciando-se pelo grau de complexi-
dade. Outras se apresentam como complementares a habilidades antecedentes. Há ainda aquelas que
são elementares e estruturam o desenvolvimento de outras habilidades, seja em Língua Portuguesa ou
em outros componentes curriculares. Elas são tratadas, aqui, como habilidades estruturantes.

As avaliações externas podem contribuir para o planejamento das ações de recomposição das apren-
dizagens, fornecendo dados que subsidiem as adequações curriculares necessárias. A apropriação dos
resultados dos testes de Língua Portuguesa do SAEPE 2022 permite ao professor analisar o desempe-
nho de suas turmas, bem como de cada estudante, verificando, a partir das habilidades avaliadas no
teste, aquelas que se caracterizam como habilidades estruturantes e que, por esse motivo, precisam ser
foco de atenção. Essa análise possibilita a adaptação das práticas pedagógicas, a escolha de novas
metodologias, a adaptação de materiais didáticos e estratégias avaliativas, entre diversas ações.

Nas próximas páginas, estão relacionadas algumas habilidades de Língua Portuguesa que, historica-
mente, vêm sendo consideradas como foco de atenção, com base nos resultados de diversas avaliações
externas em larga escala. Essas habilidades são acompanhadas por breves análises, discutindo sua
relevância para que os estudantes prossigam, com êxito, em sua trajetória escolar.

As habilidades foco de atenção estão agrupadas de acordo com os seguintes critérios:

Habilidades que exigem dos estudantes conhecimentos básicos relacionados a aprendizagens


de anos de escolaridade anteriores. Essas habilidades são, portanto, consideradas de baixa
1º AGRUPAMENTO
complexidade para o ano de escolaridade em que são avaliadas. Nesse sentido, os estudantes não
deveriam encontrar dificuldade em responder aos itens a elas relacionados.

Habilidades características do ano de escolaridade e consideradas importantes pré-requisitos para


2º AGRUPAMENTO o desenvolvimento de outras habilidades, seja em anos de escolaridade subsequentes, seja no ano
ou na etapa de escolaridade avaliados.

Habilidades características do ano de escolaridade avaliada, sendo esperado, portanto, que os


estudantes já as tivessem consolidado. Apesar dessa expectativa, observa-se que os estudantes
3º AGRUPAMENTO
ainda encontram dificuldade na realização de tarefas que envolvam tais habilidades, o que remete
à não consolidação de pré-requisitos importantes em anos de escolaridade anteriores.

27
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

5º ano do Ensino Fundamental

1º Agrupamento

Habilidade: Localizar informação explícita em um texto.

Gabarito: C

Leia o texto abaixo.

A linda folhinha de Outono


Era uma vez uma folhinha que nasceu num dia ensolarado de Primavera, era a folhinha
mais verdinha e bonita de um velho diospireiro1, vivia presa num ramo da árvore com as
suas irmãzinhas.
Todos os dias a folhinha brincava com as suas irmãzinhas presas no ramo do velho
5 diospireiro, bailavam ao sabor da brisa do vento e gargalhavam pela vida feliz que tinham.
O tempo foi passando, a Primavera passou, o Verão entrou e com o seu sol forte aquecia
a folhinha que toda vaidosa por ser a mais bonita se espreguiçava ao sentir o seu calor.
Certo dia as suas irmãs repararam que a linda folhinha já não era a mais verdinha, agora
estava a ficar cheia de manchas amarelas e castanhas e comentaram isso com a bonita
10 folhinha… Sim, tinha chegado o Outono. O sol e a brisa do Verão tinham partido, e tinha
chegado o vento frio do Outono, que a pouco e pouco iria arrancar uma a uma as folhas do
velho diospireiro.
A partir daquele dia a folhinha ficou triste e já não tinha vontade de brincar, pois sabia
que um dia iria ser arrancada da árvore, atirada para o chão pelo vento e provavelmente iria
15 ser apanhada pelo varredor das ruas e ser colocada dentro do caixote do lixo.
Os dias foram passando e a folhinha ia perdendo as forças vendo as suas irmãs sendo
arrancadas da velha árvore pelo vento do Outono. A folhinha quase que não conseguia ter
forças para lutar contra o Outono, até que um dia, o vento forte de Outono soprou, soprou,
soprou… e arrancou a folhinha do ramo da árvore e atirou-a para o chão. A folhinha ficou
20 caída no chão desesperada a chorar porque pensou que a vida dela tinha terminado ali. Só
que, nesse preciso momento, ia a passar uma menina chamada Maria que procurava uma
folhinha para oferecer à sua avozinha que fazia anos.
De repente a menina olhou para o chão e viu uma folhinha castanha e amarela, era a
folha de Outono mais bonita que alguma vez tinha visto. A Maria pegou a folha, limpou-a e
25 levou-a para casa. A menina quando chegou a casa deu a linda folhinha de Outono à sua
avozinha que ficou radiante com o presente da neta.
E a linda folhinha de Outono voltou a ser feliz e aconchegada durante todo o Inverno
dentro do livro preferido de receitas da avozinha da Maria.
*Vocabulário:
1
diospireiro: árvore de caqui.
Disponível em: <http://www.historias.com/>. Acesso em: 10 dez. 2014. Fragmento. (P050062H6_SUP)

(P050063H6) De acordo com esse texto, em que época nasceu a folhinha?


A) Inverno.
B) Outono.
C) Primavera.
D) Verão.

Neste ano de escolaridade, espera-se que o estudante já esteja alfabetizado e seja fluente na leitura de textos adequados
à sua faixa etária. Dessa forma, ele não deve ter dificuldade em localizar uma informação explícita em uma narrativa como
a que serve de suporte para este item, considerando ser essa a principal tipologia abordada junto aos estudantes, desde
os primeiros anos do Ensino Fundamental. Embora esta seja uma habilidade comum a todas as etapas da escolarização, é
importante destacar que o grau de dificuldade deste item é evidentemente maior do que um item aplicado a estudantes do
2º ano do Ensino Fundamental, dada a extensão do texto narrativo. Trata-se, portanto, de uma habilidade foco de atenção
extremamente importante, considerando sua progressão durante as etapas da Educação Básica.

28
SAEPE | 2022

5º ano do Ensino Fundamental

2º Agrupamento

Habilidade: Identificar o tema central de um texto.

Gabarito: C

Leia o texto abaixo.

Cachorro-quente, batata frita, pastel [...]. O que esses alimentos têm em comum, além
de serem saborosos? São comidas que comemos com a mão! [...]
As mãos têm milhões de bactérias. Por isso, antes de comer um alimento com elas, é
preciso tomar alguns cuidados básicos. Lavar a mão é essencial, mas se você estiver na
5 rua e não tiver como, use álcool em gel. Também não tem? Opte por um guardanapo para
segurar o alimento. Fique atento e veja se suas mãos não estão muito sujas antes de comer.
As crianças gostam de pegar a comida na mão. [...] Também é importante cortar as
unhas da criança bem curtinha para evitar que a sujeira acumule e limpar as unhas com
uma escovinha macia. Isso porque a unha tem altíssima concentração de bactérias.
10 Quando a introdução alimentar começa, aos seis meses de idade, os bebês começam
a descobrir a consistência dos alimentos. Deixar a criança comer com a mão desperta o
interesse em se alimentar porque ela quer experimentar mais, sentir as texturas.
Disponível em: <http://migre.me/spVnw>. Acesso em: 16 dez. 2015. Fragmento. (P050425H6_SUP)

(P050425H6) Qual
é o assunto desse texto?
A) A concentração de bactérias nas unhas.
B) A importância de usar o álcool em gel.
C) Os alimentos que comemos com as mãos.
D) Os bebês que descobrem os alimentos.

A habilidade de identificar o tema de um texto demanda a ampliação da capacidade leitora do estudante. A informação
solicitada pelo comando deste item exige a leitura e a compreensão integral do texto expositivo que constitui o suporte para,
a partir dessa leitura, perceber que o assunto do texto são os alimentos que comemos com as mãos. Essa informação está
expressa na linha 2; entretanto, é necessário que o estudante retome a leitura global do texto para se certificar de que este
é, de fato, o assunto abordado. Esta habilidade corresponde a um relevante foco de atenção, notadamente devido à neces-
sidade de que o estudante vá além da simples identificação de uma informação expressa na superfície textual, percebendo
que todo texto tem um propósito comunicativo indicado, em primeiro lugar, pelo assunto escolhido para sua elaboração. A
partir da consolidação desta habilidade, o estudante pode ampliar seus horizontes enquanto leitor, preparando-se para a
compreensão de textos de tipologias habitualmente mais complexas, como a argumentativa.

29
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

5º ano do Ensino Fundamental

3º Agrupamento

Habilidade: Reconhecer relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua
continuidade (substituições e repetições).

Gabarito: D

Leia o texto abaixo.

O que é água?

A água é uma substância química. Um elemento da natureza, transparente, sem sabor


e odor, composto por dois gases: duas partes de hidrogênio (símbolo H) e uma parte de
oxigênio (símbolo O). Sua fórmula química é H2O.
A água pode ser doce ou salgada. A água do mar é salgada porque os rios carregam
5 para o mar cloro e sódio que se desprendem na erosão das rochas dos seus leitos. Como
os rios recebem mais água doce das chuvas do que evaporam, sua água continua doce.
Com o mar é diferente: ele perde mais água por meio da evaporação do que ganha com
a chuva. Assim, como o sal não evapora com a água, essa substância vai se acumulando
e se concentrando no mar. A repetição desse fenômeno durante centenas de milhões de
10 anos aumentou a concentração de cloreto de sódio nos oceanos, tornando-os salgados
como são hoje.
A água pode se apresentar em diversos estados: líquido, sólido (gelo) e gasoso (vapor d’água).
GARCEZ, Lucília; GARCEZ, Cristina. Água. São Paulo: Callis, 2010. p. 5. Coleção Planeta sustentável. (P051121RJ_SUP)

No trecho “... essa substância vai se acumulando...” (ℓ. 8), a expressão em destaque está no
(P051122RJ)
lugar da palavra
A) água.
B) cloro.
C) sódio.
D) sal.

A habilidade de estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para
a sua continuidade exige do estudante a realização de tarefas mais sofisticadas, no processo de compreensão da estrutura
textual. Com relação ao texto expositivo utilizado como suporte deste item, o estudante precisa, após a leitura global desse
texto, retornar à linha indicada no comando do item para localizar o referente anterior à expressão “essa substância” – nesse
caso, o termo “sal”. Entretanto, o item em análise apresenta um grau de dificuldade relativamente elevado, uma vez que, como
a expressão “essa substância” é feminina, o estudante pode ser levado a pensar que o referente também deve ser uma palavra
feminina. Além disso, o termo “substância” foi empregado também na linha 1 do texto, referindo-se, nesse caso, ao termo “água”.
Essa habilidade constitui, portanto, um foco de atenção, pois seu desenvolvimento é fundamental para que os estudantes avan-
cem, com sucesso, pelos anos de escolaridade, tornando-se leitores capazes de compreender textos cada vez mais complexos.

30
SAEPE | 2022

9º ano do Ensino Fundamental

1º Agrupamento

Habilidade: Localizar informação explícita em um texto.

Gabarito: B

Leia o texto abaixo.

Por que micro-organismos são importantes para as plantas?

Plantas e micro-organismos têm tudo a ver. Prova disso é a relação entre a ação das
bactérias e o desenvolvimento dos vegetais. Preste atenção...
Para se desenvolver, as plantas necessitam de alguns elementos químicos, como o
nitrogênio. O nitrogênio é um gás que os vegetais não conseguem captar sozinhos. As
5 bactérias, por sua vez, captam o nitrogênio do ar, o fixam no solo, tornando-o acessível às
raízes das plantas.
A bactéria Azospirillum brasilense é um desses micro-organismos que é bom para as
plantas. Ela fica na rizosfera, a região do solo próxima da raiz dos vegetais, onde a atividade
das bactérias é intensa. Por que há muitas bactérias ali? Porque as raízes fornecem açúcares,
10 aminoácidos, hormônios e vitaminas – substâncias que alimentam esses micro-organismos.
Enquanto se nutre, a Azospirullium brasilense fixa o nitrogênio ainda mais: produz hormônios,
substância que ajuda no crescimento das plantas.
Ciência hoje das crianças. Instituto Ciência Hoje. Ano 24. n. 221. Mar. 2011. p. 12. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento. (P090148C2_SUP)

(P090148C2) De acordo com esse texto, o nitrogênio é um


A) aminoácido.
B) gás.
C) micro-organismo.
D) vegetal.

A habilidade de localizar uma informação explícita perpassa toda a Educação Básica, visto tratar-se de uma habilidade foco
de atenção para que o estudante efetue o processo de leitura e compreensão de qualquer tipo textual. Para realizar a tarefa
proposta por este item, o leitor deve, em primeiro lugar, ler o texto integralmente. Em seguida, ele precisa localizar a infor-
mação solicitada pelo comando na linha 4 do texto, esclarecendo que o nitrogênio é um gás. Embora o suporte deste item
seja aparentemente simples, em especial por ser uma reportagem de curta extensão, há que se observar o grau de comple-
xidade estabelecido pela linguagem adotada, em função do uso de termos científicos relacionados às ciências da natureza.
Espera-se, porém, que um estudante concluinte do Ensino Fundamental já tenha adquirido a capacidade leitora necessária
para interagir com textos adequados à sua faixa etária, a fim de ingressar no Ensino Médio em condições de prosseguir com
sucesso nessa nova etapa da escolarização.

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R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

9º ano do Ensino Fundamental

2º Agrupamento

Habilidade: Distinguir fato de uma opinião.

Gabarito: C

Leia o texto abaixo.

Uma vida melhor que a encomenda

[...] Domingo passado, comentei sobre o documentário Eu Maior, em que Rubem


Alves também participou [...]. Entre outras coisas, ele contou que certa vez um garoto se
aproximou dele para perguntar como havia planejado sua vida para chegar onde chegou,
qual foi a fórmula do sucesso. Rubem Alves respondeu que chegou onde chegou porque
5 tudo que havia planejado deu errado.
Planejar serve para colocar a pessoa em movimento. Se não houver um objetivo, um
desejo qualquer, ela acabará esperando sentada que alguma grande oportunidade caia do
céu, possivelmente por merecimento cósmico.
É preciso querer alguma coisa – já alcançar é facultativo, explico por quê.
10 Uma vez determinado o rumo a seguir, entra a melhor parte: abrir-se para os acidentes
de percurso. Você que sonha em ser um Rubem Alves, é possível que já tenha começado
a escrever num blog (parabéns, pôs-se em ação). No entanto, esses escritos podem
conduzi-lo a um caminho que não estava nos planos. Dependendo do conteúdo, seus
posts podem levá-lo a um convite para lecionar no interior, [...] a estagiar com um tio
15 engenheiro, a fazer doce pra fora, a pegar a estrada com um amigo e acabar na Costa
Rica, onde conhecerá a mulher da sua vida e com ela abrirá uma pousada, transformando-se
num empresário do ramo da hotelaria.
Não é assim que as coisas acontecem, emendando uma circunstância na outra?
A vida está repleta de exemplos de arquiteta que virou estilista, [...] estudante de Letras
20 que virou maquiadora, publicitário que virou chef de cozinha, professor que virou dono de
pet shop, economista que virou fotógrafo. Tem até gente que almejava ser economista,
virou economista, fez uma bela carreira como economista e morreu economista. A vida é
surpreendente.
Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos, João Ubaldo também se formou em
25 Direito, mas nem chegou a exercer o ofício, e Rubem Alves teve até restaurante. Tudo que
dá errado pode dar muito certo. A vida joga os dados, dá as cartas, gira a roleta: a nós, cabe
apenas continuar apostando.
MEDEIROS, Martha. Disponível em: <http://cadeomeuabraco.blogspot.com.br/>. Acesso em: 22 jul. 2014. Fragmento. (P090472H6_SUP)

(P090473H6)Nesse texto, o trecho que marca uma opinião é:


A) “Domingo passado, comentei sobre o documentário...”. (ℓ. 1)
B) “Você que sonha em ser...”. (ℓ. 11)
C) “A vida é surpreendente.”. (ℓ. 22-23)
D) “Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos,...”. (ℓ. 24)

A habilidade de distinguir um fato de uma opinião requer do leitor a capacidade de reconhecer marcas de opinião em dife-
rentes tipos e gêneros textuais e distingui-las de fatos registrados nesses textos. Este item utiliza como suporte uma crônica
sobre as mudanças de profissão que as pessoas enfrentam em suas vidas, e o comando solicita a identificação da alternativa
de resposta em que está expressa uma opinião da autora do texto. O estudante precisa ser capaz de perceber que o emprego
do adjetivo “surpreendente” corresponde a um posicionamento da autora sobre a vida, não correspondendo a um simples
fato retratado no texto. Tal percepção, bastante sofisticada, aponta para um leitor capaz de realizar tarefas mais complexas,
ampliando seus horizontes de leitura para a abordagem de textos mais críticos e elaborados. Por esse motivo, distinguir um
fato de uma opinião constitui uma das habilidades foco de atenção.

32
SAEPE | 2022

9º ano do Ensino Fundamental

3º Agrupamento

Habilidade: Estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por locuções adverbiais,
advérbios, conjunções e locuções conjuntivas.

Gabarito: A

Leia o texto abaixo.

Borboletas enfrentam problema na cidade

As cidades são lugares cinzentos, barulhentos e poluídos. Mas elas também têm seus
encantos. Um dos mais coloridos animais, as borboletas, alegram os ares das cidades,
voando e fazendo malabarismos.
Apesar de viverem melhor em ambientes naturais, como florestas e campos, as borboletas
5 também são encontradas nas cidades.
Costuma-se dizer que “onde há plantas, há borboletas”, porque, na maioria das vezes,
as herbívoras aparecem em todos os lugares onde existe alimento.
Por isso, é importante que as praças, as ruas e os jardins das cidades tenham flores e
árvores que, além de alegrar o homem, dão casa e comida para os animais, permitindo que
10 convivam com a sociedade urbana.
Apesar disso, as borboletas brasileiras enfrentam um problema nas cidades: a maior
parte das plantas presentes nas ruas, usadas para arborização, é “estrangeira”, ou seja,
foi trazida de outras regiões. E, em geral, essas plantas “estrangeiras” não fazem parte do
cardápio natural das nossas borboletas.
15 Desse modo, os melhores lugares para encontrarmos borboletas nas cidades são
terrenos baldios, encostas de morros, quintais e parques com vegetação nativa brasileira.
Ciência Hoje para Crianças, n. 42. (P090624EX_SUP)

(P090625EX) No trecho “Apesar de viverem melhor em ambientes naturais, como florestas e campos,...” (ℓ. 4),
a conjunção em destaque transmite ideia de
A) concessão.
B) conclusão.
C) condição.
D) causa.

A habilidade de estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto é uma das mais complexas, demandando tarefas
leitoras mais sofisticadas. Tal habilidade consiste em um importante foco de atenção, visto que a percepção dessas relações
é fundamental para que o estudante compreenda a estrutura linguística e, consequentemente, o significado de um texto. No
que se refere ao item apresentado como exemplo, o suporte utilizado é uma reportagem sobre borboletas. O comando do
item requer dos estudantes a capacidade de perceber a relação semântica estabelecida pela locução conjuntiva “Apesar
de”. Tal percepção exige que o leitor saiba o que é uma relação de concessão; em muitos casos, porém, observa-se que é
muito comum haver dificuldade não somente em relacionar a locução à sua circunstância, mas também em entender o sig-
nificado de termos como “concessão”, “conclusão”, “condição” ou “causa”, presentes nas alternativas de resposta. Trata-se,
em alguns casos, de desconhecimento de vocabulário, sendo responsabilidade da escola oportunizar a seus estudantes o
contato com diversos tipos e gêneros textuais, buscando ampliar tanto o conhecimento de mundo, como o universo da língua.
Essa ampliação permitirá a esses leitores a percepção de relações como a estabelecida pelo conectivo destacado pelo item.

33
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

3º ano do Ensino Médio

1º Agrupamento

Habilidade: Localizar informação explícita em um texto.

Gabarito: D

Leia o texto abaixo.

Civilização play center

De acordo com o princípio da difusão dos sistemas técnicos, dos aparelhos e dos
computadores e de acordo também com o princípio da realidade virtual e das possibilidades de
o homem ter hoje mais acesso a ela, todas as experiências de emoção podem ser submetidas
a sistemas de programação. Não me ocorre nenhuma outra analogia para descrever esta
5 realidade que não seja a do parque de diversões. Nossa sociedade atual transformou-se
num grande complexo de play centers, e isso não só pelo princípio de que tudo pode ser
comprado, mas também pelo fato de que as emoções se tornam hoje administráveis.
Assim, tanto na sociedade em geral quanto no play center, tem-se emoções marcadas
por tensão, medo, violência, angústia, aflição, mas ao mesmo tempo, seguras, rapidamente
10 esquecíveis, sem reflexos traumáticos, sem desdobramentos psíquicos, que podem ser
previamente adquiridas e sentidas no momento desejado.
FILHO, Ciro Marcondes. Sociedade tecnológica. São Paulo: Scipione, 1994, p. 92-93. (P120817ES_SUP)

(P120819ES) De acordo com esse texto, a difusão da tecnologia permite


A) acessar a realidade virtual.
B) adquirir produtos.
C) comprar sistemas de programação.
D) submeter as emoções à programação.
E) descrever a realidade.

A habilidade de localizar uma informação explícita em um texto, embora bastante elementar, nem sempre consiste em uma
tarefa extremamente fácil para o leitor. O grau de dificuldade dessa tarefa, em uma avaliação externa, varia de acordo com
o texto utilizado como suporte do item, considerando sua extensão, seu gênero, seu vocabulário e sua temática. Para este
item, especificamente, foi selecionado um texto argumentativo sobre as percepções do autor a respeito da sociedade atual.
Apesar de ser um texto curto e a informação solicitada estar situada no primeiro parágrafo, a localização dessa informação
revela-se mais complexa, visto que ela se encontra desmembrada ao longo desse parágrafo, cabendo ao estudante a tarefa
de unir suas partes e relacioná-las à solicitação do comando. Por se tratar de uma habilidade comum a toda a Educação
Básica, ela continua sendo foco de atenção durante todo o Ensino Médio. Espera-se que os estudantes concluintes do 3º ano
já a tenham consolidado, sendo capazes de realizar a tarefa de localizar uma informação explícita em textos como aquele
selecionado para este item.

34
SAEPE | 2022

3º ano do Ensino Médio

2º Agrupamento

Habilidade: Identificar a tese de um texto.

Gabarito: D

Leia o texto abaixo.

A importância da leitura como identidade social

Um dos nossos objetivos é incentivar a leitura de textos escritos, não apenas daqueles
legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”, mas os escolhidos livremente. Pela
análise dos números da última Bienal do Livro realizada em São Paulo, constata-se que
“ler não é problema”, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca
5 de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2 200 000 títulos. Mas,
perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que lá compareceram se encaixam em
qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal,
reflexivo, que dialogará com os textos?
Muitos livros vendidos na Bienal têm como foco a primeira e a segunda visão de leitura. Seus
10 autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando
pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domínio da língua é a base para a leitura.
Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor
ideal, um cidadão pleno em relação a sua identidade. A construção da identidade social
é um fenômeno que se produz em referência aos outros, a aceitabilidade que temos e a
15 credibilidade que conquistamos por meio da negociação direta com as pessoas. A leitura
é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também
tornará esse processo contínuo.
Para tornar isso factível podemos, como educadores, adotar estratégias de incentivo,
apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais
20 complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos científicos. Construir
em sala de aula relações intertextuais entre gêneros e autores também é uma estratégia válida.
A família também tem papel importante no incentivo à leitura, mas como incentivar filhos
a ler, se os pais não são leitores? Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas
pensar no ato de ler como um processo. Discutimos à mesa questões políticas, a trama da
25 novela, por que não trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os livros que lemos?
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: <http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/32/
artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. (P100143E4_SUP)

(P100145E4) Nesse texto, sobre a relação entre leitura e identidade, há uma tese em:
A) “Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará com
os textos?”. (ℓ. 7-8)
B) “Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, ... ”. (ℓ. 12-13)
C) “A construção da identidade social é um fenômeno que se produz em referência aos outros...”. (ℓ. 13-14)
D) “A leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a constituição da identidade, como também
tornará esse processo contínuo.” (ℓ. 15-17)
E) “Cabe à família não apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato de ler como um processo”.
(ℓ. 23-24)

Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a ideia defendida em um artigo de opinião. Aqueles que assina-
laram a al­ternativa D – o gabarito – demonstraram ter desenvolvido a habili­dade proposta nesse item.

35
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

3º ano do Ensino Médio

3º Agrupamento

Habilidade: Estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por locuções adverbiais,
advérbios, conjunções e locuções conjuntivas.

Gabarito: B

Leia o texto abaixo.


Mito grego de amor entre Eros e Psiquê é recontado em livro infantil
Há muito tempo, um escritor latino chamado Apuleio escreveu sobre o amor entre uma
bela mortal chamada Psiquê e Eros, o deus do amor. Ao longo dos anos, a narrativa já foi
encenada no teatro, já foi transformada em esculturas e pinturas. Em 2010, ano em que
comemora 30 anos de carreira, a escritora e ilustradora mineira Angela Lago, colocou a
5 história dentro das páginas de um livro infantil que acaba de lançar.
No livro, tudo começa porque Psiquê, uma princesa tão linda, “que é impossível pintar ou
descrever”, era admirada por pessoas de todo o mundo. Muitos vinham de longe apenas para
vê-la. Um dia, Afrodite, a deusa da beleza, teve ciúmes da menina tão bela e mandou que
seu filho Eros, o deus do amor, fizesse com que Psiquê se apaixonasse pelo mais terrível dos
10 seres. Mas assim que Eros vê a bela menina, sabem o que acontece? Ele se apaixona por ela
e a partir daí muitas coisas vão acontecer para que eles possam ficar juntos.
Logo na primeira página do livro, o convite à leitura é irrecusável: “Essa história é de
encantamento. Traz vida longa e boa sorte a todos que a escutam ou a leem”. Depois dessa
deliciosa profecia, o que fazer senão caminhar página a página? A viagem vale a pena.
Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/novidades/2010/03/12/historia-de-amor-entre-eros-e-psique-vira-livro-infantil-ilustrado.jhtm>.
Acesso em: 12 mar. 2010. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P120216ES_SUP)

(P120216ES) O trecho desse texto que apresenta uma circunstância de lugar é:


A) “Há muito tempo, um escritor latino chamado Apuleio escreveu sobre o amor...”. (ℓ. 1)
B) “... Angela Lago, colocou a história dentro das páginas de um livro infantil...”. (ℓ. 4-5)
C) “Um dia, Afrodite, a deusa da beleza, teve ciúmes da menina tão bela...”. (ℓ. 8)
D) “Mas assim que Eros vê a bela menina, sabem o que acontece?”. (ℓ.10)
E) “... a partir daí muitas coisas vão acontecer para que eles possam ficar juntos.”. (ℓ. 11)

A habilidade de estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto demanda, do leitor, uma interação profunda com
a estrutura linguística da construção textual, consistindo em uma habilidade foco de atenção em mais de uma etapa da es-
colarização. Para realizar esse tipo de tarefa, é necessário que ele detenha a capacidade de identificar elementos coesivos
que estabelecem relações semânticas em um texto. No caso específico deste item, o comando solicita a identificação do frag-
mento do texto que apresenta uma circunstância de lugar; para tanto, o estudante deve ser capaz de perceber que o adjunto
adverbial “dentro das páginas de um livro infantil” expressa essa circunstância, perceptível mediante o uso do termo “dentro”.

Cabe ressaltar que a abordagem das diversas circunstâncias que compõem um texto não deve ocorrer somente no Ensino
Médio ou nos anos finais do Ensino Fundamental. Desde as etapas iniciais da Educação Básica, faz-se necessário evidenciar
elementos textuais indicativos de lugar, como a diferenciação entre termos como dentro/fora, em cima/embaixo, entre outros.
A consolidação de habilidades elementares, relacionadas à percepção de estruturas linguísticas como as que estabelecem
relações lógico-discursivas, é essencial para que o estudante progrida, como leitor, em etapas subsequentes.

No card Orientações Pedagógicas, você encontra um conjunto de sugestões e estratégias com


vistas ao desenvolvimento das habilidades importantes para cada etapa de escolaridade.

Na próxima seção, indicamos uma proposta de roteiro de orientação para a análise e a apropriação dos resultados da escola.

36
05

REFLEX ÃO E AÇÃO
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

C
om o intuito de contribuir para a reflexão ridade que estão concluindo. Essa ação pode se
sobre os resultados do SAEPE 2022, esta pautar em metodologias e recursos didáticos va-
seção traz uma proposta de roteiro para a riados; nesse sentido, a Plataforma de Avaliação e
análise e a apropriação dessas informações. Monitoramento de Pernambuco oferece sugestões
A partir da compreensão dos dados da avaliação para a abordagem de algumas das habilidades
externa, é possível passar à ação em sala de aula, que, historicamente, os estudantes vêm revelando
buscando auxiliar os estudantes a desenvolverem dificuldades para desenvolver.
as habilidades essenciais para a etapa de escola-

Essas sugestões podem ser conferidas no card Orientações Pedagógicas, dis-


ponível na área restrita da plataforma:

https://avaliacaoemonitoramentopernambuco.caeddigital.net/

Nesse card, é possível acessar textos direcionados à equipe pedagógica, mediante a abordagem de
determinadas habilidades, de acordo com o componente curricular e etapa em foco:

Confira, nas próximas páginas, o Roteiro de análise e apropriação dos resultados. Esperamos que esta
seja uma ferramenta útil ao trabalho das equipes gestora e pedagógica, proporcionando uma aborda-
gem das informações produzidas pela avaliação externa mais direcionada à realidade da escola.

38
SAEPE | 2022

Roteiro de análise e apropriação dos resultados

Escola: _____________________________________________________________________

Componente curricular: Língua Portuguesa

Etapa: _______________________________________ Turma(s): _____________________

Este roteiro tem por objetivo servir de apoio para a leitura e a análise do desempenho dos estudantes na
avaliação externa, de modo que professores e gestores possam realizar um diagnóstico das principais difi-
culdades de aprendizagem e elaborar um planejamento pedagógico mais adequado às suas necessidades.

Todos os resultados da rede e das escolas podem ser consultados na área restrita da Plataforma de
Avaliação e Monitoramento da Educação Básica de Pernambuco:

https://avaliacaoemonitoramentopernambuco.caeddigital.net/

Com base nos resultados dos testes aplicados, é lisados à luz dessas mudanças. O objetivo, aqui,
possível identificar quais habilidades já se encon- não é justificar os resultados, mas compreender o
tram consolidadas e quais apresentam problemas contexto e buscar alternativas para ajudar os estu-
de aprendizagem, em um determinado momento dantes a recuperarem as defasagens de aprendi-
do processo de escolarização. É importante ressal- zagem que, porventura, sejam identificadas nesse
tar que esses dados não devem servir para classi- diagnóstico.
ficar ou categorizar os estudantes, mas sim para
A seguir, apresentamos a proposta de roteiro para
orientar ações em prol do seu desenvolvimento.
a leitura e a análise dos resultados da avaliação
Para realizar a leitura e a análise dos resultados, do SAEPE 2022. São sugestões que podem ser
organize as informações, conforme indicado neste acrescidas de outras, de acordo com as condi-
roteiro, e responda aos questionamentos propos- ções e possibilidades da rede e de cada escola
tos. Lembre-se de que essas atividades devem em particular, para as quais são divulgados os re-
envolver os profissionais da escola – professores, sultados por turma e por estudante. Dessa forma,
equipe pedagógica e gestores. Só assim as ações partindo de uma análise detalhada do desempe-
previstas, a partir do diagnóstico produzido pela nho em seus diversos níveis, é possível elaborar
avaliação, poderão ser eficazes. estratégias adequadas às necessidades de cada
estudante, de cada turma, de cada escola e para
Ressaltamos que a avaliação externa 2022 pre-
a rede como um todo.
cisa ser vista mais como um diagnóstico do de-
sempenho dos estudantes, no momento de sua Esperamos, com este roteiro, contribuir para o pla-
aplicação. As alterações no tempo e no espaço nejamento de ações voltadas para a melhoria da
escolar, em função da pandemia, impactaram so- qualidade da educação ofertada às crianças e
bremaneira o desempenho dos estudantes. Por aos jovens matriculados na rede de ensino.
isso, os resultados da avaliação precisam ser ana-

39
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

1º PASSO – DIAGNÓSTICO

Participação
Este é um indicador muito importante na análise dos resultados das avaliações censitárias: para que os
resultados médios possam ser generalizados, é importante que a taxa de participação seja mais próxima
de 100%. Para que os resultados médios da rede, da escola ou da turma possam ser generalizados, isto
é, possam representar o desempenho geral daquele grupo observado, é importante que essa taxa seja
superior a 80%. Observe os resultados de participação da sua escola para realizar as tarefas propostas.

Para refletir:

1. A taxa de participação na avaliação retrata a participação dos estudantes nas aulas durante o ano
letivo de 2022?

2. Há diferenças entre as médias de participação da sua escola com as médias gerais da rede?

3. Há grandes diferenças entre os anos de escolaridade? Quais são as etapas em que esse indicador
se mostrou mais/menos representativo?

4. A pandemia da Covid-19 gerou muitos impactos no processo educacional que precisam ser levados
em consideração, como o abandono (ou a evasão) escolar. Os dados da avaliação refletem esse
cenário?

5. Em relação à edição anterior (se for o caso), houve aumento ou diminuição da taxa de participação
na avaliação externa? Lembre-se de que estamos em um momento muito atípico. É preciso cautela
na realização de comparações entre diferentes edições da avaliação externa.

6. É possível extrair mais alguma informação dos dados de participação?

Converse com seus pares e registre, a seguir, algumas hipóteses para os resultados encontrados.
O diálogo e a troca de experiências, nesse momento do diagnóstico, são fundamentais para o
planejamento de ações que visem à retomada do processo de ensino e aprendizagem na escola.

40
SAEPE | 2022

Desempenho
Após a análise dos dados de participação, passemos a analisar os resultados de desempenho alcançados
pelos estudantes nesta avaliação de 2022. O primeiro resultado de desempenho a ser observado é a
média de proficiência alcançada pela escola.

Proficiência média
Para refletir:

1. O desempenho alcançado na avaliação externa está coerente com o que foi observado durante o
ano letivo de 2022?

2. Os anos de escolaridade com menor desempenho são aqueles que, durante o ano de 2022, tam-
bém apresentaram dificuldades de participação às aulas?

3. Observe a proficiência média da sua escola em cada ano escolar. Essa média está muito diferente
da média geral da rede, nesses mesmos anos de escolaridade?

4. Em relação à edição anterior (se for o caso), o desempenho foi mais alto ou mais baixo? Lembre-se
de que estamos em um momento muito atípico. É preciso cautela na realização de comparações
entre diferentes edições da avaliação externa.

Problematize e reflita com seus pares. Em seguida, registre algumas hipóteses para os resultados
encontrados.
O objetivo aqui não é justificar os resultados, mas buscar, em conjunto e de modo colaborativo,
caminhos que possam ser trilhados por todas as escolas, considerando a realidade de cada uma.

O trabalho colaborativo e cooperativo fortalece as ações e amplia as possibilidades de efetivida-


de e eficácia no processo de ensino e aprendizagem!

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R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

Distribuição de estudantes por padrão de desempenho

Após analisar os resultados médios, passemos à e alunos com desempenho abaixo dessa média.
distribuição dos estudantes pelos padrões de de- Por isso, não basta olhar a média de um agrupa-
sempenho. mento de estudantes para obter um diagnóstico
mais acurado. Para que ações mais eficazes e
A média de proficiência, como o próprio nome já
mais assertivas possam ser realizadas em cada
diz, é o resultado médio de todos os alunos da-
escola e, posteriormente, em cada turma, é pre-
quela etapa de escolaridade. Por exemplo, se a
ciso verificar a distribuição dos estudantes pelos
média de Língua Portuguesa do 5º ano do Ensino
padrões de desempenho e identificar se há muita
Fundamental é 223,5, ela é o resultado da soma
desigualdade de aprendizagem dentro da escola
dos resultados individuais de cada aluno – que
e/ou da turma.
pode variar de 0 a 500 pontos na escala de pro-
ficiência – dividido pelo total de estudantes da Observe a distribuição dos estudantes pelos pa-
escola avaliados nesta etapa. Isso significa dizer drões de desempenho em cada etapa de escola-
que nem todos os alunos têm seu desempenho ridade e componente curricular avaliado e faça as
igual à média: há alunos com desempenho acima reflexões a seguir.

Para refletir:

1. Como está a distribuição dos estudantes pelos padrões de desempenho? Há concentração de es-
tudantes em algum dos quatro padrões? Se sim, em qual? Registre, a seguir, os padrões com maior
concentração de estudantes em cada ano de escolaridade, neste componente curricular.

Ano de escolaridade Padrão com maior concentração de estudantes

5º ano EF

9º ano EF

3º ano EM

2. O esperado é que todos os estudantes tenham desempenho condizente com, pelo menos, o padrão
Básico. Observando os resultados da sua escola, há grande desigualdades entre os estudantes –
(alguns alunos nos padrões mais altos e grande concentração de estudantes nos padrões mais bai-
xos)? De acordo com essa distribuição, deverão ser tomados caminhos distintos para intervenções
mais eficazes.

3. Em comparação com a rede, como está a distribuição dos estudantes da escola pelos padrões de
desempenho? Há grandes diferenças ou os resultados médios da rede estão parecidos com os da
sua escola?

42
SAEPE | 2022

4. De acordo com o que você observou em relação ao desempenho dos alunos da escola em 2022,
os resultados da avaliação confirmam as suas expectativas ou há algum resultado surpreendente?

5. De modo geral, os resultados desta avaliação correspondem aos resultados das avaliações inter-
nas, realizadas ao longo do ano letivo de 2022?

Converse com seus pares e registre, a seguir, algumas hipóteses para os resultados encontrados.
A comparação com a rede ou com outras escolas não deve ser feita com o objetivo de competir,
e sim de compartilhar boas experiências e de fortalecer-se mutuamente; afinal, os estudantes não
são responsabilidade apenas da escola em que estudam, mas de toda a rede de ensino.

Para sistematizar o diagnóstico da sua escola, reúna as informações levantadas no quadro abaixo.
Você poderá retomá-lo para a análise dos resultados das turmas, junto aos gestores, professores
e equipe pedagógica, bem como para o estabelecimento de metas e o planejamento escolar para
o próximo período letivo.

Etapa/ano de escolaridade Pontos de atenção identificados

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R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

2º PASSO – PLANEJAMENTO OU PLANO DE AÇÃO

Agora que você já conheceu e analisou os resul- Listamos, abaixo, alguns elementos essenciais na
tados da sua escola e refletiu, junto a outros ges- condução do trabalho educativo, seja na gestão
tores, chegou o momento de pensar em ações da rede, da escola ou da própria sala de aula. Ob-
que visem à melhoria do desempenho dos estu- servar esses elementos e buscar incorporar essas
dantes, de modo que eles recuperem suas apren- reflexões ao trabalho com os dados da avaliação
dizagens e desenvolvam as habilidades neces- é fundamental para garantir melhores resultados
sárias para prosseguirem, com sucesso, o seu para os alunos.
processo de escolarização.

Clareza sobre o que os estudantes precisam desenvolver ao longo da escolarização é condi-


Currículo ção necessária para todo e qualquer trabalho educativo. O currículo deve ser sempre ponto
de partida e de chegada.

Avaliação e currículo são duas dimensões, indissociáveis, do processo educativo. Diante de


todas as alterações ocorridas no contexto escolar, nos últimos meses, tornou-se ainda mais
urgente considerarmos as evidências produzidas pelas avaliações. Isto é, no delineamento do
Diagnóstico
planejamento pedagógico, nenhuma discussão curricular pode deixar de considerar as infor-
mações produzidas pelas avaliações, uma vez que elas revelam os avanços e estagnações
do processo de aprendizagem.

Sem um planejamento adequado, a condução dos rumos acontece geralmente pela força das
circunstâncias, resultando em ações improvisadas, muitas vezes desprovidas de qualquer tipo
Planejamento
de avaliação ou análise. Por isso, é necessário rever o planejamento escolar à luz do currículo
e das informações produzidas pelas avaliações.

CURRÍCULO ENSINO

PLANEJAMENTO

AVALIAÇÃO

Nos quadros a seguir, registre os principais pontos de atenção levantados em relação aos resul-
tados e indique as estratégias e/ou ações que poderão ser colocadas em prática na sua escola.
Procure pensar em ações de curto, médio e longo prazos.
É importante indicar, no campo “Observações”, se essas ações serão implementadas para a escola
como um todo ou para um grupo específico de turmas. Se for, registre para qual (ou para quais)
turma(s) essas ações serão implementadas.

Para aprofundar as análises iniciadas por este roteiro, consulte as sugestões disponíveis no card
Orientações pedagógicas, na área restrita da Plataforma de Avaliação e Monitoramento da
Educação Básica de Pernambuco.

44
PLA NO D E AÇÃO – ESC O L A

Ano(s) de
Estratégias e/ou ações a serem
escolaridade Ponto(s) de atenção identificado(s) Prazo de execução Observações
implementadas
envolvido(s)

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

45
Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo


SAEPE
|

Curto Médio Longo


2022

Curto Médio Longo


PLA NO D E AÇÃO – ESC O L A (CON TIN UAÇÃO)

Ano(s) de
Estratégias e/ou ações a serem
escolaridade Ponto(s) de atenção identificado(s) Prazo de execução Observações
implementadas
envolvido(s)

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo


R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

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Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo

Curto Médio Longo


06

A N EXO S
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

Anexo I - Matrizes de Referência

48
SAEPE | 2022

SAEPE 2022 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

■ MATRIZ DE REFERÊNCIA
LÍNGUA PORTUGUESA | 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Descritor Habilidade Projeto

I. PRÁTICAS DE LEITURA
D06 Localizar informação explícita em um texto.

D07 Inferir informação em um texto.

D08 Inferir o sentido de palavra ou expressão a partir do contexto.

D09 Identificar o tema central de um texto.

D10 Distinguir fato de uma opinião.

D11 Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.

II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/ OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO


D12 Identificar o gênero do texto.

D13 Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

IV. COESÃO E COERÊNCIA


D16 Estabelecer relação de causa e consequência entre partes de um texto.

D17 Estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por locuções adverbiais ou advérbios.

Reconhecer relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua continuidade
D18
(substituições e repetições).

D21 Reconhecer o conflito gerador do enredo e os elementos de uma narrativa.

V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO


D22 Identificar efeitos de humor no texto.

D23 Identificar efeitos de sentido decorrente do uso de pontuação e outras notações.

VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA


D26 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e/ou o interlocutor.

49
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

SAEPE 2022 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

■ MATRIZ DE REFERÊNCIA
LÍNGUA PORTUGUESA | 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Descritor Habilidade Projeto

I. PRÁTICAS DE LEITURA
D06 Localizar informação explícita em um texto.

D07 Inferir informação em um texto.

D08 Inferir o sentido de palavra ou expressão a partir do contexto.

D09 Identificar o tema central de um texto.

D10 Distinguir fato de uma opinião.

D11 Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.

II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/ OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO


D12 Identificar o gênero do texto.

D13 Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

III. RELAÇÕES ENTRE TEXTOS


D14 Reconhecer semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos que tratem da mesma temática.

IV. COESÃO E COERÊNCIA


D16 Estabelecer relação de causa e consequência entre partes de um texto.

Estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por locuções adverbiais, advérbios, conjunções e
D17
locuções conjuntivas.

Reconhecer relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua continuidade
D18
(substituições e repetições).

D19 Identificar a tese de um texto.

D21 Reconhecer o conflito gerador do enredo e os elementos de uma narrativa.

D27 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO


D22 Identificar efeitos de humor no texto.

D23 Identificar efeitos de sentido decorrente do uso de pontuação e outras notações.

D24 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos.

D24 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos.

D25 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões.

VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA


D26 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e/ou o interlocutor.

50
SAEPE | 2022

SAEPE 2022 Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco

■ MATRIZ DE REFERÊNCIA
LÍNGUA PORTUGUESA | 3º ANO DO ENSINO MÉDIO

Descritor Habilidade Projeto

I. PRÁTICAS DE LEITURA
D06 Localizar informação explícita em um texto.

D07 Inferir informação em um texto.

D08 Inferir o sentido de palavra ou expressão a partir do contexto.

D09 Identificar o tema central de um texto.

D10 Distinguir fato de uma opinião.

D11 Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.

II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/ OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO


D12 Identificar o gênero do texto.

D13 Identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais.

III. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS


D14 Reconhecer semelhanças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos que tratem da mesma temática.

IV. COESÃO E COERÊNCIA


D16 Estabelecer relação de causa e consequência entre partes de um texto.

Estabelecer relações lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por locuções adverbiais, advérbios, conjunções e
D17
locuções conjuntivas.

Reconhecer relações entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua continuidade
D18
(substituições e repetições).

D19 Identificar a tese de um texto.

D21 Reconhecer o conflito gerador do enredo e os elementos de uma narrativa.

D27 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO


D22 Identificar efeitos de humor no texto.

D23 Identificar efeitos de sentido decorrente do uso de pontuação e outras notações.

D24 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos.

D24 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos.

D25 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões.

VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA


D26 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e/ou o interlocutor.

51
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

Anexo II - Níveis de Desempenho

52
SAEPE | 2022

N ÍVEIS D E DESEMPENHO ATÉ O 5 º A NO DO E NSINO FU NDA M E NTA L

NÍVEL 1 – ATÉ 125 PONTOS

C Ler frases.
C Localizar informações em frases, em bilhetes curtos e em versos.
C Reconhecer gênero e finalidade de receitas.
C Interpretar textos curtos com auxílio de elementos não verbais, como tirinhas e cartuns.
C Identificar o personagem principal em contos.

53
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 2 – DE 125 A 150 PONTOS

C Localizar informações em poemas narrativos.


C Realizar inferência em textos não verbais e que conjugam linguagem verbal e não verbal, como
tirinhas.

C Identificar expressões próprias da oralidade e marcas de informalidade na fala de personagem em


histórias em quadrinhos.

C Reconhecer os gêneros receita e adivinha e a finalidade de textos informativos.


C Identificar o personagem principal em narrativas simples

54
SAEPE | 2022

NÍVEL 3 – DE 150 A 175 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos, em receitas e em textos informativos curtos.


C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas.
C Reconhecer a finalidade de receitas, manuais, textos informativos e regulamentos.
C Inferir características de personagem em fábulas.
C Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas e inferir o sentido de expressão em tirinhas.
C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários e em lendas.

55
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 4 – DE 175 A 200 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos, reportagens e fábulas.


C Localizar informação explícita em propagandas, com ou sem apoio de recursos gráficos, e em ins-
truções de jogo.

C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.


C Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos, poemas, tirinhas
e histórias em quadrinhos, com o apoio de linguagem verbal e não verbal.

C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em contos e pelo travessão em
fábulas.

C Reconhecer o gênero fábula.


C Identificar a finalidade de textos informativos.

56
SAEPE | 2022

NÍVEL 5 – DE 200 A 225 PONTOS

C Identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.


C Identificar assunto principal e personagem em contos e letras de música.
C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.
C Identificar assunto comum a duas reportagens.
C Identificar o efeito de humor em piadas.
C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, notícias, con-
tos e poemas.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas, poemas, contos, tirinhas e textos didáticos, além de reconhecer o referente de expressão
adverbial em contos.

C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas,


fábulas e contos.

C Inferir efeito de humor em tirinhas e em histórias em quadrinhos.


C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e em contos.

C Reconhecer marcas características da linguagem científica em textos didáticos.

57
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 6 – DE 225 A 250 PONTOS

C Identificar assunto e informação principal em reportagens e contos.


C Identificar assunto comum a cartas e poemas e a poemas e notícias.
C Identificar informação explícita em letras de música e contos.
C Reconhecer assunto em poemas e tirinhas.
C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.
C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,
contos e reportagens.

C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.


C Inferir a finalidade de fábulas e de resenhas.
C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.
C Inferir informação em poemas, reportagens, cartas e fábulas.
C Diferenciar opinião de fato em reportagens e em contos.
C Interpretar efeito de humor e inferir sentido de palavra em piadas e tirinhas.
C Inferir sentido de palavra ou expressão em reportagens.

58
SAEPE | 2022

NÍVEL 7 – DE 250 A 275 PONTOS

C Identificar opinião em reportagens, biografias e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e


reportagens.

C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.


C Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges e reportagens.
C Reconhecer relação de causa e consequência em reportagens, relação lógico-discursiva em contos
e relação entre pronomes e seus referentes em poemas, fábulas e contos.

C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, notícias, re-
portagens e tirinhas.

C Inferir informação em contos e reportagens.


C Inferir moral e efeito de humor em piadas, fábulas e histórias em quadrinhos.

59
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 8 – DE 275 A 300 PONTOS

C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.


C Identificar opinião em poemas, crônicas, cartas pessoais e notícias.
C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e o assunto comum a duas repor-
tagens.

C Inferir informação comum na comparação entre reportagens e charges.


C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas e em contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, contos, crônicas e em textos didáticos e informativos.

C Inferir informação em fábulas e em contos, efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em
reportagens e em letras de música e o significado de palavra em textos didáticos.

C Interpretar efeito de humor em piadas, tirinhas e contos.


C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.
C Identificar marcas da linguagem formal/padrão em reportagens e as marcas linguísticas que carac-
terizam o público-alvo de textos de orientação.

C Reconhecer a finalidade de textos didáticos.

60
SAEPE | 2022

NÍVEL 9 – DE 300 A 325 PONTOS

C Identificar assunto principal e opinião em contos, textos informativos e cartas do leitor.


C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em reportagens.
C Reconhecer sentido de locução adverbial e conjunção aditiva em notícias e elementos da narrativa
em fábulas e contos.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fá-
bulas e reportagens.

C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.


C Inferir informações e o sentido de expressão em poemas narrativos, em textos informativos e em
fábulas.

C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas, piadas e tirinhas.

61
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 10 – ACIMA DE 325 PONTOS

C Identificar o trecho que apresenta uma opinião em fábulas, resenhas e notícias.


C Reconhecer sentido de advérbios em poemas, cartas do leitor e textos didáticos.
C Reconhecer a informação comum em duas reportagens.
C Inferir o efeito de espanto sugerido pelo uso de exclamação na fala de personagem em tirinhas.
C Inferir informação sobre a ação de um personagem em lendas e tirinhas.
C Identificar marcas da linguagem informal em trecho de reportagens e de contos.
C Identificar o fato gerador do enredo em contos.

62
SAEPE | 2022

N ÍVEIS D E DESEMPENHO ATÉ O 9 º A NO DO E NSINO FU NDA M E NTA L

NÍVEL 1 – ATÉ 175 PONTOS

C Localizar informação explícita em contos, fábulas, reportagens e mitos.


C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários, em tirinhas e em
cartuns e realizar inferência em textos não verbais.

C Reconhecer a finalidade de receitas.

63
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 2 – DE 175 A 200 PONTOS

C Localizar informação explícita em propagandas, com ou sem apoio de recursos gráficos, e em ins-
truções de jogo.

C Identificar o assunto principal em reportagens, cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos.


C Inferir informações e características de personagem e do narrador e a personagem principal em
fábulas e piadas, elementos do cenário em fragmentos de romances e o desfecho em lendas.

C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal, como tirinhas e charges.
C Reconhecer a finalidade de manuais, regulamentos e textos de orientação.
C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música, cartas, contos, crônicas,
tirinhas e histórias em quadrinhos com o apoio de linguagem verbal e não verbal.

C Inferir a causa do comportamento de um personagem em fragmentos de diários.


C Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas.
C Depreender o efeito de sentido sugerido pelo ponto de exclamação em conto e em textos de orien-
tação.

64
SAEPE | 2022

NÍVEL 3 – DE 200 A 225 PONTOS

C Localizar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.


C Identificar o assunto principal em reportagens e a personagem principal em fábulas, contos e letras
de música.

C Inferir ação de personagem em crônicas e em sinopses.


C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música e de personagem em tirinhas.
C Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos, fábu-
las e poemas.

C Inferir efeito de humor em piadas, tirinhas e histórias em quadrinhos.


C Inferir sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas,
fábulas e contos.

C Identificar formas de representação de medida de tempo em reportagens.


C Identificar o assunto comum a duas reportagens, o assunto comum a duas notícias, o assunto co-
mum a poemas e crônicas e a semelhança entre cartas do leitor e cartuns.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, poemas, contos, tirinhas e reportagens.

C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.), termos caracterís-


ticos de contextos informais e a relação entre expressão e seu referente em reportagens, artigos de
opinião e crônicas.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.


C Inferir o efeito de sugestão pelo uso da forma verbal imperativa em cartas do leitor e de orientação
em manuais de instruções e o efeito do uso de diminutivo em contos.

65
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 4 – DE 225 A 250 PONTOS

C Identificar assunto e opinião em reportagens e contos.


C Identificar tema e assunto em poemas, tirinhas e charges, relacionando elementos verbais e não
verbais, e textos informativos.

C Identificar assunto comum a cartas e poemas.


C Identificar informação explícita em letras de música, contos, fragmentos de romances, crônicas e
textos didáticos.

C Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos.


C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação e de conjunções em
poemas, charges e fragmentos de romances.

C Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes.


C Reconhecer o gênero biografia, mesmo quando apresentado em uma comparação de dois textos.
C Reconhecer o gênero artigo.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas,
contos e reportagens.

C Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens em lendas e fábulas.


C Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas.
C Inferir finalidade e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas.
C Inferir informação em poemas, reportagens e cartas.
C Diferenciar fato de opinião em reportagens.
C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.
C Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas.
C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.
C Inferir o efeito de sentido provocado pela escolha de expressão em guias de viagem e em romances
e o efeito de sentido provocado pelo uso de recursos ortográficos em fábulas.

66
SAEPE | 2022

NÍVEL 5 – DE 250 A 270 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas e fábulas.

C Identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens.

C Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos.

C Reconhecer a finalidade de receitas culinárias, verbetes, fábulas, charges, reportagens e abaixo-as-


sinados e o gênero sinopse.

C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em poe-
mas, fábulas e contos.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em


fragmentos de romances, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios).

C Interpretar sentido de conjunções e de advérbios e relações entre elementos verbais e não verbais
em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.

C Inferir assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens e
tirinhas.

C Inferir informação em contos e reportagens.

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em histórias em quadrinhos, poemas e fragmentos de


romances.

C Inferir efeito de humor em piadas e a moral em fábulas.

C Inferir o efeito de sentido do uso de expressão popular em artigos de opinião.

C Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas.

C Comparar textos de gêneros diferentes que abordem o mesmo tema.

C Reconhecer o assunto comum entre textos informativos.

67
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 6 – DE 270 A 300 PONTOS

C Identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.


C Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.
C Identificar opinião em poemas e crônicas e o trecho que apresenta uma opinião em sinopses e em
reportagens.

C Reconhecer o gênero textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas reportagens.
C Reconhecer elementos da narrativa em fábulas e contos.
C Identificar a finalidade em fábulas e contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábu-
las, contos, crônicas, fragmentos de romances, artigos de opinião e reportagens.

C Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos em reportagens e em


letras de música.

C Inferir informações em fragmentos de romances.


C Interpretar efeito de humor em piadas, contos e em crônicas.
C Inferir o efeito de sentido da pontuação, da polissemia como recurso para estabelecer humor e da
ironia em tirinhas, anedotas e contos.

C Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.


C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.
C Inferir o sentido de expressão em letras de música, tirinhas, poemas, fragmentos de romances e o
sentido de palavra em cartas do leitor e contos.

C Inferir o sentido de expressão característica da área da informática em textos jornalísticos.


C Reconhecer o uso de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de
romances.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e
artigos.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.

68
SAEPE | 2022

NÍVEL 7 – DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar a informação principal em reportagens.


C Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.
C Identificar assunto principal em notícias e opinião em contos e cartas do leitor.
C Reconhecer sentido de locução adverbial e elementos da narrativa em fábulas e contos.
C Reconhecer relação de causa e consequência, entre pronomes e seus referentes e entre advérbio
de lugar e o seu referente em fábulas e reportagens e o sentido de conjunção proporcional em
textos expositivos.

C Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, padrão) em reportagens e crônicas.


C Reconhecer elementos da narrativa em crônicas.
C Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances.
C Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes.
C Inferir aspecto comum na comparação de cartas do leitor.
C Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.
C Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.
C Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não ver-
bal e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e reportagens.

C Inferir informações e efeito de sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas e piadas.


C Inferir o efeito de sentido decorrente do uso de diminutivo em crônicas.

69
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 8 – DE 325 A 350 PONTOS

C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.


C Identificar argumento em reportagens e crônicas.
C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de varian-
tes linguísticas e de figuras de linguagem em reportagens, poemas, contos e fragmentos de romances.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em contos.


C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas do leitor que abordam o mesmo tema e entre artigos
de opinião.

C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos, cordéis e repor-
tagens.

C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.


C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos
em poemas e fragmentos de romances.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e crônicas.


C Identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.
C Reconhecer a finalidade de textos informativos com linguagem científica.
C Reconhecer a ideia defendida em artigos de opinião.
C Reconhecer o trecho retomado por pronome demonstrativo em textos de orientação e o termo reto-
mado por pronome relativo em reportagens.

C Inferir informação em crônicas.

70
SAEPE | 2022

NÍVEL 9 – DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos, crônicas
e artigos de opinião.

C Distinguir o trecho que apresenta a informação principal em reportagens.


C Identificar variantes linguísticas em letras de música e marcas da linguagem informal em trecho de
reportagens, contos e crônicas.

C Reconhecer a finalidade, o gênero e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas,


crônicas, poemas e reportagens.

C Inferir o sentido de palavra em reportagens e inferir informação em poemas.


C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião.

71
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 10 – ACIMA DE 375 PONTOS

C Reconhecer a ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.


C Identificar os elementos da narrativa em contos e crônicas.
C Diferenciar fato de opinião e opiniões diferentes em artigos e notícias.
C Inferir o sentido de palavras em poemas e em contos.
C Inferir o efeito de sentido provocado pela repetição de formas verbais em fábulas.
C Reconhecer o tema comum entre textos do gênero poema.
C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em sinopses e o gênero
artigo de opinião.

C Inferir o efeito de sentido causado pelo uso do recurso estilístico da rima e por escolha de expressão
em poemas e crônicas.

C Inferir efeito de ironia em poemas.

72
SAEPE | 2022

N ÍVEIS D E DESEMPENHO ATÉ O 3º A NO DO E NSINO M É DIO

NÍVEL 1 – ATÉ 200 PONTOS

C Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônicas e em fragmentos de


romances.

C Localizar informação explícita a respeito de um local em que acontece uma cena em crônicas.
C Localizar informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos, em instru-
ções de jogo e em notícias.

C Inferir efeito do uso da exclamação em textos de orientação.


C Realizar inferência em textos que conjugam linguagem verbal e não verbal.
C Reconhecer a finalidade de cartazes e de manuais.

73
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 2 – DE 200 A 225 PONTOS

C Reconhecer a causa de ação de personagem em fragmentos de romances.


C Inferir características de personagem em fábulas e em tirinhas e ação de personagem em crônicas.
C Inferir informação a respeito do eu lírico em letras de música.
C Inferir o sentido de palavra e o sentido de expressão em letras de música e em contos.
C Identificar o assunto principal em reportagens.
C Reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre
expressão e seu referente em reportagens, em contos e em artigos de opinião.

C Estabelecer relação lógico-discursiva marcada por locução adverbial de lugar em textos didáticos
e em contos e por advérbio de modo em poemas.

C Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.


C Inferir o efeito do uso de notação e do uso da exclamação na fala de personagem em tirinhas e em
comentários de filme.

C Inferir o trecho que provoca efeito de humor em piadas e o fato que gera humor em histórias em
quadrinhos.

C Identificar o público-alvo de cartazes.


C Inferir a crítica apresentada em cartuns.
C Localizar informação explícita em biografias.

74
SAEPE | 2022

NÍVEL 3 – DE 225 A 250 PONTOS

C Localizar informações explícitas em fragmentos de romances, crônicas, textos didáticos e artigos.


C Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais.
C Identificar elementos da narrativa em histórias em quadrinhos e em contos.
C Reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos.
C Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação, de conjunções em poe-
mas, charges, fragmentos de romances, anedotas e contos.

C Inferir o sentido de palavra em letras de música, reportagens e artigos.


C Reconhecer relações de causa e consequência em lendas e fábulas.
C Reconhecer relação entre pronome e seu referente em manuais de instruções.
C Inferir características de personagens em lendas, letras de música e fábulas e inferir sentimento
expresso pelo narrador em contos.

C Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.


C Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.
C Inferir causa da ação de um personagem e interpretar expressão de personagem em tirinhas.
C Reconhecer o objetivo comunicativo de notícias e reportagens.
C Reconhecer aspecto comum na comparação de letras de música e poemas e entre textos jornalís-
ticos e charges.
C Identificar a tese defendida pelo autor em artigos.
C Reconhecer a relação entre expressão e seu referente em notícias.

75
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 4 – DE 250 A 275 PONTOS

C Localizar informações explícitas em crônicas, fábulas, notícias e reportagens.

C Identificar os elementos da narrativa em letras de música, fábulas e contos e o narrador em primeira


pessoa em fragmentos de romances.

C Reconhecer a finalidade de abaixo-assinado e verbetes.

C Identificar o gênero biografia.

C Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em


fragmentos de romances, contos, diários, crônicas, reportagens, máximas (provérbios) e artigos.

C Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

C Inferir o sentido de palavra ou expressão em reportagens, histórias em quadrinhos, poemas e frag-


mentos de romances.

C Comparar textos de gêneros diferentes para reconhecer a ideia comum entre eles.

C Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre elementos verbais e não ver-
bais em tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas.

C Reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locuções conjuntivas em letras


de música e crônicas.

C Reconhecer o uso de expressões características da linguagem (científica, profissional etc.), marcas


linguísticas que evidenciam o locutor em reportagens e a relação entre pronome e seu referente em
artigos e reportagens.

C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges.

C Reconhecer o trecho que caracteriza uma opinião em entrevistas, fragmentos de romance e em


reportagens.

C Inferir efeito de humor e de ironia em tirinhas e em histórias em quadrinhos.

C Inferir efeito do uso de letras maiúsculas em artigos.

76
SAEPE | 2022

NÍVEL 5 – DE 275 A 300 PONTOS

C Localizar informações explícitas em artigos de opinião, crônicas e notícias.


C Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos.
C Identificar a finalidade de relatórios científicos, resenhas e reportagens.
C Determinar informação comum entre artigos de opinião e tirinhas.
C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.
C Reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes textos.
C Distinguir o trecho que apresenta opinião do narrador em crônicas.
C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunções, a relação de causa e consequência e
entre pronomes e seus referentes em fragmentos de romances, fábulas, crônicas, contos, artigos de
opinião, reportagens e entrevistas.

C Reconhecer o sentido de expressão e de variantes linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas


e fragmentos de romances.

C Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas, arti-
gos, resenhas e entrevistas.

C Reconhecer o tema de crônicas e assunto em reportagens.


C Identificar o tema de notícias.
C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e histórias em quadrinhos.
C Inferir informações em fragmentos de romances e em poemas e ação de personagem em histórias
em quadrinhos e em tirinhas.

C Inferir o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso para estabelecer humor ou
ironia em tirinhas, anedotas e contos e o trecho que apresenta ironia em crônicas.

C Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em contos, artigos,
crônicas e romances.

C Inferir informação e o efeito de sentido produzido por expressão em reportagens e tirinhas.


C Reconhecer variantes linguísticas em artigos.
C Inferir o efeito de sentido decorrente da escolha de expressão em curiosidades.

77
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 6 – DE 300 A 325 PONTOS

C Localizar informações explícitas em infográficos, reportagens, crônicas e artigos.


C Localizar a informação principal em reportagens.
C Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.
C Identificar a finalidade e a informação principal em notícias.
C Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística, coloquial) em reportagens, marcas
da oralidade em entrevistas e da linguagem coloquial em contos.

C Reconhecer variantes linguísticas em contos, fragmentos de romance, notícias, reportagens e crô-


nicas.

C Reconhecer elementos da narrativa em crônicas e em resenhas.


C Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances.
C Identificar o argumento em contos.
C Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.
C Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.
C Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não
verbal e de pontuação em charges, tirinhas, contos, crônicas, fragmentos de romances e artigos de
opinião.

C Inferir informação, sentido de expressão e o efeito de sentido decorrente da escolha de expressão


e do uso de recursos morfossintáticos em crônicas.

C Inferir o sentido decorrente do uso de recursos gráficos em poemas.


C Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal e o efeito de humor em tirinhas.
C Inferir informação a respeito de personagem em tirinhas e em manuais de instruções com apoio de
recursos visuais.

C Reconhecer a relação entre os pronomes e seus referentes em contos e o referente de pronome


relativo em artigos de opinião.

C Reconhecer elementos da narrativa em contos.


C Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos e pelo uso dos
recursos estilísticos em poemas e em fragmentos de romance.

C Reconhecer ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre dife-
rentes textos.

78
SAEPE | 2022

C Reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas, entrevistas e tirinhas.


C Reconhecer a relação de causa e consequência em piadas, crônicas e fragmentos de romances.
C Comparar poemas que abordem o mesmo tema.
C Diferenciar fato de opinião em contos, artigos, reportagens e crônicas.
C Diferenciar tese de argumentos em artigos, entrevistas e crônicas e reconhecer um argumento utili-
zado para defender uma ideia em entrevistas.

C Reconhecer o emprego do recurso estilístico da comparação entre elementos em um trecho de


contos de longa extensão.

C Reconhecer o efeito do uso dos travessões em relatos.


C Reconhecer a tese defendida pelo autor em cartas.

79
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 7 – DE 325 A 350 PONTOS

C Localizar informação explícita em resenhas.


C Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas.
C Identificar a informação principal em artigos e reportagens.
C Identificar argumento em reportagens e crônicas e o trecho que comprova a tese defendida em
artigos de opinião.

C Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de


variantes linguísticas e de figuras de linguagem em poemas, contos, crônicas, fragmentos de roman-
ces e artigos.

C Reconhecer variantes linguísticas e o efeito de sentido de recursos gráficos em crônicas, artigos,


letras de música e fábulas.

C Inferir o efeito do uso das aspas em crônicas.


C Reconhecer a relação de causa e consequência e as relações de sentido marcadas por conjunções
em reportagens, artigos, ensaios, crônicas, contos, cordéis e poemas.

C Reconhecer diferentes opiniões entre cartas de leitor que abordam o mesmo tema.
C Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.
C Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos
em poemas e fragmentos de romances.

C Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e resenhas.


C Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal e o efeito da escolha de palavra em
tirinhas.

C Identificar elementos da narrativa e a relação entre argumento e ideia central em crônicas e em


fragmentos de romances.

C Reconhecer o gênero reportagem e a finalidade de propagandas e de entrevistas.


C Reconhecer o tema em poemas e em reportagens.
C Inferir o sentido de palavras e expressões em piadas e letras de música.
C Inferir informação em artigos.
C Inferir o sentido de expressão em fragmentos de romances.
C Recuperar o referente do pronome demonstrativo “lá” em reportagens, o trecho retomado por pro-
nome demonstrativo em crônicas e por pronome relativo em artigos.

C Inferir o trecho que apresenta ironia em histórias em quadrinhos.


C Reconhecer o efeito do uso dos parênteses em notícias, que apresentam temática e linguagem
técnicas.

C Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma expressão em contos de longa extensão.

80
SAEPE | 2022

NÍVEL 8 – DE 350 A 375 PONTOS

C Localizar informações explícitas, ideia principal e trecho que causa humor em contos, crônicas, arti-
gos de opinião e reportagens.

C Identificar variantes linguísticas em letras de música e em reportagens.


C Reconhecer efeitos estilísticos em poemas.
C Reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes da repetição de palavras em sinopses e em
poemas.

C Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema, na comparação entre diferentes textos.
C Reconhecer o gênero carta de leitor a partir da comparação entre dois textos.
C Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas e crônicas.
C Reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens.
C Reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas.
C Reconhecer o tema em contos e fragmentos de romances.
C Reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas e circunstância de lugar marca-
da por adjunto adverbial de lugar em resenhas.

C Inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos e tirinhas.


C Inferir o sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em poemas, crônicas, fragmentos
de romances e reportagens.

C Reconhecer a ideia defendida pelo autor em artigos de opinião.


C Inferir característica do eu lírico em letras de música.
C Inferir o efeito do uso das aspas em resenhas.

81
R E V I S TA D A E S C O L A - L Í N G U A P O R T U G U E S A

NÍVEL 9 – DE 375 A 400 PONTOS

C Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.


C Inferir o sentido de palavras em poemas.
C Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.
C Identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros, reportagens, editoriais, crôni-
cas e artigos de opinião.

C Inferir o assunto tratado em artigos de opinião.


C Identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de romances.
C identificar ironia e tema em poemas e artigos.
C Inferir efeito de humor e ironia em tirinhas e charges.
C Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunção em artigos, reportagens e fragmentos de
romances.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em entrevistas, reportagens e fragmentos de ro-


mances.

C Reconhecer o efeito de sentido de recursos gráficos em artigos e do uso de expressão metafórica


caracterizadora de personagem em fragmentos de romances.

C Inferir recurso estilístico utilizado em crônicas.


C Reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas.
C Reconhecer o gênero resenha e a finalidade de reportagens, resenhas e artigos.
C Reconhecer a tese defendida pelo autor em artigos de opinião em forma de paráfrase.

82
SAEPE | 2022

NÍVEL 10 – ACIMA DE 400 PONTOS

C Reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintáticos e ortográficos em


artigos e letras de música.

C Inferir efeito de ironia na fala do narrador em fragmentos de romances.


C Inferir informação sobre o entrevistado em entrevistas.
C Inferir o sentido de uma expressão popular em resenhas e o sentido de expressão em crônicas.
C Reconhecer o conflito gerador do enredo em fábulas.
C Reconhecer a finalidade de cartas de leitor.
C Reconhecer os gêneros crônica e editorial.
C Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunção adversativa em artigos e a relação
entre pronomes e seus referentes em biografias.

C Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens.

83
Raquel Teixeira Lyra Lucena
Governadora de Pernambuco

Priscila Krause Branco


Vice-Governadora de Pernambuco

Ivaneide de Farias Dantas


Secretária de Educação e Esportes

Tarcia Regina da Silva


Secretária Executiva de Desenvolvimento da Educação

Ana Cristina Cerqueira Dias


Secretária Executiva de Educação Integral e Profissional

Igor Fontes Cadena


Secretário Executivo de Gestão da Rede

Mônica Maria de Oliveira Andrade


Secretária Executiva de Planejamento

Gilson José Monteiro Filho


Secretário Executivo de Administração e Finanças

Luciano Flávio da Silva Leonídio


Secretário Executivo de Esportes

José Dionísio Júnior


Gerente de Avaliação e Monitoramento das Políticas Educacionais
Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF CONSTRUÇÃO DE INSTRUMENTOS Paula Cavalcanti Carneiro da Silva
Marcus Vinicius David Paula Luisa Silveira Barletta Martineli
Bruna Carolina Nani – Supervisão Paulo Ricardo Ramos Pereira
Coordenador Geral do CAEd/UFJF Mayra Moreira de Oliveira – Supervisão Priscila Karla Silva Dias
Manuel Palácios da Cunha e Melo Adriana Lourdes Ferreira Andrade Leocadio Rachel Garcia Finamore
Alan Bronny Almeida Pires de Moura Renoir Oliveira dos Santos
Presidente da Fundação CAEd/UFJF
Alessandra Aparecida Muniz Dornelas Sarah Matos Rocha Mesquita
Lina Kátia Mesquita de Oliveira
Alexandre Jenevain Junior Shaiane Silva de Oliveira e Costa
Diretora Superintendente da Fundação CAEd/UFJF Ana Beatriz Marques Penna Tatiane Silva Tavares
Eleuza Maria Rodrigues Barboza Anderson Marques Pinto Taynara Saporetti Valadares
Andreia Cristina Teixeira Tocantins Thais Parreira Martins
Coordenação da Pesquisa de Avaliação Andressa da Silva de Miranda Tulio Cesar Gama e Silva
Manuel Palácios da Cunha e Melo Barbara Carneiro Filgueiras Vagner de Oliveira Bettim
Bruna Mendes da Silva Vanessa Bhering Pereira Braga
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e
Tecnologias da Comunicação Caroline Chinelato Silveira de Almeida Vanessa Cristina do Carmo
Edna Rezende Silveira de Alcântara Cecilia Cavedagne Cunha Perdigão Vanessa Martins Ferreira Henry Rua
Cecilia Fonseca Poggian Walter Soares Antonio Junior
Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Clarice de Matos Oliveira Wilian Ferreira Rocha
Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação Clarissa Aguiar Nunes de Paula
Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello Daniel Augusto Bartholomeu de Oliveira DESIGN E PROJETO GRÁFICO
Daniella de Fatima Raymundo
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em João Pedro Octávio Silva
Gestão e Avaliação da Educação Pública Danielle Morais Generoso
Alexandre Calderano Fiorilo
Eliane Medeiros Borges Dayana Aparecida de Almeida
Fabrício Ângelo Soares
Fabio Balbino Miguel
Karen Cristina Batista Celestino
Flaviane Goncalves Correa
Paulo Ricardo Zacanini
EQUIPES TÉCNICAS Gabriel Schuery Custódio
Gisele Barbosa
PESQUISA DE ARTE E DESIGN
ENTREGAS DE RESULTADOS DO PROGRAMA Homero Lourenco Gomes
Isabela Magalhaes Kirchmair Helena Souza Neves Frade da Cruz
Waldirene Maria Barbosa – Supervisão Jacqueline Aparecida Alves Menezes
Ana Maria da Costa Evangelista Janaina Lamas Santiago PRODUÇÃO DE MEDIDAS E ESTATÍSTICAS
Bárbara de Souza Braga Jaqueline Occhi de Andrade Wellington Silva – Supervisão
Débora da Silva Vieira José de Paulo Teófilo Júnior Clayton Sirilo do Valle Furtado
Edyenis Rodrigues Frango Josilene de Fatima Donato da Silva Douglas França Oliveira
Francisca Rosilda de Oliveira Sales Juliana da Costa Silva E Costa Flávio Vieira Ferraz
Helena Rivelli de Oliveira Juliana da Silva Gomes Ian Castro de Souza
Josiane Toledo Ferreira Silva Juliana Melo Norma Alice da Silva Carvalho
Kelmer Esteves de Paula Juliana Vicini Florentino Rodrigues Roberta de Oliveira Fávero
Leilane Pereira de Abreu Junior Lamas Faria Vanessa Rebello Morani
Luciana Netto de Sales Leise Santos Vieira
Luís Antônio Fajardo Pontes Leonardo Bassoli Angelo ORGANIZAÇÃO E CONTROLE DA
Mariana Calife Nóbrega Soares Lucas Fazola Miguel EXECUÇÃO DOS PROJETOS
Priscila Trogo Pereira Luciana Andrade Paula Ederaldo Nunes Pereira
Sheila Rigante Romero Maira Miranda Portela Aline Martins Ferreira
Silvio Augusto de Carvalho Marcela Franca e Gomes Silva Adriano Candido da Silva
Vanessa Aparecida de Almeida Gonçalves Oliveira Maria Clara Russo Araújo Andreia Candido Silva
Mariana Apolinário de Morais Sandro Rodrigues Leite
CONSTRUÇÃO DE INDICADORES E INSTRUMENTOS Mariana Brasil Galvão Wuesley de Souza Castro
Mariana Martins de Sá Muller
CONSTRUÇÃO DE INDICADORES Mariana Mendes Flores IMPRESSÃO E PROCESSAMENTO
Marianna do Valle Modesto Paixão DE DOCUMENTOS
Luiz Vicente Fonseca Ribeiro – Supervisão Michelle Thomacelli Braga Laudiosa
Benito Jose Delage Junior
César Pedrosa Soares Miria Ferreira Braga
Marcelo Botaro de Oliveira Lopes
Daniel Morais de Souza Monique Ivelise Pires de Carvalho
Sergio Luna Couto
João Augusto Ferreira Freire Naiara Nascimento Lagoa dos Santos
Wesley Mendhelson Nunes
Juliana Frizzoni Candian Naiara Thais Alves de Souza
Leonardo Ostwald Vilardi Natalia Galdino Muller
Mayanna Auxiliadora Martins Santos Nathalia de Oliveira Ribeiro
Virgínia Rodrigues Strack Pablo Rafael de Oliveira Carlos

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