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Poema MIMA FATAXA, Almada negreiros,1915

"Mima Fataxa" é um poema escrito por José de Almada Negreiros, um renomado


escritor e artista português do início do século XX. Publicado em 1915, o poema é parte
de uma coleção poemas modernistas que reflete o espírito da época e a busca por uma
nova identidade cultural em Portugal além disso faz parte do movimento artístico
conhecido como "Futurismo," que buscava romper com as convenções artísticas
tradicionais e abraçar a modernidade e a velocidade da vida urbana. O Futurismo era
caracterizado por uma ênfase na máquina, na velocidade, no dinamismo e na rejeição
do passado em favor de um futuro radicalmente novo.
Resumo:
"Mima Fataxa" é um poema curto e impressionista, composto por versos de rima
irregular e um ritmo acelerado. O título, "Mima Fataxa," é um exemplo do uso de
palavras inventadas pelo autor para enfatizar o caráter inovador e desafiador do
Futurismo.
O poema descreve uma cena caótica e frenética nas ruas da cidade. Almada Negreiros
utiliza uma linguagem ousada e desafiadora, que reflete o espírito do Futurismo. O
poeta evoca imagens de multidões, carros, e até mesmo "Foguetes!" em um esforço
para capturar a intensidade da vida urbana e o ritmo acelerado da modernidade. O
caos e a agitação são elementos centrais do poema, e o autor expressa o desejo de
capturar a essência da cidade em ebulição.
O poema é uma homenagem à figura de Mima, uma mulher que é elogiada por sua
capacidade de realizar tarefas diversas. Ela é retratada como alguém multifacetada,
que tem habilidades variadas e pode fazer qualquer coisa. Mima é vista como uma
figura emblemática da força e versatilidade feminina. Almada Negreiros descreve Mima
como uma "bailarina da vida" que dança através de todas as tarefas e desafios que
encontra. O poema celebra a ideia de que as mulheres são capazes de realizar qualquer
tarefa que lhes seja atribuída, e não devem ser limitadas por estereótipos de gênero.
"Mima Faz Tudo" é um poema que reflete o espírito vanguardista do modernismo,
desafiando convenções e destacando a igualdade de gênero e a capacidade das
mulheres de desempenhar qualquer papel na sociedade. É um hino à força e
versatilidade das mulheres, representadas na figura de Mima.
Análise:
Palavras Inventadas: Almada Negreiros cria palavras como "Mima Fataxa" e
"Foguetes!" para desafiar as normas linguísticas e enfatizar a inovação. Essa técnica é
típica do Futurismo, que buscava romper com as convenções literárias tradicionais.
Velocidade e Dinamismo: O poema enfatiza a velocidade da vida urbana e a agitação
das ruas. O uso de pontos de exclamação e frases curtas cria um ritmo acelerado que
reflete a urgência e o dinamismo do ambiente urbano.
Visualismo: Almada Negreiros era também um pintor, e essa influência é evidente em
seu estilo literário. Ele usa imagens vívidas para criar uma cena caótica e visualmente
impressionante que estimula a imaginação do leitor.
Rompimento com o Passado: O Futurismo é conhecido por sua rejeição do passado e
sua ênfase na modernidade. "Mima Fataxa" encapsula esse espírito ao descrever um
mundo em constante transformação e evolução.
Crítica à Sociedade: Embora o poema não forneça uma crítica social explícita, a
representação caótica da vida urbana pode ser vista como uma crítica implícita à
alienação e à desumanização da sociedade moderna.
"Mima Fataxa" é um exemplo notável da poesia futurista e do estilo inovador de
Almada Negreiros. Ele captura o espírito frenético e desafiador do início do século XX,
quando artistas e escritores estavam explorando novas formas de expressão para
refletir a rápida transformação do mundo ao seu redor
Poema ultimatum de Fernando Pessoa ,1917
"Ultimatum" é um poema escrito por Fernando Pessoa, um dos mais importantes
poetas da literatura portuguesa do século XX, em 1917. A obra é uma expressão
artística e literária que reflete o contexto histórico, político e cultural da época. Aqui
está uma análise da obra "Ultimatum" de Fernando Pessoa:
Contexto Histórico e Político: "Ultimatum" foi escrito durante a Primeira Guerra
Mundial, um período de tumulto na Europa e no mundo. Em Portugal, o país estava em
dificuldades financeiras e políticas. O título do poema faz referência ao "Ultimato
Britânico" de 1890, quando Portugal enfrentou pressões diplomáticas da Grã-Bretanha
em relação aos seus territórios coloniais. O poema, portanto, faz uma alusão a essa
humilhação anterior e destaca a necessidade de preservar a identidade e a
independência de Portugal.
Nacionalismo e Patriotismo: "Ultimatum" é um poema profundamente patriótico e
nacionalista. Ele exalta o orgulho nacional de Portugal e evoca sentimentos de união e
resistência contra qualquer forma de opressão estrangeira. O poema sugere que
Portugal não deve se curvar diante de forças externas e deve defender sua soberania a
todo custo.
Simbolismo: A obra usa imagens e símbolos poderosos para transmitir sua mensagem.
A figura do "Índio" no poema é uma referência à importância de preservar a cultura e a
identidade portuguesas, evitando que o país seja colonizado ou subjugado por outras
nações. O uso de metáforas e símbolos fortes torna o poema eficaz na transmissão de
sua mensagem.
Métrica e Estilo: Fernando Pessoa utiliza uma métrica regular no poema, com estrofes
de quatro versos, o que cria um ritmo marcante e uma estrutura formal. Isso contribui
para a solenidade do tema e da mensagem.
Apelo à Ação: O poema conclama os portugueses a permanecerem firmes e a
resistirem a qualquer tentativa de opressão. Ele encoraja a mobilização e a ação em
defesa dos interesses de Portugal, reforçando a ideia de que o país deve estar
preparado para enfrentar desafios e defender sua dignidade.

"Ultimatum" é um poema que evoca um forte sentimento de patriotismo e orgulho


nacional, ao mesmo tempo que relembra um evento histórico que é simbolicamente
importante para Portugal. Ele representa a preocupação de Fernando Pessoa com a
identidade e a independência de seu país e sua crença na importância de resistir a
influências externas que poderiam comprometer a soberania nacional.

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