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Prova de Avaliação da Disciplina de Filosofia – 10º Ano (Turmas A e B)

Ano Letivo 2022/2023


19 janeiro de 2023

SUGESTÕES DE RESPOSTA

Grupo I
1.
1.1. (C) 1.5. (C)
1.2. (A) 1.6. (D)
1.3. (B) 1.7. (D)
1.4. (A) 1.8. (B)

2.
1. (Concorda) 4. (Concorda) 7. (Discorda)
2. (Concorda) 5. (Discorda) 8. (Concorda)
3. (Discorda) 6. (Concorda) 9. (Concorda)

Grupo II
Questão 1.1.
O tipo de argumento implícito é o argumento da autoridade. Os argumentos de autoridade são argumentos que
fornecem como justificação para a conclusão o facto de ela ter sido emitida por uma pessoa ou instituição
considerada qualificada para o tema. Neste caso, a publicação científica ScienceDaily, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) e a Sociedade de Pneumologia (SPP) são apresentadas como autoridades qualificadas para
certificar conclusões a propósito dos cigarros eletrónicos.
Total 24 pontos

Questão 1.2.
Podemos considerar que se trata de um argumento da autoridade fraco. Embora a instituição citada (publicação
científica ScienceDaily) seja reconhecida como especialista na matéria em questão, a notícia mostra-nos que não
há consenso entre os especialistas/instituições sobre o assunto. Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
e a Sociedade de Pneumologia (SPP) discordam que “os cigarros eletrónicos (…) são menos prejudiciais à saúde
comparativamente aos cigarros convencionais”.
Total 16 pontos

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Questão 2.1.
A falácia informal presente no ENUNCIADO A é um caso de falácia da petição de princípio. A falácia da petição
de princípio consiste em assumir como verdadeiro aquilo que se pretende provar. Neste caso existe uma
circularidade [andar às voltas] entre a premissa e a conclusão: fico com três pérolas “Porque sou o chefe.” e sou
chefe “Porque tenho três pérolas.”.
A falácia informal presente no ENUNCIADO B é uma falácia do apelo à ignorância. A falácia do apelo à ignorância
consiste em considerar que se uma coisa não foi provada, então a sua contrária foi provada. Nesta situação, uma
vez que a turma não manifestou quaisquer dúvidas em relação à matéria, conclui-se que está preparada para o
teste (então sabem a matéria).

Total 16 pontos

Questão 3.1.
Não podemos considerar a situação descrita como uma ação humana. Para que um acontecimento seja
considerado uma ação deve ser praticado por um agente de modo consciente, voluntário e intencional. Neste
sentido, a ação humana resulta de um processo de deliberação ou ponderação das razões a favor ou contra
determinadas alternativas. Traduz uma escolha ou decisão do agente que, assim, afirma a sua liberdade e assume
a responsabilidade pelas consequências dessa escolha ou decisão.
Total 16 pontos

Questão 4.1.
O que leva Miquelina a afirmar que “sendo eu determinista radical e tu libertista, ainda assim temos algo em
comum”, é o facto do libertismo e do determinismo radical serem teorias incompatibilistas. Estas teorias partilham
a tese incompatibilista: “se o determinismo é verdadeiro, então o livre-arbítrio não existe”. Sendo assim, o que
estas teorias têm em comum é a crença de que a existência do livre-arbítrio não é compatível com o determinismo
causal universal.
Total 16 pontos

Questão 5.1.
A perspetiva referida no texto sobre o problema do livre-arbítrio (possibilidade/liberdade de escolha) é o
determinismo mitigado (determinismo moderado ou compatibilismo). O determinismo moderado ou compatibilismo
aceita que as ações praticadas pelo homem, apesar de determinadas, podem ser causadas pelo exercício da
vontade livre, pelo que o ser humano quando age segundo os seus motivos/causas não está constrangido (“… as
nossas decisões livres são uma das causas.”). O sujeito/agente está autodeterminado, age de acordo com as
suas próprias causas e não segundo causas que não controla, porque lhe são impostas/determinadas. Assim, o
determinismo moderado assume-se como perspetiva compatibilista ao defender a coexistência do determinismo
e do livre-arbítrio na ação humana.
Total 24 pontos

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