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estrategias-argumentativas/

TIPOS DE ARGUMENTO

Diferença de emitir uma opinião e construir um


posicionamento crítico.
Uma análise crítica é construída através de
argumentos. Nesta aula, trabalharemos, então,
alguns tipos de argumento que podem ser utilizados
em diversas situações de comunicação.
Vamos começar com a fundamentação baseada na
autoridade.

O Argumento de Autoridade é aquele em que o


argumentador traz uma ideia ou o pensamento de
um especialista em determinado assunto. Ele traz
esse pensamento através de uma citação que pode
ser direta ou indireta. Esse tipo de argumento
consiste em citar uma autoridade num determinado
assunto para justificar uma opinião. Essa autoridade
pode ser uma instituição de pesquisa renomada, um
pesquisador conhecido em sua área, um grande
cientista, um filósofo etc.

Exemplo
Se o governo não usar a polícia para garantir a segurança, o crime vai tomar conta da cidade,
porque, de acordo com Hobbes, se o homem for deixado à vontade, haverá uma “guerra de
todos contra todos”.

Nesse argumento, para justificar a conclusão de que o crime tomará conta da cidade caso o
governo não use a política, o autor citou uma afirmação de Thomas Hobbes, um filósofo do
século XVII que pode ser considerado uma autoridade sobre o tema da violência.

O Argumento de competência linguística é aquele


em que o argumentador utiliza um vocabulário
técnico para fundamentar seu ponto de vista. Neste
tipo de argumento, pode ser passado, inclusive, o
contexto de algumas expressões, para que o ouvinte
entenda bem o motivo da argumentação.

O Argumento de testemunho é aquele baseado no


relato de terceiros. Apesar de não ser um argumento
objetivo ainda é bem reconhecido pela sociedade.
Jornais e tribunais aplicam o argumento por
testemunho como um importante instrumento na
resolução de casos legais. O testemunho traz o
ponto de vista de quem passou por um ocorrido, o
que amplia a sua força argumentativa.

Argumento de consenso. Ele é constituído por


ideias, universalmente, aceitas. Normalmente, neste
tipo de argumento não há discussão. Aliás, o
significado da palavra consenso está ligado à
concordância e ao bom senso, já que se busca um
meio termo entre os vários posicionamentos que
possa criar uma espécie de acordo.
O espírito para quem entra em um confronto
argumentativo deve ser de aprendizado e não de
competição. Só assim conseguimos construir uma
sociedade que possa, realmente, dialogar.

Argumento indutivo

Esse é um argumento que tira uma conclusão geral a partir de fatos


particulares. Ele também é chamado, em alguns contextos, de
argumento por exemplificação.

A corrupção é um problema generalizado no Brasil, e não só na


política. Podemos ver isso através de um grande número de exemplos.
Pense nas pessoas que furam a fila do supermercado, que sonegam
imposto de renda, no guarda que toma um café na padaria de graça em
troca de uma proteção especial para o estabelecimento, no estudante
que tira xerox no trabalho para economizar etc. Definitivamente, no
Brasil a corrupção é generalizada.

Nesse argumento, a conclusão de que a corrupção é generalizada no


Brasil foi tirada com base na enumeração de exemplos, fatos
particulares, que mostram isso.

Argumento por analogia

Argumentos por analogia usam a comparação entre duas coisas


semelhantes para estabelecer uma conclusão. O pressuposto desse
argumento é que coisas semelhantes se comportam de formas
semelhantes ou deveriam ser tratadas da mesma maneira.

Os exemplos desse tipo de argumento são abundantes. Abaixo


listamos alguns deles.

Primeiro exemplo

Ninguém deixaria qualquer pessoa pilotar um avião, pois isso exige


conhecimento especializado. Ora, governar um país também exige
conhecimento especializado, portanto deveria ser proibido que pessoas
que não têm conhecimento governem de alguma forma um país.

Segundo exemplo

Um medicamento testado em ratos para a cura do câncer deu bons


resultados. Portanto,  se for usado em seres humanos, provavelmente
também trará bons resultados.

Em ambos os casos, a conclusão foi tirada com base na comparação


entre duas coisas semelhantes. No primeiro é feita uma comparação
entre pilotar um avião e governar um país; no segundo, entre ratos e
seres humanos.

Argumento dedutivo

O argumento dedutivo é o favorito dos filósofos, porque leva a um


tipo de conclusão inquestionável. Se a argumentação fosse uma luta, o
argumento dedutivo seria considerado o golpe fatal.  Um argumento
dedutivo é aquele que, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão
também será necessariamente verdadeira.

Primeiro exemplo

(P1)A diminuição dos índices de mortalidade infantil exige tempo,


trabalho coordenado e planejamento. Ora, (P2) o índice de
mortalidade infantil de São Caetano do Sul, em São Paulo, foi o que
mais caiu no país. (C) Portanto, São Caetano do Sul foi o município
do Brasil que mais investiu tempo, trabalho coordenado e
planejamento na área.

O raciocínio acima é um argumento dedutivo válido, porque a


conclusão (C) é verdadeira, se as premissas (P1 e P2) forem
verdadeiras. A única forma de questionar esse tipo de argumento é
mostrando que as premissas nas quais se apoia são falsas.

Tipos de argumentos inválidos

O mau uso de algum desses tipos de argumentos pode fazer com que
você cometa uma falácia . Falácias são argumentos que parecem
válidos mais não são. Essa é uma falha grave na argumentação que
deve ser evitada.

Pode até parecer um tanto técnico, mas é importante para o


reconhecimento das estratégias que podem ser utilizadas (e que os
outros também utilizam) durante o processo de comunicação, de
expressão e tentativa de convencimento de uma ideia.
 
Um dos argumentos mais “convencedores” é o chamado argumento
de autoridade. Ele se dá quando o emissor da mensagem, para
corroborar suas ideias, se utiliza de um pensador, estudioso ou teórico
renomado para sustentar a tese que defende. Difícil ser contrário a uma
frase de Pelé sobre futebol, de Sérgio Moro sobre corrupção ou de Madre
Teresa de Calcutá sobre fazer o bem ao próximo. Colar sua tese em uma
frase de uma autoridade no tema específico que corrobore o seu
pensamento, a idéia que quer repassar, impressiona, ajuda a convencer.
É semelhante a utilizar números comprovados na defesa de uma ideia.
Ninguém discute com números.
 
Outro bom tipo de argumento é o de causalidade. Ele é estabelecido
quando aquele que quer convencer cria uma relação de causa e efeito de
fácil comprovação. Neste caso, é importante que o receptor da
mensagem possa concordar com o exemplo pela própria experiência
cotidiana das pessoas, pela observação direta. É bastante pragmático e
muito fácil de ser usado. É como fazer a relação entre a exposição
exagerada ao sol e a queimadura na pele. Ou a de um copo de vidro
lançado para cima que se espatifará em pedaços quando cair ao chão.
Ou ainda que uma fruta deixada ao léu durante muito tempo apodrecerá.
É o tipo de argumento que é naturalmente aceito pelas pessoas.
 
No argumento de consequência, outro dos vários tipos, o emissor da
mensagem estabelece uma relação de consequência entre a hipótese e o
que dela pode advir. Para usá-lo, no entanto, é preciso provar a
conseqüência arguida, o que nem sempre é fácil. Dizer, por exemplo, que
um fumante terá, um dia, câncer no pulmão é uma hipótese que nem
sempre tem o resultado arguido. Da mesma forma que dizer que, no
futebol, o melhor time sempre vence. É um argumento temeroso.

Porém, são nas argumentações falaciosas que residem o charme de


conhecer essas técnicas teóricas. Não raro, o interlocutor – ou por falta
de preparo para o debate, ou por esperteza de subterfúgio – usa de
falácias para tentar combater uma ideia melhor e não ser convencido, ou
ainda para tentar fazer que a proposta dele prevaleça.

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