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MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ORIGEM DO ESTADO

TEXTOS BASE:

- Objetivos do Direito e das RI’s


• Compreensão das instituições, das sociedades
• Desenvolvimento de formas/métodos de solução de problemas sociais
• Auto-construção / desenvolvimento (além da técnica)
→ Ciência Política / Teoria central do Estado acompanha estas máximas

- Relação entre a teoria e a história


• Separação política x religião
* Período Greco-romano
• Sistematização / Normatização
* Período Medieval Soberania
* Westphalia (1648) – Idéia Moderna de Estado Povo
Território
- Conexão Sociedade-Estado
• Quanto mais complexa a realidade social, mais necessária a instituição
• Teorias quanto ao surgimento
* Naturalista
- Aristóteles (IV a.C) – Homem é animal político; busca bem/justo
- O agrupamento é necessário, natural
- Auto-alimentação: razão benéfica / amplifica a ação natural
* Contratualistas
- Escolha racional; equação na qual se busca maior ganho / menor perda
- Platão (A República); Hobbes (Leviatã)
- “Estado de Natureza” – Desejo é mais forte – Perigo constante
- “Guerra de todos contra todos” – Resposta: “Estado Social” pautado no contrato
(transferência mútua de direitos)
- Rousseau (Contrato Social) – Ordem social e direito a ser encontrado no contrato
• União social gera soberania, poder de tomar e executar decisões
* Vontade geral é maior e mais diversa em relação ao somatório das vontades individuais
• Itens fundamentais para esta vontade geral desenvolver uma sociedade, um Estado
* Fim do Estado – Bem comum (condições de desenvolvimento)
* Ordem – Regras adequadas; ordenadas, imperativas-atributivas; permanentes
* Poder – Capacidade de aplicação; uso da força; fontes diversas
• Análise temporal / histórica
- Maquiavel (O Príncipe) – Uso moderno da expressão / do termo Estado
→ “Sociedade política que fixa regras de convivência via autoridade”.
- Visões distintas
* Estado sempre existiu
* Estado surge após pequeno hiato / sem marco histórico / determinismo material,
territorial
* Estado só surge no séc XVI / XVII / Características muito específicas
- Origem
* Família / Clã – expansão deste núcleo
* Regulação das relações de força / vencedores e vencidos
* Desenvolvimento das relações econômicas
* Complexidade da sociedade
* Formação derivada (fracionamento / união / guerras)
- Evolução
* Estado antigo (unitário / religioso)
* Estado Grego (genérico / auto-suficiente)
* Romano (familiar / dinâmico)
* Medieval (religioso – universal / terra)
* Moderno (unidade / território / soberania)
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – PÚBLICO X PRIVADO

TEXTOS BASE:

- Dicotomia – distinção
Divisão do universo em duas esferas
* Exaustivas - localização
* Reciprocamente exclusivas
* Total – na prática e na potência
* Tende a fazer convergir em sua direção outras dicotomias
- A grande dicotomia público x privado
• Res Pública x Singulorum Utilitas
* Povo como agregação humana / sociedade mantida junta pela utilitates comunione
• Regulação entre iguais e entre desiguais
* Esfera pública pressupõe relação hierárquica – governante e governado; detentor de poder de
comando e destinatário do dever de obediência
• Relação entre lei e contrato
* Direito público é tal enquanto posto pela autoridade política – norma vinculatória (poder
supremo + coação)
* Direito privado é conjunto de normas que singulares estabelecem para regular suas relações
• Justiça comutativa e distributiva
* Comutativa pretende justiça
* Distributiva assume critérios (meritórios, necessários, subjetivos)
→ Primado do Direito Privado – Direito Romano – contrato / família / propriedade
→ Nascimento do Direito Privado como corpo sistemático – formação do Estado moderno
→ Processos paralelos: “Publicização do privado” – subordinação dos interesses do privado aos
interesses coletivos; “privatização do público” – formação de grandes grupos que se servem dos aparatos
públicos para alcançar objetivos próprios

- A dicotomia sociedade civil x Estado


• Concepção negativa: sociedade civil como conjunto de relações não reguladas pelo Estado
• Positiva: formas de associação que os indivíduos formam entre si para a satisfação de interesses, às
quais o posterior Estado se superpõe mas não impede
- Instituições políticas; história das doutrinas políticas
• Filosofia – Discussão das formas de governo; do fundamento do Estado; da essência da categoria
político
• Ciência política – investigação da vida política que exige o princípio da verificação / falseabilidade; uso de
técnicas racionais – causa; abstinência de juízos de valor
• Visão sociológica – Estado como forma de organização social
- Visão jurídica – Estado como órgão de produção jurídica; como ordenamento jurídico
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – TERMO “ESTADO”

TEXTOS BASE:

- Sobre o termo “Estado”


• Termos anteriores
* Civitas – Grécia; palavra para designar várias formas de governo
* Res Publica – Roma; conjunto de instituições políticas
→ Estado: Difusão e prestígio devido à Maquiavel
• Estado como novo termo
* Representa uma continuidade ou é algo novo?
* A definição de Estado deve ser ampla ou estreita?
→ Continuidade
* Análises das cidades gregas mantém eficácia descritiva e explicativa
* A lógica de organização política da era medieval – unidade de poder sobre determinado
território
→ Descontinuidade
* Concentração de poder sobre território – monopolização de serviços para a manutenção da
ordem (Lei, imposto)
* Weber: presença de um aparato administrativo com a função de prover à prestação de serviços
públicos e o monopólio legítimo da força

- Relação entre “Estado” e “política”


• Ponto comum: referência ao fenômeno do poder
* Kratos (grego – força, potência) e arché (grego – autoridade)
Nascem várias expressões – aristocracia, democracia, monarquia, oligarquia
* Teoria do Estado apóia-se na teoria sobre divisão de poderes
* Processo político é definido como “formação, distribuição e exercício do poder”
* Se teoria do Estado < teoria política; teoria política < teoria do poder

- Formas de se entender o poder / teorias


• Substancialistas
* Poder como coisa que se possui e se usa como um bem qualquer
* Exe: Hobbes – pg 77 – dotes naturais ou adquiridos
• Subjetivista
* Capacidade do sujeito de obter certos efeitos
* Locke – Direito subjetivo: ordenamento lhe atribui o poder de obter certos efeitos
• Relacional
* Poder como relação entre dois sujeitos na qual o primeiro obtém do segundo comportamento
que, em contrário, não ocorreria
* Robert Dahl: influência
* “Poder de A implica não-liberdade de B; Liberdade de A implica não poder de B”
→ Problema restante é diferenciar poder político de outras formas de poder
* Tripartição do poder: paterno; despótico e civil
* Exclusividade do direito à força em um território
* Estado como governo justo de muitas famílias e daquilo que lhes é comum, com poder
soberano (absoluto e perpétuo) – Bodin
→ As três formas de poder
* Econômico – posse de bens
* Ideológico – posse de certas formas de saber ou de informações
* Político – poder em que meio específico é a força
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ELEMENTOS DO ESTADO

TEXTOS BASE:

-Elementos constitutivos do Estado


•Povo
* Demografia / geografia: habitantes do território
* Como elemento constitutivo: conjunto de indivíduos ligados de forma estável ao Estado via
nacionalidade (como vínculo jurídico)
• Território
* Relação direta com o povo: não há um sem o outro
* Relação com autoridade central: o domínio territorial é condição fundamental
→ Território é o espaço no qual Estado exerce sua soberania
* Natureza jurídica: território constitui um título jurídico para o Estado
* Composto por qualquer espaço no qual se aplica o poder estatal
•Poder / autoridade central – governo
* Titular de direitos do Estado
* Dotado de órgãos e estruturas para o exercício de vontade
* Deve ter efetividade
• Soberania
* Estado não deve ser visto como única coletividade humana com população, território e
autoridade
* Única entidade com soberania
* Atributo fundamental – fonte de poder e competência
* Vinculada à personalidade jurídica / cessão de competência não diminui ou encerra a soberania
* Estados são juridicamente iguais – igualdade soberana – Todos tem os mesmos direitos e
deveres internacionais
* Soberania gera liberdade / falta de subordinação orgânica
→ OIs não tem grau hierárquico superior
* Gera liberdade na escolha de regimes político, econômico e social
* Possui limitações
- Respeito ao D. Internacional
- Proibição de ingerência
- Proibição ao uso da força
- Obrigação pela resolução pacífica de controvérsias
- Dever de cooperação
* Competências
- Delimitação do território / fronteiras
- Delimitação de limites marítimos e aéreos
- Extra-territoriais / mas sobre o território
- Extra-território / sobre indivíduos
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – FORMAS DE ESTADO

TEXTOS BASE: BONAVIDES, Paulo. Ciência política. São Paulo: Malheiros, 1994 (cap 11, 12, 13).

- Organização do estado
• questão central
* como gerenciar sua população, território e poder?
• foco da análise
* estruturação interna político-administrativa
* grau de segmentação e autonomia
- Tipos
• Estado unitário
* poder central exercido sobre todo o território
* não há outra fonte de poder
* ordens jurídica, política e administrativa trabalham em unidade orgânica
* pode haver desconcentração desde que poder central seja superior (em hierarquia)
* características
- soberania: única
- lei fundamental: constituição
- competência: centralizada
* vantagens e desvantagens
- fortalecimento da autoridade e da unidade nacional
- distância entre poder central e povo
• Estado federal
* existência de poder nacional e poder provincial
* exercício harmônico do poder entre as instituições
* divisão clara de funções e competências
- soberania: única
- lei fundamental: constituição
- competência: descentralizada
* problemas e questões
- representatividade (especialmente nas câmaras)
- força e riqueza de determinadas províncias
• Estado confederado
* existência de poderes localizados, em pacto global
* funciona como união permanente de soberanias, sem poder central
- soberania: plural
- lei fundamental: tratado, acordo interpartes
- competência: descentralizada
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – FORMAS DE GOVERNO

TEXTOS BASE: BONAVIDES, Paulo. Ciência política. São Paulo: Malheiros, 1994 (cap 14).

- Separação formas de Estado x formas de governo


• Estado – Organização das entidades da federação
• Governo – Organização e funcionamento do poder Estatal
* De acordo com os critérios adotados para determinação de sua natureza
* Critérios: Número de titulares; separação de poderes; princípios essenciais
- Classificações mais comuns
• Aristóteles
* Monarquia: Governo de um só / exigência unitária; Respeito às leis;
* Aristocracia: Governo de alguns, dos melhores; Idéia de “força”; Seleção dos mais capazes
* Democracia: Liberdade e igualdade; Governo da sociedade
* formas impuras: Monarquia – tirania; Aristocracia – oligarquia, autocracia, despotismo;
democracia – demagogia
• Moderna- Maquiavel
* Monarquia – poder singular
* República – poder plural
• Moderna – Montesquieu
* Lógica: Natureza (faz do governo o que é); princípio (faz atuar, anima o poder)
* República: Reside nas mãos do povo; Virtude, amor à pátria
* Monarquia: Governo de um só; honra, amor das distinções
* Despotismo: Ignorância ou transgressão da lei; Medo, desconfiança
• Separação do poder
* Parlamentar – co-dependência entre poderes
* Presidencial – nítida separação de poderes
• Características
* Monarquia: vitalicidade; hereditariedade; irresponsabilidade
* República: temporalidade; eletividade; responsabilidade
* Parlamentarismo: chefe de estado X chefe de governo; maioria/voto de desconfiança
* presidencialismo: chefe de governo = chefe de estado; chefia unipessoal
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – SEPARAÇÃO DE PODERES

TEXTOS BASE: BONAVIDES, Paulo. Ciência política. São Paulo: Malheiros, 1994 (cap 10).

- Poder
• lógica
* há claras funções distintas no exercício do poder
- criação de leis
- execução das políticas públicas
- análise das divergências sociais e das leis
* deve-se evitar a concentração de poder em uma só pessoa ou órgão
- experiências negativas anteriores
• idealização
* Montesquieu
- O Espírito das Leis
- todo detentor do poder tende ao abuso
- divisão tripartite do poder estatal
• Poder Legislativo
* formado pelo(s) parlamento(s)
* função de criação das leis
- funcionamento livre
* responsabilidade direta junto ao povo/eleitor
- influência direta dos interesses populares
* funções outras: fiscalização do Executivo, aprovação do orçamento, eventuais julgamentos
• Poder Executivo
* formado pelo representante executivo: presidente, governador, prefeito, etc
* função de desenvolvimento da sociedade
* utilização de projetos e políticas públicas
- gestão baseada em divisões organizacionais internas
* funções outras: representação do país interna e externamente, representação do poder central
• Poder Judiciário
* formado pelos órgãos julgadores de distintas instâncias
- lógica hierárquica dos tribunais
* divisão por temas e áreas específicas
- níveis do judiciário (estadual, federal)
- áreas do Direito (civil, trabalhista, etc)
- Justiças especiais (militar, eleitoral, etc)
* funções outras: consultiva, avaliação legislativa (legalidade da norma)
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO DE DIREITO

TEXTOS BASE:

- Renascimento e a mudança da sociedade européia


• Na perspectiva econômica
• Na percepção geográfica
• Na relação com a natureza
• Na vivência da cultura
• Na lógica religiosa

- Maquiavel e o estudo sobre Estado


• Soberania como qualidade do Estado
* Política se transforma em atividade constitutiva da existência coletiva
• Desejo do poder deve pressupor desejo da onipotência
* Virtu – qualidade da firmeza de caráter, coragem, habilidade
* Fortuna – reconhecer e aproveitar os bons momentos
→ Reformas religiosas submetem cristão à ordem temporal
→ Estado se torna centro do poder e regulador da sociedade

- Sobre a aceitação do Estado, do poder


• Por que não aceitar somente a sociedade?
* “Surpreendente não é que povos se revoltem, mas sim que não se revoltem”. Wilhelm Reich
• Bodin – Estado como sede da soberania uma, absoluta, perpétua
• Hobbes – Homem como potência: pensar-agir; desejar-buscar
* Desejo de sobrevivência cria instância central

- A idéia do Estado de direito


• Estado soberano deve buscar o bem comum
* A busca se rege por regras e preceitos gerais da sociedade
* Estado sanciona o direito; não o cria ou o submete
* Estado seria direito institucionalizado
* Direito como idéia de bem público encarnada pelo Estado
• Roberth Von Mohl (XIX) cunha o termo “Estado de direito”
* Estado de direito vive sob o império da lei, pela separação de poderes, pela prevalência do
direito fundamental
* Se fia no direito positivo ou positivado
• Regra
* Se estado não for “de direito”, há corrupção naquele
* se direito não revelar e representar a consciência social e jurídica através do Estado, há
falsificação do direito
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO DE DIREITO

TEXTOS BASE:

- Estado contemporâneo
• lógica
* subordinação de todo poder ao direito
. lógica weberiana de estado racional e legal
. lógica kelseniana do ordenamento jurídico - normas que criam poderes e vice-versa
* coexistência do Estado de direito com o Estado social
. direitos fundamentais - liberdades burguesas
. direitos sociais - participação no poder político e na distribuição da riqueza social
* estado no qual atos da administração pública são submetidos a um controle jurisdicional
* monopólio do uso legítimo da força
* lei que cria o "rei" (limitação constitucional)
• estrutura do Estado de direito
* formal: garantia das liberdades fundamentais
* material: liberdade de concorrência no mercado
* social: integração da classe trabalhadora
* política: separação e distribuição do poder
• Cidadania
* Antiguidade
. pertencimento à comunidade cívica
. participação na vida política da sociedade
. indivíduo como parte do todo
* Modernidade
. processo de criação e ampliação de direitos
. pela complexidade contemporânea, utiliza-se o tipo ideal
. indivíduo observado como ser em si mesmo
* Fundamentos de tradição liberal
. privilégio aos interesses privados
. deve-se proteger o homem contra opressões
. princípios: liberdade (negativa) e igualdade (limitação)
. sociedade: comunidade onde indivíduo exerce potencialidade
* fundamentos de tradição republicana
. busca do bem comum
. indivíduo subordinado ao coletivo
. princípios: igualdade e liberdade (autodeterminação dos povos)
. civismo recuperado através do associativismo, do cooperativismo
* fundamentos de tradição socialista
. objetiva o bem estar social
. defesa da partilha igualitária dos bens gerados pela sociedade
. princípios: igualdade e solidariedade
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO DE DIREITO

TEXTOS BASE:

- Debates modernos
• lógica geracional dos direitos
* 1º geração: políticos/civis
. estado deve evitar ação; espaço para ação individual
. cidadania: participação universal na vida política
* 2º geração: sociais/econômicos
. estado deve investir, desenvolver política pública
. cidadania: participação na herança social, viver vida nos padrões da sociedade
* 3º geração: difusos (culturais/metaindividuais)
. sociedade civil se empodera
. cidadania: interação que objetiva expressão na esfera pública de seus desejos e
necessidades
* 4º geração: biotecnologia
• Brasil
* lógica temporal dos direitos
- civis, políticos, sociais, econômicos, culturais
* problemas de não se seguir linha
- cidadania em negativo: reativa
- dependência social/econômica/identitária junto ao estado
- fragilidade da sociedade civil
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – CONCEITO DE DEMOCRACIA

TEXTOS BASE:

- Os múltiplos debates acerca do termo democracia


• Sobre o conceito – perfeição
• Sobre as vantagens e desvantagens – imperfeição
• Democracia como “caminho”
* “Governo do povo, para o povo, pelo povo”
• Governar e seus significados
* divisão de poderes; executivo; regulação
- As formas da democracia
• Democracia direta
* Grécia como berço
* Reunião na ágora; exercício direto da cidadania
* Cidadão político se apoiava em massa de servos / escravos
* Homem grego dedicava sua vida à polis
- Cidade-estado como garantia de existência do homem
- Democracia grega como aristocracia
* Características básicas
- Isonomia - Lei
- Isotimia – Títulos / funções
- Isagoria – Debate / discussão
• Democracia indireta
* Idéia de representatividade
* Motivos
- Povo escolhe, não governa
- Extensão territorial; quantidade populacional
- Homem econômico, civil, privado
* Bases da democracia representativa
- Soberania popular – vontade geral
- Sufrágio universal
- Distinção de poderes
- Igualdade perante a lei
- Fraternidade social
- Representação como base das instituições
- Limitação do poder dos governantes
- Estado de direito
- Temporalidade dos mandatos
- Representação das minorias
- Constituição
- Liberdade
• Democracia semi-direta
* Alternância das formas direta e indireta
* Soberania do povo, governo do representante, opinião constante do povo
* Formas: referendos, plebiscitos, etc
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – CONCEITO DE DEMOCRACIA

TEXTOS BASE:

- Cultura cívica
• conceito
* cultura plural ( nem tradicional nem moderna)
* permite a participação social e política
* através de estratégias de comunicação e persuasão, de consenso e diversidade
* “conjunto de tendências psicológicas dos membros de uma sociedade em relação à política”
(BOBBIO, 2000, pg. 306).
• formas puras
* paroquial
. Não há função política especializada
. sem expectativa de mudança
. sem expectativa em relação ao sistema político
. agências governamentais pouco se relacionam com o cidadão
* de sujeição
. Sujeito compreende a autoridade governamental
. é orientado por ela, e a avalia constantemente
. porém, é um processo passivo de relacionamento
* participante
. Indivíduo compreende e reconhece o estado
. se conecta tanto com o âmbito político quanto o administrativo
. é ativo em relação às questões políticas da sociedade
• formas impuras
* Paroquial-De Sujeição
. Parte da sociedade rejeitou os núcleos isolacionistas1
. há movimentos de ida-e-volta em relação à tendência de participação
* De Sujeição-Participante
. apenas parte da população adquiriu a perspectiva da participação
. legitimidade do núcleo participante tende a ser constantemente testada
. é um sistema que corre o risco de gerar alienação.
* Paroquial-Participante
. Sistema permanece prioritariamente paroquial, porém foi criado ativamente
. sistema pende entre um ambiente democrático e um ambiente autoritário
• debate central
* que grau de participaão deve ser exigido de cada cidadão?
. seria absurdo requisitar a todos os indivíduos que contribuam igualmente
. em cada momento cada indivíduo tende a necessitar mais ou colaborar mais
* barganhas
. negociação na qual a alguns será permitido ser um free rider, enquanto outros
deverão colaborar2.
* problemas de ação coletiva
. jogo não-cooperativo entre "n" pessoas
. não há capacidade de enforcement, há falta de comprometimento e incapacidade de
se desenvolver promessas
* sociedades
. locus no qual há máxima coesão (em uma perspectiva comparativa, sempre).
. Culturas são mais locais e criam laços mais fortes em poucas pessoas
. sociedades são globais e permitem conexões mais frágeis.

1
tais quais tribos, feudos, etc - ambientes com lógica difusa de participação política
2
Nesse sentido, Elster diz que "a teoria das ações coletivas identifica o problema do free-rider como o principal obstáculo para a
cooperação. A teoria da barganha sugere que o principal problema é a falha em acordar na divisão dos benefícios da
cooperação". (pg 15)
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – CONSTITUIÇÃO

TEXTOS BASE:

- Constituição como reflexo e propagação de costumes


• Evolução histórica do conceito / idéia de constituição
* Estado constitucional / Estado moderno / Estado democrático
* Iluminismo / jusnaturalismo (contratualismo) – Direito natural deve ser preservado; homem
como centro; supremacia do indivíduo
* Racionalização do poder / limitação do poder
* Caráter revolucionário do constitucionalismo
- Constituição como conjunto de preceitos jurídicos
• Importância da codificação
* fortalecimento e renovação do “contrato”
* clareza / compreensão
* geração de garantias
* conscientização / reconhecimento
• Definição dos órgãos de poder estatal
* Declaração de competências
* Forma de governo
* Garantias fundamentais
- Rigidez comum – norma fundamental
• Expressões históricas
* Inglaterra – Magna carta (1215)
* EUA – Bill of Rights (1787)
* França (1791)
* Brasil (1824)
• Divisão conceitual
* Material (substância)
- Diferença de tarefas estatais / órgãos
- Mecanismo de cooperação entre poderes
-Equilíbrio de poderes / impossibilidade de obliteração
- Mecanismo de adaptação / reforma
- Reconhecimento de liberdades e direitos fundamentais
* Formal (conjunto de regras)
- Eficácia / eficiência
- Organização / funcionamento do Estado
* Material + Formal = Constituição (titular do poder constituinte = povo)
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – SUFRÁGIO

TEXTOS BASE:

- O conceito de sufrágio
• Poder reconhecido a um número de pessoas de participar direta ou indiretamente da soberania
• Aspectos:
* Manifestação do assentimento ou do não-assentimento
* Manifestação de opinião, expressão do modo de pensar
* Forma de participação do indivíduo na vida do Estado
- Formas de soberania e suas conseqüências
• Soberania nacional
* Eleitor como instrumento / órgão que serve à nação
* Sufrágio como vontade da nação, coletiva
• Soberania popular
* Povo, em cada individualidade, é soberano
* Sufrágio como representação das vontades particulares
• Sufrágio como dever x sufrágio como direito
* Função: direito (função eleitoral); dever (correto exercício)
- Restrição e universalidade
• Processo de seleção: do mais preparado para requisitos gerais
* Nacionalidade: vinculação ao país
* Residência: tempo de morada
* Ordem econômica: dono de bens tem interesse no bom governo
* Idade: maturidade, capacidade de discernimento
* Sexo: escolaridade; interesse; cidadania
* Grau de instrução: capacidade de formular juízo ou tomar decisão
* Capacidade física ou mental: consciência de significação; independência
* Indignidade: oposição à ordem e à massa; reeducação
* Engajamento militar: unidade, solidez, integridade
→ Liberdade, segredo, pessoalidade
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – PARTIDO POLÍTICO

TEXTOS BASE:

- O partido político
• Poder do povo institucionalizado
* Forma de exigência de maior e melhor representação
* Representam as diferenças de opiniões
- Garantem o constante debate das diversas constantes / opiniões
• Risco da não-representatividade
• Realidade contemporânea
* “Parte do povo pode governar todo o tempo; todo o povo pode governar parte do tempo;
mas todo o povo não pode governar todo o tempo.”
- Sistemas representativos
• De representação majoritária
* Procura a maioria (simples, absoluta, turno único, duplo)
* Vantagens
- Estabilidade
- Evita, normalmente, pulverização partidária
- Governo da maioria (democracia)
- Determinação fácil / simples do vitorioso
- Aproxima eleitor e candidato
- Afasta grupo de interesse
- Lógica da constante sondagem
* Desvantagens
- Vencedor “perdedor”
- Falta de representatividade das minorias
- “Coronelismo” – perpetuação
• De representação proporcional
* Assegura participação proporcional à força do grupo
* Vantagens
- Justiça
- Minorias participativas
- Debate ideológico
- Aproxima candidato do partido
* Desvantagens
- Instabilidade
- Exagero na representação de minorias
- Problema das “sobras”
→ Naville – “Maioria é o princípio da decisão; proporcionalidade, o da eleição.”
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ANARQUIA

TEXTOS BASE: BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. 12 ed. Brasília: UnB, 2002.

- Anarquismo
• origem do termo
* do grego anarcia - sem Governo
• significado
* sociedade livre de todo o domínio político
* direito de usufruir toda a liberdade, sem limitação de normas, de espaço e de tempo, fora dos
limites existenciais do próprio indivíduo
- libertação de todo o poder superior: ideológico, político, econômico, de ordem social
ou jurídica
• evolução histórica
* espírito libertário ou é próprio de todas as épocas históricas
- manifestação intelectual (utopias)
- religiosa (meditação e eliminação de supra-estruturas)
- sociais (manifestações)
* reação ao racionalismo iluminista
* anarquismo moderno
- reativo, revolucionário
• movimentos
* individualismo
- o 'eu' só se realiza isoladamente
*coletivismo/comunismo
- o 'eu' deve se realizar na coletividade
• questões gerais
* objetivos negativos
- autoridade
- Estado
- lei
* objetivos positivos
- construção de uma sociedade anárquica
- desenvolvimento da condição de liberdade
* meios
- organização em prol da desorganização: educação, rebelião, revolução
- movimento de massa, não de classe
* características
- voluntário
- espontâneo
- extremo
- assembleístico
- imediatista
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO NAÇÃO

TEXTOS BASE: CHÂTELET, François et alii. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 (cap III)

- Estado Nação
• Origem: Restauração Inglesa (1690)
• Afirmação
* EUA (1776)
- contra coroa britânica (grande potência)
- reclama falta de representatividade nas assembléias
- insiste na importância das instituições; Estado como criador da Nação
- conclama direitos ao indivíduo e à coletividade
* França (1789)
- contra os opressores, a tirania, a ação centralizadora
- nação como algo coletivo, indivíduo só se realiza e é soberano na nação, na
coletividade, na união
- Estado emana da nação, e a representa
• Debates fundamentais sobre o Estado-nação
* Separação de poderes x entrega à instituições
* Exercício militar como libertário x mantenedor da ordem
* Assembléias como câmara de representação e decisão x local público onde designados
debatem sobre a execução das ordens do povo
* Defesa do povo como defesa e administração do território, do potencial da coletividade, do
aumento da segurança e das riquezas
* Constituição é reflexo da tradição, da experiência, do aprendizado do bom senso; não reflexão
e filosofia, ou seja, não somente teórica
* A consciência coletiva como tema fundamental; a unidade é confirmada, e, portanto, re/obtida
através do passado, do seu conhecimento – mitos
- A concepção de nação
• Idéia do séc XIX
* Elementos
- raça: caracteres biológicos, fenotipo
- meio: tradição, crenças, institutos (em algum grau, cultura)
- momento: circunstâncias que desencadeiam a ação
* Elite como fiel depositária da essência da nação, do povo, da história, da cultura
• Conexão com a filosofia liberal – daí, o Estado-nação busca evitar o risco ao indivíduo perpetuado pelo
Estado ou pela massa
* Solução 1: liberalismo contra democracia
- Homem não seria realmente soberano. Só o é aparentemente – e isto lhe basta,
desde que autoridade estatal seja limitada
* Solução 2: democracia liberal
- Democracia como fato (pg 109 – CHATELET); assim como igualdade
- Liberdade política como solução para males da igualdade
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO SOCIEDADE

TEXTOS BASE: CHÂTELET, François et alii. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 (cap IV)

- Reflexos do Estado-nação
• Fortalecimento da sociedade
• Separação entre Estado e sociedade
• Novas percepções sobre o papel do Estado
* Utilidade do Estado
* Surgimento da questão social – justiça distributiva como tema político
→ Conjugação ordem econômica com ordem política; transformações sociais com o surgimento do
proletariado

- Respostas – concepções diversas


1) Ciência e natureza
Escolas se apropriam das reflexões físicas e biológicas
• Utilitarismo
* Lógica calculista – prazer e não-prazer / desprazer – individual
* Coeficiente de sociabilidade – satisfação de necessidades – coletivo
* Tal coeficiente exige regulamentação e controle – Estado não consegue garantir suas
promessas (miséria, crises, insatisfação)
• Positivismo
* Política como campo de paixões, interesses; deve ser campo da moral e da solidariedade
* Fim da metodologia do “por quê”, das hipóteses inverificáveis – início do processo da
observação e experimentação (previsão e provisão)
* Poder deve ser, então, dos técnicos, dos cientistas, e não dos políticos
• Evolucionismo
* Tal qual na natureza, evolução deve adaptar corpos – mediante perda de órgãos inúteis e
desenvolvimento dos úteis
* De um “Estado de homogeneidade indefinida para heterogeneidade definida”

2) Marxismo
Definição do homem se dá de diversas formas, mas o que o constitui é o fato “de ele ser o
animal que produz e reproduz seu mundo”.
História da sociedade se baseia na história da luta de classes
- Capitalismo (e o Estado que dele se depreende) é o modo de produção que estabelece a
luta direta entre burguês e proletário
- Daí o fim da sociedade de classes se torna o objetivo último
- Pesquisa não deve gerar deduções, representações abstratas; deve investigar e
compreender os conceitos através dos quais seja possível uma explicação
- Trajeto – revolução, ditadura do proletariado, socialismo, desaparecimento do Estado,
comunismo

3) Socialismo
Utopia - Subversão de uma ordem estabelecida
- Criticam a incapacidade do liberalismo de resolver a questão social
- Felicidade como questão de justiça
- Não basta a igualdade, é necessária a liberdade

4) Sociedade fora do Estado


Única potência é a do indivíduo; a luta deve ser contra toda e qualquer autoridade
- Estado (liberalismo) gerou, de uma tirania do rei, uma tirania da nação soberana; de
hierarquia de classes para hierarquias do dinheiro, do capital
- Religião, Estado e propriedade privada libertaram o homem do seu “estatuto animal”, mas
se tornaram impedimentos à emancipação e ao crescimento
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO GERENTE

TEXTOS BASE: CHÂTELET, François et alii. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 (cap V)

- O Estado Gerente
• O termo gerência tem dupla posição
* Designa elementos liberais
* Reflete questões do socialismo
→ Em certas abordagens, liberalismo se aproxima do socialismo
* Segurança, estabilidade, igualdade como valores de ambas as visões
* Individualismo se mantém, liberdade se mantém, mas de forma racional e controlada
→ Termo gerência ganha destaque sobre o termo liberalismo
• Termo implica separação entre poder e sociedade
* Sociedade possui direitos que surgem “antes e fora” do poder
* Autoridade deve respeita-los, porém deve regula-los, tutela-los, protege-los
* Daí, o Estado se torna gerente da sociedade
• Gerência gera duas características:
* O gerente tem obrigação para com o mandante, o titular
* O mandato de gerente é precário – responde às realidades políticas do momento
→ Daí, Estado-gerente se apóia no humanismo e nas condições fundamentais de vida que
desta visão surgem

- Humanismo
• Doutrina que percebe o ser humano como o centro de todas as coisas, o objetivo último, o valor máximo
• O Estado-gerente se organiza no direito assim, no estado de direito – ser humano como igual diante da
lei

- Questões do estado de direito


• Ele permite ocultar disseminações devido a igualdade jurídica
• Com base em suas falhas, gera-se hipocrisias, insuficiências

- Humanismo como reflexo


• Do cristianismo e seus valores
* Homem como imagem e semelhança de Deus
* Igreja como defensora do homem contra a política que o aflige
• Do ambiente republicano
* República deve proteger os direitos fundamentais, o povo
* Idéia de solidariedade – contrato social
• Do socialismo
* Consciência não determina existência, mas existência determina consciência – idéia marxista
errada
* Correto - Consciência não é subordinada à matéria

- Questões de democracia
• Pretende equilibrar, de forma plural, opiniões divergentes e antagônicas
• Prática além da tolerância
• Apesar do governo ser (e dever ser) da sociedade, ele deve ser separado da mesma
* Local a ser ocupado
* Resultado de competição
* Poder representa, mas não é, nem encarna, o vitorioso
• Democracia deve ser para todos, burgueses e trabalhadores / proletários. Ela é a ausência da
dominação classista
• Estado-gerente é o fortalecimento do Estado administrativo (e o liberalismo?)
• Estado-gerente tem papel social, além da caridade. As políticas públicas ganham destaque – somente
intervenção gera bem-estar
→ A social-democracia, ao impedir a insatisfação e o conflito, enfraquece a sociedade
→ Daí, o retorno ao liberalismo em nova busca contra o Estado
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO FORÇA

TEXTOS BASE: CHÂTELET, François et alii. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 (cap VII)

- Sobre o termo Estado-força

• Estado total, Estado racial, Estado povo – problemas conceituais


• Força como uso da coerção, sem limites jurídicos / do direito, sem a solução do fim Estado

- O trajeto maligno: do nacionalismo ao racismo


• Movimento do nacionalismo integral
* França – Charles Maurras
* Contra-revolucionário – anti Revolução Francesa, anti revolução socialista
* Contra o romantismo e sua impulsividade; positivista, experimental
* Pró-monárquico, já que nacional, desta forma, adepto do culto do sangue, da hereditariedade
* Doutrinador, estruturante, rígido; não popular, de massa, carismático
• Racismo pré-fascista
* Preconceituoso – especialmente ao povo judeu – perspectiva polítoco-econômica
* Contra o sufrágio universal, especialmente contra metecos (estrangeiros do leste),
protestantes, judeus
• Fascismo / Nazismo
*Explicações:
1) Culturalista
* Busca nas especificidades nacionais dos países
* “Mal” conectado à história
2) Totalitária
* Ligado às ditaduras de massa contemporâneas
* Semelhanças basilares (chefia, ideologia) com comunismo; diferença na lógica
ditatorial
* Dementes – busca da coerência, da legitimidade, e menos da potência
3) Econômica
* Oposição: socialismo / revolução econômica x fascismo / contra-revolução
* Triângulo de rivalidades
fascismo / comunismo – totalitários
fascismo / liberalismo – capitalistas
liberalismo / comunismo – anti-pátria

4) Psíquica
* Doença – moral / social / coletiva ou individual / trauma / infantil
* Segurança na identidade fascista – perda da identidade paternal/ familiar e
econômica / social
5) Sociológica
* Fascismo como solução para a modernidade

- A questão do preconceito
• Seleção natural (Darwin – 1859) – Eugenia, bem nascer, natureza determina habilidades ( Galton –
1883)
* Não há igualdade
• Determinação racial: mortos → raça → inconsciente dos vivos → povos
• Eugenia positiva; eugenia negativa
• Bio-historicismo: cultura como organismo – coletividade
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO PARTIDO

TEXTOS BASE: CHÂTELET, François et alii. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 (cap VI)

- O Estado Partido
• Socialismo se torna marxismo
* Posição de ideologia única e oficial
• Socialismo apresenta faceta dupla
* Ideologia
* Instituição – Estado soviético - 1917
- Pós-marxista; problematiza a ideologia
- Em seu estatuto: é teoria, filosofia, concepção humana
- Em sua significação: é leitura da evolução social, do recurso à luta de classe
- Em sua natureza da força: é poder, ou partido (liga)
- Em sua revolução: é insurreição, ou ação política legal

- A crítica inicial: o Estado burguês na perspectiva econômica


• Teoria: Estado como produto da divisão de classes; burguês é o reflexo do capitalismo
• Revolução se daria pelo proletariado contra os burgueses: assim, evolução natural do capitalismo seria a
crise e a revolução
• Críticas:
* Bernstein – conclui que capitalismo evita a crise (tornou-se capaz)
• Contra-críticas:
* Kautsky – marxismo ultra-ortodoxo
* Rosa Luxemburgo – defesa da revolução socialista; capitalismo morrerá por inanição –
Acabarão os mercados
* Lênin – capitalismo se encontra em sua última etapa – imperialismo: além, socialismo não
acontecerá em todos os países, deve começar em um
* Stalin – o crescimento soviético e a expansão deste Estado são/ se identificam com a
revolução; quanto mais forte a URSS, menos forte o capitalismo

- Pela política
• A teoria marxista deposita sua justificativa na questão econômica; esta visão passa a ser criticada
(superestimação do econômico)
• Gramsci responde afirmando ser o Estado sociedade civil mais sociedade política; Estado funciona não
apenas na força, mas também no consenso

- A experiência socialista
• Estágios: comunidade primitiva – escravidão – feudalismo – capitalismo – socialismo
* Caso concreto: saltou-se a etapa 4 ou acelerou-se a etapa 4?
• Teoria do partido
* Marxismo como ciência, como prática. Seu agente é o partido – como salvaguarda das
deficiências / insuficiências do proletariado
* Lênin previa o fim do Estado via a plenitude da democracia que seria o comunismo
• Realidade não revela democracia – temas: liberdade de imprensa, greve, polícia política, sindicatos,
pluripartidarismo, ditadura
• O “cerco capitalista” como justificativa da manutenção do Estado no ambiente socialista
• Fim do Stalinismo – morte de Stalin, recuperação do poder coletivo
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – ESTADO CIENTISTA

TEXTOS BASE: CHÂTELET, François et alii. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 (cap IX)

- Sociedade e ciência
• Estado-cientista como reconciliação entre saber e poder
* Capitalismo – Revolução Industrial
* Busca do domínio da natureza
* De uma ciência especulativa para a prática
* Estado como organizador da relação
• Ciência passa a objetivar a melhoria da sociedade
* Observação, compreensão, elaboração

- A evolução do debate sociológico


• Durkheim – coletivo sobre o individual; fatos sociais independentes da consciência individual
* Cientista descobre “permanências e evoluções”; daí político pode agir melhor
• Weber – capitalismo, evolução econômica ocorre não apenas devido à técnicos, capital e interesse;
ocorre por desejo,por mudança de concepção de mundo
* Weber vai de encontro ao Estado-cientista, burocrático, avalorativo, vazio; a sociedade precisa
do sagrado, do transcendente, do valor
• Pareto – só o fato interessa; ao cientista cabe classifica-lo. Na política, o fato é a preponderância das
elites, que devem se manter renovados
• Eric Weil - homem é ser razoável, apenas “capaz de razão”. Política seria a ciência da ação razoável, e
universal porque social, porque busca a satisfação

- A questão do trabalho
• Mundo se unifica na idéia da essencialidade do trabalho no mundo moderno
• Diferenças entre regimes se torna menor diante do fortalecimento da autoridade central devido ao
desenvolvimento científico-técnico-industrial
• A ciência gera as perspectivas de ganho social – produtividade, técnica, etc. A sociedade gera novas
classes, funções – observadores, gerentes – a soma da técnica + ciência / conhecimento + psicologia /
organização
• Homem se transforma, se completa, se faz naquilo / e onde trabalha
• O Estado deve ser controlado por técnicos, por conhecedores, para o alcance do interesse geral, que só
ele compreende, e só ele detém as ferramentas para alcançar

- O papel do direito
• Duguit: Estado é pura força; força não cria nada, não gera o direito; o direito surge da sociedade; Estado
deve se submeter ao direito; Estado perde sua característica de potência e ganha característica de
serviço, de função
• Kelsen: Direito deve ser purificado da ideologia. Estado não cria nem se submete ao direito; ele é o
direito – ambos são ordens que objetivam regulamentar o uso da força na sociedade
*Justiça ou legitimidade não são questões do jurista, do direito, mas sim do político

- Teorias
• Sistêmica
* Supressão da política em nome da técnica
* Estado como um organismo encarregado de agregar e alocar valores à regras, técnicas,
ferramentas da sociedade
* Processo calculado e constante: gestão
• Escola de Frankfurt
* Não se separa teoria da prática; deve-se estudar a relação entre razão e restrições às
liberdades; deve-se exigir a verdade
MATÉRIA: TEORIA POLÍTICA E RI – NAÇÃO-ESTADO

TEXTOS BASE: CHÂTELET, François et alii. História das Idéias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1985 (cap VIII)

- Realidade pós-colonial
• Estado-nação
* grandes impérios
* voltado para as relações internacionais
* busca constante de poder e dominação
- seja ela via poder, economia, direito, etc
• imperialismo moderno
* mundialização da burguesia
* estados passam a servir como mecanismos, ferramentas, meios
* as sociedades nacionais se transformam em proprietárias do poder
* até visões sociais buscam o poder
• debate socialista
* ao fim da exploração do homem, acabarão as explorações das nações
* parte dos socialistas justifica o colonialismo, parte o critica
* o nacionalismo/sentimento passa a ser explorado
- O processo de tentativa de libertação
• realidade
* pouca homogeneidade nos movimentos
* união se dava pela insatisfação
- pobreza e subdesenvolvimento
- fragilidades sociais
- enfraquecimento da identidade e da cultura
* movimentos apresentavam o contraponto ao mundo desenvolvido
- dominantes eram ricos
- impunham lógica social
- porém, com resultados ruins
• questões
* identidade
- buscava-se a confirmação da inferioridade, não da superioridade
- servia como processo de humilhação
- criava uma lógica de alienação
* luta
- único elemento para reação
- servia para a desalienação e como resposta ao império (interno e externo)
- violência como fundamento
* ideologia
- polarização dos enfrentamentos ideológicos
- servia para amalgamar nações "inexistentes"
- lógica povo-populismo: relaciona as pessoas, e as pessoas com os líderes
• criação estatal
* estado-império: população-povo-nação-estado
* estado-colônia: estado-nação-povo-população

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