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ENGENHARIA DE MADEIRAS

Derivados de Madeira

Determinação do teor de formaldeído pelo método do


perfurador em provetes de aglomerados
Grupo 1

Ricardo Jorge nº 9385


Vítor Almeida nº 9767
Bruno Simões nº 9537
Pedro Garrido nº 8174

ANO LECTIVO DE 2009/2010


ÍNDICE

Índice 2

Objectivo 3

Introdução 4

Material utilizado 6

Procedimento experimental 8

Resultados e cálculos 10

Discussão dos resultados obtidos 12

Bibliografia 13

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OBJECTIVOS

Este trabalho tem como objectivo a determinação do teor de formaldeído dos


aglomerados de partículas (EN 120).

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INTRODUÇÃO

O formaldeído é um dos mais comuns produtos químicos da actualidade. É o


aldeído mais simples, de fórmula molecular H2CO e nome oficial IUPAC metanal.
As suas aplicações mais usuais sao:

• Produção de resinas uréia-formol, fenol-formol e melamínica;


• Matéria-prima para diversos produtos químicos;
• Laboratórios.

O formaldeído é um gás que é normalmente utilizado em solução aquosa a cerca


de 37% em massa contendo metanol como preservante contra a polimerização:

• Líquido incolor (solução) ou gás com odor penetrante e irritante


• Massa molar: 30.03 g/mol
• Ponto de ebulição: -19,5°C
• Ponto de fusão: -92°C [1]

É uma matéria-prima utilizada em muitas indústrias para a produção de centenas


de produtos todos os dias. A utilização é importante no fabrico de adesivos de madeira.
O formaldeído também é usado na produção de papel e têxteis, cosméticos,
medicamentos e desinfectantes, e muitas tintas, vernizes e lubrificantes são baseados em
formaldeído.
Alguns painéis de madeira emitem pequenas quantidades de formaldeído. Cada
tipo de produto tem uma norma que rege o ensaio e certificação do produto para as
emissões do mesmo.
O aglomerado de partículas é utilizado para os produtos manufacturados, como
pavimento de casas, bem como armários, prateleiras, e mobiliário. O Medium Density
Fiberboard (MDF) é usado principalmente para produtos de mobiliário. Tanto nos
aglomerados de partículas como no MDF é geralmente utilizado resinas ureia-
formaldeído (UF), que emitem pequenas quantidades de formaldeído. Existem
departamentos responsáveis por regular a quantidade de formaldeído que estes produtos

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possam emitir. Consequentemente as emissões estão limitadas a 0,2 partes por milhão
(ppm) para “underlayment” e casas com fabricados decks, e de 0,3 ppm para outros
produtos. Estes produtos são testados e certificados por terceiros, certificação
reconhecida nacionalmente por determinadas agências, sob diversas normas.
A Norma Europeia EN 120 especifica um método de extracção, conhecido como
o "Método perfurador", para a determinação do teor de formaldeído libertado pelos
derivados. Esta norma/método é utilizada para a determinação do teor de formaldeído
”unlaminated” não revestidos e painéis à base de madeira.
O formaldeído totalmente extraído de aglomerados de madeira, incluindo MDF é
medido utilizando o método do perfurador especificado na EN 120 e agora amplamente
utilizados em toda a Europa. Este método é realizado num aparelho denominado
perfurador e consiste na extracção do formaldeído de pequenos provetes de aglomerado
por tolueno em ebulição sendo depois transferido para água destilada. O formaldeído
contido na solução aquosa é determinado por um método fotométrico usando
acetilacetona. Os resultados são expressos em miligramas de formaldeído contido em
100 g de aglomerado (mg/100 g).

O método do perfurador é amplamente utilizado para fins de controlo de


qualidade pelos fabricantes de aglomerados e por casas de ensaio independentes para
certificação da conformidade com as especificações publicadas.

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MATERIAL UTILIZADO

• Provetes de aglomerado de partículas de 2,5 x 2,5 mm;

• Balança analítica;

• Estufa;

• Espectrofotómetro;

• Equipamento de extracção;

• Balão volumétrico de 2000ml;

• Frasco cónico 250ml:

• Bureta de precisão de 50ml;

• Vidro de Relógio;

• Balões volumétricos de 1000ml;

• Balões volumétricos de 100ml;

• Pipeta volumétrica de 100ml;

• Pipeta volumétrica de 25ml;

• Pipeta volumétrica de 10ml;

• Frascos rolhados de 50ml;

• Provetas graduadas de 250ml;

• Banho termoestático

• Exsicador;
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• Água destilada;

• Tolueno anidro e sem impurezas que possam interferir com o ensaio;

• Acetilacetona pro-análise;

• Acetato de amónio pro-análise;

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

• Neste trabalho laboratorial, executou-se com provetes já dimensionados, do

Grupo Sonae Industria, de acordo com a norma EN 120.

• Pesou-se aproximadamente 110g de provetes de aglomerado de partículas, e

introduziu-se dos mesmos no balão volumétrico.

• Adicionou-se 600 ml de tolueno, ligando de seguida o balão ao corpo do

perfurador.

• Colocou-se cerca de 1000ml de água destilada no corpo do perfurador para

garantir uma margem de segurança entre o nível superior da água e a saída do

sifão.

• Ligou-se o refrigerador e o dispositivo de absorção de gases, deitou-se de seguida

100 ml de água destilada no balão do dispositivo de absorção de gases, ligando-

o ao aparelho.

• Após a finalização destas operações, ligou-se a refrigeração e o aquecimento.

• Passadas duas horas do inicio da passagem das primeiras bolhas, desligou-se o

aquecimento (manta de aquecimento) e desligou-se também o dispositivo de

absorção de gases, deixando arrefecer à temperatura ambiente.

• Após o arrefecimento recolheu-se para um balão de 2000 ml a água contida no

corpo do extractor através da torneira. Enxaguou-se de seguida o corpo do

extractor por duas vezes com 200 ml de água destilada.

• Adicionou-se a água da lavagem ao balão e colou-se à parte o tolueno,

adicionando de seguida a água contida no balão do dispositivo de absorção de

gases, até perfazer o volume de água destilada de 2000ml.

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• Determinou-se o formaldeído no extracto: O teor de formaldeído do extracto

aquoso foi determinado por espectrofotometria utilizando o método da

acetilacetona, (de referir que todas as soluções para a elaboração da

determinação do formaldeído no extracto já se encontravam previamente

elaboradas).

• Retirou-se 10 ml da solução do extracto aquoso transferindo-o para um frasco de

50 ml.

• Juntou-se 10 ml da solução acetilacetona e 10 ml da solução acetato de amónio.

• Tapou-se e agitou-se o frasco e aqueceu-se a solução durante 15 minutos.

• De seguida deixou-se arrefecer a temperatura ambiente a solução amarelada assim

obtida, foi protegida da influência da luz cerca de uma hora.

• Determinou-se a absorvância da solução anterior a um comprimento de onda de

412 nm em relação à água destilada, utilizando um espectrofotómetro.

• Determinou-se em paralelo um valor em branco com água destilada tomou-se em

consideração aquando ao cálculo do valor do prefurador.

• De referir ainda que a curva de calibração da solução padrão de formaldeído já se

encontrava determinada, a partir de uma solução padrão.

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CÁLCULOS E RESULTADO

O valor do cálculo do teor de formaldeído é apresentado em miligramas de

formaldeído por 100g de placa seca anidra, de acordo com a seguinte fórmula:

AS - absorvância da solução de extracção


ܸ݈ܽ‫ݎ݋‬ analisada;
݀‫ݎ݋݀ܽݎݑ݂ݎ݁݌ ݋‬
=)ou desmineralizada;
AB - absorvância de uma solução de água destilada

f - declive da curva de calibração (em mg/ml);

H - teor de água de uma placa de derivados de madeira (%);

mH - massa dos provetes (mg);

V - volume do balão volumétrico (2000 ml);

Coeficiente Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4


AS 0,135 0,123 0,132 0,146
AB 0,000 0,000 0,000 0,000
f [mg/ml] 12,47/1000 12,47/1000 12,47/1000 12,47/1000
H[%] 5,6 5,9 6,3 7,0
mH [mg] 114,95 115,20 114,51 115,68
V[ml] 2000 2000 2000 2000

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Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4

Valor do perforador
3,1 2,8 3,1 3,4
[mg/100g placa seca anidra]

Exemplo para a amostra 1:

Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4

Correcção do valor
3,4 3,0 3,2 3,2
[mg/100g placa seca anidra]

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CONCLUSÃO

De uma forma geral podemos dizer que todos os objectivos foram concluídos.
O material utilizado neste trabalho foi o aglomerado de partículas standard,
cedido pela Sonae Industria, apresentando na sua constituição uma percentagem inferior
a 30% de reciclados, o que pode adulterar os resultados pois se estes reciclados tiverem
origem em placas antigas já contem formaldeído.
Os valores de formaldeído obtidos foram de 3,1 mg em 100 g de placa seca
anidra, pela amostra 1 e 3 2,8 mg em 100 g de placa seca anidra, na amostra 2 e
finalmente 3,4 mg em 100 g de placa seca anidra, assim pode-se concluir que o teor de
formaldeído é relativamente baixo, como queríamos que acontece-se.

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BIBLIOGRAFIA

• Sebenta de Derivados de madeira 2009/2010;

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Formalde%C3%ADdo;

• http://www.tecotested.com/techtips/pdf/tt_formaldehydeemission;

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