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Você me envergonhou.
Zane Mullins.
O bad boy da escola que passa mais tempo na sala do
diretor do que qualquer outra pessoa que frequenta a escola
Brown High.
“Parece muito bem hoje, Srta. B.” Uma voz profunda diz.
“Gosto quando você veste branco porque posso ver totalmente o
seu sutiã.”
Pare de olhar.
“Parece que seu pai é tão idiota quanto o meu.” Ele diz,
franzindo as sobrancelhas. “Quer falar sobre isso?”
Mentirosa.
A ideia de Adam perder o emprego por minha causa faz
meu estômago apertar violentamente. Alguém mais terá que
denunciá-lo. Não quero essa culpa em minhas mãos.
Porra, finalmente.
“Você pode soltar minha mão agora.” Sua voz treme e com
base na maneira como ela me olha timidamente por baixo dos
cílios, eu diria que ela realmente não quer que eu solte. Ela
está apenas dizendo o que acha que é a coisa certa. Aquele
papai dela tentou ao máximo transformá-la em um robô
obediente e certinho. Já que meu pai não é diferente,
provavelmente entendo isso melhor do que qualquer pessoa
jamais poderia. Também me dá vontade de tirá-la da influência
dele, porque, ao contrário de mim, ela ainda está presa.
Não solto sua mão e, em vez disso, puxo-a para que ela me
siga até o sofá em seu escritório. Uma vez que nos sentamos,
nossas coxas se tocando, arrasto sua mão para o meu colo.
Espero que ela tente se libertar, mas ela não o faz. Seus olhos
azuis me sondam de uma forma expectante, como se ela
quisesse que eu mostrasse o caminho para nós.
Não se preocupe, srta. B, eu cuidarei de você.
“Papai não se importa com o que faço, desde que não
interfira em sua campanha.” Murmuro, as palavras amargas
na minha língua. “Não quero ir para a faculdade.”
“Mas...”
Eu a corto com uma carranca. “Achei que você fosse
ouvir.”
Eu.
Aumento meu aperto, inclinando sua cabeça para trás e
expondo seu pescoço cremoso. Com uma gentileza que eu nem
sabia que possuía, beijo a veia pulsante em seu pescoço. Um
toque de meus lábios e um toque de minha língua. Seu gemido
canta para a porra da minha alma, atraindo-me para mais
perto de sua chama quente. Nem me importo se me queimar.
Beijo seu pescoço novamente, desta vez mordendo sua carne
com meus dentes. Também posso queimar.
“V-você deveria ir.” Ela gagueja. “Eu preciso ir. Tenho que
encontrar alguém para jantar.”
Zane.
Nos beijamos.
Eu: Fabuloso.
Z: Posso ouvir seu sarcasmo a dois quilômetros de
distância.
***
Eu: Salve-me.
Z: Sério?
Eu: Não, estou brincando. Mas você estava certo. O
encontro mais idiota de todos. Ele não ficou emocionado
quando recusei o vinho e pedi um chá doce.
“Você não vai a lugar nenhum com aquele idiota. Fique aí.
Prometa-me.”
“Não meu...”
“De novo.” Dr. Morris diz, franzindo a testa para Kerry. “Se
você acha que foi drogada, você realmente deveria me deixar
ligar para o xerife McMahon.”
E com ele.
“Por que?”
“Zane!”
“Amanhã?”
“Só posso prometer me comportar um dia de cada vez.”
Provoco e me afasto dela. “Já que você vomitou o seu jantar e o
meu foi interrompido, farei sopa e queijo grelhado. Tudo bem
para você?”
***
“Este programa é tão idiota.” Digo, balançando minha
cabeça. “Quem realmente concorda em se casar com alguém
que não conhece?”
Tão. Errado.
No entanto, meu corpo está tremendo de necessidade
enquanto Zane – meu aluno! – dá beijos de boca aberta em
toda a parte interna das minhas coxas, me fazendo ansiar por
mais. Seus ombros musculosos se contraem e se apertam a
cada movimento. Tudo nele é tão perfeito.
Ele me salvou.
Tudo dele.
***
É um pensamento assustador.
Ele é jovem e eu sou sua orientadora.
“Papai?” Digo pela porta. “O que você está fazendo aqui tão
cedo?”
“Vim verificar você. Recebi uma mensagem esta manhã do
Sean. Ele estava preocupado com você.”
Ele ri. “Eu não estava sendo cruel. Você acha que pegou
uma gripe?”
“Não.” Corto.
“Eu não gosto dele.” Minha voz sobe algumas oitavas. “Não
quero vê-lo novamente.”
“Sim.”
“Quer que eu torne o seu dia melhor?” Ele belisca minha
orelha enquanto suas mãos desamarram meu robe. “Eu posso
te fazer tão, tão feliz, linda.”
Provavelmente não.
Mas temos feito tudo que não deveríamos, então por que
parar agora?
“Sr. Mullins!”
Ele ri todo o caminho até o chuveiro, enchendo meu
coração e alma com algo que eu nunca soube que estava
faltando até agora.
Felicidade.
Capítulo Seis
Zane
Eu sou um idiota.
Rápido.
Forte.
Já se passaram dias desde que dormimos juntos pela
primeira vez. Cada noite é passada em sua cama. Todas as
manhãs compartilhamos café da manhã, café e sexo fantástico.
Quando estamos na escola, nossos toques são feitos a portas
fechadas. Cada sorriso que ela me dá é secreto, mas carregado
de promessas. Agora que finalmente estamos salvos pelo fim de
semana e ela está pronta para jantar no domingo com os pais,
estou relutante em deixá-la ir.
“Para jantar com meus pais?” Ela bufa. “Claro que não.”
“Então o que há de errado?”
“E você?”
“Promete?”
“Claro que sim, Srta. B. Agora incline-se sobre a pia e
deixe-me foder com você de forma agradável e doce para lhe
dar algo para sorrir durante o seu jantar infernal.”
“Boa menina.”
***
“Eu não acho isso idiota.” Papai diz. “Caso você tenha
esquecido, eu financiei cada um de seus empreendimentos.”
Ele financiou.
“Mas, pai...”
“É por isso que vou permitir que você tire metade do que
você precisa. Você pode pegar emprestado o resto de mim.” Ele
cruza os braços sobre o peito. “Se for lucrativo e você levar isso
a sério, podemos renegociar seu empréstimo e considerá-lo um
presente mais tarde.”
Desde que tomei a chance para ficar com Zane, sinto como
se pudesse respirar. Como se a mulher dentro de mim estivesse
esticando seus membros e percebendo que ela tem a liberdade
não apenas de se mover, mas de correr livre. É emocionante e
aterrorizante ao mesmo tempo. Papai não gosta que uma
mulher pense por si mesma. Testemunhei isso em primeira
mão com mamãe.
Eu não sou como mamãe.
“Papai, eu...”
“Querida, por que você não entra e diz olá para sua mãe.
Tenho certeza de que ela já abriu o vinho. Você poderia tomar
uma bebida.” Papai leva Sean para seu escritório, me deixando
sozinha no saguão, tremendo.
Eu deveria ir embora.
Virar e ir embora.
Covarde.
É apenas um jantar.
***
“Mais?” Sean pergunta, segurando a garrafa de vinho
como uma oferenda.
Atiro nele um olhar gelado. “Não.”
“É apenas...”
De novo não.
“Água.” Murmuro.
Ele me estuda por um momento. “Claro, querida. Vou
pegar um pouco de água para você. Vamos tirar essas roupas
primeiro.”
Choramingo enquanto ele empurra meu vestido pelas
minhas coxas. Nojo me atravessa quando ele agarra minha
calcinha e a tira do meu corpo, me expondo a ele. Sua junta
corre pela minha fenda e ele sorri para mim.
Eu preciso de você.
Capítulo Oito
Zane
Mulher.
Não é uma garota.
“Zane.”
Muito sangue.
***
“O que?” Grito. “Como ele pode fazer isso com sua própria
filha?”
“Ele acredita que Sean é culpado apenas por cuidar da
filha que estava embriagada. Sean nega que ele a drogou e que
seus atos sexuais foram consentidos. Eles fizeram um kit de
estupro no hospital, mas ele não teve a oportunidade de fazer
sexo com ela ainda, então é muito ele disse e ela disse neste
momento.”
“Inacreditável.”
“E o Sean?”
Sean pagará.
Mesmo que isso signifique que eu tenho que pagar
também.
Capítulo Nove
Kerry
Dez meses.
Sei que ele está certo. É a mesma coisa que Zane sempre
me diz. A mesma coisa que meu irmão diz quando falamos ao
telefone.
“Eu não quero deixar Zane.” Murmuro. “Eu deveria ficar
aqui no caso...”
Achei que poderia sentir dor por meu pai escolher Sean
em vez de mim, mas tudo que sinto é alívio. Zane me ajudou a
descarregar os pesos que meu pai colocou em meus ombros e
me encorajou a correr livre. Não estou mais amarrada, então
posso fazer exatamente isso.
Mas…
Outra ânsia de vômito agita meu intestino. Eu queria
contar a Zane sobre o teste de gravidez positivo, mas não podia
suportar que ele tivesse que viver com aquela agonia enquanto
estivesse trancado. Será sua surpresa quando ele sair.
***
Seu rosto fica vermelho, mas então ela sorri para mim.
“Quem disse que eu já fui dormir?”
“Eca.” Provoco.
***
“Você está pronta para ter esse bebê?” Dr. Miller pergunta,
um sorriso em seu rosto bonito.
Fim do verão...
Sorrio para ela. Eles acham que são discretos, mas Kerry e
eu os pegamos jantando no início desta semana.
“Você promete?”
“Prometi a você que cuidaria de você, não foi? Depois de
tudo que passamos, ainda estou aqui. Você é minha esposa e
temos uma loja de roupas de muito sucesso juntos. Eu já te
decepcionei?”
“Malditamente certo.”
Fim!
Notas
[←1]
Sigla de Post-Traumatic Stress Disorder que significa Transtorno de Estresse Pós-
Traumático.