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MENTORIA

O mentor é um guia, um mestre, conselheiro, alguém que tem vasta experiência

profissional no campo de trabalho da pessoa que está sendo ajudada. O mentorado

inclui conversas e debates acercas de assuntos que não estão necessariamente

ligados ao trabalho. Este processo possibilita o aprendizado e consequente

desenvolvimento na carreira do profissional mais jovem.

No âmbito da educação, o mentorado também é frequentemente usado. Alunos

que apresentam dificuldades de aprendizagem ou até mesmo de relacionamento

interpessoal são muitas vezes ajudados por um mentor ou tutor, que poderá ser um

professor, instrutor ou mesmo um aluno mais antigo que possa orientá-lo e ajudá-lo

no seu desenvolvimento.

No universo da Escola de Especialistas de Aeronáutica, para que o graduado

seja encarado como o mentor do futuro sargento especialista é fundamental que este

tenha seu trabalho desenvolvido e pautado na empatia e confiança genuína, pois só

se pode chegar ao âmago do contexto emocional do aluno se a base de confiança for

sólida. A confiança inicia-se através da comunicação, denominada como o ato de

repartir, essa é uma habilidade primordial para o trabalho do Mentor. A comunicação

pode ser verbal ou não verbal. A verbal é a conhecida por todos durante uma conversa,

já a não verbal pode ser visual, sinestésica, sonora e corporal, isto é, as vezes

dizemos mais com as nossas atitudes do que com as palavras. (A PALAVRA

CONVENCE, O EXEMPLO ARRASTA).

No processo de condução da Mentoria no âmbito da EEAR é muito importante

que o processo interpessoal entre mentor e mentorado reconheça a crença e os

valores do mentorado, pois nessa relação deve-se sinceramente ser expressa a

realidade integral da vida profissional e social do mentor, e qualquer falha ou


desrespeito ao universos particular do mentorado poderá acarretar em grandes riscos

do fluxo da experiência, isto é, a experiência sensorial sofre delações, distorções e

generalizações e só após um filtro pessoal por parte do mentor é que afirmações

devem ser colocadas. O mentor não deve impor suas experiências como única

conduta a ser tomada e sim instigar o mentorado a dar suas próprias respostas com

perguntas dirigidas, isto é, fazendo com que a resposta venha do mentorado e que

atinja o propósito das indagações, contudo é necessário manter a suavidade ao

perguntar.

Vale ressaltar que todo processo de comunicação advém da liderança que o

mentor deve exercer em seu trabalho.

Em síntese, o papel do mentor é apresentar habilidades técnicas e

comportamentais ao mentorado, sabendo observar sem julgar, falar a verdade e sem

ferir a dignidade e honra do mentorado ouvir com sinceramente.

PROPÓSITO

Contribuir para que os alunos da EEAR desenvolvam atributos de caráter e liderança

através de um programa que busca a criação de um elo sócio profissional entre um

Graduado Especialista da FAB com alunos do Curso de formação de sargentos (4ª

série) ou do Estágio de Adaptação à graduação de Sargentos (2º semestre de curso).

O foco do programa é criação de uma relação mútua de confiança entre o graduado

e o aluno, isto é, criação de um rapport, mas o que vem a ser o rapport? Rapport é

um conceito originário da psicologia que remete à técnica de criar uma ligação de

empatia com outra pessoa. O termo vem do francês Rapporter, cujo significado vem

da sincronização que permite estabelecer uma relação harmônica. A técnica objetiva

gerar confiança no processo de comunicação e relação interpessoal, fazendo com que


o indivíduo em desenvolvimento, sinta-se confiante para aceitar as colocações advin-

das de um relacionamento com o superior ou até mesmo a aceitação de técnicas de

aprendizado, isso faz com que mentor e mentorado interajam, troquem e informações

com mais facilidade.

O Formato

1. Ser graduado especialista da FAB (ativa ou reserva);

2. Ter graduação de Suboficial QSS, 1º Sargento QSS, 2º Sgt QSS, ou 3º Sargento

QSS (com no mínimo 4 anos de formado);

3. Receber aprovação da respectiva chefia;

4. Não ter apontamentos na Ficha de avaliação de Graduados, dos últimos, 5 anos,

que o desabonem em relação a missão do mentorado;

5. Estar disposto a passar, no mínimo, 2 horas por mês com um ou mais alunos, dando

instruções informais acerca de procedimentos técnicos e/ ou doutrinários,

apresentação de experiências profissionais, elucidação de dúvidas sócio profissionais

e apontamentos de autos exemplos de conduta de liderança;

7. As reuniões com o(s) aluno(s) devem ser em um ambiente confortável, podendo

ser junto à família do Menor, em sua PNR, ou em local público aberto, todavia o alunos

e o Mentor não deverão, jamais, esquecer os princípios de Hierarquia e Autoridade e

o laços profissionais criados no mentorado;

8. Preferencialmente o graduado mentor deve ser da mesma especialidade dos alunos

mentorados;

9. Obrigatoriamente o graduado mentor dever ser do mesmo sexo dos alunos

mentorados;
Escolha de Mentores

É desejado que todos os Mentores sejam voluntários, por isso mandaremos a

ficha de indicação para todos os graduados da GUARNAER- GW na primeira semana

do terceiro mês do semestre, sendo efetivada as indicações na última semana deste

mesmo mês.

Para incentivar os graduados a se voluntariarem para essa nobre missão,

daremos uma aula expositiva para todos os militares que se enquadrem nos

parâmetros, a fim que sejam apresentados maiores detalhes acerca da função de

mentor, bem como elucidar possíveis dúvidas.

Todos os alunos formandos terão uma palestra, com o intuito de informá-los

sobre o programa e incentivá-los a buscar a ferramenta da mentoria como exercício

fundamental a sua formação. Essas palestras devem ser cumpridas, respectivamente,

nas primeiras do quarto mês de cada semestre.

Após o recebimento de todas as fichas de inscrição pelo conselho da Mentoria,

o mesmo se reunirá para que sejam homologadas as indicações e posterior

distribuição.

O Conselho é composto pelo Comandante do Corpo de Alunos da EEAR,

Comandante do GFM, Comandantes dos Esquadrões (ou um representante de cada),

Chefe da SIM e Chefe da SDOUT. O propósito do conselho é eliminar qualquer

voluntário que não tenha as qualidades necessárias para atuar no papel de Mentor. O

Conselho é dirigido pela Seção de Doutrina, tendo seu formato bem simples, onde se

apresentam os nomes dos voluntários, divididos por graduação, por sua vez o

Conselho só entrará em votação se algum elemento desse apresentar objeções

acerca da indicação.

Com a lista de voluntários pronta, a Seção de Doutrina realizará a distribuição


dos mentorados aos mentores, buscando, sempre que possível, unir mentores e

mentorados das mesmas especialidades.

Acompanhamento de Mentoria

Para melhor acompanhar o progresso de Mentoria, existe uma ficha de

acompanhamento de mentoria, a qual exige apenas alguns dados dos mentores, além

da data do encontro, tempo decorrido no encontro, nome do aluno e tema abordado.

A ficha tem por objetivo identificar possíveis dispersões durante a mentoria,

possibilitando tanto ao mentor quanto a Seção de Doutrina verificar o aluno que

necessita de mais encorajamento e ajuda.

Se o mentor não estiver conseguindo, por qualquer que seja o motivo, cumprir

as metas propostas junto aos seus mentorados, é fundamental que tal dificuldade seja

o mais breve possível, a Seção de Doutrina, a fim de que seja oferecida ajuda para

ao mentor.

Feedback do Programa

Será disponibilizado pela Seção de Doutrina, aos mentores e mentorados,

questionários via Google Drive, nos quais serão apresentados questionamentos que,

certamente, deverão contribuir para ampliação e otimização do trabalho.

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