João foi admitido em contrato de trabalho de experiência por 30 dias. Ao final
do primeiro período o empregador prorrogou por mais 30 dias. No último dia da prorrogação, João foi comunicado que o contrato seria extinto. Desesperado pediu uma nova oportunidade para seu empregador, objetivando demonstrar seu verdadeiro valor profissional. O empregador prorrogou mais uma vez por 30 dias e completaram os 90 dias previstos em lei para esta contratação. No último dia do contrato de trabalho, João foi dispensado pelo decurso do prazo do contrato por prazo determinado recebendo as verbas rescisórias referentes ao término do contrato de experiência. Analisando a lei responda se agiu corretamente ou não o empregador?
Explique a sua resposta de forma fundamentada!
R: O empregador não agiu corretamente com João, pois de acordo com o
disposto na lei o contrato só poderia ser prorrogado uma única vez, quando prorrogado pela segunda vez deixa de ser contrato por prazo determinado e passa a ser contrato de prazo indeterminado conforme dispõe os artigos 455, parágrafo único e com artigo 451da CLT. De acordo com a CLT: Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou
expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. (Vide Lei nº 9.601, de 1998)