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Introdução
Fase vegetativa:
1) Germinação
2) Perfilhamento
Fase reprodutiva:
1) Diferenciação floral
2) Diferenciação das ramificações da ráquis e espiguetas
3) Florescimento
Fase de maturação:
1) Enchimento de grãos
a) Grãos leitosos
b) Grãos pastosos
c) Grãos vítreos
Órgãos vegetativos
➢ Ramo com colmo, folhas, raízes e geralmente uma panícula é um perfilho.
-Perfilhamento:
1) Originam-se na base das folhas de cada nó não alongado, do colmo principal,
durante o crescimento vegetativo.
2) Espaçamento, intensidade luminosa, disponibilidade de nutrientes, sistema de
plantio, entre outros fatores, afetam o perfilhamento.
3) Começa no estádio de quatro a cinco folhas.
Órgãos reprodutivos
-Panícula vs Espigueta:
-Fruto:
✓Casca (arista, pálea e lema),
✓Película (pericarpo, tegumento, aleurona),
✓Gérmen (esculeto, epiblásto, plúmula e radícula)
✓Endosperma amiláceo
Ecofisiologia do arroz
-Baixa temperatura:
• Esterilidade masculina devido à reduzida deiscência das anteras;
• Anormalidade de desenvolvimento do grão de pólen;
• Atraso no desenvolvimento;
• Redução do número potencial de grãos por panícula.
-Alta temperatura:
• Superiores a 35 ◦C – 1 ou 2 h durante o florescimento
• Manchas cloróticas
• Redução do perfilhamento e altura
• Redução do número de espiguetas
• Elevada esterilidade - infertilização
-População de plantas/ha:
• Em todos os sistemas de cultivo, exceto no transplante de mudas, a população inicial
de plantas ideal para as cultivares convencionais de arroz irrigado é de 150 a 300 plantas m-2
• Para se obter tais populações de plantas, recomenda-se a semeadura de,
aproximadamente, 80 a 120 kg ha-1 de sementes (SOSBAI, 2018)
1) Época de semeadura - parcela 10/09 (semeadura antecipada), 15/10 (semeadura
preferencial) e 20/11 (semeadura tardia).
-As maiores produtividades de arroz irrigado no sul do estado de Santa Catarina são obtidas
com a semeadura do arroz na época preferencial (15/10), com a densidade de 120 kg de
sementes ha-1 .
Água
✓ Radiação solar, temperatura, umidade relativa do ar, vento
✓ Fase reprodutiva
- Esterilidade do grão de pólen
- Morte de espiguetas
- Aborto de óvulos recém-formados
- Não emissão de panículas
- Dessecamento parcial ou total das espiguetas
Calagem
➢ Fornecer Ca e Mg
➢ Neutralização do Al e Mn tóxicos
Em que:
NC = Necessidade de calagem (t/ha)
V2 = Saturação por bases desejada para o arroz (40 ou 50%)
V1 = Saturação por bases atual do solo (%)
CTC = Capacidade de troca de cátions do solo (cmolc /dcm3 )
✓Se for conduzida outra cultura após a do arroz, a calagem poderá ser feita utilizando a
quantidade total recomendada para a nova cultura.
Quantidade de calcário:
QC = Quantidade de calcário (t/ha)
NC = Necessidade de calagem (t/ha)
SC = Superfície coberta com a aplicação do calcário (%)
PROF = Profundidade de incorporação do calcário (cm) → em SPD, usar de 7-10 cm
PRNT = Poder relativo neutralizante total (%)
OBS: produtores têm optado por V% elevado na hora da correção. Isso pode causar
desagregação da argila
-Formas oxidadas que aparecem no solo no arroz irrigado. Esses elementos tem função na
auto calagem do solo, produzindo óxidos:
✓ Quando o arroz é semeado em solo seco e a inundação iniciada cerca de 30 dias após a
emergência, a correção da acidez pela inundação ocorrerá próxima ao fim da fase vegetativa,
período compreendido entre a emergência e o início da diferenciação da panícula (40 a 60
dias).
✓ Nesse período, a planta absorve grande parte dos nutrientes, assim a calagem, para elevar a
saturação por bases a 50 %, feita cerca de quatro meses antes da semeadura corrige a acidez,
propiciando melhores condições para o desenvolvimento inicial da cultura.
Nitrogênio
-Função:
✓ Números de panículas por planta
✓ Maior perfilhamento
✓ Número de grãos por panícula
✓ Massa de grãos
-Recomendação 5 aproximação:
✓50 a 60 kg/ha de N
✓1/5 no plantio e 4/5 em cobertura, por ocasião da diferenciação do primórdio floral
(50 e 55 dias após a emergência)
✓ Distribuição junto com o P e o K no sulco, por ocasião do plantio, tem sido o método
mais utilizado
✓ A aplicação em cobertura é feita em linha ao lado das plantas.
-Manual de calagem e adubação para os Estados do. Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
(2004):
-Rendimento da aplicação:
✓ No plantio deve ser aplicado no sulco, pois, esta zona do solo será reduzida pela submersão
✓ Em cobertura:
– A lanço após a retirada da água, reinundar dois dias após;
– Em filete entre fileiras de plantas, também após a retirada d’água;
– A lanço sobre a lâmina de água;
– Em filete entre fileiras de plantas sobre a lâmina.
✓ Parcelamentos em até três aplicações são previstos para esse sistema, quando do uso de
cultivares de ciclo longo (>135 dias).
Fosfatagem
a) Adubação fosfatada corretiva
OBS:
A melhor combinação para a correção de solos pobres é obtida quando há a
combinação da adubação de cobertura a lanço de fontes de liberação lenta com fontes solúveis
aplicadas no sulco de plantio.
Para solos com fertilidade construída, podemos recorrer a aplicação a lanço de fontes
solúveis ou menos reativas, com a recomendação de fazer análise de P no perfil do solo para
acompanhar a descida dele em profundidade
b) Adubação de manutenção
• Quando utilizar, como fonte de fósforo, os termofosfatos magnesianos que são também fontes
de magnésio e de silício, estes devem ser aplicados a lanço com incorporação, aumentando-se
sua quantidade em 50 %.
• A aplicação em solo seco pode ser a lanço ou em linha, preferencialmente, ao lado e abaixo
do sulco de semeadura.
Potássio
✓ Por ser pouco exportado, recomenda-se que os restos culturais sejam mantidos na área de
produção e incorporados ao solo.
✓ No caso de solos muito arenosos, a adubação deve ser parcelada, aplicando-se metade no
plantio e metade em cobertura (diferenciação da panícula), juntamente com o nitrogênio.
✓No sistema pré-germinado, os adubos potássicos podem ser aplicados e incorporados por
ocasião da formação da lama ou após o renivelamento da área, antecedendo a semeadura.
✓ Em caso de cultivo em solos arenosos, metade da dose deve ser aplicada antes da
semeadura e o restante, na diferenciação da panícula.
-Fontes:
✓Cloreto de potássio (57% de K)
✓Sulfato de potássio (48% de K)
OBS:
O potássio não faz parte de nenhum composto orgânico, por ser apenas um regulador
enzimático, logo, todo o K é rapidamente ciclado no campo (por volta de 1 ano para ciclar tudo)
e fica rapidamente disponível assim que os resíduos vegetais são degradados.
Enxofre
✓ A deficiência de enxofre pode ser corrigida com a aplicação de sulfato de amônio no plantio
ou em cobertura ou, ainda, com a aplicação de gesso espalhado na superfície do terreno,
posteriormente incorporado ao solo através da aração e da gradagem
✓ 20 a 30 kg/ha de S
Micronutrientes
-Apesar de serem vendidos como micros que induzem resistência a fungos, o Si e Co são mais
coadjuvantes nesse processo, e a adubação balanceada de todos os outros nutrientes tem
papel mais importante do que esses propriamente;
-Principal é o Zn:
a) Arroz de sequeiro - Aplicar 2 a 4 kg/ha de Zn.
b) Arroz irrigado - Com teor de Zn no solo inferior a 1 mg/dm3(Mehlich-1) aplicar de 2
a 4 kg/ha de Zn.
-Formas de aplicação:
1) Tratar as sementes do arroz com a solução de 1% de Zn solúvel
2) Adubação foliar com solução de 0,5% de sulfato de zinco (grande incompatibilidade)
neutralizada com cal extinta a 0,25%, aplicando-se 400 L/ha da solução previamente filtrada
3) Aplicação a lanço ou no sulco de semeadura
-Toxicidade por Fe pode ser um problema em solos mal corrigidos. Problema pode ser
amenizado com calagem, irrigação intermitente, cultivares tolerantes e antecipação da
adubação de nitrogênio em cobertura;
OBS:
1) Para evitar problemas de incompatibilidade com o ZnSO4 no tanque quando
aproveitamos alguma aplicação para fazer micro, podemos optar pelo Zn-EDTA, que é
uma fonte mais cara, porém estável (sem problemas com incompatibilidade)
2) O Zn sofre fixação no solo e deve ser aplicado preferencialmente via foliar, uma no
perfilhamento e outra na diferenciação do primórdio floral
3) O Zn é pouco móvel na planta e deve ter a aplicação parcelada
Fenologia Arroz
Vegetativo
-Dividido em:
a)Germinação
b)Crescimento da plântula
c)Perfilhamento
-Características:
✓Dura de 65 a 70 dias em um ciclo de 130 a 135 dias
✓ Absorção de água
✓ 10 a 40 ◦C
✓ Consumo das reservas do endosperma (até 3 folhas)
Reprodutivo
-Dividido em:
a)Emissão da panícula
b)Exserção da panícula
c)Floração
d)Maturação do fruto
-Características:
✓Elongação do colmo
✓Declínio da emissão de perfilhos
✓Emergência da folha bandeira
✓Exserção da panícula
✓Floração
✓Florescimento das espiguetas
✓Em uma mesma planta todas as panículas completam a antese dentro de 7 a 10 dias