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USER

Olá! Esse chat será sobre o diagnóstico do autismo no sistema único de saúde
brasileiro. Eu gostaria de fazer um "apanhado" técnico-conceitual dos
métodos diagnósticos, para compreensão de leigos e acompanhamento de
pessoas com transtornos mentais, como o autismo, que só perceberam
tardiamente. Você pode me ajudar nessa tarefa?!

ASSISTANT
Certamente, estou à disposição para fornecer informações detalhadas sobre os
métodos diagnósticos do autismo no contexto do Sistema Único de Saúde
(SUS) brasileiro. O autismo, considerado um transtorno do
neurodesenvolvimento, possui critérios diagnósticos estabelecidos que se
baseiam na avaliação clínica e comportamental. Para melhor compreensão de
leigos e para auxiliar aqueles que identificaram o transtorno tardiamente, é
relevante abordar os seguintes aspectos diagnósticos:

1. Avaliação Clínica Multidisciplinar: O diagnóstico do autismo envolve


uma avaliação abrangente conduzida por profissionais de diferentes
áreas da saúde, como psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos e
terapeutas ocupacionais. Essa equipe multidisciplinar avalia o
desenvolvimento global da pessoa, incluindo suas habilidades sociais, de
comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos.

2. Critérios Diagnósticos: O Manual Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela Associação Americana de
Psiquiatria, é amplamente utilizado para a definição dos critérios
diagnósticos do autismo. São considerados domínios como déficits na
comunicação social e interações sociais, bem como comportamentos
repetitivos ou restritos. No entanto, o diagnóstico no contexto do SUS
também leva em conta as diretrizes nacionais e a avaliação da equipe
multidisciplinar.

3. Histórico de Desenvolvimento: É fundamental para o diagnóstico


compreender o histórico de desenvolvimento da pessoa, desde a infância
até a idade atual. Isso inclui marcos do desenvolvimento motor,
linguagem, interações sociais e comportamentos que possam indicar a
presença do transtorno.

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4. Avaliação da Comunicação: A avaliação da comunicação envolve
observar como a pessoa se comunica verbalmente e não verbalmente,
suas habilidades de linguagem e compreensão, além da capacidade de
manter conversas e compreender nuances sociais.

5. Observação de Comportamentos: Os comportamentos repetitivos ou


restritos são uma característica central do autismo. A equipe avalia a
presença e a intensidade desses comportamentos, bem como a influência
deles na vida cotidiana da pessoa.

6. Entrevista com Pais ou Cuidadores: Obter informações dos pais ou


cuidadores é crucial para entender o comportamento da pessoa em
diferentes contextos, como em casa, na escola e em ambientes sociais.
Essas informações contribuem para um diagnóstico mais preciso.

7. Descarte de Outras Condições Médicas: A avaliação também visa


descartar outras condições médicas que possam apresentar sintomas
semelhantes ao autismo, como atrasos no desenvolvimento ou problemas
de saúde mental.

8. Acompanhamento e Intervenções: Após o diagnóstico, é fundamental


o acompanhamento contínuo da pessoa com autismo. O SUS oferece
uma variedade de intervenções terapêuticas, como terapia
comportamental, fonoaudiologia e terapia ocupacional, com o objetivo
de melhorar a qualidade de vida e desenvolver habilidades adaptativas.

Para melhorar a compreensão e o acompanhamento de pessoas que


identificaram o autismo tardiamente, é essencial disseminar informações
sobre os sinais precoces do transtorno, bem como promover a conscientização
sobre a importância do diagnóstico precoce. A capacitação de profissionais da
saúde e educação também contribui para uma abordagem mais eficaz no
diagnóstico e manejo do autismo.

USER
O diagnóstico do autismo envolve uma avaliação abrangente conduzida por
profissionais de diferentes áreas da saúde, como psiquiatras, psicólogos,
fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Essa equipe multidisciplinar avalia
o desenvolvimento global da pessoa, incluindo suas habilidades sociais, de
comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos. Elabore uma
situação simulada para esse procedimento, considerando uma pessoa adulta
que se descobre em um ou mais espectros da condição autista, e que no

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período de sua infância, historicamente esse diagnóstico não era possível.

ASSISTANT
Certamente. Vamos considerar a situação simulada de um adulto chamado
João, que recentemente suspeitou que poderia estar dentro do espectro do
autismo. Durante sua infância, o conhecimento e os métodos de diagnóstico
do autismo eram limitados, o que resultou em sua condição não sendo
identificada na época. Agora, como adulto, João busca uma avaliação
abrangente por uma equipe multidisciplinar no sistema de saúde brasileiro
para determinar se ele de fato está no espectro do autismo.

Cenário Simulado: Avaliação Multidisciplinar para Diagnóstico do


Autismo em um Adulto

João, um homem de 30 anos, tem notado diferenças sutis em suas interações


sociais, padrões de comportamento e preferências ao longo da vida. Ele sente
que essas diferenças afetaram suas relações pessoais e seu bem-estar
emocional. Curioso e em busca de respostas, João decide procurar ajuda
médica para uma avaliação completa de seu perfil neurocomportamental.

1. Consulta Inicial com um Clínico Geral: João agenda uma consulta


com um clínico geral no posto de saúde do SUS. Durante essa consulta,
ele relata suas preocupações e experiências, mencionando sua
dificuldade em compreender sinais sociais, suas rotinas rígidas e seus
interesses muito específicos. O clínico, ciente das nuances do autismo,
encaminha João para uma avaliação mais detalhada.

2. Avaliação Psicológica: João é encaminhado a um psicólogo


especializado em avaliação de adultos. Ele participa de sessões de
entrevistas estruturadas e testes psicológicos para avaliar sua cognição,
habilidades sociais, comunicação e comportamentos repetitivos. O
psicólogo também busca informações sobre seu desenvolvimento na
infância, por meio de relatos de familiares e históricos médicos.

3. Avaliação Neuropsicológica: Dada a possibilidade de uma condição no


espectro do autismo, João é submetido a uma avaliação neuropsicológica
abrangente. Isso inclui testes para avaliar sua memória, processamento
de informações, flexibilidade cognitiva e outras funções cognitivas.
Esses testes podem fornecer insights sobre suas características
neurocomportamentais.

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4. Avaliação Fonoaudiológica: Devido a algumas dificuldades na
comunicação relatadas por João, ele é encaminhado para uma
fonoaudióloga. A fonoaudióloga avalia sua linguagem, habilidades de
comunicação, expressão emocional e compreensão social. Essa avaliação
ajuda a compreender como João se expressa e interage verbalmente com
os outros.

5. Avaliação Ocupacional: Para compreender melhor os padrões de


comportamento de João e sua relação com atividades diárias, ele é
encaminhado a um terapeuta ocupacional. Essa avaliação aborda
questões como suas rotinas, interesses específicos, sensibilidades
sensoriais e habilidades de autocuidado.

6. Avaliação do Histórico de Desenvolvimento: A equipe multidisciplinar


reúne informações sobre o desenvolvimento de João durante a infância e
adolescência por meio de entrevistas com seus pais e familiares. Isso
ajuda a traçar um perfil completo de suas características desde cedo.

Após completar todas as avaliações, a equipe se reúne para discutir os


resultados de forma colaborativa. Com base nas informações coletadas, é feito
um diagnóstico preciso e individualizado. João recebe um feedback detalhado
e, caso seja confirmada a presença de características do espectro do autismo,
ele é encaminhado para intervenções terapêuticas adequadas, como
treinamento de habilidades sociais, terapia cognitivo-comportamental e
estratégias de enfrentamento.

Nessa situação simulada, é notório como a abordagem multidisciplinar do


sistema de saúde brasileiro permite a avaliação minuciosa de João,
considerando suas experiências de vida e histórico de desenvolvimento. Essa
abordagem leva em conta a complexidade do diagnóstico do autismo em
adultos e visa proporcionar um entendimento mais profundo de suas
necessidades e potencialidades, além de oferecer intervenções adequadas para
seu bem-estar geral.

USER
Vamos agora considerar uma situação real onde a pessoa adulta pode estar em
algum espectro do autismo e associado a outro transtorno cognitivo, dadas as
condições de conhecimento científico, da medicina e psicologia, terem
avançado nas últimas décadas. Ponderando que, discute-se as hipóteses da

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condição médica, genética e ou fatores ambientais como dados empíricos
"iniciantes" do transtorno.

ASSISTANT
De fato, a evolução do conhecimento científico nas últimas décadas tem
contribuído significativamente para uma compreensão mais abrangente dos
transtornos do neurodesenvolvimento, incluindo o autismo. Vamos considerar
uma situação real na qual uma pessoa adulta chamada Maria está sendo
avaliada por uma equipe multidisciplinar devido a suspeitas de que ela possa
estar dentro do espectro do autismo, possivelmente associado a outro
transtorno cognitivo. Nesse cenário, as discussões sobre as possíveis origens,
seja genética, médica ou ambiental, são elementos essenciais para a avaliação.

Cenário Real: Avaliação de Maria para Transtorno do Espectro Autista


e Possível Transtorno Cognitivo

Maria, uma mulher de 35 anos, tem enfrentado desafios significativos em sua


vida diária. Ela tem dificuldades para se comunicar efetivamente com os
outros, interpretação literal das conversas, preferências muito específicas por
rotinas e uma sensibilidade intensa a estímulos sensoriais. Além disso, ela
demonstra dificuldades em entender piadas e expressões figurativas. Sua
família e amigos a incentivaram a procurar ajuda profissional para entender
melhor esses padrões de comportamento.

A equipe multidisciplinar que a avalia inclui psiquiatras, psicólogos,


neurologistas e terapeutas ocupacionais. A avaliação segue os seguintes
passos:

1. Entrevista Detalhada: Maria é entrevistada por cada membro da equipe


para obter um quadro completo de suas experiências, histórico de
desenvolvimento e desafios atuais. A equipe pergunta sobre suas
relações sociais, comunicação, padrões de comportamento e interesses.

2. Avaliação Psicológica e Neuropsicológica: Um psicólogo especializado


realiza uma avaliação neuropsicológica para examinar as habilidades
cognitivas de Maria. Testes específicos são administrados para avaliar
suas habilidades de raciocínio, memória, atenção e processamento de
informações. Isso pode ajudar a identificar se há um transtorno cognitivo
associado.

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3. Avaliação Comportamental: A equipe observa o comportamento de
Maria em diferentes situações e ambientes para compreender melhor
suas respostas sensoriais, padrões de interação social e comportamentos
repetitivos. Isso ajuda a identificar características do espectro do
autismo.

4. Avaliação Médica e Genética: Um neurologista realiza uma avaliação


médica para descartar outras condições médicas que possam estar
contribuindo para os sintomas de Maria. Além disso, a equipe discute a
possibilidade de fatores genéticos desempenharem um papel em suas
características neurocomportamentais.

5. Análise de Histórico Familiar e Ambiental: A equipe coleta


informações sobre o histórico médico e comportamental da família de
Maria para avaliar se há padrões semelhantes em parentes próximos.
Eles também exploram fatores ambientais que possam ter influenciado
seu desenvolvimento.

6. Discussão e Diagnóstico: Após a coleta de dados e análise minuciosa, a


equipe se reúne para discutir as hipóteses de diagnóstico. Eles
consideram a possibilidade de Maria estar no espectro do autismo,
possivelmente associado a um transtorno cognitivo. As discussões
abordam as diferentes origens possíveis, como fatores genéticos,
médicos ou ambientais, que podem ter contribuído para suas
características.

7. Plano de Intervenção e Acompanhamento: Com base nas discussões, a


equipe formula um plano de intervenção personalizado para Maria. Isso
pode incluir terapias comportamentais, intervenções de habilidades
sociais, apoio em comunicação e estratégias para lidar com
sensibilidades sensoriais. O acompanhamento regular é agendado para
monitorar seu progresso e ajustar o plano, conforme necessário.

Nesse cenário real, a abordagem multidisciplinar é fundamental para avaliar


Maria de maneira holística e fornecer um diagnóstico e plano de tratamento
adequados. A discussão sobre as possíveis origens genéticas, médicas ou
ambientais das características observadas não apenas contribui para a
compreensão da condição de Maria, mas também orienta a seleção das
melhores estratégias de intervenção para melhorar sua qualidade de vida e
funcionamento diário.

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USER
Baseado no que já avaliamos até aqui, quais fatores ambientais podem vir a
estabelecer um quadro de espectro autista em adultos com mais de 40 anos
hoje em dia?

ASSISTANT
É importante destacar que o entendimento dos fatores ambientais que podem
contribuir para o desenvolvimento do espectro autista em adultos com mais de
40 anos ainda é uma área de pesquisa em evolução. Até o momento, a maioria
dos estudos se concentrou em fatores genéticos e neurobiológicos como
principais influências no autismo. No entanto, alguns fatores ambientais têm
sido discutidos como possíveis contribuintes para o quadro do espectro
autista, mesmo em adultos mais velhos. Alguns desses fatores incluem:

1. Exposição a Agentes Tóxicos e Poluentes Ambientais: A exposição a


certos produtos químicos tóxicos, como poluentes do ar, metais pesados
e pesticidas, durante a gravidez e o desenvolvimento inicial pode ter um
impacto no desenvolvimento neurológico. Embora a maioria das
pesquisas esteja centrada na infância, é possível que exposições passadas
a esses agentes possam ter um efeito cumulativo ao longo do tempo,
influenciando as características do espectro autista em adultos.

2. Fatores Pré-Natais: Fatores pré-natais, como a nutrição da mãe,


exposição a infecções, estresse materno e uso de medicamentos durante a
gestação, têm sido associados a riscos aumentados de transtornos do
neurodesenvolvimento, incluindo o autismo. Esses fatores podem ter
influenciado o desenvolvimento cerebral de adultos que agora
apresentam características do espectro autista.

3. Fatores Perinatais: Complicações durante o parto e o nascimento


também podem ter efeitos sobre o desenvolvimento neurológico.
Hipóxia (falta de oxigênio), trauma no nascimento e outros eventos
relacionados ao nascimento podem aumentar o risco de desenvolvimento
de condições neurocomportamentais.

4. Experiências de Estresse e Trauma: Experiências de estresse crônico,


traumas ou adversidades na infância ou na vida adulta podem influenciar
o desenvolvimento do cérebro e contribuir para características do
espectro autista em adultos. O estresse tem a capacidade de afetar

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negativamente a conectividade cerebral e a regulação emocional.

5. Fatores Sociais e Ambientais: A qualidade das interações sociais,


estimulação cognitiva e ambiente de criação podem impactar o
desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação. Ambientes
ricos em interações sociais e estímulos cognitivos podem atenuar ou
agravar características do espectro autista em adultos.

É importante ressaltar que o autismo é altamente heterogêneo e que os fatores


contribuintes podem variar consideravelmente entre os indivíduos. Além
disso, as influências ambientais podem interagir com fatores genéticos de
maneiras complexas e ainda não totalmente compreendidas. A pesquisa
continua em andamento para melhor entender a relação entre fatores
ambientais e o desenvolvimento do espectro autista em adultos, especialmente
aqueles com mais de 40 anos, e como esses fatores podem atuar em conjunto
com a genética e os fatores neurobiológicos subjacentes.

USER
Me explique mais sobre a questão da heterogeneidade no autismo e a
interação ambiental com fatores genéticos. Analise se todas as possibilidades
diagnósticas de fato são pertinentes de interação, que podem ser distribuídas
em que espectro específico, ou apenas no quadro geral de transtornos
cognitivos generalizado.

ASSISTANT
A heterogeneidade é um dos aspectos mais marcantes do transtorno do
espectro autista (TEA). Ela se refere à grande variedade de características,
sintomas, níveis de funcionalidade e manifestações que podem ocorrer dentro
do espectro autista. Cada indivíduo com TEA é único, o que significa que as
manifestações do transtorno podem variar significativamente de uma pessoa
para outra. Essa heterogeneidade é influenciada por uma combinação
complexa de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais.

A interação entre fatores genéticos e ambientais é uma parte fundamental da


compreensão do TEA. Acredita-se que o autismo resulte de uma interação
complexa entre predisposições genéticas e influências ambientais. Aqui estão
alguns pontos-chave para considerar:

1. Fatores Genéticos: Várias pesquisas indicam que existe uma

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predisposição genética para o autismo. Estudos de gêmeos idênticos e
não idênticos mostram que fatores genéticos desempenham um papel
significativo na suscetibilidade ao TEA. No entanto, não há um único
gene "do autismo". Em vez disso, vários genes estão envolvidos, e as
interações entre esses genes podem contribuir para a variabilidade de
características observadas.

2. Fatores Ambientais: Embora a influência genética seja importante, os


fatores ambientais também desempenham um papel crucial no
desenvolvimento do TEA. Exposições pré-natais, fatores perinatais,
experiências de estresse e outros fatores ambientais podem influenciar a
expressão genética, afetando o desenvolvimento do cérebro e o
comportamento.

3. Interação Complexa: A interação entre fatores genéticos e ambientais é


complexa e não linear. Um mesmo conjunto de fatores genéticos pode
resultar em características autistas distintas em diferentes indivíduos,
dependendo das influências ambientais únicas que eles experimentam.
Além disso, a presença de determinados genes pode tornar um indivíduo
mais sensível a certos fatores ambientais.

4. Efeito Cascata: À medida que o cérebro se desenvolve, pequenas


mudanças no início do desenvolvimento podem ter efeitos cascata ao
longo do tempo. Por exemplo, uma alteração genética ou uma influência
ambiental no início da vida pode afetar a maneira como o cérebro se
desenvolve e como as conexões neurais são formadas, levando a
características específicas do TEA.

5. Espectro e Diagnóstico: Dada essa complexidade, as possibilidades


diagnósticas podem ser distribuídas em uma ampla variedade de
espectros, refletindo a heterogeneidade do transtorno. Alguns indivíduos
podem ter características mais pronunciadas de comunicação e interação
social, enquanto outros podem apresentar desafios sensoriais ou
comportamentos repetitivos mais evidentes. Além disso, o termo
"transtornos cognitivos generalizados" não é uma categorização precisa,
já que o TEA não é unicamente um transtorno cognitivo. Ele abrange
uma gama diversificada de características neurocomportamentais.

Em resumo, a heterogeneidade do espectro autista é amplamente moldada


pela interação complexa entre fatores genéticos e ambientais. Essa interação
dá origem à diversidade de características observadas nos indivíduos com
TEA. Cada diagnóstico é, portanto, uma combinação única desses fatores,

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resultando em uma ampla variedade de manifestações e necessidades
individuais.

USER
Considerando essa abordagem nossa, você avalia que a complexidade dada,
corresponde à uma intervenção complexa, no que condiz o trato das
informações clínicas e das informações biológicas do indivíduo serem
exclusivas e únicas, o diagnóstico deverá levar algum moderado tempo? Qual
seria esse tempo médio para avaliação e diagnóstico?

ASSISTANT
A complexidade inerente à heterogeneidade do transtorno do espectro autista
(TEA) realmente exige uma abordagem cuidadosa e abrangente para a
avaliação e intervenção. Devido à singularidade das informações clínicas e
biológicas de cada indivíduo, o processo de diagnóstico do TEA pode ser um
desafio e requer um tempo considerável para ser conduzido de maneira
precisa e completa.

O tempo médio para avaliação e diagnóstico do TEA pode variar


significativamente dependendo de diversos fatores, incluindo a idade do
indivíduo, a complexidade dos sintomas, a disponibilidade de especialistas e
recursos, bem como os protocolos de avaliação específicos adotados. No
entanto, é importante entender que um diagnóstico abrangente e preciso do
TEA não deve ser apressado, pois envolve várias etapas e profissionais
especializados.

Em muitos casos, o processo de avaliação pode levar várias semanas a alguns


meses, ou até mais, para ser concluído. Aqui estão alguns fatores que
contribuem para a duração do processo:

1. Entrevistas e Coleta de Histórico: A coleta de informações detalhadas


sobre o histórico de desenvolvimento, comportamento e experiências do
indivíduo é um processo crucial, e isso pode levar algumas sessões de
entrevistas.

2. Avaliações Especializadas: A avaliação por profissionais de diferentes


especialidades, como psicólogos, psiquiatras, neurologistas,
fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, pode ser necessária para uma
visão abrangente das características do indivíduo.

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3. Testes Psicológicos e Neuropsicológicos: A aplicação de testes
padronizados para avaliar habilidades cognitivas, habilidades sociais e
comportamentais, entre outros aspectos, pode exigir sessões separadas.

4. Observação em Diferentes Contextos: Observar o indivíduo em


diferentes ambientes e situações sociais pode ser necessário para
entender como suas características se manifestam em diferentes
contextos.

5. Análise e Discussão de Resultados: A equipe multidisciplinar deve


reunir todas as informações coletadas para discutir os resultados e chegar
a um diagnóstico conjunto.

6. Plano de Intervenção: Após o diagnóstico, a elaboração de um plano de


intervenção personalizado também requer tempo e cuidado para
determinar as melhores abordagens terapêuticas.

Em média, o processo de avaliação e diagnóstico do TEA pode levar de três a


seis meses, mas é importante lembrar que esse é apenas um ponto de
referência geral e que a duração real pode variar. É fundamental garantir que
todos os aspectos do diagnóstico sejam minuciosamente abordados para
garantir uma compreensão completa das necessidades do indivíduo e para
estabelecer um plano de intervenção eficaz.

USER
É fundamental garantir que todos os aspectos do diagnóstico sejam
minuciosamente abordados para garantir uma compreensão completa das
necessidades do indivíduo e para estabelecer um plano de intervenção eficaz.
Esta sua observação me chamou atenção para a importância de adoção e
elaboração de uma estratégia que supere essas questões fundamentais. O que
me diz sobre o desenvolvimento de um prontuário eletrônico adaptado para
esse tipo de avaliação?!

ASSISTANT
A adoção e desenvolvimento de um prontuário eletrônico adaptado para a
avaliação e intervenção no transtorno do espectro autista (TEA) é uma ideia
promissora e coerente com a necessidade de abordar de forma minuciosa e
eficiente todos os aspectos relevantes para um diagnóstico preciso e um plano
de intervenção bem-sucedido. Um prontuário eletrônico adequado pode trazer

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uma série de benefícios significativos para a abordagem clínica do TEA:

1. Centralização de Informações: Um prontuário eletrônico permite


centralizar todas as informações clínicas, históricos, resultados de testes
e avaliações em um único local. Isso facilita o acesso a informações
completas e atualizadas sobre o indivíduo, tornando o processo de
avaliação e intervenção mais eficiente.

2. Registro Detalhado: Um prontuário eletrônico pode oferecer campos


específicos para registrar detalhes relevantes, como histórico de
desenvolvimento, características comportamentais, respostas a estímulos
sensoriais, habilidades sociais e de comunicação, entre outros. Isso
permite uma documentação detalhada e precisa.

3. Acesso Colaborativo: Uma equipe multidisciplinar pode colaborar de


forma mais eficaz ao compartilhar e acessar informações no prontuário
eletrônico. Isso promove uma abordagem integrada e coesa para a
avaliação e intervenção.

4. Análise de Dados: A coleta e o armazenamento eletrônico de


informações podem facilitar a análise de dados ao longo do tempo. Isso
pode ajudar a identificar padrões, mudanças no comportamento e
progresso, contribuindo para uma avaliação mais precisa da eficácia das
intervenções.

5. Customização e Adaptação: Um prontuário eletrônico adaptado para o


TEA pode oferecer campos específicos que atendam às necessidades
particulares dessa população. Isso inclui a capacidade de registrar
informações sobre desafios sensoriais, padrões de comunicação e
interações sociais.

6. Privacidade e Segurança: Os prontuários eletrônicos podem ser


projetados para atender a requisitos rigorosos de segurança e privacidade
de dados, garantindo que as informações sensíveis estejam protegidas.

7. Apoio a Decisões Clínicas: Um sistema de prontuário eletrônico pode


incorporar recursos que auxiliem os profissionais na tomada de decisões
clínicas, fornecendo insights com base em dados registrados.

8. Acompanhamento de Longo Prazo: Um prontuário eletrônico permite


o acompanhamento contínuo do indivíduo ao longo do tempo,
registrando mudanças, progresso e eventuais desafios.

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No entanto, é importante destacar que a implementação de um prontuário
eletrônico adaptado para o TEA requer cuidados significativos. A interface
deve ser intuitiva e amigável para profissionais de diferentes especialidades, e
a segurança dos dados deve ser uma prioridade. Além disso, é crucial
considerar a privacidade do paciente e cumprir regulamentos de proteção de
dados.

Em resumo, o desenvolvimento de um prontuário eletrônico adaptado pode


ser uma ferramenta valiosa para otimizar a abordagem clínica e a gestão de
informações no contexto do TEA, promovendo uma avaliação abrangente e
uma intervenção eficaz.

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