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HISTÓRIA DO
DIREITO
PORTUGUÊS
Frequencia – 23.05.2023
•Direito visigótico
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HISTÓRIA DIREITO PORTUGUÊS
ANO LECTIVO 2022/23
Regência Susana Videira
Eduardo Magalhães Santos
Leis dos Visigodos: Estiveram na Península Ibérica durante séculos até às invasões
muçulmanas.
★ Breviário de Alarico (506): Tem como fontes constituições imperiais retiradas dos
Códigos Teodosiano, Hermogeniano e Gregoriano e das novelas de vários
imperadores.
O CÓDIGO VISIGÓTICO
Representa o términus da evolução legislativa do reino visigodo, surgindo como uma
transição entre as fórmulas e o rigorismo do direito romano e os costumes próprios
do povo godo, consagrando, porém, em certos aspectos, o triunfo legal do direito
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SÉC XIII
Cúria de 1211: A penetração do direito canónico era tal que houve necessidade de
hierarquizá-lo em relação ao direito do rei.
Estabeleceu-se a prevalência do Direito canónico, o que contribuiu para a supremacia
eclesiástica, traduzida na superioridade das normas jurídicas da Igreja sobre os vários
monarcas.
O direito canónico penetrou e foi recebido na Península Ibérica desde os seus inícios.
Situando-nos apenas nos tempos imediatamente anteriores à fundação da
nacionalidade, podemos assinalar mais de um documento em que se refere o direito
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Cúria de 1211: A penetração do direito canónico era tal que houve necessidade de
hierarquizá-lo em relação ao direito do rei. Estabeleceu-se a prevalência do direito
canónico, o que contribuiu para a supremacia eclesiástica, traduzida na superioridade
das normas jurídicas da Igreja sobre os vários monarcas.
1357 D. Pedro (beneplácito régio) → cerca de 150 anos depois, das decisões da Cúria
de Coimbra, de uma hierarquia superior do direito eclesiástico. Em D. Pedro
encontramos a introdução de um instituto que procura equilibrar esta relação.
★ Prof. Braga Cruz: A palavra utilizada no documento é “decreitos”, o que pode tanto
querer dizer “lei” como “regalias/privilégios”. Este professor, contrariamente à
doutrina maioritária, não retira da Cúria uma subordinação absoluta da lei ao direito
canónico, mas sim que que as leis pátrias só não valeriam contra os cânones que
estabelecessem especiais privilégios em favor da Igreja.
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Direito Canónico como Direito Subsidiária: Mais tarde, o direito canónico foi relegado
para a posição de direito subsidiário, ou seja, apenas aplicável quando faltasse o
direito nacional, entrando em concorrência, nesse caso, com o direito romano ou
imperial.
Estilo: Vem dizer que o estilo tem servido para se falsear e fraudar a lei do reino, algo
que não pode ser admitido. Assim, estabelece que o estilo da corte deve ser somente
considerado aqueles que se encontre estabelecido e aprovado por assento na casa da
suplicação (só este é que pode ser invocado)
Costume: Vem introduzir três requisitos para que o costume possa vigorar: ser
conforme a boa razão (razão humana jusnaturalista), não ser contrário à lei e ser tão
antigo que exceda o tempo de 100 anos17.
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★ Nova Aplicação: O direito romano só se pode aplicar quando for conforme à boa
razão (esta passa a ser um critério de seleção).
Determina a utilização, também de novos critérios de racionalidade e actualidade que
tem de ir em conformidade com o direito natural, o direito divino e o direito das gentes
(clara influência do usus modernus pandectarum)
★ Interpretação: Passa a ficar vedada que a interpretação tome como base este
direito, pois é considerado que isso ia impedir o sossego público e a própria segurança
jurídica e que, por isso, não podia continuar. Depoisdesta proibição e de todas estas
críticas, vamos encontrar um espírito muito pragmático do legislador que vai permitir
que estas interpretações continuem a ocorrer, desde que se deduzisse do espírito da
lei, devido ao facto de esta ser já uma prática completamente consolidada.
Leis das Nações Cristãs Iluminadas e Polidas: Introdução de uma nova fonte de direito
subsidiário, pois é mais racional recorrer a estas leis das nações cristãs iluminadas e
polidas do que recorrer ao direito romano, que já estaria desatualizado, no que se
reportasse a matérias políticas, económicas, mercantis (comerciais) e marítimas,
quando o direito pátrio estivesse em falta. Este é um critério muito amplo, dando uma
grande margem aos juízes, pois também havia discussão relativamente a quais as
nações passíveis de ser consideradas “iluminadas e polidas” e quais as leis corretas
para aplicar dentro dessas.
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Assentos: Regula com muito pormenor como é que eles deviam surgir, ser elaborados
e aprovados. Cria também uma nova forma de produção de assentos que surgiria da
existência de uma opinião divergente dos advogados das partes relativa ao conteúdo
de uma lei, em que o juiz devia suscitar a intervenção da casa da suplicação para se
emitir um assento interpretativo. Acentua a exigência de publicidade dos acentos e a
sua natureza geral e vinculativa, dando-lhes o mesmo valor que as leis régias, tendo
como objetivo interpretá-las. Explica a razão pela qual os tribunais da Relação do
Porto, da Bahia, do Rio de Janeiro e de Goa não estão habilitados para emitir os
assentos que, por costume contra legem, emitiam, reservando esta faculdade para,
exclusivamente, a Casa da Suplicação. Assim, as interpretações feitas nestes
tribunais, para se tornarem vinculativas, tinham de ser aprovadas pela casa da justiça.
IDEIA
Objetivo: A vontade de reforma partiu diretamente do Marquês de Pombal que
pretendia, com ela, por fim ao domínio dos Jesuítas do ensino em geral e, em especial,
das Universidades de Coimbra e Évora.
Luís Verney: Esta reforma insere-se numa reforma mais vasta que nem começou pelo
ensino universitário e que foi defendida por Luís Verney, este que preconizava, para o
ensino do direito, um método de ensino sintético e compendiário que compreendesse o
estudo histórico-jurídico, do direito pátrio.
PROCESSO
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Reforma do Corpo Docente: Para além da reforma dos estatutos, vai também haver
reforma do corpo docente já que são despedidos os professores anteriores e
contratados novos professores, pois esperava-se que assim seria possível o
cumprimento do novo programa de ensino.
Formação Prévia dos Estudantes: A reforma vai exigir uma sólida formação prévia dos
seus estudantes (têm de aprender latim, retórica, lógica, metafísica, ética, grego,...).
Questão da Unificação dos Dois Cursos: Foi levantada a questão sobre a possível
unificação dos dois cursos (cânones e das leis), todavia eles mantiveram-se
separados, só muito mais tarde, em 1836, com uma nova reforma do ensino, é que se
vai fazer a unificação dos cursos jurídicos, pois passamos a ter só uma faculdade de
direito.
★ Faculdade de Leis: Vai ser introduzida a História do Direito, duas cadeiras sintéticas
de Direito Romano e uma terceira de Direito Pátrio e duas cadeiras analíticas que
serão de direito civil romano e direito prático.
Métodos: O método a ser seguido deve ser o método sintético das lições públicas,
dando-se primeiro as divisões e definições da matéria e, depois de adquiridos esses
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★ Método Sintético-Demonstrativo-Compendiário:
○ Compendiário por causa dos manuais (compêndios que cada professor deveria
fazer) que deviam ser seguidos em tudo.
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nações cristãs iluminadas e polidas, será apenas aquele que continua fazer sentido ter
aplicabilidade.
○ Método Utilizado: Assim, vai se escolher outro método mais fácil que vai consistir
em ir ver qual foi o uso moderno do direito romano que as tais nações cristãs
iluminadas e polidas pela europa fazem e, assim como elas fizerem, também Portugal
fará - irá ver o que outros já fizeram.
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Esta Lei veio assim consagrar as bases principais da legislação portuguesa e revela
uma profunda influência racionalista ao sujeitar a validade de qualquer fonte de
direito, incluindo o costume, ao critério da conformidade à Boa Razão.
o Estatui expressamente que o costume teria de estar conforme à boa razão, não
contrariar a lei e ter mais de 100 anos;
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★ Encarregues da Reforma: Iria ser feita por uma junta de 5 ministros nomeada pela
rainha auxiliada por 10 juristas
★ Objetivo: Rever as ordenações, não abolir ou reformar por completo, mas procurar
saber quais as leis antiquadas, as que estavam revogadas, as que na prática forense
sofressem de diferença de opiniões e as que pediam reforma e inovação para, a
seguir, a junta, com os seus tais colaboradores, trabalhar em cada um dos livros das
ordenações.
★ Trabalho da Junta: Apesar de ter sido nomeada em 1778, não fez nada nos anos que
se seguiram
Prof. Mello Freire: Professor universitário de direito civil em Coimbra que, ao contrário
da maioria dos professores, vai, efetivamente, cumprir com os estatutos e elaborar
dois manuais, defendendo as ideias do Humanitarismo. Em 1783 D. Maria vai nomeá-lo
para ficar encarregue da reforma de dois livros das ordenações (o livro II e o V), algo
que ele vai concluir em 1789.
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○ Direito Criminal: Mello Freire e Ribeiro dos Santos tinham posições próximas,
contudo Ribeiro dos Santos, humanitarista e primeiro defensor da abolição da pena de
morte em Portugal, vai muito criticar Mello Freire porque diz que este mantém no
código de direito criminal direito antigo que já não é admissível e que tem de acabar,
apontando as próprias considerações entre o compêndio de Mello Freire e o projeto
que ele apresenta.
○ Livro II: Mello Freire vai defender uma monarquia absoluta muito na linha do
despotismo esclarecido, algo que vai ser criticado por Ribeiro dos Santos que
preconizava algo como uma monarquia limitada, tal como a falta das leis
fundamentais.
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instaurar por quase toda a Europa e também em Portugal, ainda que, no nosso país,
tenha sido um período muito conturbado.
★ Constituição de 1822: Vai ser a porta de entrada para outras alterações que se vão
fazer sentir no nosso código.
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○ Contexto: Depois da revolta fracassada de Gomes Freire em 1817 que matou uma
série de oficiais ingleses, começou a revolução liberal que, dirigida por liberais e
democratas radicais (“Sinédrio”), pretendia pôr fim ao absolutismo e ao protetorado
britânico. Depois da tentativa falhada de impôr a Constituição de Cádis, foram eleitas
Cortes Extraordinárias Constituintes para fazer a 1ª Constituição Portuguesa.
○ Vigência: 1 ano devido à revolta da “Vila Francada”, encabeçada por D. Miguel e que
levou a um regresso fugaz às Leis Tradicionais do Reino. A divisão política também
não favoreceu (liberal/radical-democrata) a longevidade da Constituição.
★ Constituição de 1826:
■ 1826-1828: Desde que a Constituição é outorgada até que o Regente D. Miguel se faz
aclamar Rei de Portugal, sendo reimpostas as “Leis Fundamentais” que vigoraram
durante toda a guerra civil entre liberais e absolutistas
■ 1842-1910: Começa com o triunfo do golpe de Estado dos cartistas liderados por
Costa Cabral com a conivência da
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CODIFICAÇÃO
Vai ser um processo essencialmente do liberalismo, todavia existem alguns exemplos
de códigos anteriores ao liberalismo que já podem receber este nome, alguns são
chamados de "códigos de transição”. O Código Francês de 1804 vai ter uma influência
enorme em todos os processos de codificação. Todavia, o nosso processo de
codificação foi muito diferente e mais lento, tendo os códigos demorado ainda a ser
aprovados.
★ Autores: Correia Telles, Borges Carneiro, Coelho da Rocha, Vicente Ferrer de Paiva,
Luís Teixeira e José Dias Ferreira.
Método:
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★ Texto: Pretende-se que o código seja um texto sistemático, bem organizado, mas
também, um texto simples e acessível a todos, daí utilizar uma linguagem passível de
ser entendível por todos.
★ Revogação das Ordenações: Com a entrada em vigor dos Códigos, tudo o que está
para trás é revogado, todavia, isso não significa que as soluções adotadas não sejam
as anteriores, muitas das soluções são as mesmas já antes previstas.
Estado: Esta era uma tarefa que cabia ao Estado, que estava agora muito mais
legitimado por ter por trás uma vontade democrática vinda de uma assembleia que
representava o povo, apesar de todas as limitações existentes à “democracia”.
★ Lei: Deixa de ser a expressão do rei, uma só pessoa, para ser a expressão da
própria vontade popular, passando a ter outra força e tornando mais difícil até para os
próprios juristas pôr em causa a vontade do povo.
Influência Francesa: Na altura das invasões francesas, França vai ocupar vários
territórios e tentar impor o seu direito, daí que o Código de 1804 tenha servido de
modelo para tantos outros Códigos de outros países.
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A sua influência em Portugal vai se fazer sentir antes de haverem mesmo códigos,
pelo que se vai refletir na pré-codificação doutrinária
★ Lapso Temporal: Vai se prolongar durante o séc. XIX com momentos muito
diferentes, começando logo com o Código Civil, mas vai mudando e evoluindo.
★ Primeiro Momento: No início diz que está muito agarrada aos textos, pois que neste
está o direito natural positivado, sendo isso o que eles querem ensinar. Momento de
fascínio pelos códigos.
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★ 1842: Novo código de Costa Cabral que vai ser centralizador novamente e estar em
vigor até 1878
★ 1896: Novo código que, pela primeira vez, continua a ser centralizador, nunca tinha
acontecido isto, tinha sido sempre pendular.
Direito Penal: Era necessário introduzir modificações. As primeiras vão surgir não de
um novo código penal, mas sim dos textos constitucionais através dos princípios
introduzidos.
★ 1845: Nomeação de uma comissão para elaborar o código civil e o código penal,
mas acabou por ser desonerada da tarefa do código civil, tendo apenas feito o penal.
★ 1852: Surge um código penal que foi logo muito criticado pelo grande penalista
portugues do séc. XIX, Levy Maria Jordão que considerou que o código já estava muito
desatualizado, o que levou à formação de uma nova comissão, que ele próprio
secretaria.
★ 1861: Conclusão do novo projeto do código penal da comissão de Levy
★ 1864: Publicação do projeto, mas que nunca chega a entrar em vigor.
★ 1867: Transformação muito importante no direito penal, que não se dá através de
um código. Vai ser uma reforma penal e processual que, entre várias coisas, vai abolir
a pena de morte para os crimes civis, dado que a abolição para os crimes políticos já
era anterior (1852), fruto de um ato adicional à carta (equivalente a uma atual revisao
constitucional).
★ 1884: Reforma do código
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★ 1886: Surge um novo código penal que, em algumas coisas, vai repetir o de 1852.
Este código vai ter uma longuíssima vigência (praticamente 100 anos), ainda que vá
sofrendo múltiplas alterações.
★ 1982: Publicação do terceiro código penal portugues.
Direito Comercial: No direito civil em si, vamos ter o código comercial, muito precoce
em relação aos outros
★ 1833: Surge o código comercial pela autoria de Ferreira Borges, sendo este homem
muito conhecedor das matérias do comércio das leis dos outros países.
○ Razão da Precocidade: Este código surgiu muito antes do código civil pois esta era
uma matéria que não estava tão sujeita à pressão de todo um ensino anterior que o
direito civil tinha e que, por isso, era preciso alterar com cuidado. Para além disso,
este é um direito que esteve sempre um bocadinho à parte, às vezes até um pouco
desprezado pelos juristas e era, ainda, uma área que interessava muito àqueles que
estavam por detrás da revolução liberal (burguesia).
★ 1888: Substituição pelo código Veiga Beirão, muito inspirado no código italiano de
1882 e bastante diferente do anterior, até a nível de estrutura. Deste código ainda
estão em vigor 275 artigos de 749, alguns com muitas alterações.
Direito Civil:
★ 1867: Aprovação do Código Civil, projeto de António Luís de Seabra, pela carta
de lei de 1 de julho de 1867, não para entrar em vigor de imediato, mas sim no ano
seguinte, tal como ocorreu com o nosso código atual, que apesar de ser de 1966,
só entrou em vigor em 1967. Este código vai ser fortemente influenciado pelo
modelo codificador francês, mas também vamos ver da parte de Seabra um esforço
para inovar, por exemplo na parte da sistemática, pois no lapso temporal entre o
francês e português já houve espaço para alguma reflexão e crítica do código,
todavia isso não significa que o nosso código não se insira no panorama francês da
codificação.
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Escola Histórica: A escola histórica vai ser uma escola que surge também no séc. XIX
ao lado da escola da exegese, mas um pouco mais tarde com o ensino de Savigny.
★ Código Alemão (BGB): Influenciado por esta escola, vai ser muito mais complexo do
que os códigos de origem francesa, apresentando um paradoxo, ao mesmo tempo que
vai querer refletir a ideia de Savigny de direito igual para todos e espírito da
comunidade, vai querer respeitar os direitos locais de cada povo, daí que se vá ver que
vai ser subsidiário em alguns pontos ao direito já existente dos estados. Vai influenciar
toda a segunda vaga de códigos.
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Pequena revisão.
3 Características essenciais
Partes especiais, de tal maneira que, se algo faltar na parte especial, sempre se pode
recorrer à parte geral (como se fosse o espírito do sistema, onde se encontram
princípios, regras de interpretação...) pode faltar algo da parte especial, mas não na
parte geral. Cria a ideia de completude.
1836 - Código Administrativo; (Isto vai ser demonstrado como um erro) - Surge na
expectativa de consolidar/estabilizar a administração do Estado).
No séc. XIX, Portugal teve à volta de 7 códigos administrativos, cerca de 1 por década;
1. 1936 - Código Silva Passos - Liberal;
2. 1842 - Código Costa Cabral;
3. 1867 - Lei Martens Ferrão; com alteração em 1870 (mudando o código na totalidade);
4. 1878 - Código de Rodrigo e Sampaio;
5. 1886 - Código Luciano de Castro;
6. 1896 - Código João Franco;
7. 1936 - Código Marcello Caetano;
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1852 - Código do Direito Penal (3º código a aparecer) - este código precisa de ser
complementado, com outra parte (uma lei) que é a lei de 1867, a chamada “reforma nas
pena das prisões", que modifica consideravelmente o código. Por isso em 1886, vai
haver uma consolidação legislativa, que é (juntar o código de 1852 + 1867 + 1884 →
numa única lei) em rigor é o mesmo código, mas “restaurado”, por isso não é
considerado um novo código.
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Advém aqui um problema (do código por ser individualista) é que certos temas ficaram
de fora do código.
O facto de ter uma duração alongada de aplicação, é uma evidência da sua qualidade.
Direitos que ficaram de fora do código;
● Bom Nome;
● Imagem;
● Defesa do Património;
● Fundações;
● Abuso de Direito;
● Negócios Jurídicos Unilaterais;
● Contratos de Adesão;
● Direito de Superfície;
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