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A autora é genitora das crianças, cabendo a esta prestar

cuidados em face dos filhos menores, sobretudo em razão do exercício do


poder familiar, nos termos do Código Civil.

Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a


sua situação conjugal, o pleno exercício do poder
familiar, que consiste em, quanto aos filhos:

I - dirigir-lhes a criação e a educação;


II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos
termos do art. 1.584;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para
casarem;
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para
viajarem ao exterior;
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para
mudarem sua residência permanente para outro
Município;
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento
autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o
sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os
16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los,
após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-
lhes o consentimento;
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os
serviços próprios de sua idade e condição

Não há razões fáticas e jurídicas que justifiquem o


impedimento de retorno de Vitor e Levy ao lar, sobretudo porque não há
nenhum fundamento as alegações do genitor, então não há justificativa
para retirar a menor do lar em que recebe amor, carinho e cuidado desde o
seu nascimento

Resta claro que, em atenção ao princípio do melhor interesse


do infante, a medida ora requerida é a que mais atende aos seus interesses,
pois as crianças estão sendo impedidas de conviverem com sua mãe.
IV. DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR DE URGÊNCIA

O Código de Processo Civil prevê mecanismos de concessão


de medida liminar de urgência para os casos em que há clara
probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado processo,
conforme disposto no artigo 300.

Art. 300. A tutela de urgência será concedida


quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo.
[...]
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida
liminarmente ou após justificação prévia.

§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não


será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Em face do exposto, faz-se necessária a concessão da medida


liminar, com fulcro na configuração do "fumus boni juris" e do
"periculum in mora".

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