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Clima Organizacional
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Introdução
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Enquadramento Teórico
Comunicação Organizacional
A comunicação organizacional compreende todo o tipo de interações dentro de uma
empresa ou organização - comunicação interna - ou entre a mesma e o exterior – comunicação
externa. É essencial para transmitir informação entre os profissionais da empresa, seja no seio
de uma equipa de trabalho (comunicação horizontal), seja para comunicar entre níveis de
subordinação diferentes (comunicação ascendente ou descendente) ou então estabelecer
contacto com potenciais parceiros institucionais e promover a boa colaboração entre as partes
(Leite, 2006).
Facilmente se percebe que uma boa comunicação organizacional valoriza todo o
trabalho e estrutura da empresa, buscando o envolvimento dos funcionários nos processos de
negócio e promovendo o alinhamento estratégico. Desta forma, a empresa salvaguarda os
seus interesses e o alcance dos objetivos organizacionais.
Um dos principais problemas associados à comunicação organizacional prende-se com
a má gestão de informação transmitida pela direção, bem como a fundação de objetivos para a
instituição. A solução implica uma mudança, que pode passar por ser a nível estrutural mas
essencialmente envolvendo uma comunicação estrategicamente planeada, obtendo maior
informação sobre o estado atual da empresa e facilitando a decisão por um rumo mais
promissor (Gomes, 2009).
Sendo assim, comprova-se a real importância da comunicação organizacional no seio
de uma organização, já referida como comunicação interna. Quanto mais aberta, transparente
e desenvolvida estiver a comunicação interna de uma empresa, mais potencializa os Recursos
Humanos disponíveis.
Em primeiro lugar, a informação fornecida pela direção deve chegar em tempo útil aos
subordinados e/ou parceiros, promovendo a rápida e eficaz interação entre os empregados;
por outro lado, também o feedback enviado pelos funcionários deverá ser bem analisada pela
direção uma vez que ninguém melhor que os empregados para registar e informar sobre a
situação interna da empresa. Deste modo, é de extrema importância manter ambas as partes
(direção e subordinados) informadas para promover o bom clima organizacional que, por
consequência, acaba por funcionar como uma estratégia de marketing, fazendo a ligação à
comunicação externa (Rego, Pina e Cunha, Gomes, Cabral-Cardoso, Marques, & Cunha, 2008).
A comunicação externa prende-se com as relações externas da empresa e com as
estratégias de exposição da mesma, passando pela publicidade e pela escolha dos media mais
adequados à sua área. No fundo, a comunicação externa deve transmitir e defender os
objetivos da empresa junto do público-alvo e restantes stakeholders.
Finalizando, em registo de conclusão, a empresa deve implementar uma comunicação
organizacional bem estruturada, apoiada nos serviços de transmissão de informação que
entenderem, se forem eficientes (jornais, murais, intranet, etc.), com o intuito de promover os
pontos anteriores. Partindo deste raciocínio e definindo uma estratégia cumpridora e prática,
a empresa funcionará melhor como organização, chegando a todos dentro da mesma e
defendendo os objetivos da mesma.
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Convocatória
As convocatórias são o meio através do qual se comunica e convida os intervenientes
de uma reunião à sua participação na mesma, logo, o seu objetivo é oficializar a marcação de
reuniões (Textos Oficiais de Comunicação, 2009).
A convocatória deve ser divulgada até 48 horas antes da realização da reunião. A
definição deste prazo tem como objetivo o conhecimento atempado da realização da reunião
por todos os interessados (Textos Oficiais de Comunicação, 2009).
Na convocatória devem constar informações relativas:
- Nome da empresa;
- O dia, a hora e o local da reunião;
- O tipo de sessão ou reunião - ordinária ou extraordinária;
- A data da elaboração da convocatória;
- A respetiva ordem de trabalhos;
- A pessoa que a emite e o seu cargo;
- A assinatura desta mesma pessoa.
Ata
As atas são registos escritos nos quais constam o relato resumido e claro das
deliberações, resoluções e decisões ocorridas numa reunião. Como tal, estas devem conter
tudo o que foi dito, sugerido e decidido pelos intervenientes. As atas são o único meio
probatório dos factos debatidos e das condições acordadas em conjunto (Direção Regional da
Educação).
Uma ata é redigida pelo secretário da reunião, que fora previamente nomeado para o
efeito, e organiza-se segundo a sequência pela qual foi tratada a ordem de trabalhos na
reunião. Depois de aprovada, a ata deve ser assinada pelo presidente e secretário da reunião,
tal como por todos os presentes.
Estas não devem conter rasuras e nem intervalos em branco, estes devem ser
trancados com uma linha contínua e as datas e números devem ser escritos por extenso.
Tendo em conta que as atas são um documento de memória escrita do sucedido numa
reunião, a sua importância prende-se com o facto de as deliberações ficarem registadas por
escrito, o que possibilita uma posterior consulta. Isto é benéfico quando, por exemplo, um
elemento que fora convocado não pôde estar presente e tem aí a oportunidade de ser
conhecedor dos assuntos debatidos na reunião ou como guia para futura monitorização e
acompanhamento da execução das decisões (Direção Regional da Educação).
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Condução da Reunião
O sucesso de uma reunião está diretamente relacionado com a forma como a mesma é
conduzida. A condução de uma reunião proporciona a obtenção dos resultados pretendidos e
uma gestão do tempo eficaz.
Para tal, o presidente ou moderador deve iniciar a reunião à hora marcada, dar as boas
vindas a todos os presentes e agradecer o tempo disponibilizado pelos mesmos.
Para além disso, deve apresentar os objetivos da reunião e a duração prevista para a
sua concretização. Deverá indicar também o secretário da reunião (o responsável pela
elaboração da ata) (Ministério da Educação).
Ao presidente ou moderador cabe também a gestão do tempo, de modo a evitar
desvios à ordem de trabalhos, promover o dinamismo na reunião e assegurar que são tomadas
todas as decisões necessárias.
Como conclusão deve fazer um balanço dos aspetos positivos, bem como das
divergências e obstáculos a superar. Deve ainda definir prazos e responsabilidades futuras,
caso necessário.
Para finalizar agradece a presença e a participação.
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Convocatória
À Medida, Lda.
A Presidente,
Ana Catarina Almeida Pontes
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Descrição da reunião
A identificação prévia dos recursos a utilizar numa reunião é essencial dado que
permite uma preparação atempada dos intervenientes, do espaço e dos meios a utilizar.
Portanto, os recursos a utilizar, nesta reunião, são:
Dois computadores equipados com webcam e Skype;
Mesa;
Cadeiras;
Documentos necessários;
Garrafas de água.
Para uma gestão eficaz do tempo das reuniões deve-se estipular uma duração prevista
para estas assim como controlar o tempo durante a sua realização. No caso apresentado, a
duração estabelecida é de 15 minutos.
Na condução de uma reunião é indispensável a adoção de boas práticas que
promovam um ambiente adequado à sua realização. Para tal deve fomentar-se a participação,
o dinamismo e a ordem. Este papel cabe a quem preside a reunião ou ao moderador.
Durante uma reunião o moderador deve-se guiar segundo os seguintes tópicos:
-Pontualidade;
- Apresentar os objetivos de forma clara;
- Assegurar uma discussão eficaz;
- Estabelecer conclusões;
- Garantir a aceitação e o compromisso;
- Valorizar as respostas obtidas, reforçando os aspetos positivos;
- Reformular questões;
- Fazer resumos com frequência;
- Articular bem;
- Variar o ritmo e a entoação evitando a monotonia;
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- Suscitar feedback com regularidade;
- Criar ambiente de empatia;
- Evitar desvios do tema;
- Dar a oportunidade de participação a todos os elementos presentes;
- Gerir o tempo da reunião, dividindo-o tendo em conta os tópicos a abordar(Firmino).
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Ata
Ata número um
---------Aos trinta dias do mês de maio do ano de dois mil e doze, pelas quinze horas e trinta
minutos, decorreu na sala de reuniões número quatro das instalações da “À Medida, Lda.”, sito
na Rua Fernandes Tomás, número cinquenta e quatro, na freguesia de Santo Ildefonso no
Porto, com a presença da Presidente, da Diretora de Recursos Humanos da delegação do Porto
e da Diretora de Recursos Humanos da delegação de Lisboa da empresa “À Medida, Lda”, Dra.
Ana Pontes, Dra. Ana Flores e Dra. Rita Vieira, respetivamente. Numa ótica de poupança de
recursos, o método utilizado na presente reunião foi uma videoconferência visto que uma das
intervenientes desempenha funções na delegação de Lisboa.---------------------------------------------
--------A reunião decorreu com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto um – boas-vindas; Ponto
dois – discussão de atividades a desenvolver na “À Medida,Lda” referentes ao clima
organizacional; Ponto três - elaboração do plano de atividades; Ponto quatro – encerramento.-
Ponto um – a Presidente saúda os presentes e relembra os temas a abordar na reunião e o
objetivo da mesma.----------------------------------------------------------------------------------------------------
Ponto dois - De seguida, ocorreu uma troca de impressões sobre o ambiente organizacional já
existente em ambas as delegações, com o objetivo de criar práticas que promovam a
integração dos trabalhadores no negócio da “À Medida,Lda” e a deixá-los participar no
mesmo. Após este período introdutório, iniciou-se a exposição de ideias pela seguinte ordem:
A Directora de Recursos Humanos do Porto começou por dar a ideia de criar eventos de cariz
anual. Deu como exemplo, a realização de um jantar de Natal da empresa. Por sua vez, a
Diretora de Recursos Humanos de Lisboa acrescentou a atividade de organizar churrascos,
para os colaboradores e família, para comemorar o alcance de determinados objetivos e ainda
relatou uma atividade que é prática na Delegação de Lisboa que consiste numa reunião
semestral na qual os trabalhadores apresentam problemas, potencialidades ou necessidades
no desempenho das suas funções.--------------------------------------------------------------------------------
---------A Presidente adicionou a ideia de realizar sessões de ginástica laboral, com a justificação
de que se trata de um fábrica têxtil e que a repetição de movimentos é uma constante. Ideia
que foi imediatamente aprovada pela Diretora de Recursos Humanos de Lisboa. A Presidente
interviu novamente sugerindo a ideia “Um dia na função de…” que consiste num programa
que permite conhecer o quotidiano de outras funções de forma a observar as dificuldades que
os colaboradores enfrentam e entender como as atividades estão interligadas. Após a
exploração desta ideia por parte dos intervenientes, a Diretora de Recursos Humanos do Porto
concordou com a mesma, mas realçou o facto de esta atividade não poder influenciar o
processo produtivo e o normal funcionamento da organização, referindo que é importante ter
a consciência de que uma boa gestão do clima significa tomar iniciativas cujos resultados se
dão de forma sustentável ao longo do tempo. Contudo, a Presidente embora tenha
concordado com esta iniciativa, mostrou-se reticente quanto ao agendamento da mesma.A
Diretora de Recursos Humanos de Lisboa sugeriu ainda poderia ser desenvolvida uma
apresentação na qual a Presidente expusesse aos seus colaboradores no que é que consiste o
negócio, quais os fornecedores, clientes e o que fazer para que a relação perdure. A Presidente
demonstrou-se recetiva e a Diretora de Recursos Humanos do Porto acrescentou que esta
ação poderia chamar-se “Conhecendo o -negócio…”. -------------------------------------------------------
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Ponto três - Posteriormente, a Presidente fez uma síntese das atividades que pretendem
implementar, entre as quais: dois eventos (Jantar de Natal e Churrasco com a participação da
família); Ginástica Laboral e os projetos “Um dia na função de...” e “Conhecendo o Negócio.” E
ainda, relembrada pela Dra. Ana Flores, a realização de uma reunião semestralmente com a
colaboração dos trabalhadores da empresa “À Medida, Lda.”---------------------------------------------
Ponto quatro - Nada mais havendo a tratar, pelas quinze horas e quarenta cinco minutos,
deram-se por findos os trabalhos da reunião, da qual se elaborou a presente ata que, depois
de lida e aprovada, vai ser assinada pela Presidente da “À Medida,Lda” e por quem a
secretariou – Dra.Ana Flores. Como já referido anteriormente, um dos elementos
participantes, não se encontra presente, assim sendo, aprovará e assinará a ata após esta ser
enviada por correio registado e novamente reencaminhada.----------------------------------------------
A Presidente ------------------------------------------------------------------------
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Conclusão
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Referências Bibliográficas
Direção Regional da Educação. (s.d.). Critérios a considerar na elaboração de uma acta. Acesso
em 16 de Maio de 2012, disponível em Secretaria Regional da Educação e Ciência:
http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115151010600/documentos/actas/criterios.pdf
Rego, A., Pina e Cunha, M., Gomes, J., Cabral-Cardoso, C., Marques, C. A., & Cunha, R. C.
(2008). Manual do Capital Humano e Gestão de Pessoas. Lisboa: Edições Sílabo.
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Anexos
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Guião da Reunião
Presidente (P): Boa tarde, Dra. Ana Flores e Dra. Rita Vieira.
P: Como sabem, devido à convocatória que receberam, convoquei esta reunião com o objetivo
de trocar algumas impressões acerca das boas práticas relativas ao clima organizacional. A “À
Medida, Lda.” abriu à relativamente pouco tempo esta sucursal aqui no Porto e por isso
queremos implementar atividades que fomentem desde o início o bom clima organizacional.
Foi com esse objetivo que a convidei a participar nesta reunião¸ Dra. Rita, visto que queremos
conhecer as vossas práticas aí na delegação de Lisboa. Quem sabe não as adaptamos e
implementamos cá também!
Diretor de RH de Lisboa: Sim sim. É com todo o gosto que partilhamos convosco as nossas
práticas.
P: Nós temos a noção que um bom clima organizacional é essencial no alcance dos objetivos
estratégicos da organização.
Diretor de RH do Porto: Existem mesmo estudos comprovativos que confirmam que quanto
melhor o clima mais e melhores são os resultados atingidos.
DL: É precisamente nesse sentido que a nossa principal preocupação é que os nossos
colaboradores tenham uma relação alinhada com a estratégia do negócio. Logo por aí eles
sentem-se parte integrante da estrutura da empresa.
P: Sim, porque uma coisa é certa as práticas nem sempre são atividades. Têm de partir da
perceção que se tem de trabalhar para uma determinada empresa.
DL: Exatamente e é por isso mesmo que essa deve ser uma preocupação da gestão.
DP: Uma das atividades que temos em mente é criar eventos de cariz anual, por exemplo, o
jantar de natal da empresa.
DL: Sim, por norma, todas as empresas realizam este tipo de jantares, o que resulta sempre
bem visto que os trabalhadores abstraem-se do ambiente laboral e passam tempo de
qualidade.
DP: Exato, era precisamente esse o nosso objetivo: proporcionar aos nossos colaboradores um
momento de lazer.
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DL: Nós por aqui temos uma política que consiste em organizar churrascos, para os
colaboradores e família, para comemorar o alcance de determinados objetivos. Por exemplo, o
último churrasco que fizemos foi porque fabricamos mais de mil peças de um artigo sem
defeito num dia.
P: Ah, sim. O dinheiro investido nesses casos compensa posteriormente, porque gera um bom
ambiente logo maior motivação e por conseguinte produtividade.
DL: Ora bem… Nós, à cerca de um ano, implementamos uma iniciativa, que partiu de
colaboradores nossos, que consiste em realizar semestralmente uma reunião na qual os
trabalhadores apresentam problemas, potencialidades ou necessidades no desempenho das
suas funções.
DP: Pois, pois, porque essa é uma forma de promover a melhoria contínua quer da linha de
produção quer das relações de trabalho.
P: É uma ideia a ponderar, sem dúvida. Bem… Outra das ideias que nos surgiu foi realizar
sessões de ginástica laboral, visto que se trata de um fábrica têxtil e a repetição de
movimentos é uma constante.
P: Num seminário em que estive presente foi apresentado o programa “Um dia na função
de…”. Já ouviu falar, Dra. Rita?
P: Consiste num programa que permite conhecer o quotidiano de outras funções de forma a
observar as dificuldades que enfrentam e entender como as atividades estão interligadas.
DP: Sim sim. Já me tinha falado disso. Segundo a GRH é bastante interessante. Ao nível da
aplicação deve ser bem estruturado, de modo a não influenciar o processo produtivo e o
normal funcionamento.
DP: Sim, porque é importante ter a consciência de que uma boa gestão do clima significa
tomar iniciativas cujos resultados se dão de forma sustentável ao longo do tempo.
DL: Claro. Visto que a vossa delegação é nova também faria sentido o presidente expor a todos
os colaboradores em que consiste o negócio, quais os fornecedores e clientes e o que fazer
para que a relação perdure.
P: Concordo. Aqui a Dra. Ana depois trata dessa apresentação. No entanto temos de ver qual a
melhor data… Não vai ser fácil.
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DP: Essa apresentação podia chamar-se “Conhecendo o negócio…”
P: Ora bem, já temos várias iniciativas a levar a cabo, não é? O que me dizem de fazermos um
apanhado das que pretendemos implementar?
DL: Sim.
DP: Dra., não se esqueça que também decidimos realizar a tal reunião semestral que a Dra.
Rita sugeriu.
P: Ah, é verdade. Tem razão, obrigada. E penso que está tudo. A meu ver chegamos a um
consenso e o objetivo da reunião foi mais que atingido [diz sorrindo].
P: Agradeço a comparência de ambos, mesmo sem ser presencialmente. [Diz rindo.] A Dra.
Ana realizou a ata à medida que íamos reunindo e por isso a mesma será internamente
divulgada após assinaturas de todas as intervenientes. De seguida, ser-lhe-á enviada por
correio Dra. Rita.
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