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Introdução..................................................................................................................................................3
1. Referencial teórico...............................................................................................................................4
Conclusão................................................................................................................................................12
Referências bibliográficas......................................................................................................................13
Introdução
O presente trabalho enquadra-se na disciplina de Comportamento organizacional e tem como
tema Compreendendo as equipas de trabalho.
É neste contexto, que as equipas de trabalho, bem como a gestão do conhecimento aparecem
como resposta promissora aos problemas ou desafios que acontecem nas empresas/organizações.
Portanto, a reflexão sobre o tema proposto para esta pesquisa tem como objectivo geral:
compreender as equipas de trabalho. Por sua vez, este objectivo geral subdivide-se em três
objectivos específicos: 1) explicar o conceito de equipa e sua origem; 2) apresentar a estrutura e
tipos de trabalhos de equipa e; 3) abordar sobre o trabalho de equipa dentro das organizações,
descrevendo os aspectos os aspectos importantes e o papel do líder.
Como metodologia de pesquisa, para o presente estudo a base será a pesquisa bibliográfica,
suportada pelas técnicas de leitura e interpretação de conteúdos ligados ao tema em estudo.
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1. Referencial teórico
1.1. Definições e conceitos de equipas
Katzenbach e Smith (1993) cit. em Aleixo (2003), definem equipa como “um pequeno número
de pessoas com competências complementares que estão comprometidas com um propósito
comum, objectivos de desempenho e abordagem, para os quais se consideram mutuamente
responsáveis”.
Goldbarg (1995: 52) cit. em Aleixo (2003: 24), define equipa como sendo: “Um pequeno grupo
de pessoas com habilidades complementares que, comprometidas com um propósito comum,
coordenam esforços e responsabilidades de forma a perseguir uma missão.”
Numa outra abordagem, Tomelin (2001) cit. em Aleixo (2003), conceitua equipa, enfatizando
que alguns elementos são comuns e não há como se falar em equipas se não estiverem presentes:
pessoas, objectivos comuns e actuação conjunta.
Portanto, o que há de comum nas definições acima, é que os autores colocam três factores chave
na constituição de uma equipa: as competências, a responsabilidade e o compromisso.
As equipas têm como output resultados de desempenho, produto de trabalho colectivo e também
o crescimento pessoal dos seus elementos. Sem isso, a equipa poderá não ter o sucesso
pretendido.
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1.2. Origem das equipas de trabalho
As organizações tiveram que adaptar às mudanças a partir dos avanços tecnológicos da
comunicação assim como da concorrência económica. Em resposta a essa situação, afastaram-se
das estruturas organizacionais que obtinha o trabalho de forma lenta, rígida e começaram a
pensar em uma estrutura que teria responsabilidade pela tomada de decisão para realização de
tarefas a partir de equipas de trabalho (Muchinsky, 2004 cit. em Ávila e Couto, 2013).
Camargo e Oliveira (2010), entendem que diante a essas mudanças, as organizações buscam
resposta a partir de práticas que visam a melhoria do trabalho de forma efectiva e competitiva
para aquisição de maiores resultados. E para conseguir êxito as equipas precisam que todos os
integrantes estejam envolvidos no processo. “Num ambiente de negócios cada vez mais exigente,
passando por constantes mudanças, a colaboração intra e inter-organizacional tem sido mais e
mais importante” (Vasconcelos, 2001 cit. em Camargo; Oliveira, 2010: 2).
Através dessa nova estrutura, percebem-se vantagens que o movimento das organizações fazem
rumo à qualidade do trabalho despertando para unir os diferentes níveis de pessoas juntas em
equipa.
No mundo contemporâneo do trabalho existem três factores críticos segundo Muchinsky (2004)
cit. em Ávila e Couto (2013): a grande quantidade de informações e opções de conhecimentos, a
educação e treinamento dos gestores e as actividades de trabalho que estão mudando de forma
rápida. Daí que, o autor sustenta que o primeiro factor trata de informações advindas de diversas
pessoas que devem ser processadas a favor das questões do trabalho. O segundo, dos executores
que mostram-se mais qualificados e dispostos a atender às exigências do trabalho em equipa. E,
o terceiro factor, é que as equipas recebam e adaptem-se às condições de trabalho que estão
sempre em mudança.
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As equipes surgem a partir da necessidade de adaptação às mudanças do mundo moderno em
relação aos avanços da comunicação, da rapidez dos processos referente as actividades do
trabalho e ainda com a concorrência económica que exige cada vez mais que gestores estejam
treinados e capacitados.
O número ideal na composição de uma equipa, segundo sugestão de psicólogos, é entre cinco e
nove pessoas. Quando uma determinada tarefa exige que o número de pessoas seja maior, podem
ser enfrentadas algumas dificuldades internas de gestão ou de agenda. Ou seja, quanto maior o
tamanho da equipa maior também será a probabilidade de aparecerem problemas (Tanure; Evans
e Pucik, 2007 cit. em Ávila, 2013).
A diversidade que cada equipa apresenta é um tema importante para caracterizá-la como bem
sucedida. Portanto, como afirma Muchinsky, (2004) cit. em Ávila e Couto (2013: 7), “equipa
bem sucedida muitas vezes reúne suas experiências e seu conhecimento em um esforço
coordenado. A diversidade de valores reflecte diferenças mais fundamentais entre as pessoas, no
que se refere a gostos, preferências, metas e interesses”
Outro problema apresentado na formação do corpo de uma nova equipa são os componentes e
suas disposições para assumir objectivos e dividir as responsabilidades. O papel do líder é de
extrema importância na escolha das pessoas certas.
Uma equipa é composta de indivíduos que desempenham diferentes papéis e esses papéis são
definidos pela habilidade mental e personalidade de cada membro. Ainda, os indivíduos podem
desempenhar vários papéis de uma só vez (Muchinsky, 2004 cit. em Ávila e Couto, 2013). Neste
sentido, pode se dizer que a estrutura de uma equipa trata-se do número de pessoas que a compõe
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com diversidades de ideias, experiências e habilidades entre os membros que agrega valor ao
bom desempenho em uma determinada organização.
Nesse tipo de equipa o líder deve transferir a responsabilidade para os funcionários que executam
as tarefas e eles próprios realizam cuidam da gestão das acções.
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Essa equipa leva em consideração o que cada membro sugere ou opina para definir as possíveis
formas e processos de trabalho.
Portanto, esse tipo de equipa é composta por membros que se sobressaem e têm como objectivo
trabalhar na melhoria de todos os aspectos que interferem no desempenho da organização.
Ainda de acordo com o autor acima, essa equipa tem a intenção de solucionar uma missão
específica urgente. As acções podem ser a curto prazo ou resultar em procedimentos e acções
que poderão se estender por períodos de tempo maiores.
As equipas são formadas a partir de sua intenção inicial de conduta para cumprir determinada
tarefa ou trabalho. Cada uma delas apresenta tanto sua característica diferenciada quanto seu
papel relevante para o propósito específico.
É preciso ter confiança entre seus integrantes, pois a confiança é uma forma de crédito
depositado nas acções do outro. Ela é baseada nas expectativas de que os outros vão se
comportar com intenção de ajudar, de serem úteis e não prejudicar o trabalho como um todo
(Piancastelli; Faria e Silveira, 2011 cit. em Ávila e Couto, 2013).
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Para estes autores, a confiança está directamente ligada à disposição para colaborar e ser pró-
activo quando necessário e é fundamental para que o objectivo comum seja superado.
Ávila e Couto (2013), acrescentam que uma falha de comunicação pode comprometer a
realização dos processos que a envolvem. Em uma organização as pessoas que compõem a
equipa de trabalho devem comunicar-se para a transmissão de informações, o estabelecimento de
relacionamentos e para as tomadas de decisões.
Com a intenção de melhoria dos processos de trabalho é fundamental o feedback que é uma das
armas mais importantes no direcionamento correcto dos indivíduos da equipa, onde seus
membros dão e recebem feedback um dos outros. As barreiras de status e poder não podem ser
obstáculos para um feedback recíproco. Equipes vencedoras têm que partilhar as suas forças e
fraquezas (Muchinsky, 2004 cit. em Ávila e Couto, 2013).
Além da comunicação e feedback é preciso que os integrantes da organização tenham ética nas
relações pessoais e de trabalho agindo de forma correcta, sem prejudicar os outros. Na visão de
Vergara (2009) cit. em Ávila e Couto (2013), a ética tem lugar estratégico para alinhar os
envolvidos em um mesmo caminho. E é preciso trabalhar em função das necessidades da
organização respeitando as individualidades.
Para Chiavenato (2005), quando a própria equipa participa na organização de seu trabalho, induz
comportamentos produtivos e aumenta a motivação dos membros. Assim, o trabalho em equipa
se torna mais flexível e dinâmico, pois a equipa pode agilizar a execução do seu trabalho,
conhecendo melhor o que é requerido e aumentando a identificação com a tarefa a ser cumprida.
O que significa que para agregar valores institucionais cabe levar em consideração todos esses
aspectos mencionados: confiança, comunicação eficaz, feedbacks constantes, muita ética,
habilidades individuais e respeito que devem ser valorizadas sem desconsiderar que o trabalho da
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equipe é fundamentado em metas processuais. Pois, “esses aspectos são importantes entre os
membros para se chegar a intenção que é de desenvolver com eficácia o trabalho em equipa”
(Ávila e Couto, 2013: 14).
Para Fischer, Dutra e Amorim (2009) cit. em Ávila e Couto (2013), o trabalho em equipa de uma
organização é focado em produção, nos resultados. Os métodos, processos e normas da empresa
têm que ter acompanhamento constante, eliminando os erros e desvios de conduta e tendo
sempre a intenção de melhorar o trabalho a ser desenvolvido. Todavia, os autores consideram
que o principal desafio das organizações é rever os valores de gestão, percebendo e equilibrando
as prioridades organizacionais e qualidades pessoais. Esses dois factores devem se complementar
para proporcionar um ambiente de compromisso recíproco entre funcionário e os objectivos da
organização.
Em suma, a partir das abordagens referenciadas acima, pode-se compreender que o processo para
construção do trabalho em equipa se dá a partir de factores relevantes como confiança,
comunicação, feedbacks, ética e respeito na relação entre os membros, assim como, a
participação de todos envolvidos e valorização dos diferentes pontos de vista de cada integrante
da equipa.
Para o alcance dessas metas e objectivos de uma equipa é fundamental que haja um
entrosamento entre os membros. E, as pessoas responsáveis pela coordenação da mesma equipa
precisam desenvolver habilidades humanas para lidar com seus membros. Ainda, devem
respeitar e valorizar as capacidades de cada integrante (Chiavenato, 2005).
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isso, são factores indispensáveis: a visão ampla das actividades e objectivos, dedicação e a
integridade desses líderes (Chiavenato, 2005).
Segundo Chiavenato (2010), a equipa tem que ser incentivada constantemente em busca do
conhecimento, desenvolvimento pessoal e profissional, obtendo informações a serem
compartilhadas. A liderança tem seu lugar de destaque na influência das pessoas. Principalmente
a liderança democrática, em que o líder é mais participativo proporcionando à equipa o espaço
para a discussão de ideias e sugestões, descentralizando sua autoridade que já não é mais
compatível com a nova realidade estrutural das empresas.
Outro aspecto não menos importante que agrega valor ao líder é ser transparente e objectivo nas
acções propostas à equipa para conduzir o trabalho transmitindo confiança. Pois, como avança
Chiavenato (2005), para que uma equipa de trabalho se desenvolva bem, é preciso objectivos
claros e definidos; aceitar as diferentes formas de pensar entre o grupo para captar vários
aspectos envolvidos na tarefa e implicar que os membros da equipa trabalhem de forma completa
e absoluta,
Embora não seja tarefa fácil desenvolver o trabalho em equipa nas organizações, pois os
funcionários em qualquer organização mostram resistência a mudanças e acomodação por parte
dos processos já estabelecidos. O líder, porém, deve estar bastante atento para aproveitar as
qualidades de cada um de sua equipe, receber críticas, ser transparente e objectivo e ainda
incentivar a todos a fim de somar esforços e capacidades de encontro ao objectivo geral da
organização.
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Conclusão
Com o presente estudo pretendia-se compreender o trabalho de equipa, considerada uma área
fundamental para a gestão de pessoas nos diversos tipos de organização.
Por último, ficou claro que é sempre necessário analisar e rever as práticas actuais do trabalho
em equipa, de modo a optar por aquelas que atendam aos princípios de sistemas de sucesso,
considerando suas peculiaridades.
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Referências bibliográficas
Aleixo, A. I. S. (2003). Procedimentos para implantar equipes. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
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