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MAMEC – MANUAL DE MECÂNICOS R-35A/AM (Learjet 35)

CAPÍTULO 1

GENERALIDADES

I. DESCRIÇÃO GERAL

O VU-35A e o R-35A/AM são aeronaves metálicas, pressurizadas, de asas baixas


podendo acomodar até cinco passageiros e são aprovadas para operação sob quaisquer
condições atmosféricas a uma altitude máxima de 45.000 ft.
O trem de pouso é o tipo tríciclo escamoteável. Sendo que os trens principais possuem
conjuntos duplos e o trem do nariz possui apenas uma roda direcionável eletricamente.
O empuxo é fornecido por dois motores turbofan Garret TFE-731-2-2B, de 3500 Ibs de
empuxo cada, montados nas laterais da fuselagem. A aeronave possui "tip tanks", tanques
integrais nas asas e tanque na fuselagem traseira. Um sistema de alijamento de combustível está
instalado em cada "tip tank". Os ailerons, profundores e leme de direção são manualmente
operados através de cabos, polias, guinhóis e hastes.
Compensadores acionados eletricamente estão instalados no aileron esquerdo e no leme
de direção. O que permite compensação de rolamento e guinada, respectivamente. A
compensação de arfagem é conseguida através de um atuador de acionamento elétrico que varia
a incidência de todo o estabilizador horizontal
A aeronave possui "spoilers" instalados na superfície superior das asas, os quais auxiliam
no controle de velocidade. Além disso, podem ser usados como "spoilerons" para auxiliar os
ailerons no controle de rolamento.
O sistema elétrico consiste de: dois geradores DC instalados nos motores; duas
baterias e três inversores.
O sistema hidráulico utiliza duas bombas mecânicas acionadas pelos motores para
fornecer pressão hidráulica necessária ao acionamento do trem de pouso,
freios das rodas, flaps e "spollers/spoilerons”. Uma bomba auxiliar pode fornecer pressão
hidráulica para todos os sistemas (exceto "spoilers/spolierons"), em caso de falha do sistema
hidráulico normal.
Um sistema automático de oxigênio fornecerá oxigênio para os passageiros, no caso da
altitude da cabine atingir 14.000 ft.
Ar sangrado dos motores é usado para pressurização da cabine, aquecimento da cabine,
desembaçamento dos pára-brisas, aquecimento do bordo de ataque das asas, aquecimento do
bordo de ataque do estabilizador horizontal, aquecimento da nacele dos motores e pressurização
do reservatório hidráulico e de Álcool. O sistema de ar condicionado e pressurização dão conforto
aos passageiros até a altitude de 45.000 ft.
Os capítulos 5 até 12 do manual de manutenção do Learjet tratam de apoio de solo,
serviços de manutenção e cuidados gerais da aeronave. Eles cobrem os seguintes itens:

Capítulo 5- Limites de Tempo e Cheques de manutenção.

Capítulo 6- Áreas e Dimensões.

Capítulo 7- Suspensão e Escoramento.

Capítulo 8- Nivelamento e Pesagem.

Capítulo 9- Reboque e Táxi.

Capítulo 10- Estacionamento e Amarração.

Capítulo 11- Inscrições e Marcas.

Capítulo 12- Serviços de Manutenção.

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GENERALIDADES CAPÍTULO 01

Fig 1-1 Learjet 35A

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II. LIMITES DE TEMPO E CHEQUES DE MANUTENÇÃO


Esse capítulo é um guia para familiarizar o pessoal de manutenção e operação com o
programa de inspeção do Learjet e o cronograma de revisão e substituição associada. Cheques e
inspeções periódicas, especiais e manutenção não programada são identificadas. A Inspeção Pré-
voo é descrita no Manual de Voo da Aeronave. O capítulo é dividido nas seguintes seções:

1. INSPEÇÃO ESPECIAL

Essa seção contém inspeções especiais consideradas necessárias para manter uma
condição de aeronavegabilidade de voo. A gama de inspeções varia de um período de 6 meses a
12.000 horas de voo.

2. CRONOGRAMA DE REVISÃO OU SUBSTITUIÇÃO

Essa seção lista os itens que devem ser revisados ou substituídos no intervalo de tempo
específico.

3. CHEQUES DE MANUTENÇÃO NÃO PROGRAMADOS

Essa seção consiste de cheques de manutenção requeridos após a operação anormal da


aeronave.
Esses cheques incluem pousos duros ou acima do peso, manobras ou turbulência
severa, trocas de motores, decolagens rejeitadas, pousos fora da pista e recuperação de
sobrevelocidade com o trem de pouso extendido.

III. ÁREAS E DIMENSÕES (CAPÍTULO 6)


Esse capítulo apresenta as dimensões da aeronave, áreas de superfície de controle,
linhas d’água, linha de corte do plano vertical e designação das estações.
A aeronave está dividida em pontos de referência para fornecer um meio de identificação
rápida da localização de anteparos, componentes, etc.

As figuras abaixo mostram as principais dimensões da aeronave:

Fig. 1-2 Estações da Fuselagem

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GENERALIDADES CAPÍTULO 01

Fig. 1-3 Dimensões Principais

Figura. 1-4 Áreas de Superfície de Controle da Aeronave

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Figura. 1-5 Áreas de Superfície de Controle da Aeronave

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GENERALIDADES CAPÍTULO 01

IV. SUSPENSÃO E ESCORAMENTO


O capítulo 7 descreve os procedimentos de suspensão normal e de emergência.
Normalmente a aeronave é elevada usando três macacos convencionais.
O ponto de apoio do macaco no nariz está localizado atrás da roda do trem de pouso
dianteiro. Os dois pontos de apoio dos macacos nas asas estão localizados atrás dos trens de
pouso principais.
Para suspensão em emergência, pode ser necessário usar um estropo ou bolsas
pneumáticas infláveis para a suspensão inicial e depois macacos.

CUIDADO
Dependendo do peso da aeronave e localização do centro de gravidade, os limites
estruturais podem ser excedidos durante os procedimentos de suspensão da aeronave. Para
evitar dano estrutural quando forem realizados os procedimentos de suspensão, o peso da
aeronave não deve ser maior do que 15.000 libras.

Figura. 1-6 Pontos de Apoio dos Macacos

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V. NIVELAMENTO E PESAGEM
O nivelamento da aeronave é realizado utilizando um peso de prumo e uma placa de
nivelamento, localizada na área interna do cone de cauda, imediatamente atrás da frame 26A
(estação 492.55), na linha de corte do plano vertical. Um peso de prumo, preso a um cordão, é
suspenso no lado interno do suporte, até que a ponta do peso de prumo coincida com o furo da
placa de nivelamento. A aeronave é considerada nivelada quando o peso de prumo e o furo da
placa de nivelamento estão coincidentes, porém, a ponta do peso não toca em nenhuma parte do
furo.
A pesagem da aeronave é realizada pela utilização de balanças eletrônicas ou balanças
de plataforma. Este capítulo descreve os procedimentos para a utilização dos tipos de pesagem e
das instruções para a localização do centro de gravidade da aeronave em percentual de MAC.

Figura. 1-7 Nivelamento da Aeronave

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GENERALIDADES CAPÍTULO 01

VI. REBOQUE E TÁXI


Os procedimentos de táxi e reboque para esta aeronave são descritos no Manual de
Manutenção.
Em superfícies duras, a aeronave pode ser rebocada para frente ou empurrada para trás
usando um garfo de reboque fixado a roda do nariz. O ângulo de giro máximo da roda do nariz
durante o reboque deve ser limitado a 90° para cada lado.

PRECAUÇÕES:

• Assegure que a trava dos comandos esteja removida.


• Assegure que os freios estejam liberados.
• Assegure que a porta da cabine esteja fechada e travada durante o reboque
para evitar possível dano estrutural a aeronave ou dano a porta.
• Assegure que os interruptores da bateria estejam desligados durante o
reboque, para evitar dano ao atuador elétrico do steering. Se for necessário
rebocar com a aeronave energizada, puxe ambos os disjuntores AC e DC nose
steering do painel de disjuntores do piloto.
• Quando empurrando a aeronave para trás com um veículo de reboque, todas
as frenagens devem ser realizadas com o mesmo. A Aplicação dos freios da
aeronave durante o reboque da mesma para trás, sem ser pelas mãos, pode
causar danos aos componentes do sistema de freio.

NOTA
Taxiamento requer duas pessoas no interior da cabine dos pilotos, uma para manobrar a
aeronave e uma para ajudar e agir como um observador.

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Figura. 1-8 Garfos de Reboque

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GENERALIDADES CAPÍTULO 01

Figura. 1-9 Raio de curva do Garfo de reboque

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Figura. 1-10 Raio de curva do Nose steering

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VII. ESTACIONAMENTO E AMARRAÇÃO


Geralmente o estacionamento da aeronave consiste da utilização de calços nas rodas,
instalação da trava dos comandos, cabo de amarração ao solo e do suporte de cauda.
Sob condições normais de tempo, a aeronave pode ser estacionada e aproada em
qualquer direção, isso facilitará o serviço, sem considerar os ventos predominantes, porém, se for
estacionar por um período extenso, aproe a aeronave com o vento.
O capítulo 10 também contém instruções detalhadas para estocagem da aeronave por
períodos extensos e para preparação do serviço após estocagem.

Figura. 1-11 Bloqueios de Proteção e Equipamento de Estacionamento

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VIII. INSCRIÇÕES E MARCAS


Decalques dos tipos não adesivos, adesivos e de serigrafia são usados nas superfícies
externas e internas do avião. Eles fornecem instruções de operação, direção de movimento,
instruções de serviço, identificação de posição ou partes, instruções de abandono/salvamento e
precauções de segurança.
O capítulo 11 descreve esses decalques e mostra suas localizações.

NOTA
Não use solventes como Metil Etil Cetona (MEK) ao redor ou no decalque.
Solvente destruirá os títulos e irá dissolver o decalque.

NOTA
A placa de identificação da aeronave está localizada na parte dianteira inferior da porta
de entrada. Ela inclui o número do modelo, número de série, data do certificado de tipo e data
do certificado de produção.

.
IX. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
Este capítulo consiste de procedimentos necessários para localizar e manusear sistemas
e componentes da aeronave.
Como um auxílio na manutenção de sistemas e de seus componentes é fornecida a
tabela abaixo. As quantidades são mostradas no sistema americano e métrico de medidas.

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GENERALIDADES CAPÍTULO 01

Figura. 1-12 Tabela de Manutenção de Sistemas

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Figura. 1-13 Pontos de Manutenção da Aeronave

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GENERALIDADES CAPÍTULO 01

X. PARTICULARIDADES

Peso máximo de rampa (VU/R-35A/AM).............................18.500 Ib /19.850 lb

Peso máximo de decolagem (VU/R-35A/AM)......................18.300 Ib /19.600 lb

Peso máximo de pouso (VU/R-35A/AM)..............................15.300 Ib / 16.000 lb

Peso máximo no bagageiro......................................................500 lb

Capacidade máxima comb. utilizável (VU/R-35A/AM).........6.198 Ib / 6.500 lb

Óleo do motor (máximo).....................................................12 quarts

Consumo de óleo (máximo)................................................0.05 gl/hr.

Tipo de óleo........................................................................MOBIL JET 254

ATENÇÃO
O nível de óleo do motor deverá ser checado no período de quinze minutos à uma hora
após o corte dos motores. Após esse tempo, o motor deverá ser girado novamente por dois
minutos e após o corte deverá ser verificado o nível de óleo. Os vários tipos de óleo não são
miscíveis.

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