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A letra da música Sexta Feira refere aspetos de injustiça

social , sublinha a violação de direitos fundamentais , procura


confrontar-nos com a realidade social do mundo em que
vivemos ... Preciso que me dês exemplos disso em que utilizes
expressões do texto. Depois faz uma reflexão pessoal e
fundamentada sobre estes aspetos considerando as ideias
propostas pelo texto, bem como as temáticas estudadas
(posição de J. Rawls e as criticas de Robert Noziek e de
Michael Sandel).
A letra da música Sexta Feira aponta para várias expressões que demonstram a realidade da
injustiça social presente no mundo em que vivemos. Por exemplo, a frase "Tantos anos a
estudar para acabar desempregado ou num emprego da treta, mal pago" mostra a
dificuldade que muitos jovens enfrentam após investirem em sua educação e não
conseguirem uma posição satisfatória no mercado de trabalho.

Outra expressão presente na música que evidencia a injustiça social é "Ter carro é
impossível, tive que o vender para ter combustível". Isso revela que muitas pessoas têm
dificuldades financeiras para suprir necessidades básicas, como se locomover para o
trabalho, o que gera desigualdade e exclusão social.

A música também faz referência à falta de acesso à moradia adequada, quando diz "Onde
vou arranjar dinheiro para uma renda? Não tenho condições nem para alugar uma tenda".
Isso mostra a dificuldade que muitas pessoas enfrentam para ter um lar adequado,
especialmente em áreas urbanas, onde o custo de vida é alto.

Na letra da música "Sexta-feira", podemos identificar vários exemplos de injustiça social,


tais como:

 A dificuldade em arranjar emprego e receber um salário justo, o que resulta em situações


de pobreza e precariedade laboral ("Tantos anos a estudar para acabar desempregado / Ou
num emprego da treta, mal pago / E receber uma gorjeta que chamam salário").
 A incapacidade de ter acesso a bens e serviços essenciais, como transporte público e
habitação, devido a fatores económicos e sociais ("Ter carro é impossível / Tive que o
vender para ter combustível / Tenho o passe da Carris mas hoje estão em greve / Preciso
de boleia, alguém me leve / Onde vou arranjar dinheiro para uma renda? Não tenho
condições nem pa alugar uma tenda").
 A percepção de que os poderes político e económico estão alheios aos problemas e
necessidades da população, o que gera descrença e descontentamento ("Eles enterram o
país o povo aguenta / Mas qualquer dia a bolha rebenta / De boca em boca nas redes
sociais / Ouvem-se verdades que não vêm nos jornais").
 Na letra da música Sexta Feira, há várias expressões que evidenciam aspetos de
injustiça social. Por exemplo, o verso "tantos anos a estudar para acabar
desempregado ou num emprego da treta, mal pago", demonstra que mesmo com
esforço e dedicação, a realidade laboral pode não ser justa e proporcionar
condições dignas de trabalho e remuneração. Outro exemplo é a frase "ter carro é
impossível, tive que o vender para ter combustível", que ilustra as dificuldades
económicas que muitas pessoas enfrentam para aceder a bens básicos e essenciais.
 A letra da música aponta para uma realidade social em que os direitos
fundamentais são violados, como a falta de emprego, a precariedade laboral, a
pobreza e a exclusão social. A frase "os bancos só emprestam a quem não precisa, a
mim nem me emprestam para mudar de camisa" destaca a falta de acesso ao
crédito, um direito que muitas vezes é negado às pessoas em situação de
vulnerabilidade económica e social.
 A reflexão pessoal sobre estes aspetos leva-nos a pensar na posição de J. Rawls,
que defende a importância de garantir a igualdade de oportunidades e assegurar
que a desigualdade económica e social beneficie todos os membros da sociedade.
No entanto, as críticas de Robert Nozick e de Michael Sandel mostram que esta
posição pode ser contestável, uma vez que não leva em conta a realidade de
desigualdades históricas e estruturais que influenciam a distribuição dos recursos e
das oportunidades.
 Assim, é importante reconhecer que a realidade social é complexa e que a luta pela
justiça social deve ser constante. Devemos procurar formas de combater as
desigualdades e de garantir que todos os membros da sociedade tenham acesso a
condições dignas de vida e de trabalho. A música Sexta Feira serve como um
lembrete poderoso das lutas diárias enfrentadas por muitas pessoas em todo o
mundo e da necessidade de continuar a lutar por uma sociedade mais justa e
igualitária.

Com base na posição de John Rawls, autor da teoria da Justiça como Equidade, a música
Sexta Feira destaca que, para que haja uma sociedade justa, é necessário que as
desigualdades sejam justificáveis e benéficas para todos os membros da sociedade,
principalmente para aqueles que são menos favorecidos. No entanto, a música mostra que
a realidade social é muito diferente do ideal proposto por Rawls, já que muitas pessoas
enfrentam dificuldades financeiras e sociais que as impedem de ter uma vida digna.

As críticas de Robert Nozick e Michael Sandel em relação à teoria de Rawls são importantes
para entendermos que a ideia de justiça social não é unanimidade. Nozick, por exemplo,
defende que a justiça consiste apenas em garantir os direitos individuais de cada cidadão,
sem interferir na distribuição de bens e serviços. Já Sandel argumenta que a justiça não
pode ser reduzida a uma equação matemática e que os valores morais e culturais devem
ser levados em conta na hora de pensar em uma sociedade justa.

Em suma, a música Sexta Feira traz à tona a realidade da injustiça social presente em nosso
mundo, mostrando que muitas pessoas enfrentam dificuldades financeiras e sociais que
impedem que tenham uma vida digna. Para uma sociedade justa, é necessário considerar
as desigualdades existentes e buscar soluções que garantam o bem-estar de todos os
membros da sociedade.

Em relação às temáticas estudadas, a posição de John Rawls, que defende a justiça


como equidade, enfatiza a importância de garantir oportunidades iguais para todos,
independentemente de suas condições sociais ou econômicas. Isso significa que todos
devem ter acesso a empregos dignos e bem remunerados, bem como a moradias
adequadas e serviços básicos. No entanto, a crítica de Robert Nozick, que enfatiza a
importância da liberdade individual, questiona se a justiça como equidade é realmente
justa, pois pode violar a liberdade individual em nome da igualdade. Por sua vez, Michael
Sandel questiona se a ideia de justiça como equidade é adequada para lidar com questões
morais e políticas complexas, que envolvem valores e concepções diferentes de justiça.

Na minha opinião, a justiça como equidade de John Rawls é uma ideia importante para
garantir a igualdade de oportunidades e a justiça social. No entanto, a crítica de Robert
Nozick é válida, pois a igualdade não pode ser alcançada a qualquer custo. Além disso, a
crítica de Michael Sandel destaca a importância de considerar as diferentes concepções de
justiça e valores que existem na sociedade. Para garantir a justiça social, é preciso levar em
conta as diferentes necessidades e circunstâncias de cada indivíduo e trabalhar para criar
um sistema justo e equitativo que leve em conta essas diferenças. Por exemplo, políticas de
distribuição de renda e investimentos em educação e saúde podem ajudar a garantir que
todos tenham as mesmas oportunidades e acesso aos recursos necessários para viver com
dignidade.

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