O documento compara os sistemas anglo-saxão e francês, notando que o sistema anglo-saxão não tinha um conceito de "Estado" ou direito administrativo separado, enquanto o sistema francês desenvolveu ambos. O sistema anglo-saxão tinha tribunais ordinários que julgavam casos contra o governo e a administração era supervisionada por esses tribunais, ao contrário do sistema francês que tinha tribunais administrativos controlados pelo governo. O sistema anglo-saxão também era mais descentralizado comparado ao centralizado sistema francês
O documento compara os sistemas anglo-saxão e francês, notando que o sistema anglo-saxão não tinha um conceito de "Estado" ou direito administrativo separado, enquanto o sistema francês desenvolveu ambos. O sistema anglo-saxão tinha tribunais ordinários que julgavam casos contra o governo e a administração era supervisionada por esses tribunais, ao contrário do sistema francês que tinha tribunais administrativos controlados pelo governo. O sistema anglo-saxão também era mais descentralizado comparado ao centralizado sistema francês
O documento compara os sistemas anglo-saxão e francês, notando que o sistema anglo-saxão não tinha um conceito de "Estado" ou direito administrativo separado, enquanto o sistema francês desenvolveu ambos. O sistema anglo-saxão tinha tribunais ordinários que julgavam casos contra o governo e a administração era supervisionada por esses tribunais, ao contrário do sistema francês que tinha tribunais administrativos controlados pelo governo. O sistema anglo-saxão também era mais descentralizado comparado ao centralizado sistema francês
Noção de Estado Em Inglaterra, o conceito de Na França, em total oposição
“Estado” era de caráter ao sistema britânico, o completamente desconhecido. conceito de “Estado” deteria uma importância decisiva na caracterização do seu sistema.
Existência (ou não) de Em Inglaterra, não havia Na França, graças a um
Direito Administrativo direito administrativo (não quadro de privilégio de foro e havia as tais “regras ao acórdão de “Blanco” do ano especiais”) pois, seria toda a de 1873, a administração, atividade administrativa regida carenciada de regras especiais pelo direito comum em vigor – que visavam a sua proteção “Common law”. (“da administração toda poderosa”) verificou-se assim então, a criação de um Direito Administrativo.
Existência (ou não) de Em Inglaterra, o princípio da Na França, o mesmo princípio
tribunais administrativos “separação de poderes” de “separação de poderes” traduzia-se num poder judicial traduzia-se, por sua vez, numa autónomo (resultante do função unificada do Estado, costume e de diversas isto é, o poder judicial estaria decisões judiciais). limitado apenas à resolução de Assim, os tribunais ordinários litígios entre privados e nunca resolviam tanto litígios entre entre estes e a administração. particulares como litígios entre Já admitia Montesquieu na particulares e entidades altura que, os litígios de públicas. Qualquer tribunal matéria administrativa não poderia, então, julgar a pertenciam aos tribunais, mas administração de acordo, e deviam estes, ir a par com a com a aplicação, do Direito ação administrativa. Comum. Para além de tudo isto, a administração detinha então, um tribunal próprio (mas que, só se veria a judicializar mais tarde).
Este, passou por 3 fases
distintas do sistema de autocontrolo da administração: a fase de controlo pelos próprios órgãos da administração ativa (1789- 1799) - em que se notava um privilégio total da administração e uma muito percetível confusão entre o ato de julgar e o ato de administrar; a fase “reservada” (que surge com a criação do Conselho de Estado) - onde a justiça continua reservada ao poder executivo mas cabendo agora também a este órgão consultivo da administração; e, por fim, a fase “delegada” (existente graças ao prestígio e consequente autonomização do Conselho de Estado) - onde as delegações dos órgãos consultivos da administração já não necessitam de homologação por parte da mesma. Nunca, mesmo assim, existindo um verdadeiro sistema de tribunais administrativos pois recaía tudo muito ainda sobre a esfera da administração. Execução das decisões Em Inglaterra, verificava-se Na França, verificava-se, por administrativas um sistema de heterotutela outro lado, um sistema de (não existindo Direito autotutela. Assim, a Administrativo não havia administração definia o direito então, consequentemente, estando também ela em estatutos especiais para a condições de o executar de administração, estando à forma coativa - “ato mercê da aplicação do mesmo executório”. direito que os privados). Não havia então, em Antes de atuar, a contraposição ao sistema administração necessitava britânico, uma consulta aos sempre de prévia consulta e tribunais. pedido de autorização ao juiz.
Organização da O sistema anglo-saxônico No sistema francês,
administração (Professor caracterizava-se como algo encontramos um panorama Freitas do Amaral) descentralizado. Existindo mais centralizado e assim, uma série de entidades concentrado - centralizado todas idênticas com pois havia uma única pessoa legitimidade para atuar no seio coletiva pública (o Estado) a da administração, distinguidas exercer a função pela sua função. administrativa; e concentrado pois, o poder encontrava-se, como o próprio nome indica, concentrado numa única entidade (o Governo, com o poder de decisão). Este tipo de organização administrativa era típico de um sistema considerado liberal.