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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3° VARA CÍVEL DA

COMARCA DE CAMPINA GRANDE - PARAÍBA

AUTOS N 0003165-77.2013.815.0011

CARLOS JOSÉ DIAS DOS SANTOS, brasileiro, casado, autônomo, portador do CPF n°
026.840.224-88 e RG 2669565, residente e domiciliado na Rua Jovino Sobreira de Carvalho, n°
264, Bairro da Liberdade, Campina Grande, Paraíba, vem por meio de seu advogado, in fine
assinado, com escritório profissional na Rua Major Juvino de Ó, n°63, Centro , Campina
Grande, Paraíba, perante Vossa Excelência apresentar

IMPUGNACÃO A CONTESTACÃO

O que faz pelas razões de direito que passa a expor a seguir:

RESUMO DAS ALEGAÇÕES

Em apertada síntese e sob infundados argumentos, sem nenhuma exibição de provas e


documentos a Impugnada busca se desvencilhar da responsabilidade, pelos constrangimentos
causados ao Impugnante devido a acusação de furto, que esta apresentou quando prestou
depoimento na delegacia, conforme foi mencionado na exordial.
Resumidamente a Impugnada apresentou as seguintes teses defensivas:

 Preliminarmente a Impugnada requer que o processo seja extinto sem resolução de


mérito, alegando que o pedido é juridicamente impossível

 No mérito aduz que o acordo foi feito verbalmente

 Afirma ter procurado o Impugnante no endereço residencial e ter ligado várias vezes
para o mesmo sem sucesso

 Alega que o acordo não foi cumprido, pois não houve pagamento

 Alega que o Impugnante não juntou documentação comprobatória da compra e venda


aos autos

 Que este colocou o veículo em uma locadora de carros

 Afirma que a honra do Impugnante não foi atingida

Destarte, é o presente para impugnar as teses lançadas em contestação pela ré, bem como para
tecer considerações sobre seus efeitos nos presentes autos, pedindo vênia para fazê-lo.

A Impugnada causou dano moral, quando acusou o Impugnante de ter furtado o veículo, não
devendo ser aceita a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido.

Institui o Código Civil.

Art. 186, CC – “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

O dano moral é aquele que lesiona os direitos de personalidade, violando como exemplo, a
intimidade da pessoa, vida privada, honra e imagem, bens jurídicos tutelados
constitucionalmente. Como dispõe o artigo 5º da CF/88:
Art. 5º, CF/88 – “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) X - são
invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

Ora, a Impugnada alegou em seu depoimento perante a delegada que o Impugnante pegou o seu
carro para dar uma volta e não mais voltou, acusando-o de ter subtraído para si o referido
veiculo, e agora perante Vossa Excelência, na contestação, afirma que fez um acordo de
compra e venda e que este não foi cumprido, deixando claro que usa de má-fé, pois se contradiz
perceptivelmente.

Além do mais declara na contestação apresentada, ter feito acordo verbal de compra e venda.

A Impugnada não encontrou o Impugnante no endereço dado no ato de compra e venda, porque
este estava viajando o que não justifica a grave acusação, e, quanto aos telefonemas o
Impugnante não recebeu estas ligações.

Resta claro com a contestação, mais uma vez as que todas as declarações feitas pela Impugnada
são de má-fé, pois distorce a realidade dos fatos, atingindo a honra e dignidade do Impugnado
que em momento algum agiu de maneira errônea perante a lei, diferentemente da Impugnada
que causou Dano Moral, a este, além uma grande perturbação em sua vida.

É presumível a dor moral de quem e falsamente acusado de um crime. O dano existe in re ipsa,
isto e, deriva do próprio fato ofensivo.

PEDIDO

Isto posto, o Impugnante requer a Vossa Excelência que receba a presente réplica determinando
sua juntada aos autos proferindo a seguir, sentença julgando procedentes os pedidos veiculados
na exordial, condenando, ainda, a Impugnada, aos demais ônus de sucumbência.

Pede deferimento,

Campina Grande, Paraíba, 23 de setembro de 2015

OAB/PB 235.251

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