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Versão 2
Teste 3 11/02/16
Professor
Filosofia 11 Paulo Gomes 5. Os contraexemplos de Gettier apresentam casos em que... 10. “No processo da dúvida metódica, Descartes utiliza
o argumento do sonho para duvidar de tudo o que até aí
A.é impossível conhecer; havia entrado na sua mente”. A frase está:
B.existem crenças que não são conhecidas;
Leia atentamente todo o enunciado, antes de começar a
C.existem conhecimentos que não são crenças; A. errada, porque o argumento do sonho apenas
D.existem crenças verdadeiras justificadas que não são permite duvidar da informação obtida com base nos
Grupo I conhecimento. sentidos;
(12x05=60 pontos) B. correta, porque Descartes pensa que todos os
6. Leia atentamente as seguintes afirmações... pensamentos que nos ocorrem no estado de vigília
1. Selecione a única opção que permite obter uma podem, também, ocorrer-nos no sonho;
afirmação correta. Para a fenomenologia, na relação 1. A falácia da petição de princípio consiste em assumir que, se C. correta, porque Descartes pensa que todos os
sujeito/objeto... dermos um pequeno passo numa dada direção, não sonhos podem gerar a certeza;
conseguiremos evitar ser conduzidos a um passo muito mais D. errada, porque Descartes era racionalista e,
A. o objeto é irrelevante no processo do conhecimento; substancial na mesma direção. consequentemente, acreditava que a razão não comete
B. o sujeito constrói uma imagem ou representação mental 2. A falácia do boneco de palha consiste em caracterizar uma erros.
do objeto; opinião oposta e assim tentar refutá-la.
C. o sujeito e o objeto equivalem-se; 3. A falácia ad hominem consiste em atacar pessoalmente o 11. Leia atentamente as seguintes afirmações...
D.o objeto apreende o sujeito; opositor e não os seus argumentos.
1. Descartes é um filósofo racionalista e cético.
2. “Na Grécia Antiga, o advento da democracia reforçou o ... depois escolha a alternativa que indica corretamente o seu 2. A dúvida de Descartes é hiperbólica, o que significa
desenvolvimento da retórica.” A frase é: valor de verdade: que tudo é considero certo à partida.
3. O modelo racionalista do conhecimento científico é a
A. falsa porque os retóricos distorcem argumentos e A. São todas verdadeiras; matemática.
manipulam; B. 1. Verdadeira; 2. Falsa; 3. Verdadeira; 4. Os racionalistas desprezam o papel dos sentidos na
B. verdadeira porque, com a democracia, a manipulação C. 1. Verdadeira; 2. Falsa; Falsa; construção do conhecimento.
não pode existir; D. 1. Falsa; 2. Falsa; 3. Verdadeira.
C. verdadeira porque, com a democracia, a persuasão ... depois escolha a alternativa que indica corretamente
passa a ser um elemento fundamental da política; 7. “Segundo o método fenomenológico (a descrição o seu valor de verdade:
D. falsa porque os retóricos opõem-se à democracia, ao fenomenológica do conhecimento), em resultado do
contrário dos filósofos. conhecimento, o objeto sofre uma alteração”. A frase é: A. 1. Falsa; 2. Verdadeira; 3. Verdadeira; 4. Falsa;
B. 1. Falsa; 2. Falsa; 3. Verdadeira; 4. Verdadeira;
3. “A definição tradicional do conhecimento apresenta-o A. verdadeira porque há um acréscimo de conhecimento; C. 1. Verdadeira; 2. Falsa; 3. Verdadeira; 4. Falsa;
como uma crença justificada”. A frase está: B. falsa porque, segundo a fenomenologia, as coisas são, por D. 1. Verdadeira; Verdadeira; Falsa; Falsa.
definição, inalteráveis;
A. errada, porque o conhecimento é uma crença C. falsa porque o sujeito altera-se, mas o objeto não; 11. "Alguns adolescentes são desportistas. Os
verdadeira justificada. D. verdadeira porque sujeito e objeto correlacionam-se. desportistas são responsáveis. Logo, os
B. B.errada, porque o conhecimento não corresponde a adolescentes são responsáveis."
uma crença, mas a uma verdade; 8. No contexto da democracia ateniense, a isonomia Este argumento é:
C. correta porque, se a crença não for justificada, poderá corresponde à:
ser infundada e, assim, não ser conhecimento; A. válido, pois cumpre todas as regras do silogismo;
D.correta, porque todo o conhecimento é uma crença; A. igualdade no uso da palavra; B. inválido, porque não respeita a regra da conclusão
B. igualdade de todos os cidadãos perante a lei; ter de seguir, sempre, a parte mais fraca;
4. Os sofistas eram professores de dialética e de retórica C. igualdade no acesso aos cargos públicos; C. inválido, porque não respeita a regra do termo
que: D. Igualdade das mulheres em relação aos homens. médio não poder entrar na conclusão;
D.inválido, porque não respeita a regra de de duas
A. defendiam a existência de verdades absolutas; 9. Para Descartes, a ideia de unicórnio é: premissas particulares não se segue conclusão.
B. defendiam o relativismo;
C.ficaram famosos por não cobrarem pelas suas lições; A. uma ideia inata, pois é constituída pela própria razão;
D. atacavam o relativismo de Platão. B. uma ideia simples, pois é de fácil percepção;
C.uma ideia factícia, pois é fabricada pela imaginação;
D. uma ideia adventícia, pois tem origem na
experiência sensível.
Grupo II Grupo III

II.1. Decida da verdade ou falsidade das seguintes asserções: Texto 3


[5x06=35 pontos] “Chegado aqui, [ao Cogito,] Descartes pode dizer que tem certezas na
II.1.1. Há conhecimentos por contacto que são conhecimentos a priori. primeira pessoa acerca de si próprio como eu pensante. Mas isto é pouco.
II.1.2. O génio maligno elimina a certeza do cogito, que só será reestabelecida Subsiste a questão de saber se o mundo exterior existe. Daí que
através das ideias adventícias.
Descartes precise de uma ligação ou "ponte" que lhe permita vencer a
II.1.3. «A Maria sabe que errou» é um exemplo do saber-fazer.
II.1.4. O elemento passivo da relação cognoscitiva é o objeto.
distância entre este eu pensante e o mundo.”
Faustino Vaz, http://filosofarliberta.blogspot.pt/search/label/Descartes
II.1.5. «Quando o João visitou os Jerónimos descobriu que as dimensões do altar-
mor são mais grandiosas do que mostravam as fotografias». Neste caso o João
teve um conhecimento por contacto. III.1. De acordo com a sua opinião, Descartes consegue ultrapassar o
II.1.6. Todas as proposições universais têm o sujeito distribuído. solipsismo, ou seja, consegue mesmo provar a existência do mundo
II.1.7.Descartes defende que todo o conhecimento é a posteriori. exterior? Justifique a sua posição posicionando-se criticamente em
relação à perspectiva cartesiana.
[40 pontos]
II.2. O ser humano pode experimentar diferentes tipos de conhecimento. Quais?
Apresente um exemplo para cada um dos tipos de conhecimento (esses exemplos
não devem repetir elementos do enunciado deste teste). [15 pontos]

Texto 1
“Suponha-se que alguém aposta regularmente em cavalos. Tenta
apostar em vencedores,mas raramente o faz. Contudo, está cheio de
ilusória autoconfiança que sempre que faz uma aposta, acredita
ardentemente que o seu cavalo vai ganhar. Nas raras vezes em que
o cavalo escolhido ganha, saberia o apostador que o cavalo dele iria
ganhar? […] Assim, que mais é necessário para o conhecimento, além
da crença verdadeira?”
D. Kolac e R. Martin, Sabedoria sem Respostas, temas e Debates, 2004, p.51.

II.3. Responda às questões sublinhadas no texto 1 tendo em conta a definição


tradicional de conhecimento e as suas limitações. [20 pontos]

Texto 2
“Assim, rejeitando todas aquelas coisas de que podemos duvidar de
algum modo, e até mesmo imaginando que são falsas, facilmente
supomos que não existe nenhum Deus, nenhum céu, nenhuns corpos; e
que nós mesmos não temos mãos, nem pés, nem de resto corpo algum;
mas não assim que nada somos, nós que tais coisas pensamos: pois
repugna que se admita que aquele que pensa, no próprio momento
que pensa, não exista.”
R. Descartes, Princípios da Filosofia, Presença, 1995.

II.4. De acordo com a sua opinião, Descartes consegue refutar o cepticismo?


Justifique a sua resposta caracterizando a dúvida de acordo com a
perspectiva de Descartes. [30 pontos]

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