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G R AMÁTICA

RESOLUÇÕES
decidem a sua vida profissional ou mostram habilidades
CAPÍTULO 17 para certas atividades, mas nada disso é exato. Iniciar o
texto com uma série de questões demonstra o quanto a
Orações substantivas e os efeitos de sentido discussão proposta é repleta de incertezas, tanto que todo
o texto é pontuado por perguntas.

COMEÇO DE CONVERSA 04 De acordo com o autor, os pais, na maior parte das vezes,
tentam despertar o interesse de seus filhos pelas mais
01 Resposta pessoal. variadas atividades. O texto cita exemplos, como as ativi-
dades musicais e esportivas. A insistência dos pais pode ter
02 O autor comenta o resultado do teste vocacional que ele resultados positivos, despertar o senso de perseverança e
realizou há muitos anos. Naquele momento, o teste o superação de dificuldades, assim como revelar verdadei-
direcionou para a área de relacionamentos humanos. Em ros talentos. A insistência, contudo, também pode gerar o
seguida, ele confessa ter cursado Medicina, uma área da oposto, a realização forçada de atividades e a falta de inte-
Saúde, e não das Ciências Humanas. A oração “Mas o fato resse por certas práticas, vistas somente como obrigações.
de vocês [...]” se opõe a uma ideia implícita de que o resul-
tado do teste estava errado, uma vez que o autor exerce a 05 O autor deixa claro que não existe uma fórmula para essa
profissão de médico. decisão, mas o mais recomendável é conversar com pessoas
Ao iniciar a oração pelo termo que, o autor afirma de que têm experiência nas áreas profissionais de interesse de
modo implícito que ele tem um desejo. Em outras pala- cada jovem. Além disso, é fundamental ter consciência de
vras, a ideia equivale a “[Eu desejo] que para todos os futu- que todas as áreas possuem aspectos estimulantes e outros
ros jovens do país, que estes sonhos não se transformem nem tanto, bem como vantagens e desvantagens.
em pesadelos”.

06 a) O termo que possui a função de unir as duas orações


AGORA É COM @VOCÊ – PÁG. 28 do período. A primeira oração é “Como podemos já
determinar”, e a segunda é “que devemos separar o
01 O texto fala de escolhas profissionais feitas por jovens, tipo de estudo quando ainda nem temos 14 anos?”
focando principalmente como adultos – particularmente b) No período em análise, a oração “que devemos separar
responsáveis, pais e mães – podem apoiar nesse momento. o tipo de estudo quando ainda nem temos 14 anos?”
Dessa forma, o texto se destina a essas pessoas, mas pode exerce função de objeto direto da oração “Como
ser lido também por jovens. O foco parental é percebido, podemos já determinar”. Isso ocorre porque o verbo
inclusive, quando o autor se coloca no texto em “se não determinar exige complemento direto, conforme se
formos modelos de comportamentos, não expusermos evidencia substituindo a oração subordinada pelo pro-
nossos filhos a algum tipo de atividade, dificilmente a nome “Como podemos já determinar isso?”.
escolha deles será nessa área”.
07 a) O complemento da locução verbal “poderiam enten-
der” é o período “que, apesar do meu esforço, minha
02 O autor do texto se apresenta como um médico pedia-
coordenação motora não conseguia determinar que uma
tra e, daí, é possível compreendê-lo como interessado em
mão faz uma coisa ao mesmo tempo que a outra mão
diversas questões que envolvem a infância e a juventude.
fazia algo diferente […]”. É possível evidenciar como o
Ele se afirma como um pediatra holístico, pois se debruça
período complementa a locução verbal substituindo-o
sobre fatores que vão além dos meramente clínicos. Mauro
por um pronome, como em: “Mas eles nunca poderiam
Fisberg também declara ter tido outras ambições na vida,
entender isto”, em que o pronome equivale ao período.
como a diplomacia e a música (esta inclusive influenciada
b) O complemento da locução verbal “poderiam entender”
e apoiada fortemente por seu pai e sua mãe).
é o objeto direto “que, apesar do meu esforço, minha
coordenação motora não conseguia determinar que uma
03 O texto começa com uma série de questões – o seu pró- mão faz uma coisa ao mesmo tempo que a outra mão
prio título é uma questão – porque ele trata de um assunto fazia algo diferente […]”. Dessa forma, há as orações
complexo acerca do qual não há uma resposta nítida e “minha coordenação motora não conseguia determinar”,
objetiva. Como se percebe ao longo da leitura, existem “que uma mão faz uma coisa ao mesmo tempo” e “que a
vários fatores que interferem na forma como os jovens outra mão fazia algo diferente”, totalizando três.

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AGORA É COM @VOCÊ – PÁG. 33 ATIVIDADES PROPOSTAS

01 O texto trata os períodos de formação educacional como 01 D


ciclos. No caso, fala-se especificamente no fim do ciclo O período apresentado em D contém uma oração subor-
escolar e no início do ciclo universitário. Essa forma de dinada substantiva predicativa, já que “nós sejamos ami-
conceber a formação educacional transmite a ideia de eta- gos” é predicativo do sujeito “O ideal”.
pas, daí a importância de os estudantes pensarem acerca
de seus projetos de vida, dos rumos que irão dar à sua for- 02 a) O pronome -vos exerce função de objeto indireto, pois
mação e da maneira como isso vai influenciar sua inserção equivale a “Digo a eles”. Já o termo verdadeiras é pre-
no mercado de trabalho. dicativo do sujeito lágrimas, completando o sentido do
verbo nominal eram.
Vos: objeto indireto; verdadeiras: predicativo do sujeito.
02 De acordo com o texto, que se baseia nos dados de uma
b) Reformulando a oração principal: [Eu] Digo-vos isto:
pesquisa, muitos jovens abandonam o Ensino Superior
“que as lágrimas eram verdadeiras”. Assim, é possível
porque acabam não se identificando com o curso, o qual
compreender a função de objeto direto.
escolhem, muitas vezes, influenciados por sugestões de
outras pessoas, sobretudo dos pais ou parentes; ou por-
03 A
que precisam se dedicar a atividades profissionais.
A oração “a que se conheça o sistema” complementa o
sentido da forma verbal ”opor-se”. Na oração principal,
03 Para os especialistas entrevistados, duas atitudes são impor-
o verbo “opor-se”, transitivo indireto, não apresenta
tantes. Por parte dos alunos, conhecer bem a área do curso complemento; logo, tal função é desenvolvida pela ora-
de Ensino Superior e o seu mercado de trabalho, o que faz ção subordinada. Em B, a oração é predicativa do sujeito.
a pessoa se imaginar em uma futura profissão, se identificar Em C, a oração é subjetiva. Em D, a oração em destaque
com um campo profissional. Por parte das pessoas ao redor, possui função de advérbio.
instigar a autonomia dos estudantes, para que estes se tor-
nem capazes de reconhecer suas próprias áreas de interes- 04 C
ses, realizar escolhas que estejam de acordo com suas indi-
O período é composto, formado pela oração principal
vidualidades e ter um sentido de realização em sua vida. “Eu quero”, centrada em um verbo transitivo. O comple-
mento dessa forma verbal é a oração “que o tapete voe”,
04 a) A oração destacada é subordinada substantiva na fun- subordinada à oração principal e exercendo a função subs-
ção de objeto direto: estudantes não sabem isto. tantiva de objeto direto (“Eu quero isto”). Do ponto de
b) Nesse contexto, a palavra que é uma conjunção vista semântico, ressalta-se a vontade de viver, do eu lírico,
integrante. durante a velhice.

05 D
05 O complemento da forma verbal revela é toda a sequên-
cia introduzida pela conjunção que: “que homens ainda A oração reduzida de infinitivo complementa o sentido
têm predileção por Ciências Exatas, enquanto mulheres do substantivo receio. Trata-se, portanto, de uma oração
subordinada substantiva completiva nominal, regida pela
focam áreas como Educação e Saúde”, conforme é pos-
preposição de: com receio de algo.
sível verificar com a substituição da oração subordinada
por um pronome: “Uma pesquisa realizada pelo Guia da
Carreira revela isto”. 06 A
A frase é constituída de duas orações: “O fato é”, oração
principal, e “que Nolan acertou o alvo”, oração subordi-
06 Em “acho que isso”, temos uma conjunção integrante
nada substantiva predicativa, iniciada pela conjunção inte-
introduzindo uma oração subordinada substantiva (obje- grante “que” (“O fato é este”).
tiva direta). Já em “aluno que vai fazer” temos um pro-
nome relativo introduzindo uma oração subordinada.
07 C
O período possui uma oração com papel duplo: é subor-
07 Nesse contexto, o verbo é transitivo direto com dois
dinada e subordinante. Reformulando a frase: [Eu] Argu-
complementos verbais coordenados: as orações subordi- mentei isto. / [Eu] Argumentei que isto não é justo. Nas
nadas substantivas “que não quer se sentir pressionada” duas reformulações, o pronome demonstrativo está subs-
e “[que] prefere aproveitar outras experiências”. Ou seja, tituindo uma oração subordinada substantiva. No primeiro
ela diz isto e aquilo. caso, a oração principal e subordinante é Argumentei,

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com o verbo exigindo um complemento (objeto direto),


representado pela sequência “que não é justo que o
padeiro ganhe festas”. Como se percebe, o objeto direto
é formado por duas orações: “que não é justo” e “que o
padeiro ganhe festas”, sendo que “não é justo” funciona
como oração subordinante em relação à oração “que o
padeiro ganhe festas”, que funciona como sujeito do pre-
dicado nominal. Para efeitos de classificação, considera-se
“que não é justo” como objetiva direta e “que o padeiro
ganhe festas” como subjetiva.

08 A
Na frase da alternativa A, o sujeito é composto e pode
ser resumindo pelo pronome nós: “Nós tínhamos medo”,
com o verbo ter exigindo o complemento medo. Nesse
contexto, ter medo é ter medo de algo ou de alguém,
com o substantivo exigindo um complemento nominal,
que está expresso em forma de oração: “de que o patrão
topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade”.

09 D
A primeira oração destacada funciona como sujeito do
predicado nominal “parecia viável”: Isto [que todos
entendessem] parecia viável. A segunda oração completa
o sentido da forma verbal “lembrar-se” (quem se lembra,
lembra-se de algo): lembrou-se disto [de que nada é eter-
namente assim]. A terceira oração funciona como predica-
tivo do sujeito “A verdade”: A verdade é isto [que todos
estavam extasiados e certos]. A quarta oração completa
o sentido do adjetivo certos (quem está certo, está certo
de algo): todos estavam certos disso [de que há prazeres
no mundo].

10 B
O período é formado pela oração principal e subordinante
“Maria do Carmo tinha a certeza” e por uma oração subor-
dinada que completa o sentido do substantivo certeza
(quem tem certeza, tem certeza de algo): certeza disso [de
que estava para ser mãe].

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