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RESOLUÇÕES

GRAMÁTICA

quação às situações. É possível afirmar isso com base na


CAPÍTULO 2 sentença “O primeiro deles é a adequação linguística, ou
seja, entender qual é a comunicação da empresa“ e pelo
Norma-padrão e usos da oralidade fato de, em alguns momentos, falar de “desvios“ e “equí-
vocos“ linguísticos.

COMEÇO DE CONVERSA 02 O texto se destina tanto a jovens que estão procurando


emprego quanto a pessoas que estão empregadas e
querem se atualizar. É possível dizer que profissionais do
01 O uso do termo pra, que aproxima a produção de uma
ramo de recursos humanos também se interessem. O
conversa íntima e informal, e a ausência de pontuação,
texto emprega um tom de instrução, sugerindo ao leitor o
que retira o rigor formal.
que fazer e o que evitar, em relação à comunicação, para
garantir um emprego.
02 A ausência consciente de pontuação.
03 Os funcionários, além de trabalhadores da empresa, são
03 O principal meio de divulgação da autora é o perfil dela representantes da empresa, são a imagem dela diante do
no Instagram. Essa rede social é utilizada maciçamente por público, daí porque os contratantes prezem pela boa capa-
jovens, que, em sua maioria, se identificam com publica- cidade de comunicação, em um português sem equívocos.
ções mais descontraídas, isto é, com textos semelhantes à
estética impessoal da autora. Dessa forma, as característi-
04 Pronomes de tratamento, conforme mencionado no trecho.
cas linguísticas da autora se relacionam muito bem com o
A exemplos, temos vossa excelência e vossa senhoria,
público-alvo da rede social que, por sua vez, é em essência
além do vossa mercê, citado no material, entre outros.
o mesmo público-alvo que consome sua produção artística.

05 Embora o texto reduza, muitas vezes, ao ato de escre-


AGORA É COM @VOCÊ – PÁG. 17 ver, o grande foco dele é o “comunicar bem“. Ainda de
acordo com o texto, é necessário se adequar à realidade
01 Não. Conforme o texto indica, os pronomes são utiliza- das empresas, fazendo com que a comunicação ocorra de
dos de maneiras diferentes. Por exemplo, em determi- maneira objetiva e fluida, sem ruídos.
nados estados, usa-se o tu conjugado adequadamente;
em outros, emprega-se esse mesmo pronome conjugado
ATIVIDADES PROPOSTAS
como se fosse terceira pessoa.

01 C
02 De maneira geral, sim. O texto expõe que algumas regiões
O médico, ao zombar da variante linguística de seu
tiveram mais influência lusitana do que outras, o que explica
paciente, demonstra preconceito linguístico, já que não
a predileção por determinados pronomes.
aceita variante distinta da sua e exibe comportamento de
desdém.
03 Sim. O termo você, por exemplo, é um pronome de trata-
mento usado para se referir a pessoas cuja relação possui
02 E
certo grau de formalidade. Em determinados locais, esse
Segundo Bechara, a norma culta é superior à popular, por
pronome adquire caráter amplamente informal. A mesma
ser a única que reproduz o pensamento universal, conforme
situação vale para o pronome tu, que pode ter caráter for-
o autor afirma no trecho: “[...] a língua culta reúne infinita-
mal ou informal, a depender do local e de como é utilizado.
mente mais qualidades e valores. Ela é a única que conse-
gue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no
04 Resposta pessoal. mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências“.
03 B
O termo mamadeirar é exemplo de um fenômeno linguís-
AGORA É COM @VOCÊ – PÁG. 21 tico que consiste na criação de uma palavra ou expressão
nova a partir de processos que já existem na língua, no
01 Embora o texto empregue diversas vezes os termos certo e caso a terminação verbal de primeira conjugação à palavra
errado, ele parte, principalmente, do pressuposto de ade- mamadeira.

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GRAMÁTICA

04 01 + 02 + 08 = 11 automóvel potente e robusto como o que é anunciado.


Depois de citar Maurizzio Gnerre, o autor explicita o ver- Se a palavra fosse excluída, o sentido do texto seria
dadeiro objetivo da proposta: “Gnerre não está querendo alterado, pois estabeleceria a ideia de que o espírito de
dizer que a Constituição deveria ser escrita em língua não aventura seria prejudicial e, por isso, impeditivo da ação.
padrão, mas sim que todos os brasileiros a que ela se refere
deveriam ter acesso mais amplo e democrático“. Bagno 10 B
termina afirmando que é a educação ampla e democrá- No anúncio, o termo legal assume significado tanto de
tica que permitirá reconhecer a verdadeira diversidade relativo à lei, de acordo com a linguagem formal, quanto
linguística de nosso país, o que invalida as afirmações 04, de algo positivo, na linguagem informal.
16 e 32. Assim, apenas 01, 02 e 08 são corretas.

05 02 + 16 = 18
Ao contrário do que se afirma em 01, o autor reconhece
que os “sem-língua“ usam uma variedade de português
(“eles também falam português, uma variedade de por-
tuguês não padrão, com sua gramática particular“). O
pronome eles refere-se a esse grupo de brasileiros que
“permanece à margem do domínio de uma norma culta“,
o que invalida a afirmação 04, assim como é incorreta a
interpretação transcrita em 08, pois o termo gramática
refere-se à “variedade de português não padrão“. Assim,
apenas 02 e 16 estão corretas.

06 A
No trecho lido, vemos uma petição de Policarpo Qua-
resma ao Congresso Nacional. Tratando-se de um texto
de cunho oficial, opta-se pela norma-padrão.

07 A
Na alternativa B, há o uso inadequado do pronome ele
como objeto. Nesse caso, deve-se substituir pelo pro-
nome oblíquo os. Em C, há o uso de gírias, que aproximam
a linguagem da coloquial. Por fim, em D, o sujeito é tu,
então, para concordar com este, os verbos deveriam ser
sabes e gostas.

08 B
A estilista da rasteirinha aproveitou a característica da falta
de concordância entre sujeito e verbo, comum nos meios
digitais, para criar uma peça. Consequentemente, com o
equívoco consciente, ela chama a atenção de interlocuto-
res e consumidores.

09 a) Talvez por se dirigir prioritariamente a uma parcela de


público mais jovem em que o espírito de aventura é
mais acentuado e a informalidade bastante apreciada,
a mensagem faz uso da linguagem coloquial, por meio
do emprego do verbo ter em vez de haver, e de uma
regência que prescinde da preposição a exigida pelo
verbo chegar. Para atender à norma culta, a frase deve-
ria ser substituída por “porque há lugares a que só com
espírito de aventura você não chega“.
b) A inclusão da palavra só na frase instaura o pressuposto
de que, ao contrário do que muitos pensam, o espírito
de aventura não é o único requisito para se chegar a um
lugar de difícil acesso, sendo necessário também um

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