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Memorial Descritivo e de Cálculo do

Sistema de Reoxigenação

10/01/2022

GM Indústria e Comércio de Fibras LTDA


Linha Faxinal dos Rosas – Interior – Chapecó
49 3700 6285
escritoriogmfibras@gmail.com
Memorial Descritivo do Sistema de Reoxigenação de
Efluente

Engenheiro Responsável

Proprietário

10/01/2022

GM Indústria e Comércio de Fibras LTDA


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1. Sumário
2. Objetivo ..................................................................................................................... 4

3. Dados Cadastrais ....................................................................................................... 4


3.1 Empresa Contratante .......................................................................................... 4
3.2 Endereço da Obra ............................................................................................... 4
3.3 Período de Funcionamento ................................................................................ 4
3.4 Responsável Técnico pelo Projeto ..................................................................... 4
4. Fundamentos de Projeto ............................................................................................ 4
5. Tratamento Proposto ................................................................................................. 5
5.1 Descrição do Tratamento ................................................................................... 5
5.2 Descrição do Equipamento ................................................................................ 6
6. Dimensionamento...................................................................................................... 6
6.1 Vazão de Efluente .............................................................................................. 6
6.2 Volume do Reator .............................................................................................. 6
6.3 Vazão de Ar ....................................................................................................... 6
6.4 Potência do Soprador ......................................................................................... 8
7. Programa de Monitoramento do Sistema .................................................................. 9
8. Operação dos Equipamentos ................................................................................... 10
8.1 Procedimentos de Rotina ................................................................................. 10
8.2 Variáveis para Controle de Processo ............................................................... 10
9. Destinação dos Produtos Finais .............................................................................. 10
9.1 Destinação Final do Efluente Líquido Tratado ................................................ 10
9.2 Disposição Final dos Sólidos ...........................................................................10
10. Referências Bibliográficas ................................................................................... 11

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2. Objetivo

O presente projeto tem por objetivo apresentar a descrição e memorial de cálculo de


um sistema de reoxigenação de efluente.

3. Dados Cadastrais
Características Gerais: Obra para fins residencial

Localização: ÁREA DE TERRA – LINHA TORMEN

Cidade: Chapeco / SC

Proprietário: DARCI TORMEN

3.1 Empresa Contratante


GM Indústria e Comércio de Fibras LTDA

Faxinal dos Rosas – Interior – Chapecó,SC.

3.2 Endereço da Obra


Localização: Área de terra - Linha Tormen
Chapecó - SC

3.3 Período de Funcionamento


24 horas com vazão de 1000 L/dia

3.4 Responsável Técnico pelo Projeto


Engº Rafael Celuppi
CRQ: 13302144 / CREA: 120817-0

4. Fundamentos de Projeto

A GM ENGFIBRAS é referência em projetos para tratamento de efluentes,


esgotos e de água, assim apresenta o projeto de acordo com sua experiência e
respeitando as normativas existentes, determinações e padrões estabelecidos pela
Resolução CONAMA 430/2011 e NBR 12.209/2011.
Para determinação das contribuições de esgotos sanitários e taxas de infiltração
na rede foram utilizados os critérios técnicos estabelecidos pelas normas da ABNT.
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5. Tratamento Proposto

O tratamento proposto refere-se a reoxigenação do efluente tratado para que


juntamente com a desinfecção, ocorra o polimento final do efluente e o mesmo possa
ser lançado na rede pluvial sem causar danos ambientais.

A imagem abaixo apresenta o fluxograma do processo:

5.1 Descrição do Tratamento

Em sistemas anaeróbios de tratamento de efluentes domésticos as bactérias


depuradoras da matéria orgânica não necessitam de oxigênio para realizar a degradação.
Neste sentido, o efluente tratado na saída dos reatores anaeróbios se caracteriza com
baixa ou inexistência de oxigênio dissolvido.
A NBR 13969 prevê uma concentração mínima de 1,0 mg/L de oxigênio
dissolvido no efluente do reator aerado, além disso, a injeção de oxigênio minimiza os
odores gerados no tratamento anaeróbio (gás metano), e irá oxidar a matéria orgânica
que resta no efluente. Assim, o reator de reoxigenação também pode ser considerado um
polimento no efluente final.
O processo consiste basicamente na injeção de ar em um reator previamente
calculado, com tempo de detenção mínimo para que o oxigênio possa ser transferido. Os
difusores de ar na base do reator, irão fazer a dissolução do ar no líquido.

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5.2 Descrição do Equipamento

O reator de reoxigenação é um tanque fabricado em polipropileno, o qual tem


propriedades como estanqueidade, inércia química e alta resistência. A injeção de ar no
efluente vai ocorrer mecanicamente através de um soprador de ar, e de um difusor de
membrana de bolha fina, o qual possui alta eficiência na difusão.
Além disso, o equipamento irá possuir dispositivos de saída de gás, devido ao
tratamento anterior possuir geração de gás na degradação da matéria orgânica. Isso evita
a concentração de odores. O equipamento além de garantir a reoxigenação devido à alta
eficiência na difusão, o mesmo poderá ainda degradar parte da carga orgânica restante
no efluente.

6. Dimensionamento

6.1 Vazão de Efluente

VAZÃO AFLUENTE SÍMBOLO QUANTIDADE UNIDADE


Vazão média diária Qméd 0,78 m³/d
Vazão média horária Qméd_h 0,0325 m³/h
Vazão máxima Qmáx 1,40 m³/d

6.2 Volume do Reator

Para o volume do reator, devido à alta eficiência de difusão, por ser aerado mecanicamente, o
tempo de detenção hidráulico foi considerado 3 horas:

=3ℎ 0,0325 = 0,0975


3 = 97,5

Portanto, será adotado um tanque construído em PRFV com dimensões mínimas


de ø0,63x 0,5 metros e com volume útil de 130 litros.

6.3 Vazão de Ar

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Para despejos na rede pluvial conforme
NBR 13969/97 o efluente necessita uma concentração mínima de 1,0 mg/L. Para calcular
a demanda de ar foi considerado 50% da carga orgânica afluente ao sistema de tratamento.
Segundo Sperling (1997) a relação para remoção da demanda carbonácea por
oxigênio é de 1,0 kg O2 / kg de DBO. Portanto, a relação nesse sistema:
2

0,135 = 0,135

Para calcular a taxa de transferência de oxigênio máxima no campo:


2
0,135
2
= 0,00562

24 ℎ

A taxa de transferência de oxigênio padrão a ser empregada no sistema é obtida


através do método descrito por Sperling (1997), com os seguintes termos e valores:

Dados Símbolo Quantidade Unidade


Temperatura ambiente T 25 °C
TTOcampo 0,0056 Kg 02/h
Taxa de transferência de oxigênio o campo
CS (20°) 9,02 mg/L
Concentração da saturação de oxigênio na água
limpa a 20°C CS 8,17 mg/L
Concentração da saturação de oxigênio na água
na temperatura ambiente CL 2 mg/L
Concentração de oxigênio mantida no reator
Alt 670 m
Altitude
fH 0,93 -
Fator de correção de Cs para altitude
(= 1- altitude/9450)  0,9 -
Fator de correção para presença de sais, matéria
particulada e agentes tensoativos α 0,75 -
Fator de correção levando em consideração as
características do esgoto e a geometria do reator θ 1,024 -
Coeficiente de temperatura
ar 1,2 Kg/m³
Densidade

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Portanto, a taxa de transferência de oxigênio
padrão é expressa da seguinte
=
maneira:
ã
( . . − ). . −20
(20º )

ã =
0,01
[(0,9 . 0,93 . 8,17) − 2 ] . 0,75. 1,02425−20 9,02(20º )

2
ã = 0,012

A vazão de ar necessária é:
ã

( 0,21 60)

2
0,012

ó
= = 0,68

(1,2 0,21 60)

Considerando a eficiência da difusão de 8%, tem-se a vazão real do processo:


0,68
= = 8,5
ó
0,08

Comercialmente será utilizado 1 difusores de bolha fina tipo HD 230mm com


vazão mínima de ar de 20 L/min.

6.4 Potência do Soprador

P = Q x  x g x (di + H) / 
P = Potência requerida (W)
-4
Q = vazão de ar (1,04 x 10 m³/s)
 = peso específico do líquido (1000 kg/m³)
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s²)
di = profundidade dos difusores (0,6 m)
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H = perda de carga no ramal de distribuição de
ar (0,5 m).
 = Eficiência do motor e do soprador (75 %)
³
0,0003 .1000 . 9,81 (1,0 + 1,0)
³ ²

0,75

=8

Para suprir a necessidade de ar, será necessário um soprador de ar linear YP-


40DU com potência de 42W com capacidade para 43 L ar/min a 120 mbar. Marca de
Referência: Gardner Denver.

7. Programa de Monitoramento do Sistema

Os cálculos demonstrados anteriormente são teóricos podendo os valores de


eficiência do sistema real divergirem dos resultados teóricos. Para efeito de
monitoramento os valores dos parâmetros no final do sistema devem ser inferiores aos
estipulados no Quadro abaixo.

Parâmetros
Descrição Limite Unidade
DBO <60 mg/L
DQO <150 mg/L
Sólidos Sedimentáveis <0,5 mg/L
Óleos e graxas <50 mg/L
Temperatura <40 °C
pH 6a9
Cloro residual >0,5 mg/L
Coliformes fecais <1000 NMP/100 mL
Sólidos não filtráveis <50 mg/L
Oxigênio Dissolvido >1,0 mg/L

Fonte: NBR 13969/97.

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8. Operação dos Equipamentos

8.1 Procedimentos de Rotina

- Verificação do funcionamento dos equipamentos que fornecem o ar ao sistema;


(para manutenções contatar o fabricante)

8.2 Variáveis para Controle de Processo

- Vazão de ar;

9. Destinação dos Produtos Finais

A NBR 13.969/97, estabelece alternativas para a disposição final do efluente, de


acordo com as características encontradas na região.
O lançamento dos efluentes finais pode acontecer em corpos d’água apropriados
(rios classe II), rede pública ou mesmo sumidouro.

9.1 Destinação Final do Efluente Líquido Tratado

A disposição final do efluente tratado para este tratamento é em rede pluvial.

9.2 Disposição Final dos Sólidos

Os sólidos gerados no tratamento deverão ser enviados para disposição final em


aterros sanitários.

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10. Referências Bibliográficas

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13969:


Tanques Sépticos - Unidades de Tratamento Complementar e Disposição Final dos
Efluentes Líquidos - Projeto, Construção e Operação. Rio de Janeiro, 1997.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12209:


Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgotos
sanitários. Rio de Janeiro, 2011.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 430, de


13 de maio de 2011. Dispõe sobre as condições de lançamento de efluentes,
complementa e altera a Resolução n° 357, de 17 de março de 2005, do Conselho
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

JORDÃO, E. P.; PESSÔA, C. A. Tratamento de esgotos domésticos. 4 ed. Rio de


Janeiro, 2005.

METCALF AND EDDY INC. Tratamento de efluentes e recuperação de recursos. 5.


Porto Alegre AMGH 2016 1 recurso online ISBN 9788580555240.

VON SPERLING, M., Princípios do tratamento biológico de águas residuárias.


Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. v. 1. 3 ed. DESA –
UFMG: Minas Gerais, 2005.

VON SPERLING M. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias Lodos


ativados. V. 4. 2 ed. DESA - UFMG. Minas Gerais, 1997.

VON SPERLING, M. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias.


Princípios básicos do tratamento de esgotos. v. 2. 1 ed. DESA-UFMG: Minas Gerais,
1996.

Richter, Carlos A. Água: métodos e tecnologia de tratamento – São Paulo: Blucher,


2009.

Di Bernardo, Luiz; Dantas, Angela Di Bernardo – Métodos e técnicas de Tratamento


de água - 2º Edição – São Carlos: RiMa, 2005. 792 p.

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