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AULAS 1, 2, 3, 4, 5 e 6
CONVERSA INICIAL
2
2020), e processados cognitivamente, incluindo a codificação de símbolos, o
reconhecimento, a atribuição de significado e a organização das informações
musicais (mobilizando habilidades cognitivas relacionadas à atenção, memória,
funções executivas e reprodução – manifestação de comportamentos musicais)
em um processo análogo ao desenvolvimento das habilidades linguísticas. A
propósito, é bastante comum encontrarmos estudos que relacionam a
aprendizagem musical com a linguagem verbal (Demicio; Luz; Arena, 2020).
Saiba mais
As funções executivas consistem em processos cognitivos de
planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas, sequência de ações,
seleção e organização de tarefas para o alcance de metas (APA Dictionary of
Psycology, [S.d.]).
3
e a autocorreção/autoavaliação por parte do estudante) e ao uso de estratégias
proprioceptivas, isto é, associar os fenômenos sonoros com gestos e
movimentos corporais (como quando reproduzimos com as mãos o contorno de
uma melodia, respeitando a amplitude dos saltos e os direcionamentos
melódicos). Para a realização dos exercícios de ditado visando a memorização
e compreensão musical, Caregnato (2015) recomenda:
4
registro notacional); e, por último, mas não menos importante, mobilizar as
competências relacionadas à audiação (Caregnato, 2015; Freire, 2018).
Saiba mais
Figura 1 – Audiação
Crédito: Pathdoc/Shutterstock.
5
informações armazenadas conscientemente ou não, para que possam então ser
levadas ao foco da consciência.
A audiação é para a música o que o pensamento é para linguagem. Audiar
enquanto se executa música é como pensar enquanto se fala, e audiar enquanto
se escuta música é como pensar naquilo que alguém disse e está a dizer,
enquanto se ouve essa pessoa falar (Gordon, 2008, p. 17).
A audiação consiste em um fenômeno cognitivo, uma vez que envolve
processos de atenção, representação, memorização, atribuição de significado,
metacognição (pensar sobre os próprios pensamentos), entre outros aspectos
psicológicos. Para visualizarmos a audiação em ação, façamos uma experiência:
resgate na memória a melodia do samba “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso.
Faça um esforço para levantar o máximo de informações musicais possíveis,
incluindo:
6
Ao longo das nossas aulas, realizaremos práticas relativas aos quatro
enfoques descritos no Quadro 1. Tais práticas serão organizadas e orientadas
ao desenvolvimento das habilidades que mencionamos anteriormente e à
construção de conhecimentos específicos relacionados à estruturação musical
(saberes teórico-musicais).
A teoria da música (também chamada teoria musical ou teoria elementar
da música) é um campo de estudo voltado à conceituação e à sistematização
das representações notacionais (símbolos) dos fenômenos sonoro-musicais. Em
uma aproximação metafórica entre música e linguística, a teoria da música
vincula-se à sintaxe musical, desde um nível elementar (conceitos básicos
relacionados aos elementos da música; aspectos da escrita musical;
classificação/categorização de unidades sonoras como intervalos, acordes e
escalas) até o aprofundamento oferecido pelas disciplinas contraponto,
harmonia, análise musical, fundamentos da composição, instrumentação e
arranjos, entre outras.
Para ampliarmos o nosso entendimento sobre os elementos da
estruturação musical fundamentais à organização e compreensão da música nas
práticas de percepção musical, atentemo-nos às informações dispostas no
Quadro 2, identificando os temas de estudo centrais para as disciplinas de
estruturação, percepção e apreciação musical
7
• Fenômenos / procedimentos harmônicos específicos
8
2. No caso do número inferior, a unidade de tempo – figura de som
representa um pulso (ver Quadro 3).
Número
superior
2 Indica a quantidade de tempos por compasso.
Número
inferior
2 Indica a unidade de tempo (UT).
Classificação por
quantidade de tempos
Classificação pela
natureza do compasso
9
Quando o número inferior da fórmula de compasso for alterado, a figura
de som que representa um tempo no compasso também será alterada. Dessa
forma, mudamos os valores de todas as figuras de som, conservando sempre a
relação proporcional descrita na Figura 2 (ou seja, a semibreve – figura mãe –
pode ser subdividia em 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias
e assim por diante). Na Figura 3, é possível visualizar o registro do mesmo ritmo
em compassos quaternários simples, variando-se a UT.
10
Fonte: Ottman; Rogers, 2011.
11
Saiba mais
A figura do autofalante que você vê na figura acima aparecerá várias
vezes ao longo do texto, sempre carregando um hiperlink. Você deve clicar para
ser direcionado para o áudio a ser apreciado.
12
Fonte: Guest, 2010, v. 2, p. 15.
som ( ).
13
Figura 8 – Prolongamento de acento
); e
14
Figura 10 – Diz que fui por aí (1964) – Zé Kéti
15
a. Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais; nos exercícios com predominância de sincopes,
sugere-se o uso da voz para uma execução mais precisa dos
prolongamentos;
b. Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
c. Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
d. Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples). Desse modo, você pode executar a
leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste caso,
apreciação associada com a execução musical).
16
Figura 13 – Referências de timbres
17
2.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
18
acerca deste tema), apontaremos algumas dentre as principais estratégias para
a identificação auditiva de intervalos melódicos e seguiremos para as atividades
de prática auditiva em música.
Quando for necessário – tal como fizemos no tema anterior a respeito dos
compassos, acentos, sincopes e contratempos –, realizaremos o resgate teórico
de alguns conteúdos. Por ora, vamos nos ater ao reconhecimento auditivo dos
intervalos considerando a classificação numérica e qualitativa (ver Quadro 5).
19
3.1.1 Reconhecimento auditivo de intervalos melódicos
Figura 16 – Cantar
20
(Tom Jobim e
Vinícius de
Moraes)
21
escuta e performance musical e, no quadro apresentado a seguir, indique três
obras (destacando o ponto de referência melódica) para cada intervalo.
Saiba mais
Do móvel – em geral, qualquer sistema de solmização [tônica-solfa]
planejado de tal forma que as silabas [ou símbolos] possam ser utilizadas em
transposição para qualquer tonalidade, em contraposição ao do fixo, no qual as
silabas [ou símbolos] correspondem a frequências invariáveis [fixas] para cada
nota (Apel, 1962 citado por Goldemberg, 2000, p. 10; grifo nosso).
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
23
Saiba mais
Acesse o link a seguir e leia o artigo “Métodos de leitura cantada: dó fixo
versus dó móvel”, de Ricardo Goldemberg:
GOLDEMBERG, R. Métodos de leitura cantada: dó fixo versus dó móvel.
Revista da ABEM, n. 5, set. 2000. Disponível em:
<http://abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/ed5/revista5_artigo1.pdf>.
Acesso em: 14 dez. 2021.
Saiba mais
Sobre os sinais de manossolfa:
Os gestos são feitos em movimento vertical à frente do corpo, onde as
alturas são apresentadas no sentido grave (embaixo) e agudo (em cima),
subindo e descendo e simulando a distância intervalar entre cada uma das
alturas cantadas [...]. A velocidade de movimentação da(s) mão(s) na
manossolfa indica a duração das notas cantadas (o ritmo) (Silva, 2012, p. 75).
25
Conforme mencionado por Silva (2012), na manossolfa não há uma
representação precisa das durações. Portanto, o ritmo se constrói em função da
velocidade dos movimentos manuais e de sutilezas gestuais.
Saiba mais
Leia o capítulo: “Zoltán Kodály – Alfabetização e habilidades musicais” por
Walênia Marília Silva no livro a seguir:
MATEIRO, T.; ILARI, B. (orgs.). Pedagogias em educação musical.
Curitiba: IBPEX, 2012, p. 13-24.
Saiba mais
Por aspectos interpretativos entendemos elementos como dinâmicas,
articulações, andamentos, agógica e indicações de caráter / expressão.
26
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz;
• Acompanhamentos musicais: caso domine um instrumento harmônico
(como o violão ou teclado/piano), você pode acompanhar-se. Para isso,
deverá mobilizar os seus conhecimentos sobre harmonia para harmonizar
as melodias que serão solfejadas. Você pode se ater as funções
harmônicas básicas e explorar as progressões e cadências mais usuais –
autêntica, suspensiva (semicadência), de engano e plagal. Além disso,
você pode se acompanhar apenas melodicamente, executando ao
teclado/piano a melodia solfejada; importante: por limitar a autonomia na
prática do solfejo, esta última estratégia deve ser paulatinamente
abandonada;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a ocorrência de síncopes e
contratempos; (b) a forma/estrutura (considerando os sinais de repetição).
Figuras 19 a 21 – Exercícios
Fonte: Lozano, 1942, S.d.; Dannhäuser, 1891, p. 13; Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 28.
27
4.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
28
5.1 Fundamentos da escuta rítmica
Saiba mais
Para ampliar a sua compreensão sobre o método O Passo,
recomendamos a literatura especializada:
CIAVATTA, L. O Passo – música e educação. Rio de Janeiro: Edição do
Autor, 2012.
30
Nas partituras d’O Passo, dentre a diversidades de símbolos explorados,
merecem destaque os algarismos arábicos (que representam os pulsos) e as
vogais “e”, “i” e “o” (as quais representam os contratempos e subdivisões). Os
números fora dos parêntesis são sons, e os números entre parêntesis são
pausas. Cada linha (identificada com uma letra) representa um compasso. A
execução da partitura deve ser realizada com a voz (pronunciando números e
vogais), com sons corporais (a exemplo das palmas) e com instrumentos
musicais (com destaque à percussão) (ver Quadro 10).
31
5.2 Atividades de prática auditiva em música
NA PRÁTICA
32
possível, grave as quatro vozes e realize a sobreposição em um software de
edição de áudio e vídeo. Certamente será uma experiência musical interessante!
FINALIZANDO
33
REFERÊNCIAS
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for sight singing. São Paulo: Pearson
Education - Prentice Hall, 2011.
34
OTUTUMI, C. H. V. O ensino tradicional na disciplina Percepção Musical:
principais aspectos em destaque por autores da área nos últimos anos. Revista
Vórtex, Curitiba, n. 2, 2013, p. 168-190
35
AULA 2 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, NOÇÕES DE QUIÁLTERAS, INTRODUÇÃO ÀS
ESCALAS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
36
Quadro 1 – I Want You (1977) – The Beatlles
38
a quantidade de silabas da palavra seja equivalente a quantidade de notas
da célula rítmica).
Exemplos:
1=Pão; 2=Bo-lo; 3=La-sa-nha; 4=Cho-co-la-te; 5=Co-pa-ca-ba-na
7=Co-pa-ca-ba-na-ca-fé (ou dó-ré-mi-fá-sol-lá-si).
Quadro 3 – Exercício
1 1 4 2 3 2 1 4
2 5 2 4 1 7 2 1
Observe que há três células em negrito. Por qual razão essas células
merecem destaque nesse contexto métrico? Trata-se de ritmos que extrapolam
as capacidades de subdivisão regular dos pulsos. Pensemos juntos: se em um
compasso simples a subdivisão do pulso é binária, células baseadas na
subdivisão em três, cinco e sete partes extrapolam e alteram a capacidade usual
dos pulsos do compasso; daí a ideia de quiáltera – grupos de notas que não
respeitam a subdivisão convencional/regular dos compassos e pulsos. As
quiálteras aumentativas são aquelas que ampliam a capacidade do compasso
ou pulso; no sentido contrário, as quiálteras diminutivas reduzem a capacidade
do compasso ou pulso.
Na escrita convencional, registramos esses recursos rítmicos por meio da
crifragem das quiálteras, indicando a célula rítmica/compasso com uma
chave/colchete ou ligadura e a quantidades de subdivisões proposta. A Figura 3
apresenta o trecho que praticamos numericamente em notação tradicional.
39
Quadro 4 – Principais tipos de quiálteras
40
quiálteras regulares são formadas por notas de mesmo valor e as quiálteras
irregulares são formadas por notas de valores diferentes.
41
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais.
42
o Realize o exercício conduzindo a regência d’O Passo em compasso
quaternário composto.
Quadro 5 – Exercício
Compasso quaternário
43
Fonte: Gava, 2011, p. 12, 14.
• Referências para a silabação rítmica: além do “tá” para o pulso, o “tá – ti”
para a subdivisão em dois e o “tá-tu-ti-tu” para a subdivisão em quatro,
podemos estabelecer referências silábicas para as quiálteras
44
2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
45
3.1.1 Cantar!
3.1.2 Associar!
46
Quadro 7 – Referências associativas para a identificação e acordes
Elementos associativos
Acordes
Maiores Emoções relacionadas a alegria; sonoridade mais aberta,
iluminada, brilhante.
Menores Emoções relacionadas a tristeza; sonoridade mais
fechada, escura, opaca.
Aumentados Sonoridade expandida (decorrente da presença da 5ª
aumentada), de caráter misterioso.
Diminutos Sonoridade contraída e sensação de tensão (decorrente
da presença do trítono – 5ª diminuta).
47
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como ocorre
a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
1 1
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1
50
Figura 16 – Exercícios – Melodias em compassos simples e compostos com uso
de quiálteras
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
51
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
.
Fonte: Guest, 2010, v. 1, p. 96.
52
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
53
REFERÊNCIAS
54
AULA 3 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, QUIÁLTERAS, ESCALAS TONAIS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
55
psicologia cognitiva da música – e descrevendo as práticas relacionadas a esta
disciplina, as quais envolvem especialmente leitura e escuta musical, apreciação
musical direcionada/focalizada, atividades de composição, improvisação e
performance musical.
Além disso, frisamos a necessária articulação entre a percepção musical
e os saberes teórico/estruturantes da música – envolvendo aspectos rítmicos e
métricos, melódicos e harmônicos, formais e estruturais –, e propusemos quatro
eixos norteadores para as práticas no âmbito da disciplina:
56
• Estratégias e recomendações para as práticas de escuta melódico-
harmônica e criação/execução melódica.
57
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos).
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente.
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula anterior).
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
58
Figura 1 – Prática em compassos compostos
59
Figura 3 – Compasso binário composto – Colunas e linhas
A B C
1
D E F
1
60
Figura 5 – Exercícios – Quiálteras em compasso simples (1)
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
61
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
Acorde 1: Acorde 5:
Acorde 2: Acorde 6:
Acorde 3: Acorde 7:
Acorde 4: Acorde 8:
Fonte: Guest, 2010.
62
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
63
Figura 7 – Melodia 1
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
Figura 8 – Melodia 2
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2
1 1 1 1
Figura 9 – Melodia 3
1 1
7 7
6 6 6
5 5 5
4 4
3 3
2
1
Figura 10 – Melodia 4
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
64
4.2 Performance musical
65
Fonte: Ottman; Rogers, 2011, p. 59-60.
Figura 12 – Ostinatos
Ostinato 1 Ostinato 2
Ostinato 3 Ostinato 4
66
Fonte: Krueger, 2011, p. 255-256.
67
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
68
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
Pesquisa sonoro-musical
Diferente do que se possa equivocadamente pensar, músicas em
compassos compostos são bastante comuns – tanto no contexto da música de
concerto quanto na música popular. Nesse sentido, convido você a realizar uma
pesquisa sonoro-musical para identificar ao menos dez obras (canções ou
músicas instrumentais) em compasso composto.
FINALIZANDO
69
Figura 15 – Síntese da aula
70
REFERÊNCIAS
71
AULA 4 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
INTRODUÇÃO À POLIRRITMIA, CAMPO HARMÔNICO E FUNÇÕES TONAIS
CONVERSA INICIAL
72
Quadro 1 – Configuração dos acordes com sétima (tétrades)
73
Para a construção do campo harmônico de tétrades, tomamos o campo
harmônico de tríades e acrescentamos as sétimas aos acordes.
Saiba mais
No modo menor, há mais possibilidades de formação de CH. Isso se deve
ao fato de que existem escalas menores nas formas harmônica (com o 7º grau
elevando em meio tom) e melódica (com o 6º e o 7º graus elevados em meio
tom). Para fins de ilustração, apresentamos aqui apenas o CH da escala menor
harmônica.
74
Dominante Movimento (encaminhamento para V VII
o repouso), tensão e instabilidade.
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula dois, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos). Nos exercícios
polirrítmicos a duas vozes, você deve selecionar um timbre específico
para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-palma / 2-pés; (c) 1-
vóz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomendam-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
75
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula dois);
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
76
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar polirritmia com sobreposição de vozes.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
77
Quadro 6 – Trechos musicais indicados
78
• Timbres: para a melodia, utilize a voz e realize a execução sempre
pronunciando os nomes de notas (inicie o estudo praticando a leitura
métrica e, na sequência, avance para o solfejo melódico); para o ostinato
rítmico, utilize sons corporais (a exemplo de palmas, peito, perna ou pés);
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) ao contexto tonal explorado no exercício; (c) a
forma/estrutura da melodia (considerando os sinais de repetição).
Observação: se as especificidades rítmicas representarem um desafio
para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode praticar
apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição polirrítmica.
79
Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 51.
80
(ou suspeitando) qual é o compasso, você já pode associar a regência
d’O Passo, realizando uma audição musical ativa;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental! Execute cada uma das vozes
vocalmente e conduzindo a regência d’O Passo;
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (uma voz por vez, de dois em dois
ou quatro em quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só
vez.
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore uma pequena composição melódica com um ostinato rítmico,
considerando as seguintes diretrizes:
81
• Timbre: voz para a melodia (canto com os nomes das notas) e sons
corporais para o ostinato rítmico;
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar um ostinato rítmico.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
Práticas
Revisão: Percepção Práticas de
polirrítmicas com Práticas
formação de auditivo-musical - solfejos com
e sem de escuta
acordes de progressões ostinatos
sobreposição de rítmica.
tétrades. harmônicas. rítmicos.
vozes.
Prática de escuta
Práticas
Revisão: campo Criação musical – melódica: Transcrição
melódicas em
harmônico e composição melodias em rítmica a duas
diferentes
funções tonais. polirrítmica. contextos vozes.
contextos tonais.
homofônicos.
82
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for Sight Singing. São Paulo: Pearson
Education – Prentice Hall, 2011.
83
AULA 5 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS ALTERNADOS, CADÊNCIAS HARMÔNICAS E PRÁTICAS
MELÓDICAS EM CONTEXTOS MODAIS
CONVERSA INICIAL
84
análise das UTs nos compassos alternados considera as diretrizes utilizadas nos
compassos simples e compostos.
Classificação pela
natureza do compasso
Simples Compostos Alternados
2 3 4 6 9 12 5 7 8 10 11
4 2 8 8 8 8 4 8 16 32 8
85
dominante). No Quadro 3, é possível identificar os quatro tipos básicos de
cadências harmônicas. Trata-se de modelos cadenciais aplicáveis tanto aos
modos maior e menor, conservando-se as características dos acordes
encontrados no campo harmônico da tonalidade.
Saiba mais
As cadências autênticas podem também ser “imperfeitas”. Nesse caso,
deve-se inverter um dos acordes (posicionando no baixo outra nota que não a
fundamental) ou substituir o acorde de dominante com sétima (v7) pelo acorde
de sétima da sensível (viio).
86
Quadro 4 – Escalas modais
Frígio: Menor 2ª m
Mi – Mi
Saiba mais
Os intervalos característicos das escalas modais são construídos a partir
da tônica; por exemplo: em ré dórico, a 3ª m é ré-fá; a 6ª M é ré-si; a 7ª m é ré-
dó.
87
2.1 Exercícios preparatórios
Como vimos nas aulas anteriores, o método O Passo propõe, dentre uma
diversidade de práticas, atividades com o foco na ampliação da consciência
rítmica e métrica. Destacamos aqui o exercício Compassos alternados (ciclos de
12 tempos), o qual utiliza diversas métricas alternadas de modo a formar frases
de 12 tempos, explorando a percepção métrica e a polirritmia (por meio da
sobreposição de três vozes na execução coletiva). Para executá-lo, utilizaremos
movimento corporal (regência d’O Passo para os compassos binários, ternário e
quaternários e palmas para a produção sonora). O primeiro tempo de cada frase
é marcado com uma palma grave; dentro das frases, o primeiro tempo de cada
compasso é marcado com uma palma aguda. Assim, a atividade explora as
expressões sonora e gestual (corporal).
Figura 2 – Exercício
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica que podem ser adaptadas para compassos alternados).
Nos exercícios polirrítmicos com o uso de ostinatos, você deve selecionar
um timbre específico para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-
palma / 2-pés; (c) 1-voz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
88
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício. Desse
modo, você pode executar a leitura rítmica em uma prática de audição
musical ativa (neste caso, a apreciação associada com a execução
musical).
A B C
1
D E F
1
89
2
6
Fonte: Gava, 2015, p. 3.
90
Fonte: Gava, 2015, p. 14.
Saiba mais
91
meia cadência – em pontos específicos das músicas (segundo a minutagem
indicada).
92
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento, o compasso e a
extensão (tamanho) do trecho a ser transcrito; aproveite para realizar uma
organização mental prévia da estrutura rítmica e melódica. Aqui você já
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
93
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) as diferentes escalas modais exploradas nos
exercícios. Observação: se as especificidades rítmicas representarem um
desafio para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode
praticar apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição
polirrítmica.
94
Figura 7 – Ostinatos (2)
95
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento e a extensão
(tamanho) do trecho a ser transcrito. Aqui você já pode usar o movimento
corporal como apoio (batendo palmas no pulso, por exemplo);
• Na sequência, busque identificar o compasso (atentando para o acento
métrico) e inicie uma organização mental da estrutura rítmica. Seguir
externando a percepção do pulso (com palmas ou pés) segue sendo uma
estratégia interessante aqui;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
96
FINALIZANDO
Práticas em
Percepção
Conhecendo os compassos Solfejo: melodias Práticas
auditivo-musical -
compassos alternados: em contextos de escuta
cadências
alternados. exercícios modais. rítmica.
harmônicas.
preparatórios
97
REFERÊNCIAS
98
AULA 6 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL: PRÁTICAS
RÍTMICAS E MELÓDICO-HARMÔNICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MUSICAIS
CONVERSA INICIAL
99
1.2 Aspectos métricos e rítmicos
100
Figura 1 – Partitura de “Conversa boa”
101
Fonte: Otutumi, 2020, p. 12.
Tabela 1 – Cadências
102
3.2 Prática de escuta melódica
103
TEMA 4 – SOLFEJO MELÓDICO: AMPLIANDO AS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO
MELÓDICA EM CONTEXTOS POLIFÔNICOS
104
105
TEMA 5 – ESCUTA RÍTMICA: PRÁTICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MÉTRICOS, INTEGRANDO OS FENÔMENOS RÍTMICOS ESTUDADOS ATÉ
AQUI
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore a melodia para a progressão harmônica apresentada a seguir:
107
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
108
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
109
PERCEPÇÃO MUSICAL
AULAS 1, 2, 3, 4, 5 e 6
CONVERSA INICIAL
2
2020), e processados cognitivamente, incluindo a codificação de símbolos, o
reconhecimento, a atribuição de significado e a organização das informações
musicais (mobilizando habilidades cognitivas relacionadas à atenção, memória,
funções executivas e reprodução – manifestação de comportamentos musicais)
em um processo análogo ao desenvolvimento das habilidades linguísticas. A
propósito, é bastante comum encontrarmos estudos que relacionam a
aprendizagem musical com a linguagem verbal (Demicio; Luz; Arena, 2020).
Saiba mais
As funções executivas consistem em processos cognitivos de
planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas, sequência de ações,
seleção e organização de tarefas para o alcance de metas (APA Dictionary of
Psycology, [S.d.]).
3
e a autocorreção/autoavaliação por parte do estudante) e ao uso de estratégias
proprioceptivas, isto é, associar os fenômenos sonoros com gestos e
movimentos corporais (como quando reproduzimos com as mãos o contorno de
uma melodia, respeitando a amplitude dos saltos e os direcionamentos
melódicos). Para a realização dos exercícios de ditado visando a memorização
e compreensão musical, Caregnato (2015) recomenda:
4
registro notacional); e, por último, mas não menos importante, mobilizar as
competências relacionadas à audiação (Caregnato, 2015; Freire, 2018).
Saiba mais
Figura 1 – Audiação
Crédito: Pathdoc/Shutterstock.
5
informações armazenadas conscientemente ou não, para que possam então ser
levadas ao foco da consciência.
A audiação é para a música o que o pensamento é para linguagem. Audiar
enquanto se executa música é como pensar enquanto se fala, e audiar enquanto
se escuta música é como pensar naquilo que alguém disse e está a dizer,
enquanto se ouve essa pessoa falar (Gordon, 2008, p. 17).
A audiação consiste em um fenômeno cognitivo, uma vez que envolve
processos de atenção, representação, memorização, atribuição de significado,
metacognição (pensar sobre os próprios pensamentos), entre outros aspectos
psicológicos. Para visualizarmos a audiação em ação, façamos uma experiência:
resgate na memória a melodia do samba “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso.
Faça um esforço para levantar o máximo de informações musicais possíveis,
incluindo:
6
Ao longo das nossas aulas, realizaremos práticas relativas aos quatro
enfoques descritos no Quadro 1. Tais práticas serão organizadas e orientadas
ao desenvolvimento das habilidades que mencionamos anteriormente e à
construção de conhecimentos específicos relacionados à estruturação musical
(saberes teórico-musicais).
A teoria da música (também chamada teoria musical ou teoria elementar
da música) é um campo de estudo voltado à conceituação e à sistematização
das representações notacionais (símbolos) dos fenômenos sonoro-musicais. Em
uma aproximação metafórica entre música e linguística, a teoria da música
vincula-se à sintaxe musical, desde um nível elementar (conceitos básicos
relacionados aos elementos da música; aspectos da escrita musical;
classificação/categorização de unidades sonoras como intervalos, acordes e
escalas) até o aprofundamento oferecido pelas disciplinas contraponto,
harmonia, análise musical, fundamentos da composição, instrumentação e
arranjos, entre outras.
Para ampliarmos o nosso entendimento sobre os elementos da
estruturação musical fundamentais à organização e compreensão da música nas
práticas de percepção musical, atentemo-nos às informações dispostas no
Quadro 2, identificando os temas de estudo centrais para as disciplinas de
estruturação, percepção e apreciação musical
7
• Fenômenos / procedimentos harmônicos específicos
8
2. No caso do número inferior, a unidade de tempo – figura de som
representa um pulso (ver Quadro 3).
Número
superior
2 Indica a quantidade de tempos por compasso.
Número
inferior
2 Indica a unidade de tempo (UT).
Classificação por
quantidade de tempos
Classificação pela
natureza do compasso
9
Quando o número inferior da fórmula de compasso for alterado, a figura
de som que representa um tempo no compasso também será alterada. Dessa
forma, mudamos os valores de todas as figuras de som, conservando sempre a
relação proporcional descrita na Figura 2 (ou seja, a semibreve – figura mãe –
pode ser subdividia em 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias
e assim por diante). Na Figura 3, é possível visualizar o registro do mesmo ritmo
em compassos quaternários simples, variando-se a UT.
10
Fonte: Ottman; Rogers, 2011.
11
Saiba mais
A figura do autofalante que você vê na figura acima aparecerá várias
vezes ao longo do texto, sempre carregando um hiperlink. Você deve clicar para
ser direcionado para o áudio a ser apreciado.
12
Fonte: Guest, 2010, v. 2, p. 15.
som ( ).
13
Figura 8 – Prolongamento de acento
); e
14
Figura 10 – Diz que fui por aí (1964) – Zé Kéti
15
a. Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais; nos exercícios com predominância de sincopes,
sugere-se o uso da voz para uma execução mais precisa dos
prolongamentos;
b. Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
c. Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
d. Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples). Desse modo, você pode executar a
leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste caso,
apreciação associada com a execução musical).
16
Figura 13 – Referências de timbres
17
2.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
18
acerca deste tema), apontaremos algumas dentre as principais estratégias para
a identificação auditiva de intervalos melódicos e seguiremos para as atividades
de prática auditiva em música.
Quando for necessário – tal como fizemos no tema anterior a respeito dos
compassos, acentos, sincopes e contratempos –, realizaremos o resgate teórico
de alguns conteúdos. Por ora, vamos nos ater ao reconhecimento auditivo dos
intervalos considerando a classificação numérica e qualitativa (ver Quadro 5).
19
3.1.1 Reconhecimento auditivo de intervalos melódicos
Figura 16 – Cantar
20
(Tom Jobim e
Vinícius de
Moraes)
21
escuta e performance musical e, no quadro apresentado a seguir, indique três
obras (destacando o ponto de referência melódica) para cada intervalo.
Saiba mais
Do móvel – em geral, qualquer sistema de solmização [tônica-solfa]
planejado de tal forma que as silabas [ou símbolos] possam ser utilizadas em
transposição para qualquer tonalidade, em contraposição ao do fixo, no qual as
silabas [ou símbolos] correspondem a frequências invariáveis [fixas] para cada
nota (Apel, 1962 citado por Goldemberg, 2000, p. 10; grifo nosso).
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
23
Saiba mais
Acesse o link a seguir e leia o artigo “Métodos de leitura cantada: dó fixo
versus dó móvel”, de Ricardo Goldemberg:
GOLDEMBERG, R. Métodos de leitura cantada: dó fixo versus dó móvel.
Revista da ABEM, n. 5, set. 2000. Disponível em:
<http://abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/ed5/revista5_artigo1.pdf>.
Acesso em: 14 dez. 2021.
Saiba mais
Sobre os sinais de manossolfa:
Os gestos são feitos em movimento vertical à frente do corpo, onde as
alturas são apresentadas no sentido grave (embaixo) e agudo (em cima),
subindo e descendo e simulando a distância intervalar entre cada uma das
alturas cantadas [...]. A velocidade de movimentação da(s) mão(s) na
manossolfa indica a duração das notas cantadas (o ritmo) (Silva, 2012, p. 75).
25
Conforme mencionado por Silva (2012), na manossolfa não há uma
representação precisa das durações. Portanto, o ritmo se constrói em função da
velocidade dos movimentos manuais e de sutilezas gestuais.
Saiba mais
Leia o capítulo: “Zoltán Kodály – Alfabetização e habilidades musicais” por
Walênia Marília Silva no livro a seguir:
MATEIRO, T.; ILARI, B. (orgs.). Pedagogias em educação musical.
Curitiba: IBPEX, 2012, p. 13-24.
Saiba mais
Por aspectos interpretativos entendemos elementos como dinâmicas,
articulações, andamentos, agógica e indicações de caráter / expressão.
26
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz;
• Acompanhamentos musicais: caso domine um instrumento harmônico
(como o violão ou teclado/piano), você pode acompanhar-se. Para isso,
deverá mobilizar os seus conhecimentos sobre harmonia para harmonizar
as melodias que serão solfejadas. Você pode se ater as funções
harmônicas básicas e explorar as progressões e cadências mais usuais –
autêntica, suspensiva (semicadência), de engano e plagal. Além disso,
você pode se acompanhar apenas melodicamente, executando ao
teclado/piano a melodia solfejada; importante: por limitar a autonomia na
prática do solfejo, esta última estratégia deve ser paulatinamente
abandonada;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a ocorrência de síncopes e
contratempos; (b) a forma/estrutura (considerando os sinais de repetição).
Figuras 19 a 21 – Exercícios
Fonte: Lozano, 1942, S.d.; Dannhäuser, 1891, p. 13; Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 28.
27
4.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
28
5.1 Fundamentos da escuta rítmica
Saiba mais
Para ampliar a sua compreensão sobre o método O Passo,
recomendamos a literatura especializada:
CIAVATTA, L. O Passo – música e educação. Rio de Janeiro: Edição do
Autor, 2012.
30
Nas partituras d’O Passo, dentre a diversidades de símbolos explorados,
merecem destaque os algarismos arábicos (que representam os pulsos) e as
vogais “e”, “i” e “o” (as quais representam os contratempos e subdivisões). Os
números fora dos parêntesis são sons, e os números entre parêntesis são
pausas. Cada linha (identificada com uma letra) representa um compasso. A
execução da partitura deve ser realizada com a voz (pronunciando números e
vogais), com sons corporais (a exemplo das palmas) e com instrumentos
musicais (com destaque à percussão) (ver Quadro 10).
31
5.2 Atividades de prática auditiva em música
NA PRÁTICA
32
possível, grave as quatro vozes e realize a sobreposição em um software de
edição de áudio e vídeo. Certamente será uma experiência musical interessante!
FINALIZANDO
33
REFERÊNCIAS
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for sight singing. São Paulo: Pearson
Education - Prentice Hall, 2011.
34
OTUTUMI, C. H. V. O ensino tradicional na disciplina Percepção Musical:
principais aspectos em destaque por autores da área nos últimos anos. Revista
Vórtex, Curitiba, n. 2, 2013, p. 168-190
35
AULA 2 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, NOÇÕES DE QUIÁLTERAS, INTRODUÇÃO ÀS
ESCALAS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
36
Quadro 1 – I Want You (1977) – The Beatlles
38
a quantidade de silabas da palavra seja equivalente a quantidade de notas
da célula rítmica).
Exemplos:
1=Pão; 2=Bo-lo; 3=La-sa-nha; 4=Cho-co-la-te; 5=Co-pa-ca-ba-na
7=Co-pa-ca-ba-na-ca-fé (ou dó-ré-mi-fá-sol-lá-si).
Quadro 3 – Exercício
1 1 4 2 3 2 1 4
2 5 2 4 1 7 2 1
Observe que há três células em negrito. Por qual razão essas células
merecem destaque nesse contexto métrico? Trata-se de ritmos que extrapolam
as capacidades de subdivisão regular dos pulsos. Pensemos juntos: se em um
compasso simples a subdivisão do pulso é binária, células baseadas na
subdivisão em três, cinco e sete partes extrapolam e alteram a capacidade usual
dos pulsos do compasso; daí a ideia de quiáltera – grupos de notas que não
respeitam a subdivisão convencional/regular dos compassos e pulsos. As
quiálteras aumentativas são aquelas que ampliam a capacidade do compasso
ou pulso; no sentido contrário, as quiálteras diminutivas reduzem a capacidade
do compasso ou pulso.
Na escrita convencional, registramos esses recursos rítmicos por meio da
crifragem das quiálteras, indicando a célula rítmica/compasso com uma
chave/colchete ou ligadura e a quantidades de subdivisões proposta. A Figura 3
apresenta o trecho que praticamos numericamente em notação tradicional.
39
Quadro 4 – Principais tipos de quiálteras
40
quiálteras regulares são formadas por notas de mesmo valor e as quiálteras
irregulares são formadas por notas de valores diferentes.
41
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais.
42
o Realize o exercício conduzindo a regência d’O Passo em compasso
quaternário composto.
Quadro 5 – Exercício
Compasso quaternário
43
Fonte: Gava, 2011, p. 12, 14.
• Referências para a silabação rítmica: além do “tá” para o pulso, o “tá – ti”
para a subdivisão em dois e o “tá-tu-ti-tu” para a subdivisão em quatro,
podemos estabelecer referências silábicas para as quiálteras
44
2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
45
3.1.1 Cantar!
3.1.2 Associar!
46
Quadro 7 – Referências associativas para a identificação e acordes
Elementos associativos
Acordes
Maiores Emoções relacionadas a alegria; sonoridade mais aberta,
iluminada, brilhante.
Menores Emoções relacionadas a tristeza; sonoridade mais
fechada, escura, opaca.
Aumentados Sonoridade expandida (decorrente da presença da 5ª
aumentada), de caráter misterioso.
Diminutos Sonoridade contraída e sensação de tensão (decorrente
da presença do trítono – 5ª diminuta).
47
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como ocorre
a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
1 1
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1
50
Figura 16 – Exercícios – Melodias em compassos simples e compostos com uso
de quiálteras
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
51
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
.
Fonte: Guest, 2010, v. 1, p. 96.
52
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
53
REFERÊNCIAS
54
AULA 3 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, QUIÁLTERAS, ESCALAS TONAIS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
55
psicologia cognitiva da música – e descrevendo as práticas relacionadas a esta
disciplina, as quais envolvem especialmente leitura e escuta musical, apreciação
musical direcionada/focalizada, atividades de composição, improvisação e
performance musical.
Além disso, frisamos a necessária articulação entre a percepção musical
e os saberes teórico/estruturantes da música – envolvendo aspectos rítmicos e
métricos, melódicos e harmônicos, formais e estruturais –, e propusemos quatro
eixos norteadores para as práticas no âmbito da disciplina:
56
• Estratégias e recomendações para as práticas de escuta melódico-
harmônica e criação/execução melódica.
57
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos).
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente.
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula anterior).
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
58
Figura 1 – Prática em compassos compostos
59
Figura 3 – Compasso binário composto – Colunas e linhas
A B C
1
D E F
1
60
Figura 5 – Exercícios – Quiálteras em compasso simples (1)
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
61
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
Acorde 1: Acorde 5:
Acorde 2: Acorde 6:
Acorde 3: Acorde 7:
Acorde 4: Acorde 8:
Fonte: Guest, 2010.
62
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
63
Figura 7 – Melodia 1
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
Figura 8 – Melodia 2
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2
1 1 1 1
Figura 9 – Melodia 3
1 1
7 7
6 6 6
5 5 5
4 4
3 3
2
1
Figura 10 – Melodia 4
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
64
4.2 Performance musical
65
Fonte: Ottman; Rogers, 2011, p. 59-60.
Figura 12 – Ostinatos
Ostinato 1 Ostinato 2
Ostinato 3 Ostinato 4
66
Fonte: Krueger, 2011, p. 255-256.
67
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
68
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
Pesquisa sonoro-musical
Diferente do que se possa equivocadamente pensar, músicas em
compassos compostos são bastante comuns – tanto no contexto da música de
concerto quanto na música popular. Nesse sentido, convido você a realizar uma
pesquisa sonoro-musical para identificar ao menos dez obras (canções ou
músicas instrumentais) em compasso composto.
FINALIZANDO
69
Figura 15 – Síntese da aula
70
REFERÊNCIAS
71
AULA 4 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
INTRODUÇÃO À POLIRRITMIA, CAMPO HARMÔNICO E FUNÇÕES TONAIS
CONVERSA INICIAL
72
Quadro 1 – Configuração dos acordes com sétima (tétrades)
73
Para a construção do campo harmônico de tétrades, tomamos o campo
harmônico de tríades e acrescentamos as sétimas aos acordes.
Saiba mais
No modo menor, há mais possibilidades de formação de CH. Isso se deve
ao fato de que existem escalas menores nas formas harmônica (com o 7º grau
elevando em meio tom) e melódica (com o 6º e o 7º graus elevados em meio
tom). Para fins de ilustração, apresentamos aqui apenas o CH da escala menor
harmônica.
74
Dominante Movimento (encaminhamento para V VII
o repouso), tensão e instabilidade.
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula dois, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos). Nos exercícios
polirrítmicos a duas vozes, você deve selecionar um timbre específico
para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-palma / 2-pés; (c) 1-
vóz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomendam-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
75
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula dois);
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
76
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar polirritmia com sobreposição de vozes.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
77
Quadro 6 – Trechos musicais indicados
78
• Timbres: para a melodia, utilize a voz e realize a execução sempre
pronunciando os nomes de notas (inicie o estudo praticando a leitura
métrica e, na sequência, avance para o solfejo melódico); para o ostinato
rítmico, utilize sons corporais (a exemplo de palmas, peito, perna ou pés);
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) ao contexto tonal explorado no exercício; (c) a
forma/estrutura da melodia (considerando os sinais de repetição).
Observação: se as especificidades rítmicas representarem um desafio
para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode praticar
apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição polirrítmica.
79
Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 51.
80
(ou suspeitando) qual é o compasso, você já pode associar a regência
d’O Passo, realizando uma audição musical ativa;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental! Execute cada uma das vozes
vocalmente e conduzindo a regência d’O Passo;
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (uma voz por vez, de dois em dois
ou quatro em quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só
vez.
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore uma pequena composição melódica com um ostinato rítmico,
considerando as seguintes diretrizes:
81
• Timbre: voz para a melodia (canto com os nomes das notas) e sons
corporais para o ostinato rítmico;
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar um ostinato rítmico.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
Práticas
Revisão: Percepção Práticas de
polirrítmicas com Práticas
formação de auditivo-musical - solfejos com
e sem de escuta
acordes de progressões ostinatos
sobreposição de rítmica.
tétrades. harmônicas. rítmicos.
vozes.
Prática de escuta
Práticas
Revisão: campo Criação musical – melódica: Transcrição
melódicas em
harmônico e composição melodias em rítmica a duas
diferentes
funções tonais. polirrítmica. contextos vozes.
contextos tonais.
homofônicos.
82
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for Sight Singing. São Paulo: Pearson
Education – Prentice Hall, 2011.
83
AULA 5 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS ALTERNADOS, CADÊNCIAS HARMÔNICAS E PRÁTICAS
MELÓDICAS EM CONTEXTOS MODAIS
CONVERSA INICIAL
84
análise das UTs nos compassos alternados considera as diretrizes utilizadas nos
compassos simples e compostos.
Classificação pela
natureza do compasso
Simples Compostos Alternados
2 3 4 6 9 12 5 7 8 10 11
4 2 8 8 8 8 4 8 16 32 8
85
dominante). No Quadro 3, é possível identificar os quatro tipos básicos de
cadências harmônicas. Trata-se de modelos cadenciais aplicáveis tanto aos
modos maior e menor, conservando-se as características dos acordes
encontrados no campo harmônico da tonalidade.
Saiba mais
As cadências autênticas podem também ser “imperfeitas”. Nesse caso,
deve-se inverter um dos acordes (posicionando no baixo outra nota que não a
fundamental) ou substituir o acorde de dominante com sétima (v7) pelo acorde
de sétima da sensível (viio).
86
Quadro 4 – Escalas modais
Frígio: Menor 2ª m
Mi – Mi
Saiba mais
Os intervalos característicos das escalas modais são construídos a partir
da tônica; por exemplo: em ré dórico, a 3ª m é ré-fá; a 6ª M é ré-si; a 7ª m é ré-
dó.
87
2.1 Exercícios preparatórios
Como vimos nas aulas anteriores, o método O Passo propõe, dentre uma
diversidade de práticas, atividades com o foco na ampliação da consciência
rítmica e métrica. Destacamos aqui o exercício Compassos alternados (ciclos de
12 tempos), o qual utiliza diversas métricas alternadas de modo a formar frases
de 12 tempos, explorando a percepção métrica e a polirritmia (por meio da
sobreposição de três vozes na execução coletiva). Para executá-lo, utilizaremos
movimento corporal (regência d’O Passo para os compassos binários, ternário e
quaternários e palmas para a produção sonora). O primeiro tempo de cada frase
é marcado com uma palma grave; dentro das frases, o primeiro tempo de cada
compasso é marcado com uma palma aguda. Assim, a atividade explora as
expressões sonora e gestual (corporal).
Figura 2 – Exercício
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica que podem ser adaptadas para compassos alternados).
Nos exercícios polirrítmicos com o uso de ostinatos, você deve selecionar
um timbre específico para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-
palma / 2-pés; (c) 1-voz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
88
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício. Desse
modo, você pode executar a leitura rítmica em uma prática de audição
musical ativa (neste caso, a apreciação associada com a execução
musical).
A B C
1
D E F
1
89
2
6
Fonte: Gava, 2015, p. 3.
90
Fonte: Gava, 2015, p. 14.
Saiba mais
91
meia cadência – em pontos específicos das músicas (segundo a minutagem
indicada).
92
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento, o compasso e a
extensão (tamanho) do trecho a ser transcrito; aproveite para realizar uma
organização mental prévia da estrutura rítmica e melódica. Aqui você já
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
93
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) as diferentes escalas modais exploradas nos
exercícios. Observação: se as especificidades rítmicas representarem um
desafio para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode
praticar apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição
polirrítmica.
94
Figura 7 – Ostinatos (2)
95
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento e a extensão
(tamanho) do trecho a ser transcrito. Aqui você já pode usar o movimento
corporal como apoio (batendo palmas no pulso, por exemplo);
• Na sequência, busque identificar o compasso (atentando para o acento
métrico) e inicie uma organização mental da estrutura rítmica. Seguir
externando a percepção do pulso (com palmas ou pés) segue sendo uma
estratégia interessante aqui;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
96
FINALIZANDO
Práticas em
Percepção
Conhecendo os compassos Solfejo: melodias Práticas
auditivo-musical -
compassos alternados: em contextos de escuta
cadências
alternados. exercícios modais. rítmica.
harmônicas.
preparatórios
97
REFERÊNCIAS
98
AULA 6 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL: PRÁTICAS
RÍTMICAS E MELÓDICO-HARMÔNICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MUSICAIS
CONVERSA INICIAL
99
1.2 Aspectos métricos e rítmicos
100
Figura 1 – Partitura de “Conversa boa”
101
Fonte: Otutumi, 2020, p. 12.
Tabela 1 – Cadências
102
3.2 Prática de escuta melódica
103
TEMA 4 – SOLFEJO MELÓDICO: AMPLIANDO AS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO
MELÓDICA EM CONTEXTOS POLIFÔNICOS
104
105
TEMA 5 – ESCUTA RÍTMICA: PRÁTICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MÉTRICOS, INTEGRANDO OS FENÔMENOS RÍTMICOS ESTUDADOS ATÉ
AQUI
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore a melodia para a progressão harmônica apresentada a seguir:
107
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
108
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
109
PERCEPÇÃO MUSICAL
AULAS 1, 2, 3, 4, 5 e 6
CONVERSA INICIAL
2
2020), e processados cognitivamente, incluindo a codificação de símbolos, o
reconhecimento, a atribuição de significado e a organização das informações
musicais (mobilizando habilidades cognitivas relacionadas à atenção, memória,
funções executivas e reprodução – manifestação de comportamentos musicais)
em um processo análogo ao desenvolvimento das habilidades linguísticas. A
propósito, é bastante comum encontrarmos estudos que relacionam a
aprendizagem musical com a linguagem verbal (Demicio; Luz; Arena, 2020).
Saiba mais
As funções executivas consistem em processos cognitivos de
planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas, sequência de ações,
seleção e organização de tarefas para o alcance de metas (APA Dictionary of
Psycology, [S.d.]).
3
e a autocorreção/autoavaliação por parte do estudante) e ao uso de estratégias
proprioceptivas, isto é, associar os fenômenos sonoros com gestos e
movimentos corporais (como quando reproduzimos com as mãos o contorno de
uma melodia, respeitando a amplitude dos saltos e os direcionamentos
melódicos). Para a realização dos exercícios de ditado visando a memorização
e compreensão musical, Caregnato (2015) recomenda:
4
registro notacional); e, por último, mas não menos importante, mobilizar as
competências relacionadas à audiação (Caregnato, 2015; Freire, 2018).
Saiba mais
Figura 1 – Audiação
Crédito: Pathdoc/Shutterstock.
5
informações armazenadas conscientemente ou não, para que possam então ser
levadas ao foco da consciência.
A audiação é para a música o que o pensamento é para linguagem. Audiar
enquanto se executa música é como pensar enquanto se fala, e audiar enquanto
se escuta música é como pensar naquilo que alguém disse e está a dizer,
enquanto se ouve essa pessoa falar (Gordon, 2008, p. 17).
A audiação consiste em um fenômeno cognitivo, uma vez que envolve
processos de atenção, representação, memorização, atribuição de significado,
metacognição (pensar sobre os próprios pensamentos), entre outros aspectos
psicológicos. Para visualizarmos a audiação em ação, façamos uma experiência:
resgate na memória a melodia do samba “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso.
Faça um esforço para levantar o máximo de informações musicais possíveis,
incluindo:
6
Ao longo das nossas aulas, realizaremos práticas relativas aos quatro
enfoques descritos no Quadro 1. Tais práticas serão organizadas e orientadas
ao desenvolvimento das habilidades que mencionamos anteriormente e à
construção de conhecimentos específicos relacionados à estruturação musical
(saberes teórico-musicais).
A teoria da música (também chamada teoria musical ou teoria elementar
da música) é um campo de estudo voltado à conceituação e à sistematização
das representações notacionais (símbolos) dos fenômenos sonoro-musicais. Em
uma aproximação metafórica entre música e linguística, a teoria da música
vincula-se à sintaxe musical, desde um nível elementar (conceitos básicos
relacionados aos elementos da música; aspectos da escrita musical;
classificação/categorização de unidades sonoras como intervalos, acordes e
escalas) até o aprofundamento oferecido pelas disciplinas contraponto,
harmonia, análise musical, fundamentos da composição, instrumentação e
arranjos, entre outras.
Para ampliarmos o nosso entendimento sobre os elementos da
estruturação musical fundamentais à organização e compreensão da música nas
práticas de percepção musical, atentemo-nos às informações dispostas no
Quadro 2, identificando os temas de estudo centrais para as disciplinas de
estruturação, percepção e apreciação musical
7
• Fenômenos / procedimentos harmônicos específicos
8
2. No caso do número inferior, a unidade de tempo – figura de som
representa um pulso (ver Quadro 3).
Número
superior
2 Indica a quantidade de tempos por compasso.
Número
inferior
2 Indica a unidade de tempo (UT).
Classificação por
quantidade de tempos
Classificação pela
natureza do compasso
9
Quando o número inferior da fórmula de compasso for alterado, a figura
de som que representa um tempo no compasso também será alterada. Dessa
forma, mudamos os valores de todas as figuras de som, conservando sempre a
relação proporcional descrita na Figura 2 (ou seja, a semibreve – figura mãe –
pode ser subdividia em 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias
e assim por diante). Na Figura 3, é possível visualizar o registro do mesmo ritmo
em compassos quaternários simples, variando-se a UT.
10
Fonte: Ottman; Rogers, 2011.
11
Saiba mais
A figura do autofalante que você vê na figura acima aparecerá várias
vezes ao longo do texto, sempre carregando um hiperlink. Você deve clicar para
ser direcionado para o áudio a ser apreciado.
12
Fonte: Guest, 2010, v. 2, p. 15.
som ( ).
13
Figura 8 – Prolongamento de acento
); e
14
Figura 10 – Diz que fui por aí (1964) – Zé Kéti
15
a. Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais; nos exercícios com predominância de sincopes,
sugere-se o uso da voz para uma execução mais precisa dos
prolongamentos;
b. Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
c. Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
d. Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples). Desse modo, você pode executar a
leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste caso,
apreciação associada com a execução musical).
16
Figura 13 – Referências de timbres
17
2.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
18
acerca deste tema), apontaremos algumas dentre as principais estratégias para
a identificação auditiva de intervalos melódicos e seguiremos para as atividades
de prática auditiva em música.
Quando for necessário – tal como fizemos no tema anterior a respeito dos
compassos, acentos, sincopes e contratempos –, realizaremos o resgate teórico
de alguns conteúdos. Por ora, vamos nos ater ao reconhecimento auditivo dos
intervalos considerando a classificação numérica e qualitativa (ver Quadro 5).
19
3.1.1 Reconhecimento auditivo de intervalos melódicos
Figura 16 – Cantar
20
(Tom Jobim e
Vinícius de
Moraes)
21
escuta e performance musical e, no quadro apresentado a seguir, indique três
obras (destacando o ponto de referência melódica) para cada intervalo.
Saiba mais
Do móvel – em geral, qualquer sistema de solmização [tônica-solfa]
planejado de tal forma que as silabas [ou símbolos] possam ser utilizadas em
transposição para qualquer tonalidade, em contraposição ao do fixo, no qual as
silabas [ou símbolos] correspondem a frequências invariáveis [fixas] para cada
nota (Apel, 1962 citado por Goldemberg, 2000, p. 10; grifo nosso).
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
23
Saiba mais
Acesse o link a seguir e leia o artigo “Métodos de leitura cantada: dó fixo
versus dó móvel”, de Ricardo Goldemberg:
GOLDEMBERG, R. Métodos de leitura cantada: dó fixo versus dó móvel.
Revista da ABEM, n. 5, set. 2000. Disponível em:
<http://abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/ed5/revista5_artigo1.pdf>.
Acesso em: 14 dez. 2021.
Saiba mais
Sobre os sinais de manossolfa:
Os gestos são feitos em movimento vertical à frente do corpo, onde as
alturas são apresentadas no sentido grave (embaixo) e agudo (em cima),
subindo e descendo e simulando a distância intervalar entre cada uma das
alturas cantadas [...]. A velocidade de movimentação da(s) mão(s) na
manossolfa indica a duração das notas cantadas (o ritmo) (Silva, 2012, p. 75).
25
Conforme mencionado por Silva (2012), na manossolfa não há uma
representação precisa das durações. Portanto, o ritmo se constrói em função da
velocidade dos movimentos manuais e de sutilezas gestuais.
Saiba mais
Leia o capítulo: “Zoltán Kodály – Alfabetização e habilidades musicais” por
Walênia Marília Silva no livro a seguir:
MATEIRO, T.; ILARI, B. (orgs.). Pedagogias em educação musical.
Curitiba: IBPEX, 2012, p. 13-24.
Saiba mais
Por aspectos interpretativos entendemos elementos como dinâmicas,
articulações, andamentos, agógica e indicações de caráter / expressão.
26
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz;
• Acompanhamentos musicais: caso domine um instrumento harmônico
(como o violão ou teclado/piano), você pode acompanhar-se. Para isso,
deverá mobilizar os seus conhecimentos sobre harmonia para harmonizar
as melodias que serão solfejadas. Você pode se ater as funções
harmônicas básicas e explorar as progressões e cadências mais usuais –
autêntica, suspensiva (semicadência), de engano e plagal. Além disso,
você pode se acompanhar apenas melodicamente, executando ao
teclado/piano a melodia solfejada; importante: por limitar a autonomia na
prática do solfejo, esta última estratégia deve ser paulatinamente
abandonada;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a ocorrência de síncopes e
contratempos; (b) a forma/estrutura (considerando os sinais de repetição).
Figuras 19 a 21 – Exercícios
Fonte: Lozano, 1942, S.d.; Dannhäuser, 1891, p. 13; Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 28.
27
4.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
28
5.1 Fundamentos da escuta rítmica
Saiba mais
Para ampliar a sua compreensão sobre o método O Passo,
recomendamos a literatura especializada:
CIAVATTA, L. O Passo – música e educação. Rio de Janeiro: Edição do
Autor, 2012.
30
Nas partituras d’O Passo, dentre a diversidades de símbolos explorados,
merecem destaque os algarismos arábicos (que representam os pulsos) e as
vogais “e”, “i” e “o” (as quais representam os contratempos e subdivisões). Os
números fora dos parêntesis são sons, e os números entre parêntesis são
pausas. Cada linha (identificada com uma letra) representa um compasso. A
execução da partitura deve ser realizada com a voz (pronunciando números e
vogais), com sons corporais (a exemplo das palmas) e com instrumentos
musicais (com destaque à percussão) (ver Quadro 10).
31
5.2 Atividades de prática auditiva em música
NA PRÁTICA
32
possível, grave as quatro vozes e realize a sobreposição em um software de
edição de áudio e vídeo. Certamente será uma experiência musical interessante!
FINALIZANDO
33
REFERÊNCIAS
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for sight singing. São Paulo: Pearson
Education - Prentice Hall, 2011.
34
OTUTUMI, C. H. V. O ensino tradicional na disciplina Percepção Musical:
principais aspectos em destaque por autores da área nos últimos anos. Revista
Vórtex, Curitiba, n. 2, 2013, p. 168-190
35
AULA 2 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, NOÇÕES DE QUIÁLTERAS, INTRODUÇÃO ÀS
ESCALAS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
36
Quadro 1 – I Want You (1977) – The Beatlles
38
a quantidade de silabas da palavra seja equivalente a quantidade de notas
da célula rítmica).
Exemplos:
1=Pão; 2=Bo-lo; 3=La-sa-nha; 4=Cho-co-la-te; 5=Co-pa-ca-ba-na
7=Co-pa-ca-ba-na-ca-fé (ou dó-ré-mi-fá-sol-lá-si).
Quadro 3 – Exercício
1 1 4 2 3 2 1 4
2 5 2 4 1 7 2 1
Observe que há três células em negrito. Por qual razão essas células
merecem destaque nesse contexto métrico? Trata-se de ritmos que extrapolam
as capacidades de subdivisão regular dos pulsos. Pensemos juntos: se em um
compasso simples a subdivisão do pulso é binária, células baseadas na
subdivisão em três, cinco e sete partes extrapolam e alteram a capacidade usual
dos pulsos do compasso; daí a ideia de quiáltera – grupos de notas que não
respeitam a subdivisão convencional/regular dos compassos e pulsos. As
quiálteras aumentativas são aquelas que ampliam a capacidade do compasso
ou pulso; no sentido contrário, as quiálteras diminutivas reduzem a capacidade
do compasso ou pulso.
Na escrita convencional, registramos esses recursos rítmicos por meio da
crifragem das quiálteras, indicando a célula rítmica/compasso com uma
chave/colchete ou ligadura e a quantidades de subdivisões proposta. A Figura 3
apresenta o trecho que praticamos numericamente em notação tradicional.
39
Quadro 4 – Principais tipos de quiálteras
40
quiálteras regulares são formadas por notas de mesmo valor e as quiálteras
irregulares são formadas por notas de valores diferentes.
41
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais.
42
o Realize o exercício conduzindo a regência d’O Passo em compasso
quaternário composto.
Quadro 5 – Exercício
Compasso quaternário
43
Fonte: Gava, 2011, p. 12, 14.
• Referências para a silabação rítmica: além do “tá” para o pulso, o “tá – ti”
para a subdivisão em dois e o “tá-tu-ti-tu” para a subdivisão em quatro,
podemos estabelecer referências silábicas para as quiálteras
44
2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
45
3.1.1 Cantar!
3.1.2 Associar!
46
Quadro 7 – Referências associativas para a identificação e acordes
Elementos associativos
Acordes
Maiores Emoções relacionadas a alegria; sonoridade mais aberta,
iluminada, brilhante.
Menores Emoções relacionadas a tristeza; sonoridade mais
fechada, escura, opaca.
Aumentados Sonoridade expandida (decorrente da presença da 5ª
aumentada), de caráter misterioso.
Diminutos Sonoridade contraída e sensação de tensão (decorrente
da presença do trítono – 5ª diminuta).
47
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como ocorre
a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
1 1
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1
50
Figura 16 – Exercícios – Melodias em compassos simples e compostos com uso
de quiálteras
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
51
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
.
Fonte: Guest, 2010, v. 1, p. 96.
52
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
53
REFERÊNCIAS
54
AULA 3 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, QUIÁLTERAS, ESCALAS TONAIS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
55
psicologia cognitiva da música – e descrevendo as práticas relacionadas a esta
disciplina, as quais envolvem especialmente leitura e escuta musical, apreciação
musical direcionada/focalizada, atividades de composição, improvisação e
performance musical.
Além disso, frisamos a necessária articulação entre a percepção musical
e os saberes teórico/estruturantes da música – envolvendo aspectos rítmicos e
métricos, melódicos e harmônicos, formais e estruturais –, e propusemos quatro
eixos norteadores para as práticas no âmbito da disciplina:
56
• Estratégias e recomendações para as práticas de escuta melódico-
harmônica e criação/execução melódica.
57
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos).
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente.
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula anterior).
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
58
Figura 1 – Prática em compassos compostos
59
Figura 3 – Compasso binário composto – Colunas e linhas
A B C
1
D E F
1
60
Figura 5 – Exercícios – Quiálteras em compasso simples (1)
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
61
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
Acorde 1: Acorde 5:
Acorde 2: Acorde 6:
Acorde 3: Acorde 7:
Acorde 4: Acorde 8:
Fonte: Guest, 2010.
62
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
63
Figura 7 – Melodia 1
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
Figura 8 – Melodia 2
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2
1 1 1 1
Figura 9 – Melodia 3
1 1
7 7
6 6 6
5 5 5
4 4
3 3
2
1
Figura 10 – Melodia 4
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
64
4.2 Performance musical
65
Fonte: Ottman; Rogers, 2011, p. 59-60.
Figura 12 – Ostinatos
Ostinato 1 Ostinato 2
Ostinato 3 Ostinato 4
66
Fonte: Krueger, 2011, p. 255-256.
67
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
68
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
Pesquisa sonoro-musical
Diferente do que se possa equivocadamente pensar, músicas em
compassos compostos são bastante comuns – tanto no contexto da música de
concerto quanto na música popular. Nesse sentido, convido você a realizar uma
pesquisa sonoro-musical para identificar ao menos dez obras (canções ou
músicas instrumentais) em compasso composto.
FINALIZANDO
69
Figura 15 – Síntese da aula
70
REFERÊNCIAS
71
AULA 4 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
INTRODUÇÃO À POLIRRITMIA, CAMPO HARMÔNICO E FUNÇÕES TONAIS
CONVERSA INICIAL
72
Quadro 1 – Configuração dos acordes com sétima (tétrades)
73
Para a construção do campo harmônico de tétrades, tomamos o campo
harmônico de tríades e acrescentamos as sétimas aos acordes.
Saiba mais
No modo menor, há mais possibilidades de formação de CH. Isso se deve
ao fato de que existem escalas menores nas formas harmônica (com o 7º grau
elevando em meio tom) e melódica (com o 6º e o 7º graus elevados em meio
tom). Para fins de ilustração, apresentamos aqui apenas o CH da escala menor
harmônica.
74
Dominante Movimento (encaminhamento para V VII
o repouso), tensão e instabilidade.
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula dois, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos). Nos exercícios
polirrítmicos a duas vozes, você deve selecionar um timbre específico
para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-palma / 2-pés; (c) 1-
vóz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomendam-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
75
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula dois);
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
76
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar polirritmia com sobreposição de vozes.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
77
Quadro 6 – Trechos musicais indicados
78
• Timbres: para a melodia, utilize a voz e realize a execução sempre
pronunciando os nomes de notas (inicie o estudo praticando a leitura
métrica e, na sequência, avance para o solfejo melódico); para o ostinato
rítmico, utilize sons corporais (a exemplo de palmas, peito, perna ou pés);
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) ao contexto tonal explorado no exercício; (c) a
forma/estrutura da melodia (considerando os sinais de repetição).
Observação: se as especificidades rítmicas representarem um desafio
para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode praticar
apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição polirrítmica.
79
Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 51.
80
(ou suspeitando) qual é o compasso, você já pode associar a regência
d’O Passo, realizando uma audição musical ativa;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental! Execute cada uma das vozes
vocalmente e conduzindo a regência d’O Passo;
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (uma voz por vez, de dois em dois
ou quatro em quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só
vez.
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore uma pequena composição melódica com um ostinato rítmico,
considerando as seguintes diretrizes:
81
• Timbre: voz para a melodia (canto com os nomes das notas) e sons
corporais para o ostinato rítmico;
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar um ostinato rítmico.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
Práticas
Revisão: Percepção Práticas de
polirrítmicas com Práticas
formação de auditivo-musical - solfejos com
e sem de escuta
acordes de progressões ostinatos
sobreposição de rítmica.
tétrades. harmônicas. rítmicos.
vozes.
Prática de escuta
Práticas
Revisão: campo Criação musical – melódica: Transcrição
melódicas em
harmônico e composição melodias em rítmica a duas
diferentes
funções tonais. polirrítmica. contextos vozes.
contextos tonais.
homofônicos.
82
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for Sight Singing. São Paulo: Pearson
Education – Prentice Hall, 2011.
83
AULA 5 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS ALTERNADOS, CADÊNCIAS HARMÔNICAS E PRÁTICAS
MELÓDICAS EM CONTEXTOS MODAIS
CONVERSA INICIAL
84
análise das UTs nos compassos alternados considera as diretrizes utilizadas nos
compassos simples e compostos.
Classificação pela
natureza do compasso
Simples Compostos Alternados
2 3 4 6 9 12 5 7 8 10 11
4 2 8 8 8 8 4 8 16 32 8
85
dominante). No Quadro 3, é possível identificar os quatro tipos básicos de
cadências harmônicas. Trata-se de modelos cadenciais aplicáveis tanto aos
modos maior e menor, conservando-se as características dos acordes
encontrados no campo harmônico da tonalidade.
Saiba mais
As cadências autênticas podem também ser “imperfeitas”. Nesse caso,
deve-se inverter um dos acordes (posicionando no baixo outra nota que não a
fundamental) ou substituir o acorde de dominante com sétima (v7) pelo acorde
de sétima da sensível (viio).
86
Quadro 4 – Escalas modais
Frígio: Menor 2ª m
Mi – Mi
Saiba mais
Os intervalos característicos das escalas modais são construídos a partir
da tônica; por exemplo: em ré dórico, a 3ª m é ré-fá; a 6ª M é ré-si; a 7ª m é ré-
dó.
87
2.1 Exercícios preparatórios
Como vimos nas aulas anteriores, o método O Passo propõe, dentre uma
diversidade de práticas, atividades com o foco na ampliação da consciência
rítmica e métrica. Destacamos aqui o exercício Compassos alternados (ciclos de
12 tempos), o qual utiliza diversas métricas alternadas de modo a formar frases
de 12 tempos, explorando a percepção métrica e a polirritmia (por meio da
sobreposição de três vozes na execução coletiva). Para executá-lo, utilizaremos
movimento corporal (regência d’O Passo para os compassos binários, ternário e
quaternários e palmas para a produção sonora). O primeiro tempo de cada frase
é marcado com uma palma grave; dentro das frases, o primeiro tempo de cada
compasso é marcado com uma palma aguda. Assim, a atividade explora as
expressões sonora e gestual (corporal).
Figura 2 – Exercício
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica que podem ser adaptadas para compassos alternados).
Nos exercícios polirrítmicos com o uso de ostinatos, você deve selecionar
um timbre específico para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-
palma / 2-pés; (c) 1-voz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
88
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício. Desse
modo, você pode executar a leitura rítmica em uma prática de audição
musical ativa (neste caso, a apreciação associada com a execução
musical).
A B C
1
D E F
1
89
2
6
Fonte: Gava, 2015, p. 3.
90
Fonte: Gava, 2015, p. 14.
Saiba mais
91
meia cadência – em pontos específicos das músicas (segundo a minutagem
indicada).
92
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento, o compasso e a
extensão (tamanho) do trecho a ser transcrito; aproveite para realizar uma
organização mental prévia da estrutura rítmica e melódica. Aqui você já
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
93
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) as diferentes escalas modais exploradas nos
exercícios. Observação: se as especificidades rítmicas representarem um
desafio para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode
praticar apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição
polirrítmica.
94
Figura 7 – Ostinatos (2)
95
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento e a extensão
(tamanho) do trecho a ser transcrito. Aqui você já pode usar o movimento
corporal como apoio (batendo palmas no pulso, por exemplo);
• Na sequência, busque identificar o compasso (atentando para o acento
métrico) e inicie uma organização mental da estrutura rítmica. Seguir
externando a percepção do pulso (com palmas ou pés) segue sendo uma
estratégia interessante aqui;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
96
FINALIZANDO
Práticas em
Percepção
Conhecendo os compassos Solfejo: melodias Práticas
auditivo-musical -
compassos alternados: em contextos de escuta
cadências
alternados. exercícios modais. rítmica.
harmônicas.
preparatórios
97
REFERÊNCIAS
98
AULA 6 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL: PRÁTICAS
RÍTMICAS E MELÓDICO-HARMÔNICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MUSICAIS
CONVERSA INICIAL
99
1.2 Aspectos métricos e rítmicos
100
Figura 1 – Partitura de “Conversa boa”
101
Fonte: Otutumi, 2020, p. 12.
Tabela 1 – Cadências
102
3.2 Prática de escuta melódica
103
TEMA 4 – SOLFEJO MELÓDICO: AMPLIANDO AS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO
MELÓDICA EM CONTEXTOS POLIFÔNICOS
104
105
TEMA 5 – ESCUTA RÍTMICA: PRÁTICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MÉTRICOS, INTEGRANDO OS FENÔMENOS RÍTMICOS ESTUDADOS ATÉ
AQUI
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore a melodia para a progressão harmônica apresentada a seguir:
107
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
108
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
109
PERCEPÇÃO MUSICAL
AULAS 1, 2, 3, 4, 5 e 6
CONVERSA INICIAL
2
2020), e processados cognitivamente, incluindo a codificação de símbolos, o
reconhecimento, a atribuição de significado e a organização das informações
musicais (mobilizando habilidades cognitivas relacionadas à atenção, memória,
funções executivas e reprodução – manifestação de comportamentos musicais)
em um processo análogo ao desenvolvimento das habilidades linguísticas. A
propósito, é bastante comum encontrarmos estudos que relacionam a
aprendizagem musical com a linguagem verbal (Demicio; Luz; Arena, 2020).
Saiba mais
As funções executivas consistem em processos cognitivos de
planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas, sequência de ações,
seleção e organização de tarefas para o alcance de metas (APA Dictionary of
Psycology, [S.d.]).
3
e a autocorreção/autoavaliação por parte do estudante) e ao uso de estratégias
proprioceptivas, isto é, associar os fenômenos sonoros com gestos e
movimentos corporais (como quando reproduzimos com as mãos o contorno de
uma melodia, respeitando a amplitude dos saltos e os direcionamentos
melódicos). Para a realização dos exercícios de ditado visando a memorização
e compreensão musical, Caregnato (2015) recomenda:
4
registro notacional); e, por último, mas não menos importante, mobilizar as
competências relacionadas à audiação (Caregnato, 2015; Freire, 2018).
Saiba mais
Figura 1 – Audiação
Crédito: Pathdoc/Shutterstock.
5
informações armazenadas conscientemente ou não, para que possam então ser
levadas ao foco da consciência.
A audiação é para a música o que o pensamento é para linguagem. Audiar
enquanto se executa música é como pensar enquanto se fala, e audiar enquanto
se escuta música é como pensar naquilo que alguém disse e está a dizer,
enquanto se ouve essa pessoa falar (Gordon, 2008, p. 17).
A audiação consiste em um fenômeno cognitivo, uma vez que envolve
processos de atenção, representação, memorização, atribuição de significado,
metacognição (pensar sobre os próprios pensamentos), entre outros aspectos
psicológicos. Para visualizarmos a audiação em ação, façamos uma experiência:
resgate na memória a melodia do samba “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso.
Faça um esforço para levantar o máximo de informações musicais possíveis,
incluindo:
6
Ao longo das nossas aulas, realizaremos práticas relativas aos quatro
enfoques descritos no Quadro 1. Tais práticas serão organizadas e orientadas
ao desenvolvimento das habilidades que mencionamos anteriormente e à
construção de conhecimentos específicos relacionados à estruturação musical
(saberes teórico-musicais).
A teoria da música (também chamada teoria musical ou teoria elementar
da música) é um campo de estudo voltado à conceituação e à sistematização
das representações notacionais (símbolos) dos fenômenos sonoro-musicais. Em
uma aproximação metafórica entre música e linguística, a teoria da música
vincula-se à sintaxe musical, desde um nível elementar (conceitos básicos
relacionados aos elementos da música; aspectos da escrita musical;
classificação/categorização de unidades sonoras como intervalos, acordes e
escalas) até o aprofundamento oferecido pelas disciplinas contraponto,
harmonia, análise musical, fundamentos da composição, instrumentação e
arranjos, entre outras.
Para ampliarmos o nosso entendimento sobre os elementos da
estruturação musical fundamentais à organização e compreensão da música nas
práticas de percepção musical, atentemo-nos às informações dispostas no
Quadro 2, identificando os temas de estudo centrais para as disciplinas de
estruturação, percepção e apreciação musical
7
• Fenômenos / procedimentos harmônicos específicos
8
2. No caso do número inferior, a unidade de tempo – figura de som
representa um pulso (ver Quadro 3).
Número
superior
2 Indica a quantidade de tempos por compasso.
Número
inferior
2 Indica a unidade de tempo (UT).
Classificação por
quantidade de tempos
Classificação pela
natureza do compasso
9
Quando o número inferior da fórmula de compasso for alterado, a figura
de som que representa um tempo no compasso também será alterada. Dessa
forma, mudamos os valores de todas as figuras de som, conservando sempre a
relação proporcional descrita na Figura 2 (ou seja, a semibreve – figura mãe –
pode ser subdividia em 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias
e assim por diante). Na Figura 3, é possível visualizar o registro do mesmo ritmo
em compassos quaternários simples, variando-se a UT.
10
Fonte: Ottman; Rogers, 2011.
11
Saiba mais
A figura do autofalante que você vê na figura acima aparecerá várias
vezes ao longo do texto, sempre carregando um hiperlink. Você deve clicar para
ser direcionado para o áudio a ser apreciado.
12
Fonte: Guest, 2010, v. 2, p. 15.
som ( ).
13
Figura 8 – Prolongamento de acento
); e
14
Figura 10 – Diz que fui por aí (1964) – Zé Kéti
15
a. Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais; nos exercícios com predominância de sincopes,
sugere-se o uso da voz para uma execução mais precisa dos
prolongamentos;
b. Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
c. Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
d. Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples). Desse modo, você pode executar a
leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste caso,
apreciação associada com a execução musical).
16
Figura 13 – Referências de timbres
17
2.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
18
acerca deste tema), apontaremos algumas dentre as principais estratégias para
a identificação auditiva de intervalos melódicos e seguiremos para as atividades
de prática auditiva em música.
Quando for necessário – tal como fizemos no tema anterior a respeito dos
compassos, acentos, sincopes e contratempos –, realizaremos o resgate teórico
de alguns conteúdos. Por ora, vamos nos ater ao reconhecimento auditivo dos
intervalos considerando a classificação numérica e qualitativa (ver Quadro 5).
19
3.1.1 Reconhecimento auditivo de intervalos melódicos
Figura 16 – Cantar
20
(Tom Jobim e
Vinícius de
Moraes)
21
escuta e performance musical e, no quadro apresentado a seguir, indique três
obras (destacando o ponto de referência melódica) para cada intervalo.
Saiba mais
Do móvel – em geral, qualquer sistema de solmização [tônica-solfa]
planejado de tal forma que as silabas [ou símbolos] possam ser utilizadas em
transposição para qualquer tonalidade, em contraposição ao do fixo, no qual as
silabas [ou símbolos] correspondem a frequências invariáveis [fixas] para cada
nota (Apel, 1962 citado por Goldemberg, 2000, p. 10; grifo nosso).
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
23
Saiba mais
Acesse o link a seguir e leia o artigo “Métodos de leitura cantada: dó fixo
versus dó móvel”, de Ricardo Goldemberg:
GOLDEMBERG, R. Métodos de leitura cantada: dó fixo versus dó móvel.
Revista da ABEM, n. 5, set. 2000. Disponível em:
<http://abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/ed5/revista5_artigo1.pdf>.
Acesso em: 14 dez. 2021.
Saiba mais
Sobre os sinais de manossolfa:
Os gestos são feitos em movimento vertical à frente do corpo, onde as
alturas são apresentadas no sentido grave (embaixo) e agudo (em cima),
subindo e descendo e simulando a distância intervalar entre cada uma das
alturas cantadas [...]. A velocidade de movimentação da(s) mão(s) na
manossolfa indica a duração das notas cantadas (o ritmo) (Silva, 2012, p. 75).
25
Conforme mencionado por Silva (2012), na manossolfa não há uma
representação precisa das durações. Portanto, o ritmo se constrói em função da
velocidade dos movimentos manuais e de sutilezas gestuais.
Saiba mais
Leia o capítulo: “Zoltán Kodály – Alfabetização e habilidades musicais” por
Walênia Marília Silva no livro a seguir:
MATEIRO, T.; ILARI, B. (orgs.). Pedagogias em educação musical.
Curitiba: IBPEX, 2012, p. 13-24.
Saiba mais
Por aspectos interpretativos entendemos elementos como dinâmicas,
articulações, andamentos, agógica e indicações de caráter / expressão.
26
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz;
• Acompanhamentos musicais: caso domine um instrumento harmônico
(como o violão ou teclado/piano), você pode acompanhar-se. Para isso,
deverá mobilizar os seus conhecimentos sobre harmonia para harmonizar
as melodias que serão solfejadas. Você pode se ater as funções
harmônicas básicas e explorar as progressões e cadências mais usuais –
autêntica, suspensiva (semicadência), de engano e plagal. Além disso,
você pode se acompanhar apenas melodicamente, executando ao
teclado/piano a melodia solfejada; importante: por limitar a autonomia na
prática do solfejo, esta última estratégia deve ser paulatinamente
abandonada;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a ocorrência de síncopes e
contratempos; (b) a forma/estrutura (considerando os sinais de repetição).
Figuras 19 a 21 – Exercícios
Fonte: Lozano, 1942, S.d.; Dannhäuser, 1891, p. 13; Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 28.
27
4.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
28
5.1 Fundamentos da escuta rítmica
Saiba mais
Para ampliar a sua compreensão sobre o método O Passo,
recomendamos a literatura especializada:
CIAVATTA, L. O Passo – música e educação. Rio de Janeiro: Edição do
Autor, 2012.
30
Nas partituras d’O Passo, dentre a diversidades de símbolos explorados,
merecem destaque os algarismos arábicos (que representam os pulsos) e as
vogais “e”, “i” e “o” (as quais representam os contratempos e subdivisões). Os
números fora dos parêntesis são sons, e os números entre parêntesis são
pausas. Cada linha (identificada com uma letra) representa um compasso. A
execução da partitura deve ser realizada com a voz (pronunciando números e
vogais), com sons corporais (a exemplo das palmas) e com instrumentos
musicais (com destaque à percussão) (ver Quadro 10).
31
5.2 Atividades de prática auditiva em música
NA PRÁTICA
32
possível, grave as quatro vozes e realize a sobreposição em um software de
edição de áudio e vídeo. Certamente será uma experiência musical interessante!
FINALIZANDO
33
REFERÊNCIAS
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for sight singing. São Paulo: Pearson
Education - Prentice Hall, 2011.
34
OTUTUMI, C. H. V. O ensino tradicional na disciplina Percepção Musical:
principais aspectos em destaque por autores da área nos últimos anos. Revista
Vórtex, Curitiba, n. 2, 2013, p. 168-190
35
AULA 2 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, NOÇÕES DE QUIÁLTERAS, INTRODUÇÃO ÀS
ESCALAS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
36
Quadro 1 – I Want You (1977) – The Beatlles
38
a quantidade de silabas da palavra seja equivalente a quantidade de notas
da célula rítmica).
Exemplos:
1=Pão; 2=Bo-lo; 3=La-sa-nha; 4=Cho-co-la-te; 5=Co-pa-ca-ba-na
7=Co-pa-ca-ba-na-ca-fé (ou dó-ré-mi-fá-sol-lá-si).
Quadro 3 – Exercício
1 1 4 2 3 2 1 4
2 5 2 4 1 7 2 1
Observe que há três células em negrito. Por qual razão essas células
merecem destaque nesse contexto métrico? Trata-se de ritmos que extrapolam
as capacidades de subdivisão regular dos pulsos. Pensemos juntos: se em um
compasso simples a subdivisão do pulso é binária, células baseadas na
subdivisão em três, cinco e sete partes extrapolam e alteram a capacidade usual
dos pulsos do compasso; daí a ideia de quiáltera – grupos de notas que não
respeitam a subdivisão convencional/regular dos compassos e pulsos. As
quiálteras aumentativas são aquelas que ampliam a capacidade do compasso
ou pulso; no sentido contrário, as quiálteras diminutivas reduzem a capacidade
do compasso ou pulso.
Na escrita convencional, registramos esses recursos rítmicos por meio da
crifragem das quiálteras, indicando a célula rítmica/compasso com uma
chave/colchete ou ligadura e a quantidades de subdivisões proposta. A Figura 3
apresenta o trecho que praticamos numericamente em notação tradicional.
39
Quadro 4 – Principais tipos de quiálteras
40
quiálteras regulares são formadas por notas de mesmo valor e as quiálteras
irregulares são formadas por notas de valores diferentes.
41
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais.
42
o Realize o exercício conduzindo a regência d’O Passo em compasso
quaternário composto.
Quadro 5 – Exercício
Compasso quaternário
43
Fonte: Gava, 2011, p. 12, 14.
• Referências para a silabação rítmica: além do “tá” para o pulso, o “tá – ti”
para a subdivisão em dois e o “tá-tu-ti-tu” para a subdivisão em quatro,
podemos estabelecer referências silábicas para as quiálteras
44
2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
45
3.1.1 Cantar!
3.1.2 Associar!
46
Quadro 7 – Referências associativas para a identificação e acordes
Elementos associativos
Acordes
Maiores Emoções relacionadas a alegria; sonoridade mais aberta,
iluminada, brilhante.
Menores Emoções relacionadas a tristeza; sonoridade mais
fechada, escura, opaca.
Aumentados Sonoridade expandida (decorrente da presença da 5ª
aumentada), de caráter misterioso.
Diminutos Sonoridade contraída e sensação de tensão (decorrente
da presença do trítono – 5ª diminuta).
47
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como ocorre
a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
1 1
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1
50
Figura 16 – Exercícios – Melodias em compassos simples e compostos com uso
de quiálteras
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
51
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
.
Fonte: Guest, 2010, v. 1, p. 96.
52
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
53
REFERÊNCIAS
54
AULA 3 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, QUIÁLTERAS, ESCALAS TONAIS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
55
psicologia cognitiva da música – e descrevendo as práticas relacionadas a esta
disciplina, as quais envolvem especialmente leitura e escuta musical, apreciação
musical direcionada/focalizada, atividades de composição, improvisação e
performance musical.
Além disso, frisamos a necessária articulação entre a percepção musical
e os saberes teórico/estruturantes da música – envolvendo aspectos rítmicos e
métricos, melódicos e harmônicos, formais e estruturais –, e propusemos quatro
eixos norteadores para as práticas no âmbito da disciplina:
56
• Estratégias e recomendações para as práticas de escuta melódico-
harmônica e criação/execução melódica.
57
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos).
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente.
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula anterior).
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
58
Figura 1 – Prática em compassos compostos
59
Figura 3 – Compasso binário composto – Colunas e linhas
A B C
1
D E F
1
60
Figura 5 – Exercícios – Quiálteras em compasso simples (1)
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
61
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
Acorde 1: Acorde 5:
Acorde 2: Acorde 6:
Acorde 3: Acorde 7:
Acorde 4: Acorde 8:
Fonte: Guest, 2010.
62
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
63
Figura 7 – Melodia 1
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
Figura 8 – Melodia 2
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2
1 1 1 1
Figura 9 – Melodia 3
1 1
7 7
6 6 6
5 5 5
4 4
3 3
2
1
Figura 10 – Melodia 4
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
64
4.2 Performance musical
65
Fonte: Ottman; Rogers, 2011, p. 59-60.
Figura 12 – Ostinatos
Ostinato 1 Ostinato 2
Ostinato 3 Ostinato 4
66
Fonte: Krueger, 2011, p. 255-256.
67
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
68
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
Pesquisa sonoro-musical
Diferente do que se possa equivocadamente pensar, músicas em
compassos compostos são bastante comuns – tanto no contexto da música de
concerto quanto na música popular. Nesse sentido, convido você a realizar uma
pesquisa sonoro-musical para identificar ao menos dez obras (canções ou
músicas instrumentais) em compasso composto.
FINALIZANDO
69
Figura 15 – Síntese da aula
70
REFERÊNCIAS
71
AULA 4 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
INTRODUÇÃO À POLIRRITMIA, CAMPO HARMÔNICO E FUNÇÕES TONAIS
CONVERSA INICIAL
72
Quadro 1 – Configuração dos acordes com sétima (tétrades)
73
Para a construção do campo harmônico de tétrades, tomamos o campo
harmônico de tríades e acrescentamos as sétimas aos acordes.
Saiba mais
No modo menor, há mais possibilidades de formação de CH. Isso se deve
ao fato de que existem escalas menores nas formas harmônica (com o 7º grau
elevando em meio tom) e melódica (com o 6º e o 7º graus elevados em meio
tom). Para fins de ilustração, apresentamos aqui apenas o CH da escala menor
harmônica.
74
Dominante Movimento (encaminhamento para V VII
o repouso), tensão e instabilidade.
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula dois, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos). Nos exercícios
polirrítmicos a duas vozes, você deve selecionar um timbre específico
para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-palma / 2-pés; (c) 1-
vóz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomendam-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
75
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula dois);
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
76
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar polirritmia com sobreposição de vozes.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
77
Quadro 6 – Trechos musicais indicados
78
• Timbres: para a melodia, utilize a voz e realize a execução sempre
pronunciando os nomes de notas (inicie o estudo praticando a leitura
métrica e, na sequência, avance para o solfejo melódico); para o ostinato
rítmico, utilize sons corporais (a exemplo de palmas, peito, perna ou pés);
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) ao contexto tonal explorado no exercício; (c) a
forma/estrutura da melodia (considerando os sinais de repetição).
Observação: se as especificidades rítmicas representarem um desafio
para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode praticar
apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição polirrítmica.
79
Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 51.
80
(ou suspeitando) qual é o compasso, você já pode associar a regência
d’O Passo, realizando uma audição musical ativa;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental! Execute cada uma das vozes
vocalmente e conduzindo a regência d’O Passo;
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (uma voz por vez, de dois em dois
ou quatro em quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só
vez.
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore uma pequena composição melódica com um ostinato rítmico,
considerando as seguintes diretrizes:
81
• Timbre: voz para a melodia (canto com os nomes das notas) e sons
corporais para o ostinato rítmico;
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar um ostinato rítmico.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
Práticas
Revisão: Percepção Práticas de
polirrítmicas com Práticas
formação de auditivo-musical - solfejos com
e sem de escuta
acordes de progressões ostinatos
sobreposição de rítmica.
tétrades. harmônicas. rítmicos.
vozes.
Prática de escuta
Práticas
Revisão: campo Criação musical – melódica: Transcrição
melódicas em
harmônico e composição melodias em rítmica a duas
diferentes
funções tonais. polirrítmica. contextos vozes.
contextos tonais.
homofônicos.
82
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for Sight Singing. São Paulo: Pearson
Education – Prentice Hall, 2011.
83
AULA 5 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS ALTERNADOS, CADÊNCIAS HARMÔNICAS E PRÁTICAS
MELÓDICAS EM CONTEXTOS MODAIS
CONVERSA INICIAL
84
análise das UTs nos compassos alternados considera as diretrizes utilizadas nos
compassos simples e compostos.
Classificação pela
natureza do compasso
Simples Compostos Alternados
2 3 4 6 9 12 5 7 8 10 11
4 2 8 8 8 8 4 8 16 32 8
85
dominante). No Quadro 3, é possível identificar os quatro tipos básicos de
cadências harmônicas. Trata-se de modelos cadenciais aplicáveis tanto aos
modos maior e menor, conservando-se as características dos acordes
encontrados no campo harmônico da tonalidade.
Saiba mais
As cadências autênticas podem também ser “imperfeitas”. Nesse caso,
deve-se inverter um dos acordes (posicionando no baixo outra nota que não a
fundamental) ou substituir o acorde de dominante com sétima (v7) pelo acorde
de sétima da sensível (viio).
86
Quadro 4 – Escalas modais
Frígio: Menor 2ª m
Mi – Mi
Saiba mais
Os intervalos característicos das escalas modais são construídos a partir
da tônica; por exemplo: em ré dórico, a 3ª m é ré-fá; a 6ª M é ré-si; a 7ª m é ré-
dó.
87
2.1 Exercícios preparatórios
Como vimos nas aulas anteriores, o método O Passo propõe, dentre uma
diversidade de práticas, atividades com o foco na ampliação da consciência
rítmica e métrica. Destacamos aqui o exercício Compassos alternados (ciclos de
12 tempos), o qual utiliza diversas métricas alternadas de modo a formar frases
de 12 tempos, explorando a percepção métrica e a polirritmia (por meio da
sobreposição de três vozes na execução coletiva). Para executá-lo, utilizaremos
movimento corporal (regência d’O Passo para os compassos binários, ternário e
quaternários e palmas para a produção sonora). O primeiro tempo de cada frase
é marcado com uma palma grave; dentro das frases, o primeiro tempo de cada
compasso é marcado com uma palma aguda. Assim, a atividade explora as
expressões sonora e gestual (corporal).
Figura 2 – Exercício
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica que podem ser adaptadas para compassos alternados).
Nos exercícios polirrítmicos com o uso de ostinatos, você deve selecionar
um timbre específico para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-
palma / 2-pés; (c) 1-voz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
88
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício. Desse
modo, você pode executar a leitura rítmica em uma prática de audição
musical ativa (neste caso, a apreciação associada com a execução
musical).
A B C
1
D E F
1
89
2
6
Fonte: Gava, 2015, p. 3.
90
Fonte: Gava, 2015, p. 14.
Saiba mais
91
meia cadência – em pontos específicos das músicas (segundo a minutagem
indicada).
92
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento, o compasso e a
extensão (tamanho) do trecho a ser transcrito; aproveite para realizar uma
organização mental prévia da estrutura rítmica e melódica. Aqui você já
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
93
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) as diferentes escalas modais exploradas nos
exercícios. Observação: se as especificidades rítmicas representarem um
desafio para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode
praticar apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição
polirrítmica.
94
Figura 7 – Ostinatos (2)
95
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento e a extensão
(tamanho) do trecho a ser transcrito. Aqui você já pode usar o movimento
corporal como apoio (batendo palmas no pulso, por exemplo);
• Na sequência, busque identificar o compasso (atentando para o acento
métrico) e inicie uma organização mental da estrutura rítmica. Seguir
externando a percepção do pulso (com palmas ou pés) segue sendo uma
estratégia interessante aqui;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
96
FINALIZANDO
Práticas em
Percepção
Conhecendo os compassos Solfejo: melodias Práticas
auditivo-musical -
compassos alternados: em contextos de escuta
cadências
alternados. exercícios modais. rítmica.
harmônicas.
preparatórios
97
REFERÊNCIAS
98
AULA 6 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL: PRÁTICAS
RÍTMICAS E MELÓDICO-HARMÔNICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MUSICAIS
CONVERSA INICIAL
99
1.2 Aspectos métricos e rítmicos
100
Figura 1 – Partitura de “Conversa boa”
101
Fonte: Otutumi, 2020, p. 12.
Tabela 1 – Cadências
102
3.2 Prática de escuta melódica
103
TEMA 4 – SOLFEJO MELÓDICO: AMPLIANDO AS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO
MELÓDICA EM CONTEXTOS POLIFÔNICOS
104
105
TEMA 5 – ESCUTA RÍTMICA: PRÁTICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MÉTRICOS, INTEGRANDO OS FENÔMENOS RÍTMICOS ESTUDADOS ATÉ
AQUI
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore a melodia para a progressão harmônica apresentada a seguir:
107
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
108
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
109
PERCEPÇÃO MUSICAL
AULAS 1, 2, 3, 4, 5 e 6
CONVERSA INICIAL
2
2020), e processados cognitivamente, incluindo a codificação de símbolos, o
reconhecimento, a atribuição de significado e a organização das informações
musicais (mobilizando habilidades cognitivas relacionadas à atenção, memória,
funções executivas e reprodução – manifestação de comportamentos musicais)
em um processo análogo ao desenvolvimento das habilidades linguísticas. A
propósito, é bastante comum encontrarmos estudos que relacionam a
aprendizagem musical com a linguagem verbal (Demicio; Luz; Arena, 2020).
Saiba mais
As funções executivas consistem em processos cognitivos de
planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas, sequência de ações,
seleção e organização de tarefas para o alcance de metas (APA Dictionary of
Psycology, [S.d.]).
3
e a autocorreção/autoavaliação por parte do estudante) e ao uso de estratégias
proprioceptivas, isto é, associar os fenômenos sonoros com gestos e
movimentos corporais (como quando reproduzimos com as mãos o contorno de
uma melodia, respeitando a amplitude dos saltos e os direcionamentos
melódicos). Para a realização dos exercícios de ditado visando a memorização
e compreensão musical, Caregnato (2015) recomenda:
4
registro notacional); e, por último, mas não menos importante, mobilizar as
competências relacionadas à audiação (Caregnato, 2015; Freire, 2018).
Saiba mais
Figura 1 – Audiação
Crédito: Pathdoc/Shutterstock.
5
informações armazenadas conscientemente ou não, para que possam então ser
levadas ao foco da consciência.
A audiação é para a música o que o pensamento é para linguagem. Audiar
enquanto se executa música é como pensar enquanto se fala, e audiar enquanto
se escuta música é como pensar naquilo que alguém disse e está a dizer,
enquanto se ouve essa pessoa falar (Gordon, 2008, p. 17).
A audiação consiste em um fenômeno cognitivo, uma vez que envolve
processos de atenção, representação, memorização, atribuição de significado,
metacognição (pensar sobre os próprios pensamentos), entre outros aspectos
psicológicos. Para visualizarmos a audiação em ação, façamos uma experiência:
resgate na memória a melodia do samba “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso.
Faça um esforço para levantar o máximo de informações musicais possíveis,
incluindo:
6
Ao longo das nossas aulas, realizaremos práticas relativas aos quatro
enfoques descritos no Quadro 1. Tais práticas serão organizadas e orientadas
ao desenvolvimento das habilidades que mencionamos anteriormente e à
construção de conhecimentos específicos relacionados à estruturação musical
(saberes teórico-musicais).
A teoria da música (também chamada teoria musical ou teoria elementar
da música) é um campo de estudo voltado à conceituação e à sistematização
das representações notacionais (símbolos) dos fenômenos sonoro-musicais. Em
uma aproximação metafórica entre música e linguística, a teoria da música
vincula-se à sintaxe musical, desde um nível elementar (conceitos básicos
relacionados aos elementos da música; aspectos da escrita musical;
classificação/categorização de unidades sonoras como intervalos, acordes e
escalas) até o aprofundamento oferecido pelas disciplinas contraponto,
harmonia, análise musical, fundamentos da composição, instrumentação e
arranjos, entre outras.
Para ampliarmos o nosso entendimento sobre os elementos da
estruturação musical fundamentais à organização e compreensão da música nas
práticas de percepção musical, atentemo-nos às informações dispostas no
Quadro 2, identificando os temas de estudo centrais para as disciplinas de
estruturação, percepção e apreciação musical
7
• Fenômenos / procedimentos harmônicos específicos
8
2. No caso do número inferior, a unidade de tempo – figura de som
representa um pulso (ver Quadro 3).
Número
superior
2 Indica a quantidade de tempos por compasso.
Número
inferior
2 Indica a unidade de tempo (UT).
Classificação por
quantidade de tempos
Classificação pela
natureza do compasso
9
Quando o número inferior da fórmula de compasso for alterado, a figura
de som que representa um tempo no compasso também será alterada. Dessa
forma, mudamos os valores de todas as figuras de som, conservando sempre a
relação proporcional descrita na Figura 2 (ou seja, a semibreve – figura mãe –
pode ser subdividia em 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias
e assim por diante). Na Figura 3, é possível visualizar o registro do mesmo ritmo
em compassos quaternários simples, variando-se a UT.
10
Fonte: Ottman; Rogers, 2011.
11
Saiba mais
A figura do autofalante que você vê na figura acima aparecerá várias
vezes ao longo do texto, sempre carregando um hiperlink. Você deve clicar para
ser direcionado para o áudio a ser apreciado.
12
Fonte: Guest, 2010, v. 2, p. 15.
som ( ).
13
Figura 8 – Prolongamento de acento
); e
14
Figura 10 – Diz que fui por aí (1964) – Zé Kéti
15
a. Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais; nos exercícios com predominância de sincopes,
sugere-se o uso da voz para uma execução mais precisa dos
prolongamentos;
b. Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
c. Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
d. Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples). Desse modo, você pode executar a
leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste caso,
apreciação associada com a execução musical).
16
Figura 13 – Referências de timbres
17
2.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
18
acerca deste tema), apontaremos algumas dentre as principais estratégias para
a identificação auditiva de intervalos melódicos e seguiremos para as atividades
de prática auditiva em música.
Quando for necessário – tal como fizemos no tema anterior a respeito dos
compassos, acentos, sincopes e contratempos –, realizaremos o resgate teórico
de alguns conteúdos. Por ora, vamos nos ater ao reconhecimento auditivo dos
intervalos considerando a classificação numérica e qualitativa (ver Quadro 5).
19
3.1.1 Reconhecimento auditivo de intervalos melódicos
Figura 16 – Cantar
20
(Tom Jobim e
Vinícius de
Moraes)
21
escuta e performance musical e, no quadro apresentado a seguir, indique três
obras (destacando o ponto de referência melódica) para cada intervalo.
Saiba mais
Do móvel – em geral, qualquer sistema de solmização [tônica-solfa]
planejado de tal forma que as silabas [ou símbolos] possam ser utilizadas em
transposição para qualquer tonalidade, em contraposição ao do fixo, no qual as
silabas [ou símbolos] correspondem a frequências invariáveis [fixas] para cada
nota (Apel, 1962 citado por Goldemberg, 2000, p. 10; grifo nosso).
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
23
Saiba mais
Acesse o link a seguir e leia o artigo “Métodos de leitura cantada: dó fixo
versus dó móvel”, de Ricardo Goldemberg:
GOLDEMBERG, R. Métodos de leitura cantada: dó fixo versus dó móvel.
Revista da ABEM, n. 5, set. 2000. Disponível em:
<http://abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/ed5/revista5_artigo1.pdf>.
Acesso em: 14 dez. 2021.
Saiba mais
Sobre os sinais de manossolfa:
Os gestos são feitos em movimento vertical à frente do corpo, onde as
alturas são apresentadas no sentido grave (embaixo) e agudo (em cima),
subindo e descendo e simulando a distância intervalar entre cada uma das
alturas cantadas [...]. A velocidade de movimentação da(s) mão(s) na
manossolfa indica a duração das notas cantadas (o ritmo) (Silva, 2012, p. 75).
25
Conforme mencionado por Silva (2012), na manossolfa não há uma
representação precisa das durações. Portanto, o ritmo se constrói em função da
velocidade dos movimentos manuais e de sutilezas gestuais.
Saiba mais
Leia o capítulo: “Zoltán Kodály – Alfabetização e habilidades musicais” por
Walênia Marília Silva no livro a seguir:
MATEIRO, T.; ILARI, B. (orgs.). Pedagogias em educação musical.
Curitiba: IBPEX, 2012, p. 13-24.
Saiba mais
Por aspectos interpretativos entendemos elementos como dinâmicas,
articulações, andamentos, agógica e indicações de caráter / expressão.
26
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz;
• Acompanhamentos musicais: caso domine um instrumento harmônico
(como o violão ou teclado/piano), você pode acompanhar-se. Para isso,
deverá mobilizar os seus conhecimentos sobre harmonia para harmonizar
as melodias que serão solfejadas. Você pode se ater as funções
harmônicas básicas e explorar as progressões e cadências mais usuais –
autêntica, suspensiva (semicadência), de engano e plagal. Além disso,
você pode se acompanhar apenas melodicamente, executando ao
teclado/piano a melodia solfejada; importante: por limitar a autonomia na
prática do solfejo, esta última estratégia deve ser paulatinamente
abandonada;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a ocorrência de síncopes e
contratempos; (b) a forma/estrutura (considerando os sinais de repetição).
Figuras 19 a 21 – Exercícios
Fonte: Lozano, 1942, S.d.; Dannhäuser, 1891, p. 13; Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 28.
27
4.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
28
5.1 Fundamentos da escuta rítmica
Saiba mais
Para ampliar a sua compreensão sobre o método O Passo,
recomendamos a literatura especializada:
CIAVATTA, L. O Passo – música e educação. Rio de Janeiro: Edição do
Autor, 2012.
30
Nas partituras d’O Passo, dentre a diversidades de símbolos explorados,
merecem destaque os algarismos arábicos (que representam os pulsos) e as
vogais “e”, “i” e “o” (as quais representam os contratempos e subdivisões). Os
números fora dos parêntesis são sons, e os números entre parêntesis são
pausas. Cada linha (identificada com uma letra) representa um compasso. A
execução da partitura deve ser realizada com a voz (pronunciando números e
vogais), com sons corporais (a exemplo das palmas) e com instrumentos
musicais (com destaque à percussão) (ver Quadro 10).
31
5.2 Atividades de prática auditiva em música
NA PRÁTICA
32
possível, grave as quatro vozes e realize a sobreposição em um software de
edição de áudio e vídeo. Certamente será uma experiência musical interessante!
FINALIZANDO
33
REFERÊNCIAS
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for sight singing. São Paulo: Pearson
Education - Prentice Hall, 2011.
34
OTUTUMI, C. H. V. O ensino tradicional na disciplina Percepção Musical:
principais aspectos em destaque por autores da área nos últimos anos. Revista
Vórtex, Curitiba, n. 2, 2013, p. 168-190
35
AULA 2 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, NOÇÕES DE QUIÁLTERAS, INTRODUÇÃO ÀS
ESCALAS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
36
Quadro 1 – I Want You (1977) – The Beatlles
38
a quantidade de silabas da palavra seja equivalente a quantidade de notas
da célula rítmica).
Exemplos:
1=Pão; 2=Bo-lo; 3=La-sa-nha; 4=Cho-co-la-te; 5=Co-pa-ca-ba-na
7=Co-pa-ca-ba-na-ca-fé (ou dó-ré-mi-fá-sol-lá-si).
Quadro 3 – Exercício
1 1 4 2 3 2 1 4
2 5 2 4 1 7 2 1
Observe que há três células em negrito. Por qual razão essas células
merecem destaque nesse contexto métrico? Trata-se de ritmos que extrapolam
as capacidades de subdivisão regular dos pulsos. Pensemos juntos: se em um
compasso simples a subdivisão do pulso é binária, células baseadas na
subdivisão em três, cinco e sete partes extrapolam e alteram a capacidade usual
dos pulsos do compasso; daí a ideia de quiáltera – grupos de notas que não
respeitam a subdivisão convencional/regular dos compassos e pulsos. As
quiálteras aumentativas são aquelas que ampliam a capacidade do compasso
ou pulso; no sentido contrário, as quiálteras diminutivas reduzem a capacidade
do compasso ou pulso.
Na escrita convencional, registramos esses recursos rítmicos por meio da
crifragem das quiálteras, indicando a célula rítmica/compasso com uma
chave/colchete ou ligadura e a quantidades de subdivisões proposta. A Figura 3
apresenta o trecho que praticamos numericamente em notação tradicional.
39
Quadro 4 – Principais tipos de quiálteras
40
quiálteras regulares são formadas por notas de mesmo valor e as quiálteras
irregulares são formadas por notas de valores diferentes.
41
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais.
42
o Realize o exercício conduzindo a regência d’O Passo em compasso
quaternário composto.
Quadro 5 – Exercício
Compasso quaternário
43
Fonte: Gava, 2011, p. 12, 14.
• Referências para a silabação rítmica: além do “tá” para o pulso, o “tá – ti”
para a subdivisão em dois e o “tá-tu-ti-tu” para a subdivisão em quatro,
podemos estabelecer referências silábicas para as quiálteras
44
2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
45
3.1.1 Cantar!
3.1.2 Associar!
46
Quadro 7 – Referências associativas para a identificação e acordes
Elementos associativos
Acordes
Maiores Emoções relacionadas a alegria; sonoridade mais aberta,
iluminada, brilhante.
Menores Emoções relacionadas a tristeza; sonoridade mais
fechada, escura, opaca.
Aumentados Sonoridade expandida (decorrente da presença da 5ª
aumentada), de caráter misterioso.
Diminutos Sonoridade contraída e sensação de tensão (decorrente
da presença do trítono – 5ª diminuta).
47
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como ocorre
a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
1 1
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1
50
Figura 16 – Exercícios – Melodias em compassos simples e compostos com uso
de quiálteras
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
51
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
.
Fonte: Guest, 2010, v. 1, p. 96.
52
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
53
REFERÊNCIAS
54
AULA 3 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, QUIÁLTERAS, ESCALAS TONAIS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
55
psicologia cognitiva da música – e descrevendo as práticas relacionadas a esta
disciplina, as quais envolvem especialmente leitura e escuta musical, apreciação
musical direcionada/focalizada, atividades de composição, improvisação e
performance musical.
Além disso, frisamos a necessária articulação entre a percepção musical
e os saberes teórico/estruturantes da música – envolvendo aspectos rítmicos e
métricos, melódicos e harmônicos, formais e estruturais –, e propusemos quatro
eixos norteadores para as práticas no âmbito da disciplina:
56
• Estratégias e recomendações para as práticas de escuta melódico-
harmônica e criação/execução melódica.
57
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos).
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente.
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula anterior).
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
58
Figura 1 – Prática em compassos compostos
59
Figura 3 – Compasso binário composto – Colunas e linhas
A B C
1
D E F
1
60
Figura 5 – Exercícios – Quiálteras em compasso simples (1)
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
61
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
Acorde 1: Acorde 5:
Acorde 2: Acorde 6:
Acorde 3: Acorde 7:
Acorde 4: Acorde 8:
Fonte: Guest, 2010.
62
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
63
Figura 7 – Melodia 1
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
Figura 8 – Melodia 2
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2
1 1 1 1
Figura 9 – Melodia 3
1 1
7 7
6 6 6
5 5 5
4 4
3 3
2
1
Figura 10 – Melodia 4
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
64
4.2 Performance musical
65
Fonte: Ottman; Rogers, 2011, p. 59-60.
Figura 12 – Ostinatos
Ostinato 1 Ostinato 2
Ostinato 3 Ostinato 4
66
Fonte: Krueger, 2011, p. 255-256.
67
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
68
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
Pesquisa sonoro-musical
Diferente do que se possa equivocadamente pensar, músicas em
compassos compostos são bastante comuns – tanto no contexto da música de
concerto quanto na música popular. Nesse sentido, convido você a realizar uma
pesquisa sonoro-musical para identificar ao menos dez obras (canções ou
músicas instrumentais) em compasso composto.
FINALIZANDO
69
Figura 15 – Síntese da aula
70
REFERÊNCIAS
71
AULA 4 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
INTRODUÇÃO À POLIRRITMIA, CAMPO HARMÔNICO E FUNÇÕES TONAIS
CONVERSA INICIAL
72
Quadro 1 – Configuração dos acordes com sétima (tétrades)
73
Para a construção do campo harmônico de tétrades, tomamos o campo
harmônico de tríades e acrescentamos as sétimas aos acordes.
Saiba mais
No modo menor, há mais possibilidades de formação de CH. Isso se deve
ao fato de que existem escalas menores nas formas harmônica (com o 7º grau
elevando em meio tom) e melódica (com o 6º e o 7º graus elevados em meio
tom). Para fins de ilustração, apresentamos aqui apenas o CH da escala menor
harmônica.
74
Dominante Movimento (encaminhamento para V VII
o repouso), tensão e instabilidade.
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula dois, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos). Nos exercícios
polirrítmicos a duas vozes, você deve selecionar um timbre específico
para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-palma / 2-pés; (c) 1-
vóz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomendam-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
75
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula dois);
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
76
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar polirritmia com sobreposição de vozes.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
77
Quadro 6 – Trechos musicais indicados
78
• Timbres: para a melodia, utilize a voz e realize a execução sempre
pronunciando os nomes de notas (inicie o estudo praticando a leitura
métrica e, na sequência, avance para o solfejo melódico); para o ostinato
rítmico, utilize sons corporais (a exemplo de palmas, peito, perna ou pés);
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) ao contexto tonal explorado no exercício; (c) a
forma/estrutura da melodia (considerando os sinais de repetição).
Observação: se as especificidades rítmicas representarem um desafio
para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode praticar
apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição polirrítmica.
79
Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 51.
80
(ou suspeitando) qual é o compasso, você já pode associar a regência
d’O Passo, realizando uma audição musical ativa;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental! Execute cada uma das vozes
vocalmente e conduzindo a regência d’O Passo;
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (uma voz por vez, de dois em dois
ou quatro em quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só
vez.
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore uma pequena composição melódica com um ostinato rítmico,
considerando as seguintes diretrizes:
81
• Timbre: voz para a melodia (canto com os nomes das notas) e sons
corporais para o ostinato rítmico;
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar um ostinato rítmico.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
Práticas
Revisão: Percepção Práticas de
polirrítmicas com Práticas
formação de auditivo-musical - solfejos com
e sem de escuta
acordes de progressões ostinatos
sobreposição de rítmica.
tétrades. harmônicas. rítmicos.
vozes.
Prática de escuta
Práticas
Revisão: campo Criação musical – melódica: Transcrição
melódicas em
harmônico e composição melodias em rítmica a duas
diferentes
funções tonais. polirrítmica. contextos vozes.
contextos tonais.
homofônicos.
82
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for Sight Singing. São Paulo: Pearson
Education – Prentice Hall, 2011.
83
AULA 5 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS ALTERNADOS, CADÊNCIAS HARMÔNICAS E PRÁTICAS
MELÓDICAS EM CONTEXTOS MODAIS
CONVERSA INICIAL
84
análise das UTs nos compassos alternados considera as diretrizes utilizadas nos
compassos simples e compostos.
Classificação pela
natureza do compasso
Simples Compostos Alternados
2 3 4 6 9 12 5 7 8 10 11
4 2 8 8 8 8 4 8 16 32 8
85
dominante). No Quadro 3, é possível identificar os quatro tipos básicos de
cadências harmônicas. Trata-se de modelos cadenciais aplicáveis tanto aos
modos maior e menor, conservando-se as características dos acordes
encontrados no campo harmônico da tonalidade.
Saiba mais
As cadências autênticas podem também ser “imperfeitas”. Nesse caso,
deve-se inverter um dos acordes (posicionando no baixo outra nota que não a
fundamental) ou substituir o acorde de dominante com sétima (v7) pelo acorde
de sétima da sensível (viio).
86
Quadro 4 – Escalas modais
Frígio: Menor 2ª m
Mi – Mi
Saiba mais
Os intervalos característicos das escalas modais são construídos a partir
da tônica; por exemplo: em ré dórico, a 3ª m é ré-fá; a 6ª M é ré-si; a 7ª m é ré-
dó.
87
2.1 Exercícios preparatórios
Como vimos nas aulas anteriores, o método O Passo propõe, dentre uma
diversidade de práticas, atividades com o foco na ampliação da consciência
rítmica e métrica. Destacamos aqui o exercício Compassos alternados (ciclos de
12 tempos), o qual utiliza diversas métricas alternadas de modo a formar frases
de 12 tempos, explorando a percepção métrica e a polirritmia (por meio da
sobreposição de três vozes na execução coletiva). Para executá-lo, utilizaremos
movimento corporal (regência d’O Passo para os compassos binários, ternário e
quaternários e palmas para a produção sonora). O primeiro tempo de cada frase
é marcado com uma palma grave; dentro das frases, o primeiro tempo de cada
compasso é marcado com uma palma aguda. Assim, a atividade explora as
expressões sonora e gestual (corporal).
Figura 2 – Exercício
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica que podem ser adaptadas para compassos alternados).
Nos exercícios polirrítmicos com o uso de ostinatos, você deve selecionar
um timbre específico para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-
palma / 2-pés; (c) 1-voz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
88
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício. Desse
modo, você pode executar a leitura rítmica em uma prática de audição
musical ativa (neste caso, a apreciação associada com a execução
musical).
A B C
1
D E F
1
89
2
6
Fonte: Gava, 2015, p. 3.
90
Fonte: Gava, 2015, p. 14.
Saiba mais
91
meia cadência – em pontos específicos das músicas (segundo a minutagem
indicada).
92
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento, o compasso e a
extensão (tamanho) do trecho a ser transcrito; aproveite para realizar uma
organização mental prévia da estrutura rítmica e melódica. Aqui você já
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
93
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) as diferentes escalas modais exploradas nos
exercícios. Observação: se as especificidades rítmicas representarem um
desafio para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode
praticar apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição
polirrítmica.
94
Figura 7 – Ostinatos (2)
95
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento e a extensão
(tamanho) do trecho a ser transcrito. Aqui você já pode usar o movimento
corporal como apoio (batendo palmas no pulso, por exemplo);
• Na sequência, busque identificar o compasso (atentando para o acento
métrico) e inicie uma organização mental da estrutura rítmica. Seguir
externando a percepção do pulso (com palmas ou pés) segue sendo uma
estratégia interessante aqui;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
96
FINALIZANDO
Práticas em
Percepção
Conhecendo os compassos Solfejo: melodias Práticas
auditivo-musical -
compassos alternados: em contextos de escuta
cadências
alternados. exercícios modais. rítmica.
harmônicas.
preparatórios
97
REFERÊNCIAS
98
AULA 6 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL: PRÁTICAS
RÍTMICAS E MELÓDICO-HARMÔNICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MUSICAIS
CONVERSA INICIAL
99
1.2 Aspectos métricos e rítmicos
100
Figura 1 – Partitura de “Conversa boa”
101
Fonte: Otutumi, 2020, p. 12.
Tabela 1 – Cadências
102
3.2 Prática de escuta melódica
103
TEMA 4 – SOLFEJO MELÓDICO: AMPLIANDO AS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO
MELÓDICA EM CONTEXTOS POLIFÔNICOS
104
105
TEMA 5 – ESCUTA RÍTMICA: PRÁTICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MÉTRICOS, INTEGRANDO OS FENÔMENOS RÍTMICOS ESTUDADOS ATÉ
AQUI
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore a melodia para a progressão harmônica apresentada a seguir:
107
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
108
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
109
PERCEPÇÃO MUSICAL
AULAS 1, 2, 3, 4, 5 e 6
CONVERSA INICIAL
2
2020), e processados cognitivamente, incluindo a codificação de símbolos, o
reconhecimento, a atribuição de significado e a organização das informações
musicais (mobilizando habilidades cognitivas relacionadas à atenção, memória,
funções executivas e reprodução – manifestação de comportamentos musicais)
em um processo análogo ao desenvolvimento das habilidades linguísticas. A
propósito, é bastante comum encontrarmos estudos que relacionam a
aprendizagem musical com a linguagem verbal (Demicio; Luz; Arena, 2020).
Saiba mais
As funções executivas consistem em processos cognitivos de
planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas, sequência de ações,
seleção e organização de tarefas para o alcance de metas (APA Dictionary of
Psycology, [S.d.]).
3
e a autocorreção/autoavaliação por parte do estudante) e ao uso de estratégias
proprioceptivas, isto é, associar os fenômenos sonoros com gestos e
movimentos corporais (como quando reproduzimos com as mãos o contorno de
uma melodia, respeitando a amplitude dos saltos e os direcionamentos
melódicos). Para a realização dos exercícios de ditado visando a memorização
e compreensão musical, Caregnato (2015) recomenda:
4
registro notacional); e, por último, mas não menos importante, mobilizar as
competências relacionadas à audiação (Caregnato, 2015; Freire, 2018).
Saiba mais
Figura 1 – Audiação
Crédito: Pathdoc/Shutterstock.
5
informações armazenadas conscientemente ou não, para que possam então ser
levadas ao foco da consciência.
A audiação é para a música o que o pensamento é para linguagem. Audiar
enquanto se executa música é como pensar enquanto se fala, e audiar enquanto
se escuta música é como pensar naquilo que alguém disse e está a dizer,
enquanto se ouve essa pessoa falar (Gordon, 2008, p. 17).
A audiação consiste em um fenômeno cognitivo, uma vez que envolve
processos de atenção, representação, memorização, atribuição de significado,
metacognição (pensar sobre os próprios pensamentos), entre outros aspectos
psicológicos. Para visualizarmos a audiação em ação, façamos uma experiência:
resgate na memória a melodia do samba “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso.
Faça um esforço para levantar o máximo de informações musicais possíveis,
incluindo:
6
Ao longo das nossas aulas, realizaremos práticas relativas aos quatro
enfoques descritos no Quadro 1. Tais práticas serão organizadas e orientadas
ao desenvolvimento das habilidades que mencionamos anteriormente e à
construção de conhecimentos específicos relacionados à estruturação musical
(saberes teórico-musicais).
A teoria da música (também chamada teoria musical ou teoria elementar
da música) é um campo de estudo voltado à conceituação e à sistematização
das representações notacionais (símbolos) dos fenômenos sonoro-musicais. Em
uma aproximação metafórica entre música e linguística, a teoria da música
vincula-se à sintaxe musical, desde um nível elementar (conceitos básicos
relacionados aos elementos da música; aspectos da escrita musical;
classificação/categorização de unidades sonoras como intervalos, acordes e
escalas) até o aprofundamento oferecido pelas disciplinas contraponto,
harmonia, análise musical, fundamentos da composição, instrumentação e
arranjos, entre outras.
Para ampliarmos o nosso entendimento sobre os elementos da
estruturação musical fundamentais à organização e compreensão da música nas
práticas de percepção musical, atentemo-nos às informações dispostas no
Quadro 2, identificando os temas de estudo centrais para as disciplinas de
estruturação, percepção e apreciação musical
7
• Fenômenos / procedimentos harmônicos específicos
8
2. No caso do número inferior, a unidade de tempo – figura de som
representa um pulso (ver Quadro 3).
Número
superior
2 Indica a quantidade de tempos por compasso.
Número
inferior
2 Indica a unidade de tempo (UT).
Classificação por
quantidade de tempos
Classificação pela
natureza do compasso
9
Quando o número inferior da fórmula de compasso for alterado, a figura
de som que representa um tempo no compasso também será alterada. Dessa
forma, mudamos os valores de todas as figuras de som, conservando sempre a
relação proporcional descrita na Figura 2 (ou seja, a semibreve – figura mãe –
pode ser subdividia em 2 mínimas, 4 semínimas, 8 colcheias, 16 semicolcheias
e assim por diante). Na Figura 3, é possível visualizar o registro do mesmo ritmo
em compassos quaternários simples, variando-se a UT.
10
Fonte: Ottman; Rogers, 2011.
11
Saiba mais
A figura do autofalante que você vê na figura acima aparecerá várias
vezes ao longo do texto, sempre carregando um hiperlink. Você deve clicar para
ser direcionado para o áudio a ser apreciado.
12
Fonte: Guest, 2010, v. 2, p. 15.
som ( ).
13
Figura 8 – Prolongamento de acento
); e
14
Figura 10 – Diz que fui por aí (1964) – Zé Kéti
15
a. Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais; nos exercícios com predominância de sincopes,
sugere-se o uso da voz para uma execução mais precisa dos
prolongamentos;
b. Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
c. Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
d. Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples). Desse modo, você pode executar a
leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste caso,
apreciação associada com a execução musical).
16
Figura 13 – Referências de timbres
17
2.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
18
acerca deste tema), apontaremos algumas dentre as principais estratégias para
a identificação auditiva de intervalos melódicos e seguiremos para as atividades
de prática auditiva em música.
Quando for necessário – tal como fizemos no tema anterior a respeito dos
compassos, acentos, sincopes e contratempos –, realizaremos o resgate teórico
de alguns conteúdos. Por ora, vamos nos ater ao reconhecimento auditivo dos
intervalos considerando a classificação numérica e qualitativa (ver Quadro 5).
19
3.1.1 Reconhecimento auditivo de intervalos melódicos
Figura 16 – Cantar
20
(Tom Jobim e
Vinícius de
Moraes)
21
escuta e performance musical e, no quadro apresentado a seguir, indique três
obras (destacando o ponto de referência melódica) para cada intervalo.
Saiba mais
Do móvel – em geral, qualquer sistema de solmização [tônica-solfa]
planejado de tal forma que as silabas [ou símbolos] possam ser utilizadas em
transposição para qualquer tonalidade, em contraposição ao do fixo, no qual as
silabas [ou símbolos] correspondem a frequências invariáveis [fixas] para cada
nota (Apel, 1962 citado por Goldemberg, 2000, p. 10; grifo nosso).
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
23
Saiba mais
Acesse o link a seguir e leia o artigo “Métodos de leitura cantada: dó fixo
versus dó móvel”, de Ricardo Goldemberg:
GOLDEMBERG, R. Métodos de leitura cantada: dó fixo versus dó móvel.
Revista da ABEM, n. 5, set. 2000. Disponível em:
<http://abemeducacaomusical.com.br/revista_abem/ed5/revista5_artigo1.pdf>.
Acesso em: 14 dez. 2021.
Saiba mais
Sobre os sinais de manossolfa:
Os gestos são feitos em movimento vertical à frente do corpo, onde as
alturas são apresentadas no sentido grave (embaixo) e agudo (em cima),
subindo e descendo e simulando a distância intervalar entre cada uma das
alturas cantadas [...]. A velocidade de movimentação da(s) mão(s) na
manossolfa indica a duração das notas cantadas (o ritmo) (Silva, 2012, p. 75).
25
Conforme mencionado por Silva (2012), na manossolfa não há uma
representação precisa das durações. Portanto, o ritmo se constrói em função da
velocidade dos movimentos manuais e de sutilezas gestuais.
Saiba mais
Leia o capítulo: “Zoltán Kodály – Alfabetização e habilidades musicais” por
Walênia Marília Silva no livro a seguir:
MATEIRO, T.; ILARI, B. (orgs.). Pedagogias em educação musical.
Curitiba: IBPEX, 2012, p. 13-24.
Saiba mais
Por aspectos interpretativos entendemos elementos como dinâmicas,
articulações, andamentos, agógica e indicações de caráter / expressão.
26
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz;
• Acompanhamentos musicais: caso domine um instrumento harmônico
(como o violão ou teclado/piano), você pode acompanhar-se. Para isso,
deverá mobilizar os seus conhecimentos sobre harmonia para harmonizar
as melodias que serão solfejadas. Você pode se ater as funções
harmônicas básicas e explorar as progressões e cadências mais usuais –
autêntica, suspensiva (semicadência), de engano e plagal. Além disso,
você pode se acompanhar apenas melodicamente, executando ao
teclado/piano a melodia solfejada; importante: por limitar a autonomia na
prática do solfejo, esta última estratégia deve ser paulatinamente
abandonada;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a ocorrência de síncopes e
contratempos; (b) a forma/estrutura (considerando os sinais de repetição).
Figuras 19 a 21 – Exercícios
Fonte: Lozano, 1942, S.d.; Dannhäuser, 1891, p. 13; Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 28.
27
4.2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
28
5.1 Fundamentos da escuta rítmica
Saiba mais
Para ampliar a sua compreensão sobre o método O Passo,
recomendamos a literatura especializada:
CIAVATTA, L. O Passo – música e educação. Rio de Janeiro: Edição do
Autor, 2012.
30
Nas partituras d’O Passo, dentre a diversidades de símbolos explorados,
merecem destaque os algarismos arábicos (que representam os pulsos) e as
vogais “e”, “i” e “o” (as quais representam os contratempos e subdivisões). Os
números fora dos parêntesis são sons, e os números entre parêntesis são
pausas. Cada linha (identificada com uma letra) representa um compasso. A
execução da partitura deve ser realizada com a voz (pronunciando números e
vogais), com sons corporais (a exemplo das palmas) e com instrumentos
musicais (com destaque à percussão) (ver Quadro 10).
31
5.2 Atividades de prática auditiva em música
NA PRÁTICA
32
possível, grave as quatro vozes e realize a sobreposição em um software de
edição de áudio e vídeo. Certamente será uma experiência musical interessante!
FINALIZANDO
33
REFERÊNCIAS
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for sight singing. São Paulo: Pearson
Education - Prentice Hall, 2011.
34
OTUTUMI, C. H. V. O ensino tradicional na disciplina Percepção Musical:
principais aspectos em destaque por autores da área nos últimos anos. Revista
Vórtex, Curitiba, n. 2, 2013, p. 168-190
35
AULA 2 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, NOÇÕES DE QUIÁLTERAS, INTRODUÇÃO ÀS
ESCALAS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
36
Quadro 1 – I Want You (1977) – The Beatlles
38
a quantidade de silabas da palavra seja equivalente a quantidade de notas
da célula rítmica).
Exemplos:
1=Pão; 2=Bo-lo; 3=La-sa-nha; 4=Cho-co-la-te; 5=Co-pa-ca-ba-na
7=Co-pa-ca-ba-na-ca-fé (ou dó-ré-mi-fá-sol-lá-si).
Quadro 3 – Exercício
1 1 4 2 3 2 1 4
2 5 2 4 1 7 2 1
Observe que há três células em negrito. Por qual razão essas células
merecem destaque nesse contexto métrico? Trata-se de ritmos que extrapolam
as capacidades de subdivisão regular dos pulsos. Pensemos juntos: se em um
compasso simples a subdivisão do pulso é binária, células baseadas na
subdivisão em três, cinco e sete partes extrapolam e alteram a capacidade usual
dos pulsos do compasso; daí a ideia de quiáltera – grupos de notas que não
respeitam a subdivisão convencional/regular dos compassos e pulsos. As
quiálteras aumentativas são aquelas que ampliam a capacidade do compasso
ou pulso; no sentido contrário, as quiálteras diminutivas reduzem a capacidade
do compasso ou pulso.
Na escrita convencional, registramos esses recursos rítmicos por meio da
crifragem das quiálteras, indicando a célula rítmica/compasso com uma
chave/colchete ou ligadura e a quantidades de subdivisões proposta. A Figura 3
apresenta o trecho que praticamos numericamente em notação tradicional.
39
Quadro 4 – Principais tipos de quiálteras
40
quiálteras regulares são formadas por notas de mesmo valor e as quiálteras
irregulares são formadas por notas de valores diferentes.
41
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais.
42
o Realize o exercício conduzindo a regência d’O Passo em compasso
quaternário composto.
Quadro 5 – Exercício
Compasso quaternário
43
Fonte: Gava, 2011, p. 12, 14.
• Referências para a silabação rítmica: além do “tá” para o pulso, o “tá – ti”
para a subdivisão em dois e o “tá-tu-ti-tu” para a subdivisão em quatro,
podemos estabelecer referências silábicas para as quiálteras
44
2.2 Criação musical
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
45
3.1.1 Cantar!
3.1.2 Associar!
46
Quadro 7 – Referências associativas para a identificação e acordes
Elementos associativos
Acordes
Maiores Emoções relacionadas a alegria; sonoridade mais aberta,
iluminada, brilhante.
Menores Emoções relacionadas a tristeza; sonoridade mais
fechada, escura, opaca.
Aumentados Sonoridade expandida (decorrente da presença da 5ª
aumentada), de caráter misterioso.
Diminutos Sonoridade contraída e sensação de tensão (decorrente
da presença do trítono – 5ª diminuta).
47
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como ocorre
a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
1 1
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1
50
Figura 16 – Exercícios – Melodias em compassos simples e compostos com uso
de quiálteras
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
51
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
.
Fonte: Guest, 2010, v. 1, p. 96.
52
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
53
REFERÊNCIAS
54
AULA 3 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS COMPOSTOS, QUIÁLTERAS, ESCALAS TONAIS E ACORDES
CONVERSA INICIAL
55
psicologia cognitiva da música – e descrevendo as práticas relacionadas a esta
disciplina, as quais envolvem especialmente leitura e escuta musical, apreciação
musical direcionada/focalizada, atividades de composição, improvisação e
performance musical.
Além disso, frisamos a necessária articulação entre a percepção musical
e os saberes teórico/estruturantes da música – envolvendo aspectos rítmicos e
métricos, melódicos e harmônicos, formais e estruturais –, e propusemos quatro
eixos norteadores para as práticas no âmbito da disciplina:
56
• Estratégias e recomendações para as práticas de escuta melódico-
harmônica e criação/execução melódica.
57
2.1 Performance musical
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos).
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente.
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula anterior).
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
58
Figura 1 – Prática em compassos compostos
59
Figura 3 – Compasso binário composto – Colunas e linhas
A B C
1
D E F
1
60
Figura 5 – Exercícios – Quiálteras em compasso simples (1)
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
61
e frases e da exploração de repetições e contrastes com
intencionalidade).
Acorde 1: Acorde 5:
Acorde 2: Acorde 6:
Acorde 3: Acorde 7:
Acorde 4: Acorde 8:
Fonte: Guest, 2010.
62
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
63
Figura 7 – Melodia 1
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
Figura 8 – Melodia 2
5 5
4 4
3 3 3 3 3
2 2 2
1 1 1 1
Figura 9 – Melodia 3
1 1
7 7
6 6 6
5 5 5
4 4
3 3
2
1
Figura 10 – Melodia 4
5
4
3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
1 1 1 1
64
4.2 Performance musical
65
Fonte: Ottman; Rogers, 2011, p. 59-60.
Figura 12 – Ostinatos
Ostinato 1 Ostinato 2
Ostinato 3 Ostinato 4
66
Fonte: Krueger, 2011, p. 255-256.
67
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
68
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
Pesquisa sonoro-musical
Diferente do que se possa equivocadamente pensar, músicas em
compassos compostos são bastante comuns – tanto no contexto da música de
concerto quanto na música popular. Nesse sentido, convido você a realizar uma
pesquisa sonoro-musical para identificar ao menos dez obras (canções ou
músicas instrumentais) em compasso composto.
FINALIZANDO
69
Figura 15 – Síntese da aula
70
REFERÊNCIAS
71
AULA 4 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
INTRODUÇÃO À POLIRRITMIA, CAMPO HARMÔNICO E FUNÇÕES TONAIS
CONVERSA INICIAL
72
Quadro 1 – Configuração dos acordes com sétima (tétrades)
73
Para a construção do campo harmônico de tétrades, tomamos o campo
harmônico de tríades e acrescentamos as sétimas aos acordes.
Saiba mais
No modo menor, há mais possibilidades de formação de CH. Isso se deve
ao fato de que existem escalas menores nas formas harmônica (com o 7º grau
elevando em meio tom) e melódica (com o 6º e o 7º graus elevados em meio
tom). Para fins de ilustração, apresentamos aqui apenas o CH da escala menor
harmônica.
74
Dominante Movimento (encaminhamento para V VII
o repouso), tensão e instabilidade.
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula dois, consulte referências para a
silabação rítmica em compassos simples e compostos). Nos exercícios
polirrítmicos a duas vozes, você deve selecionar um timbre específico
para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-palma / 2-pés; (c) 1-
vóz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomendam-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz. Em complemento, sugere-se também, além
da marcação da pulsação, marcar a subdivisão dos pulsos (consulte
75
exemplos de marcação da pulsação com subdivisão do pulso na Figura
14 da aula dois);
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício (binário,
ternário ou quaternário simples ou composto). Desse modo, você pode
executar a leitura rítmica em uma prática de audição musical ativa (neste
caso, a apreciação associada com a execução musical).
76
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar polirritmia com sobreposição de vozes.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são
77
Quadro 6 – Trechos musicais indicados
78
• Timbres: para a melodia, utilize a voz e realize a execução sempre
pronunciando os nomes de notas (inicie o estudo praticando a leitura
métrica e, na sequência, avance para o solfejo melódico); para o ostinato
rítmico, utilize sons corporais (a exemplo de palmas, peito, perna ou pés);
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados; para
favorecer o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) ao contexto tonal explorado no exercício; (c) a
forma/estrutura da melodia (considerando os sinais de repetição).
Observação: se as especificidades rítmicas representarem um desafio
para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode praticar
apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição polirrítmica.
79
Fonte: Dannhäuser, 1891, p. 51.
80
(ou suspeitando) qual é o compasso, você já pode associar a regência
d’O Passo, realizando uma audição musical ativa;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental! Execute cada uma das vozes
vocalmente e conduzindo a regência d’O Passo;
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (uma voz por vez, de dois em dois
ou quatro em quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só
vez.
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore uma pequena composição melódica com um ostinato rítmico,
considerando as seguintes diretrizes:
81
• Timbre: voz para a melodia (canto com os nomes das notas) e sons
corporais para o ostinato rítmico;
• Elemento base: além dos elementos estruturantes da música já
abordados até aqui, explorar um ostinato rítmico.
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
Práticas
Revisão: Percepção Práticas de
polirrítmicas com Práticas
formação de auditivo-musical - solfejos com
e sem de escuta
acordes de progressões ostinatos
sobreposição de rítmica.
tétrades. harmônicas. rítmicos.
vozes.
Prática de escuta
Práticas
Revisão: campo Criação musical – melódica: Transcrição
melódicas em
harmônico e composição melodias em rítmica a duas
diferentes
funções tonais. polirrítmica. contextos vozes.
contextos tonais.
homofônicos.
82
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
OTTMAN, R. W.; ROGERS, N. Music for Sight Singing. São Paulo: Pearson
Education – Prentice Hall, 2011.
83
AULA 5 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL:
COMPASSOS ALTERNADOS, CADÊNCIAS HARMÔNICAS E PRÁTICAS
MELÓDICAS EM CONTEXTOS MODAIS
CONVERSA INICIAL
84
análise das UTs nos compassos alternados considera as diretrizes utilizadas nos
compassos simples e compostos.
Classificação pela
natureza do compasso
Simples Compostos Alternados
2 3 4 6 9 12 5 7 8 10 11
4 2 8 8 8 8 4 8 16 32 8
85
dominante). No Quadro 3, é possível identificar os quatro tipos básicos de
cadências harmônicas. Trata-se de modelos cadenciais aplicáveis tanto aos
modos maior e menor, conservando-se as características dos acordes
encontrados no campo harmônico da tonalidade.
Saiba mais
As cadências autênticas podem também ser “imperfeitas”. Nesse caso,
deve-se inverter um dos acordes (posicionando no baixo outra nota que não a
fundamental) ou substituir o acorde de dominante com sétima (v7) pelo acorde
de sétima da sensível (viio).
86
Quadro 4 – Escalas modais
Frígio: Menor 2ª m
Mi – Mi
Saiba mais
Os intervalos característicos das escalas modais são construídos a partir
da tônica; por exemplo: em ré dórico, a 3ª m é ré-fá; a 6ª M é ré-si; a 7ª m é ré-
dó.
87
2.1 Exercícios preparatórios
Como vimos nas aulas anteriores, o método O Passo propõe, dentre uma
diversidade de práticas, atividades com o foco na ampliação da consciência
rítmica e métrica. Destacamos aqui o exercício Compassos alternados (ciclos de
12 tempos), o qual utiliza diversas métricas alternadas de modo a formar frases
de 12 tempos, explorando a percepção métrica e a polirritmia (por meio da
sobreposição de três vozes na execução coletiva). Para executá-lo, utilizaremos
movimento corporal (regência d’O Passo para os compassos binários, ternário e
quaternários e palmas para a produção sonora). O primeiro tempo de cada frase
é marcado com uma palma grave; dentro das frases, o primeiro tempo de cada
compasso é marcado com uma palma aguda. Assim, a atividade explora as
expressões sonora e gestual (corporal).
Figura 2 – Exercício
• Timbres: procure variar entre o uso da voz (com silabação rítmica) e o uso
de sons corporais (na Figura 7 da aula 2, consulte referências para a
silabação rítmica que podem ser adaptadas para compassos alternados).
Nos exercícios polirrítmicos com o uso de ostinatos, você deve selecionar
um timbre específico para cada voz; exemplos: (a) 1-voz / 2-palma; (b) 1-
palma / 2-pés; (c) 1-voz / 2-pés;
• Andamento: de modo geral, recomenda-se andamentos moderados
regulados pelo metrônomo (tendo em vista que, no início dos estudos, é
comum oscilarmos a pulsação em práticas com quiálteras); para favorecer
o estudo, você pode iniciar com andamentos lentos e acelerar
progressivamente;
88
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas enquanto lê a partitura com a voz ou marcar os pulsos
com os pés (em um sutil gesto de marcha) enquanto lê a partitura com
percussão corporal ou voz;
• Acompanhamentos musicais: para dinamizar a realização do exercício de
leitura rítmica, você pode selecionar uma música do seu interesse em
andamento confortável e com o mesmo compasso do exercício. Desse
modo, você pode executar a leitura rítmica em uma prática de audição
musical ativa (neste caso, a apreciação associada com a execução
musical).
A B C
1
D E F
1
89
2
6
Fonte: Gava, 2015, p. 3.
90
Fonte: Gava, 2015, p. 14.
Saiba mais
91
meia cadência – em pontos específicos das músicas (segundo a minutagem
indicada).
92
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento, o compasso e a
extensão (tamanho) do trecho a ser transcrito; aproveite para realizar uma
organização mental prévia da estrutura rítmica e melódica. Aqui você já
pode usar o movimento corporal como apoio (batendo palmas no pulso,
por exemplo);
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode verificar (com o apoio de um instrumento)
a tonalidade e identificar padrões de contornos melódicos (direção –
ascendente e descendente –, intervalos e movimentos melódicos
característicos), aspectos tonais e cadência melódica (isto é, como
ocorreu a chegada na nota de repouso ao final da melodia);
• Realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em quatro
compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez;
• Por fim, após realizar uma primeira versão da transcrição, cante
novamente (solfejando o ritmo e as alturas que você registrou na
partitura), e realize os ajustes e correções necessárias.
93
• Movimentos corporais: recomenda-se executar os exercícios externando
a pulsação com movimentos corporais. Para isso, você pode marcar os
pulsos com palmas ou com os pés (em um sutil gesto de marcha)
enquanto lê a partitura com a voz e demais sons corporais;
• Acompanhamentos musicais: aqui você deve realizar o acompanhamento
rítmico para a melodia solfejada por meio da execução dos ostinatos
corporais propostos;
• Pontos de atenção: de modo geral, esteja atento aos seguintes aspectos
dos exercícios selecionados: (a) a prática polirrítmica envolvendo
ostinatos corporais; (b) as diferentes escalas modais exploradas nos
exercícios. Observação: se as especificidades rítmicas representarem um
desafio para vocês, antes de iniciar o estudo da leitura métrica você pode
praticar apenas o ritmo do solfejo, oferecendo atenção à sobreposição
polirrítmica.
94
Figura 7 – Ostinatos (2)
95
• Inicialmente, procure identificar o pulso, o andamento e a extensão
(tamanho) do trecho a ser transcrito. Aqui você já pode usar o movimento
corporal como apoio (batendo palmas no pulso, por exemplo);
• Na sequência, busque identificar o compasso (atentando para o acento
métrico) e inicie uma organização mental da estrutura rítmica. Seguir
externando a percepção do pulso (com palmas ou pés) segue sendo uma
estratégia interessante aqui;
• Desse momento em diante, você deve buscar autonomia, evitando ouvir
inúmeras vezes. Para isso, é necessário se apropriar do material musical
(compreendendo a sua estrutura e memorizando todo o trecho). Nesse
caso, cantar o que foi ouvido é fundamental!
• A partir desse ponto, você pode identificar padrões e células rítmicas
características de gêneros e estilos musicais específicos; esteja atento a
esses aspectos;
• Por fim, realize a transcrição por etapas (de dois em dois ou quatro em
quatro compassos); evite tentar escrever tudo de uma só vez.
NA PRÁTICA
96
FINALIZANDO
Práticas em
Percepção
Conhecendo os compassos Solfejo: melodias Práticas
auditivo-musical -
compassos alternados: em contextos de escuta
cadências
alternados. exercícios modais. rítmica.
harmônicas.
preparatórios
97
REFERÊNCIAS
98
AULA 6 – FUNDAMENTOS PRÁTICOS DA PERCEPÇÃO MUSICAL: PRÁTICAS
RÍTMICAS E MELÓDICO-HARMÔNICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MUSICAIS
CONVERSA INICIAL
99
1.2 Aspectos métricos e rítmicos
100
Figura 1 – Partitura de “Conversa boa”
101
Fonte: Otutumi, 2020, p. 12.
Tabela 1 – Cadências
102
3.2 Prática de escuta melódica
103
TEMA 4 – SOLFEJO MELÓDICO: AMPLIANDO AS PRÁTICAS DE EXECUÇÃO
MELÓDICA EM CONTEXTOS POLIFÔNICOS
104
105
TEMA 5 – ESCUTA RÍTMICA: PRÁTICAS EM DIFERENTES CONTEXTOS
MÉTRICOS, INTEGRANDO OS FENÔMENOS RÍTMICOS ESTUDADOS ATÉ
AQUI
NA PRÁTICA
Criação musical
Elabore a melodia para a progressão harmônica apresentada a seguir:
107
Saiba mais
Lembre-se de que, além do atendimento às diretrizes para a composição,
outros dois importantes parâmetros de qualidade para o seu exercício são:
FINALIZANDO
108
REFERÊNCIAS
GUEST, I. Harmonia: método prático. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010. v. 1-2.
109
TUTORIAL DE AGENDAMENTO E DO MOMENTO DA APRESENTAÇÃO/GRAVAÇÃO
ATIVIDADE PRÁTICA LOCORREGIONAL
Assim, a Atividade Prática Locorregional faz parte do sistema de avaliação e corresponde 40%
da média. Cada atividade prática possui especificidade, tanto na parte teórica como na prática.
Dessa forma, leia sempre com atenção a proposta de prática disponibilizada em Material
Complementar da disciplina.
Acompanhe no decorrer do Tutorial como você deverá proceder para realizar o agendamento
da apresentação/gravação da Atividade Prática Locorregional e a posterior apresentação da
atividade.
1. Agendamento da apresentação
1º Passo – Você deverá clicar no ícone TRABALHOS de uma das disciplinas vigentes
da fase.
2º Passo – Clique em ENTREGAR, botão disponível no segundo link (ATIVIDADE
PRÁTICA LOCORREGIONAL – APRESENTAÇÃO/GRAVAÇÃO).
3º Passo – Você visualizará uma agenda e deverá preencher com atenção os itens.
Tela de Agendamento da Apresentação/Gravação
1º: Escolha da DATA DA APRESENTAÇÃO e do HORÁRIO DA APRESENTAÇÃO (o horário
segue o padrão nacional de Brasília).
ATENÇÃO!
Você escolherá datas futuras, sempre a partir de três dias (72h) em diante com relação à
data vigente. Por exemplo, se a data de acesso ao link para realizar o agendamento é
02/03/2023, você poderá escolher seu agendamento para, no mínimo, dois dias após
essa data. Ou seja, do dia 06/03/2023 em diante, até a última data possível para o
agendamento na fase, conforme indicado no link “Trabalhos”.
2º: Para trabalhos em grupo, insira os números dos RU dos participantes do grupo de
trabalho. Lembre-se de que todos precisam ser do mesmo polo e cursar a mesma
disciplina.
3º: No campo “Convidados”, sugerimos que você insira o orientador educacional do seu polo,
ainda que ele não participe no momento da sua apresentação. Dessa forma, caso
necessário, ele (a) poderá ter acesso à gravação da sua apresentação (o que ocorre após
12 horas da realização desta). Caso não deseje inserir o orientador educacional do seu polo,
deixe esse campo em branco, sem preenchimento.
ATENÇÃO!
1. O link de acesso à plataforma de apresentação/gravação estará disponível somente
na data e no horário agendados (padrão horário de Brasília).
2. Para o caso da necessidade de Reagendamentos, o link permanecerá disponível após
o lançamento da nota, depois da data de sua apresentação. Você poderá reagendar a
sua apresentação apenas 3 vezes durante o período de vigência do link.
3. Para o caso de dificuldades, acesse o link de ajuda do Reuni:
https://conferencia.uninter.com/#/ajuda.
4º Passo – Anote o número do protocolo do agendamento da apresentação/gravação
da Atividade Prática Locorregional.
Agendada a apresentação/gravação, você sabe como ocorre o acesso a ela no dia e horário
agendados por você?
Agora, acompanhe no decorrer do Tutorial como você deverá proceder para realizar a
apresentação/gravação da Atividade Prática Locorregional.
2. Momento da Apresentação/Gravação
1º Passo – Você deverá clicar no ícone TRABALHOS de uma das disciplinas vigentes
da fase no dia e horário (padrão horário de Brasília) agendados para a
apresentação/gravação.
ATENÇÃO!
O seu acesso como apresentador, ou seja, como aluno Uninter que irá apresentar/gravar
a Atividade Prática Locorregional, deve ocorrer EXCLUSIVAMENTE conforme está
indicado neste tutorial: pelo botão ACESSAR APRESENTAÇÃO/GRAVAÇÃO. Acessos
realizados por link de convidado não são considerados pelo sistema e terão a
apresentação zerada.
4º Passo – Uma tela se abrirá para que você configure e ajuste o microfone e câmera.
5º Passo – Você deverá conferir e permitir acesso para conseguir apresentar/gravar,
conforme indicam as imagens que seguem.
6º Passo – Após conferir e liberar o seu acesso, clique em ENTRAR e a sala será
liberada.
7º Passo – Ao entrar na sala, a gravação já terá iniciado. Por isso, inicie a sua
apresentação imediatamente. Não é necessário aguardar nenhum outro comando
ou mensagem.
ATENÇÃO!
1. Nenhum professor corretor participará ao vivo da gravação de sua apresentação, pois ele
receberá o link para avaliar posteriormente, bem como a sua produção já postada.
2. Como a apresentação/gravação da Atividade Prática Locorregional é uma atividade que
envolve a oralidade e/ou a prática, você poderá desenvolvê-la no tempo de 5 a 10 minutos,
seguindo as orientações que constam na proposta da atividade da fase, disponibilizada em
material complementar. Em caso de trabalhos em grupo, todos os integrantes presentes
deverão participar, explicando/relatando/aplicando/praticando a atividade desenvolvida.
ATENÇÃO!
Se clicar no botão vermelho ‘Sair e Fechar a sala’ não será possível mais retornar à sala
para continuar a sua apresentação/gravação. Portanto, muito cuidado: clique somente no
ícone azul SAIR.
3º: Ao aparecer uma tela para avaliar a plataforma de conferência, clique em CANCELAR.
4º: Agora, clique em ENTRAR e poderá retornar à sala para continuar ou iniciar novamente a
sua apresentação/gravação.
11º Passo – Agora, você finalizou a sua apresentação/gravação. Dessa forma, o link da
gravação será disponibilizado para o mesmo professor corretor que recebeu a sua
produção postada anteriormente, de modo que possa avaliar também a sua
apresentação/gravação.
12º Passo – Você sabe como fazer para visualizar a sua apresentação/gravação da
Atividade Prática Locorregional?
Você terá acesso ao link com a gravação de sua apresentação após o lançamento da nota da
mesma pelo professor corretor. O acesso acontece pelo seu AVA Univirtus, Ícone
TRABALHOS, link Atividade Prática Locorregional – Apresentação/Gravação. O link da
gravação estará disponível logo abaixo do ícone DETALHES DA CORREÇÃO.
Lembramos que o link permanecerá disponível para o seu acesso somente por 10 dias após
o lançamento da nota pelo professor corretor.
Questão 1/3
Adota um discurso consistente na apresentação/discussão do trabalho, sequência lógica dos
conteúdos, clareza e articulação das ideias, linguagem fluente, clara e objetiva.
Nota: 35.0
Questão 2/3
Demonstra domínio do conteúdo e atitude reflexiva.
Nota: 35.0
Questão 3/3
Houve adequação e cumprimento das normas de apresentação do trabalho.
Nota: 30.0
4. Observações Complementares
COMPETÊNCIA:
A apresentação da sua prática será realizada pela plataforma REUNI, por meio de
agendamento pelo link TRABALHOS – TRABALHO 2 –APRESENTAÇÃO NOVO da
disciplina correspondente.
Importante destacar que o link TRABALHO 2 –APRESENTAÇÃO NOVO somente é
liberado para agendamento da apresentação, após a POSTAGEM DA SUA PRODUÇÃO
no link TRABALHOS – TRABALHO 1 –PRODUÇÃO e que a nota da sua prática tem peso
40% em sua média final da disciplina correspondente, sendo 20% da nota de
PRODUÇÃO e 20% da nota de APRESENTAÇÃO.
Para saber como agendar e realizar sua apresentação, leia com atenção o TUTORIAL
APRESENTAÇÃO e assista ao VÍDEO DE ORIENTAÇÃO APRESENTAÇÃO, disponíveis no
MATERIAL COMPLEMENTAR da disciplina com a prática.
Você e/ou seu grupo deverão gravar um vídeo dizendo seu nome, RU e
comentar sobre o Hino do seu Estado. Após breve contextualização,
deverão tocar ou cantar o hino.
6 – Seu vídeo deve ter entre 3 e 10 minutos. Programe-se para não exceder o
tempo máximo.
7 – Após terminar e seu vídeo, clique em SAIR (ícone de telefone vermelho
cortado no canto superior direito da tela) e, em seguida, em SAIR E FECHAR
A SALA, para que o sistema gere o link da gravação e envie para correção.
PERCEPÇÃO MUSICAL
NOME DO ALUNO RU DO ALUNO
1. Escreva seu nome completo aqui Seu RU
2.
3.
4.
ÁUDIO DE REFERÊNCIA
Cole aqui o link (preferencialmente do Yotube) do hino do seu estado, que sirva como
referência para a sua transcrição.
TRANSCREVA OS 4 PRIMEIROS COMPASSOS DO HINO DO SEU ESTADO AQUI: