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Reforma de 1983 através do Decreto-Lei 310/83, de 1 de julho, teve como principais marcos:
• Inserção das artes no sistema geral de ensino, tendo sido criadas áreas vocacionais de
Música e de Dança;
• Plano de Estudos: componente de formação geral e de formação especializada
• Criação de regimes de frequência: articulado, integrado e supletivo
• Criação da escola vocacional de música nos ensinos básico, secundário e superior.
2 O Processo de ensino e aprendizagem em Portugal
2.1. Discriminar as competências musicais envolvidas no processo de ensino.
Schafer critica ensino da música tradicional que coloca o seu foco na teoria e notação e que
pode desviar a atenção da essência da música. O pensamento de Schafer está alinhado com a
Escola Nova, valorizando a interação direta com o som em detrimento da leitura musical e a
descoberta pessoal – aprendizagem centrada no aluno. Schafer defendia o desenvolvimento de
habilidades musicais de forma natural antes da introdução da notação musical, privilegiando a
experiência sonora e a criatividade.
Formalismo Absoluto
Expressionismo Absoluto
Referencialismo
Na Teoria Estética de Reimer, uma obra musical é uma forma expressiva, capaz de produzir
uma experiência subjetiva do sentimento, que constitui o significado da música. O trabalho
musical é definido pela qualidade intrínseca da sua forma expressiva. A definição de música de
Reimer destaca o desenvolvimento cognitivo e a autonomia. O professor adota uma linguagem
descritiva, simbólica e não interpretativa sobre a obra, criando um ambiente que permita aos
alunos explorar e expressar as suas emoções através da música. A Educação Musical deve ter o
seu foco na escuta percetiva a uma variedade de obras musicais e no desenvolvimento da
sensibilidade.
Swanwick
John Paynter
Pedagogo que rompeu com o modelo tradicional de ensino, propondo uma educação orientada
para a ampliação da capacidade auditiva. Paynter defende a vivência musical como centro do
processo de ensino, através da exploração e experimentação de qualquer material sonoro
(incluindo ruído); a improvisação; defende a composição como base para a educação musical –
“composição empírica”; trabalhava com música simples e abrangente no que toca a estilos e
técnicas, permitindo uma variedade de experiências.
Murray Schafer
Pedagogo que a obra “O Ouvido Pensante”, que compila relatos de experiências em sala
de aula. Schafer desenvolveu os conceitos de Paisagem Sonora e Ecologia Sonora, com o
objetivo de estudar o meio ambiente sonoro, propondo uma “escuta pensante” a todos os ruídos
existentes no meio envolvente, transformando a poluição sonora em sons agradáveis.
Jacques Dalcroze
Zoltán Kodály
O método Kodály coloca ênfase na audição e leitura musical desde as fases iniciais de
aprendizagem. Este método pode beneficiar a pedagogia do instrumento a desenvolver
capacidades dos alunos em ouvir e reproduzir melodias e ritmos com precisão. Além disto,
Kodály incorpora música tradicional e canções folclóricas locais no ensino musical, preocupando-
se com a identidade cultural dos alunos. Esta componente enriquece o repertório dos alunos, bem
como fortalece a conexão cultural com a música.
Carl Orff
O método Orff adota uma abordagem lúdica e criativa no ensino musical, introduzindo
jogos musicais, improvisação e composição, proporcionando uma conexão intuitiva e prazerosa
dos alunos com a música. Esta forma de ensino, incorporada nas aulas de guitarra, contribui para
um aumento de motivação dos alunos, visto que se preocupa com a criatividade e felicidade da
criança. Também Orff incorpora movimento corporal e a voz no seu processo, fornecendo uma
abordagem holística que proporciona uma maior perceção rítmica, coordenação motora e
compreensão musical global, preparando os alunos para a aprendizagem do instrumento. Ao
incorporar elementos do Método Orff na pedagogia do instrumento, os professores podem criar
uma experiência mais dinâmica e envolvente, centrada na criatividade e participação dos alunos.
Keith Swanwick