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O contrato de comissão é um acordo em que uma pessoa, chamada comissário, se

compromete a realizar determinados atos ou negócios em nome e por conta de outra pessoa,
chamada comitente, mediante o pagamento de uma comissão.

As peculiaridades do contrato de comissão incluem:

1. Representação: O comissário atua como representante do comitente, agindo em seu nome e


por sua conta.

2. Atos em nome do comitente: O comissário realiza atos jurídicos em nome do comitente,


como a compra e venda de bens, a contratação de serviços, entre outros.

3. Pagamento de comissão: O comitente deve pagar uma comissão ao comissário pelo serviço
prestado. O valor da comissão geralmente é estabelecido previamente no contrato.

A previsão legal do contrato de comissão está no Código Civil brasileiro, nos artigos 693 a
709. Esses artigos estabelecem as regras e os direitos e deveres das partes envolvidas no
contrato.

Um exemplo:

João é um corretor de imóveis e Maria deseja vender sua casa. Maria contrata João como
comissário para realizar a venda em seu nome. João divulga o imóvel, negocia com
potenciais compradores e fecha o negócio em nome de Maria. Ao final, Maria paga a João
uma comissão acordada previamente pelo serviço prestado.

O contrato de agência e distribuição é um acordo em que uma pessoa, chamada agente ou


distribuidor, se compromete a promover e vender produtos ou serviços de outra pessoa,
chamada principal ou fornecedor.
São contratos nominados, típicos, consensuais, bilaterais, onerosos por excelência, aleatórios,
de execução diferida e, na maioria dos casos, de adesão. Em regra, não pode o
agente/distribuidor constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente no mesmo território e
com idêntica atribuição, a não ser que isto tenha sido previamente ajustado. Além disso, o
agente/ distribuidor não pode assumir o encargo de tratar de negócios do mesmo gênero para
outros proponentes. Vale destacar também que, a não ser que tenha se convencionado em
contrário, as despesas com a agência ou distribuição correrão a cargo do agente ou do
distribuidor

As peculiaridades do contrato de agência e distribuição incluem:


1. Representação: O agente ou distribuidor atua como representante do principal ou
fornecedor, promovendo e comercializando seus produtos ou serviços em seu nome.

2. Exclusividade ou não-exclusividade: O contrato pode estabelecer se o agente ou


distribuidor terá exclusividade na venda dos produtos ou serviços na área designada, ou se
poderá representar outros fornecedores concorrentes.

3. Remuneração: O agente ou distribuidor é remunerado por meio de comissões, margens de


lucro ou outras formas de compensação, conforme acordado entre as partes.

4. Responsabilidades: O agente ou distribuidor pode ter responsabilidades adicionais, como a


prestação de assistência técnica, o gerenciamento de estoques, a realização de atividades de
marketing, entre outras.

A previsão legal do contrato de agência e distribuição está no Código Civil brasileiro, nos
artigos 710 a 721. Esses artigos estabelecem as regras e os direitos e deveres das partes
envolvidas no contrato.

Um exemplo:

A empresa ABC é fabricante de produtos eletrônicos e deseja expandir sua presença em


determinada região. Ela firma um contrato de agência e distribuição com a empresa XYZ,
que atuará como seu agente exclusivo naquela região. A empresa XYZ será responsável por
promover, vender e prestar assistência técnica aos produtos da empresa ABC. Em troca, a
empresa XYZ receberá uma comissão sobre as vendas realizadas e terá exclusividade na
representação dos produtos da empresa ABC naquela região.

O contrato de corretagem é um acordo em que uma pessoa, chamada corretor, se


compromete a intermediar a realização de negócios entre outras pessoas, chamadas de partes
interessadas, em troca de uma remuneração.

As peculiaridades do contrato de corretagem incluem:

1. Intermediação: O corretor atua como intermediário entre as partes interessadas, facilitando


a negociação e a conclusão do negócio. Ele busca aproximar compradores e vendedores,
locadores e locatários, ou outras partes envolvidas.

2. Representação limitada: O corretor não representa legalmente nenhuma das partes


interessadas, mas age como um facilitador imparcial para a conclusão do negócio.
3. Remuneração: O corretor é remunerado por meio de uma comissão ou taxa acordada entre
as partes. Essa remuneração é devida quando o negócio é efetivamente concluído ou quando
são cumpridas as condições estabelecidas no contrato.

4. Deveres do corretor: O corretor tem o dever de agir com diligência, honestidade e lealdade
em relação às partes interessadas. Ele deve buscar informações precisas sobre o objeto do
negócio, apresentar propostas e ofertas de forma imparcial, e manter a confidencialidade das
informações recebidas.

A previsão legal do contrato de corretagem está no Código Civil brasileiro, nos artigos 722 a
729. Esses artigos estabelecem as regras e os direitos e deveres das partes envolvidas no
contrato.

Um exemplo prático:

Maria deseja vender sua casa e contrata um corretor imobiliário, João, para intermediar a
venda. João realiza a divulgação do imóvel, agenda visitas, negocia com potenciais
compradores e auxilia na elaboração do contrato de compra e venda. Quando a venda é
concluída, João recebe uma comissão acordada previamente entre ele e Maria.

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