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DA AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO 

Classificação: bilateral ou sinalagmático, consensual, oneroso, comutativo, não solene e


personalíssimo.

Art. 710 – Contrato de agência é aquele em que uma pessoa assume, com autonomia, a obrigação
de promover habitualmente, por conta de outra, mediante remuneração, a realização de certos
negócios, em zona determinada.

O agente é um captador de clientela, ou seja, atua como promotor de negócios em favor de uma ou
mais empresas, em determinadas praças. Fomenta o negócio do agenciado, efetua coleta de
propostas ou pedidos para transmiti-los ao proponente. Sua atividade se limita aos atos
preparatórios, ou seja, preparar o negócio em favor do agenciado, mas não o conclui
necessariamente. O agente não representa o proponente, nem possui vínculo trabalhista com ele.

Contrato de distribuição é o contrato de agência, com o acréscimo de mais uma função ao agente: a
de distribuir a mercadoria, por isso o CC diz que “o agente tem à sua disposição a coisa a ser
negociada”. O agente é depositário dessa mercadoria, logo, não se trata de revenda.

Ex. Agentes de seguro, de aplicações financeiras, agente de um atleta profissional ou de um cantor


renomado; distribuidora de bebidas.

Não é corretor, uma vez que não efetua a conclusão dos negócios jurídicos. Não é mandatário, nem
procurador, nem empregado, tampouco prestador de serviço, no sentido técnico.

Parágrafo único - podem ser conferidos poderes ao agente para que este represente o proponente
na conclusão dos contratos. Neste caso, estará configurado o contrato de representação comercial
autônoma, um contrato mais específico, no qual as partes necessariamente serão empresárias, e é
regido pela Lei 4886/65.

Elementos:
a) obrigação do agente de promover e fomentar negócios do agenciado;
b) habitualidade do s
c) delimitação da zona onde deve ser prestado;
d) direito do agente à retribuição do serviço que presta;
e) exclusividade e independência de ação.

Art 711 – Direito de exclusividade territorial do agente e sua obrigação de não assumir, na mesma
zona, negócios de mesma natureza de outros proponentes, salvo ajuste.

Art. 712 – Obrigação do agente de agir com diligência, ou seja, conformidade com as instruções
recebidas, com zelo e dedicação. Assim, cabe ao agente prestar contas, transmitir informações
sobre condições de mercado, solvabilidade da clientela e atuação da concorrência.

Art. 713 – É de responsabilidade do agente as despesas decorrentes de sua atividade, salvo se


convencionado o contrário.

Direito do agente à remuneração:

A remuneração do agente, em geral, é estipulada em porcentagem sobre os negócios bem


sucedidos. Pode também ser fixa. Se não adotado nenhum critério, usa-se a regra do art. 701 CC:
será arbitrada segundo os usos correntes no lugar.

Art. 714 – Impõe que, salvo ajuste, o agente também terá direito à remuneração correspondente aos
negócios concluídos dentro, ainda que sem sua interferência.

Art. 715 – Direito do agente de receber indenização se o proponente, sem justa causa, cessar os
fornecimentos ou reduzi-los de maneira que torne antieconômica a manutenção do contrato.

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