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Contratos de Colaboração

Prof. Thiago Neves

 Contratos de representação comercial, agência e distribuição

Ambos são contratos típicos

Lei 4886/65 regulamenta o contrato de representação comercial autônomo

CC art 710 – agência e distribuição

Objeto semelhante entre esses contratos: intermediação de negócio – buscam clientes para o
representado.

Art . 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem
relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais
pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou
pedidos, para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a
execução dos negócios.

Representantes e agentes precisam ser registrados nos respectivos órgãos.

Objeto: intermediação de negócios, que é uma aproximação do cliente com o representado ou


agenciado.

 Contratos de franquia

É um contrato típico e regulado pela Lei 13.966/19.

Definição: contrato pelo meio do qual o empresário denominado franquiador, cede temporária
e onerosamente ao franquiado o uso da marca de produtos e serviços de sua titularidade, bem
como o conhecimento técnico (kow how) para o exercício para a atividade a ser explorada.

O franqueador precisa ter uma marca, geralmente de renome.

Partes: franqueador e franqueado + master franqueado ou sub-franqueador


O franqueador é o titular da marca e precisa estar registrado no INPI. O uso da marca será
licenciado ao franquiado. Ele tbm pode ser o próprio fabricante dos produtos e serviços.

O franqueado é o que vai explorar a marca do franqueador, que vai exercer sua própria
atividade, mas ostentando a marca do franqueador.

Essa relação é interempresarial. Não é relação de consumo nem de emprego.

O master franqueado ou sub-franqueador geralmente em franquias internacionais.

Autonomia do franqueado: ele não está numa relação de consumo ou de emprego. É uma
relação de cooperação.

Business format franchising é obrigação de seguir todo o padrão da marca. Essa é a “exceção”
da autonomia.

É um contrato formal: escrito e em português. A lei exige que seja escrito. Para validade não
precisa de registro, mas para ter eficácia perante terceiros precisa ser registrado, porque
envolve cessão de uso de marca (exigência da INPI). É obrigatória entrega da COF, sob pena de
anulabilidade. A COF decorre do princípio de disclousure, que é a disponibilização ampla e
sincera dos dados da franquia.

Onerosidade: franqueado precisa pagar o franqueado. Taxa de ingresso ou taxa inicial é o valor
para “comprar” a franquia. Royaltes correspondem ao valor pago periodicamente como
remuneração pela exploração contínua da marca. Taxa de publicidade para financiar a
divulgação por publicidade da marca e que abrange todos os franqueados.

 Contrato de factory ou fomento mercantil

Conceito: é o contrato pelo meio do qual um empresário chamado faturizado aliena a outro
empresário chamado faturizador um crédito com vencimento a prazo adquirido em
decorrência de sua atividade, podendo ainda, abranger o serviço de agenciamento de crédito.

Objeto: é a antecipação de crédito. O faturizado compra o crédito futuro pagando com deságio
ao faturizador.
Partes: faturizado e faturizador

Faturizado é o empresário titular de crédito que antecipa o crédito junto ao faturizador, é


aquele que vende o crédito. NÃO PODE ser instituição financeira.

Características:

Onerosidade: remuneração da sociedade de fomento, chamada de deságio ou spread, que é a


diferença do crédito e o valor efetivamente pago.

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