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Obrigação de não concorrência pós contratual (remuneração específica): estão em causa

direitos fundamentais, pelo que se entende que a limitação dos direitos fundamentais vai
ter que ser compensado. Na vigência do contrato, entende-se que o agente está sempre
submetido a um dever de não concorrência com o principal, o qual resultaria de uma
interpretação do artigo 6.º, porque o agente tem a obrigação de agir de boa-fé. Se as
partes nada disserem, ela existe; porém, as partes podem afastar por acordo. No entanto,
em geral, o agente não pode concorrer com o principal no âmbito geográfico e nos
mesmos bens.

Se o agente tiver poderes de representação, pode celebrar os negócios. Tratando-se de


uma empresa principal fora da EU, é prático que o agente tenha poderes de
representação.

Teste 1: 2019
Contrato de agência, não necessariamente com poderes de representação. A atribuição
de poderes de cobrança tem que ser prescrita, logo, como no caso não há qualquer
indicação nesse sentido, é porque não há.

Franquia de distribuição: são de facto parecidos aos contratos de concessão. Há a


diferença na forma de remuneração (direito de entrada no contrato de franquia), mas não
é sempre certo, mesmo assim. O intermaché é uma franquia de distribuição com aspetos
subordinativos e associativos porque quem é o franquiador é uma associação de
franquiados. Eles não têm um direito de entrada, mas têm um direito de saída. Num
típico contrato de franquia, tem-se direito de entrada, tendo a função de constituir um
investimento específico refém para que saibam que, se por acaso não cumprirem o
contrato, perdem aquele dinheiro. Normalmente a franquia implica uma integração mais
forte do que a concessão. Se formos ao concessionário, normalmente ele tem a marca
dele associada à marca. O concessionário, tal como o franquiado, compra para vender;
mas a diferença está na forma de remuneração. Os franquiados costumam pagar por
royalties. A grande diferença é mesmo entre o agente e os outros – comissões; nos
outros dois, a forma típica de remuneração do contrato de franquia é o direito de entrada
do franquiado e o franquiador vai pagando royalties; e o concessionário é a diferença
entre o preço a que compra e o preço a que vende, e é essa margem líquida que dá
algum ganho e benefício remuneratório.

Em princípio só é considerado como contrato de franquia um determinado tipo de


negócio no seu todo. No caso de concessão, usam-se as marcas para promover a revenda
dos produtos.

Na prática, em Portugal, não há uma indemnização por investimento. Não vai perguntar
isto. Só deve existir quando há frustração das expectativas. Se se faz um investimento
com base da confiança, tem direito a ser indemnizado 8sempre que haja uma situação de
investimento de confiança depositada justificada). Investimento-confiança.

A transmissão de know-how e de segredos também se pode transmitir no contrato de


concessão, e não só no contrato de franquia, ainda que não seja característico do
contrato de concessão. Muitas vezes os concessionários têm acesso a informações
técnicas e segredos do produto, mas no contrato de franquia tem o cerne do seu negócio
precisamente nessa transmissão. O próprio agente pode estar sujeito a deveres de
segredo, podendo haver conhecimentos técnicos que ele tem obrigação de manter
secretos. Assim, o know-how também pode ter conhecimentos muito abrangentes, e a
diferença para a transmissão no contrato de franquia é precisamente o modelo de
negócio que, todo ele, está sujeito a segredo – o cerne do contrato é justamente esse
segredo.

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