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Mariana opõe embargos declaratórios alegando que um de seus pedidos não fora

analisado na sentença. Em dois dias após a apresentação dos aclaratórios o juiz da


provimento aos embargos e adiciona à condenação o pagamento de uma verba que
não havia sido apreciada na sentença, apesar de requerida na petição inicial.

O empregador doméstico José da Silva afirma que deveria ter sido observado o
contraditório e que ele deveria ter tido a oportunidade de se manifestar. Como isso
não aconteceu, sustenta ser nula a decisão dos embargos.

Diante disso, responda justificadamente, aos itens a seguir

A) Qual o prazo dos embargos de declaração? É necessário o preparo nos


embargos de declaração? Fundamente

De acordo com o caput do artigo 897-A da CLT, bem como no art. 1.023 do CPC.Os
embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.

B) Comente se procede a alegação do empregador doméstico quanto à nulidade


da decisão dos embargos declatórios opostos contra sentença não
submetidos ao contraditório
Não há nulidade, pois os embargos de declaração opostos contra sentença, mesmo
havendo pedido de efeito infringente, não se submetem ao contraditório, na forma da
OJ 142, II, do TST. Tal se justifica em razão do efeito devolutivo em profundidade do
recurso ordinário.

Matias interpôs recurso ordinário ai ter ciência de que foi julgado improcedente o seu
pedido de horas extras em face da unit, condenando-o a pagar as vistas do processo.
Na referida instituição recebia o equivalente a dois salários mínimos. Na data do
ajuizamento da ação o valor do RGPS era de R$ 7.507,49.

Ele não juntou declaração de miserabilidade na petição inicia. Todavia, no recurso,


requereu, em pedido expresso, o benefício da gratuidade de justiça, afirmando não ter
recursos para recolher o valor das custas sem prejuízo do seu sustento e de sua
família.

O juiz prolator da sentença negou seguimento ao recurso, considerando-o deserto.

Diante deste panorama, responda justificadamente

A) Considerando que Matias não juntou a declaração de miserabilidade, analise


se seria possível o deferimento da gratuidade de justiça na hipótese
retratada. Fundamente.

A gratuidade de justiça está regulamentada no Art. 790, § 3º, da CLT e na Lei n.


1.060/50. A jurisprudência do TST admite que tal benefício seja requerido em qualquer
tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, o seja no prazo alusivo ao
recurso – OJ nº 269 da SDI-I do TST –, o que ocorreu no caso em exame OU Sim, seria
possível o deferimento de ofício da gratuidade, desde que presentes os requisitos do
Art. 790, § 3º, da CLT.

B) Para o advogado de Matias fazer o pedido da gratuidade da justiça precisaria


juntar alguma prova no recurso?

Precisa apresentar uma simples declaração formal, nos autos, informando que não
tem condições de pagar as custas, as despesas do processo e os honorários
advocatícios sem prejuízo próprio ou de sua família. Art 98 e Art. 99 CPC

Tatiana ajuíza reclamação trabalhista contra a ex-empregadora (a empresa “A”) e


outra que, segundo alega, integra o mesmo grupo econômico (a empresa “B”). Em
defesa a empresa “A”, afirma que pagou tudo a Tatiana, nada mais lhe devendo,
enquanto a empresa “B” sustenta sua ilegitimidade passiva, negando a existência de
grupo econômico.

Considerando que: 1) as reclamadas possuem advogados diferentes; 2) que o pedido


foi julgado procedente, considerando-se solidariamente as rés; e 3) que a empresa “A”
recorreu efetuando o recolhimento das custas e depósito recursal, responda às
indagações a seguir.

A) O prazo para recurso das empresas é diferenciado, haja vista terem


procuradores diferentes? Fundamente

Mesmo possuindo procuradores diferentes, o prazo não será diferenciado porque o


TST entende que o disposto no Art. 191 do CPC é inaplicável ao Processo do Trabalho,
conforme OJ 310.

B) A empresa “B” deverá efetuar depósito recursal para viabilizar o recurso, no


qual insistirá na sua absolvição por não integrar com a litisconsorte um grupo
econômico? Fundamente

Será desnecessário o depósito recursal pela empresa “B”, pois havendo condenação
solidária e já havendo recolhimento pela empresa “A”, que não requereu sua exclusão
da lide, o depósito por ela feito poderá ser aproveitado pela empresa “B”, na forma da
Súmula n. 128, III, do TST.

O município de Maceió decidiu fechar uma rua no bairro do Vergel do Lago para criar o
Museu do Sururu. Pedro teve seu contrato encerrado em decorrência de que o Posto
de combustível em que trabalhava não teve como continuar a prestação dos serviços
em decorrência da não circulação de veículos. O empregador entendeu por não pagar
a multa rescisória. Caso Pedro ajuizasse ação requerendo a multa rescisória, com valor
da causa de R$ 1.800,00 na data de 03.09.2023, com sentença procedente em
23.10.2023 no referido valor.

Diante da situação retratada, responda aos itens a seguir:

A) Você foi contratado(a) como advogado(a) do Posto de Combustível que tese


jurídica você defenderia para o não pagamento da multa rescisória?
Fundamente
B) Da sentença é cabível recurso para o TRT? Fundamente

Terezinha da Silva ajuizou ação trabalhista movida em litisconsórcio passivo, em face


da empresa Limpinha e da Sociedade de Economia Mista Total do Estado de Alagoas.
Ambas vencidos reciprocamente em alguns pedidos. No prazo de recurso apenas a
Sociedade Estatal apresentou o recurso correspondente, com observância dos
pressupostos legais de admissibilidade , tendo inclusive efetuado o preparo. Em
seguida, o juiz do trabalho notificou as partes para que oferecessem suas razões de
contrariedade, em igual prazo ao que teve o recorrente.

Considerando os fatos narrados acima, responda, de forma fundamentada, aos itens a


seguir.

A) Analise a possibilidade de Terezinha da Silva recorrer, ou não, dos pedidos em


que foi vencida, e de que maneira isso se daria, se possível for.

Ainda é possível Terezinha da Silva manifestar seu inconformismo, que deverá


materializar-se num recurso ordinário adesivo, já que aplicável o Art. 500 do CPC em
sede trabalhista.

B) Caso ambas as empresas tivessem recorrido ordinariamente, e tendo a


Sociedade de Economia Mista Estadual requerido sua exclusão da lide, analise
e justifique quanto à necessidade, ou não de a reclamada Limpinha efetuar
preparo.

A Sociedade de Economia Mista Estadual, por ser sociedade de economia mista, estará
obrigada a efetuar o preparo, pois não é dele isento, conforme Sumula 170 do TST e
art. 790-A da CLT

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