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1) Pra Isabel:
A gente SÓ aprende por meio das leituras? A gente APRENDE por meio das leituras? (Ex.: eu
voltando ao texto do Bourdieu, querendo saber quem era o Antropólogo Marc Augé de não-lugares,
refazer trajetórias; como o fichamento já poderia ser pensado relacionando com nossos temas...) O
tempo e a produtividade a custa da singularidade (crianças).
“Eles estudavam outras culturas e outras praticas com urn respeito meticuloso.
mas com urn fundo de ciência.”
** Lembrei do Feyerabend e dessa demarcação entre ciência e pseudociência ou ciência menor.
“Era neles, e nao nos ratos, que se faziam experiencias sobre hormonios.”
IDEIAS::::
Pensar a etnografia da vida acadêmica a partir das aulas. Flavya e a escrita objetiva, sua surpresa qd
falei de autocuidado no cronograma, o episódio do conceito no meio do semestre, a parcialidade do
lugar de doutoranda, Isabel e as trezentas páginas em duas semanas que são moleza (20 horas de
dedicação hein!), como se fazer doutorado fosse somente leituras (ué, não é?). E a reflexão sobre as
leituras? E os descaminhos? E a revisão de artigos? E a escrita? E os eventos? E a vida refletida?
Produtividade, competição. A quantidade que quase sempre sacrifica a qualidade (desde a infância).
A gente não lê e não precisa dizer isso pra eles. Isso é “coisa de aluno” ou “coisa de professor”?????
A gente faz assim: formula as perguntas que queremos que os outros grupos façam pra gente. Isso é
sobrevivencia. É o funcionamento do possível diante da dança das exigências do doutorado com as
exigências da vida. Esgarçamento. (relatos do mestrado: Aline, Bruno). Oralituras das aulas. Análise
dos discursos (mesclar com Letras). Como eu sou inconveniente pra quem só quer passar. Sentidos.
A maternidade aí (no mestrado ainda dava tempo de participar de congressos, agora com duas
filhas...)
“Quantos etnólogos interrogam as pessoas que sao mais for-
tes, mais falantes, mais ricas e mais influentes em seu proprio mundo
universitário?”
“Fazer sociologia para compreender por que os franceses acreditam na astrologia, mas não para
compreender por que eles acreditam na astronomia, isso e assimétrico. (...) Ou bem e possível fazer
uma antropologia do verdadeiro, assim como do falso, do cientifico, como do pré-científico
(pseudociência), do central, como do periférico, do presente, como do passado, ou então é
absolutamente inútil dedicar-se a antropologia, que nunca passaria de um meio perverso de
desprezar os vencidos, dando a impressão de respeitá-los, como o mui ilustre O pensamento
selvagem, de Levi-Strauss (1962).” (p. 23).
EUROCENTRISMO não questionado como uma cosmogonia possível.
O ESPECIALISTA E O ETNÓGRAFO:
Essa ideia de que um bacharel em ciências exatas pode falar com maior intimidade
sobre o mundo da pesquisa do que um observador que nele se imiscuiu durante vários
anos é claramente um preconceito que derrubamos sem o menor pesar. (Latour e
Woolgar 1997:27)
A acusação de relativismo ou de autocontradição só é pesada para aqueles que acham que a verdade
se enfraquece quando dela se faz uma construção ou um relato. Nós, que só buscamos os materiais
dessa construção e a natureza dos relatos, consideramo-nos em igualdade de condições com
aqueles que estudamos.
Bachelard nao cessava de ridicularizar os pseudo-sábios do seculo XVll~ para opo-los a ciência
correta,
O TERRITÓRIO E A REDE
CARTOGRAFIA
O leitor deve apreender o conteúdo e o contexto no mesmo movimento. Como o próprio etnógrafo,
ele deve penetrar às apalpadelas na selva dos fatos, sem possuir mapa ou bússola. (Latour e
Woolgar 1997:34)
“Por que razao os animais forammortos? Qual a relação entre a utilizaçao desses maleriais e a
alividade de escrever??”
** Desvalorizaçao do trabalho prático (técnico) em relação ao acadêmico (“doutores”, escrever
artigos e publicar) e uma certa alienação.
O laboratório aparece como um sistema de inscriçao literaria cuja finalidade é convencer que um
enunciado é um fato. E um fato é que o que se escreve em um artigo.
Assim, oculta-se a sua construção social e a historia dessa construção.
A MESA:
Como eixo central, uma vez que é sobre ela que se fabricam novos esboços de artigos.
INSCRITORES:
Construiu-se, com a ajuda dos inscritores, uma realidade artificial, da qual os atores falam como
se fosse uma entidade objetiva. Essa realidade, que Bachelard (1953) chama de “fenômenotécnica”,
toma a aparência do fenômeno no próprio processo de sua construção pelas técnicas materiais.
(Latour e Woolgar 1997:61)
MITOLOGIA:
O termo “mitologia” não tem qualquer conotação pejorativa. Cumpre entendê-lo como
um quadro de referência no sentido amplo, no interior do qual se podem localizar as
atividades e as práticas de uma cultura particular (Barthes, 1957). (Latour e Woolgar
1997:48)
https://www.laspa.slg.br/2021/04/16/a-vida-de-laboratorio-latour-e-woolgar-1997-1988/
Frações impuras, problemáticas (as que só eram ativas durante os testes, incomodas e nilo
confiáveis).
*** O NOVO de Bacon. Os casos particulares que fogem às NOÇÕES HABITUAIS.
É pouco verossímil que os leitores - e sobretudo os cientistas em atividade - adotem por muito
tempo 0 ponto de vista de que os
fatos são socialmente construidos. Eles terao pressa em voltar para a
conceplYao de que os fatos existem e que seu oflcio consiste precisa-
mente em revelar a existencia deles.
Nao basta mostrar
que algo é uma ilusao, como aconselhava Kant. É preciso tambem compreender por que a ilusao é
necessária.
FATOS e ARTEFATOS:
Os fatos e os artefatos não correspondem a enunciados respectivamente verdadeiros e
falsos. Os enunciados situam-se sobre um continuum em que sua posição depende do
grau em que eles apelam para as condições de sua construção. Não queremos dizer que
os fatos não são reais ou que eles são puramente artificiais. Não afirmamos apenas que
os fatos são socialmente construídos. Queremos mostrar também que o processo de
construção põe em jogo a utilização de certos dispositivos pelos quais fica muito difícil
detectar qualquer traço de sua produção. (Latour e Woolgar 1997:192-3; itálicos no
original)
Construtivismo e Delimitação
SE um problema maior surge da afirmação de que a atividade científica é feita da construção e da
defesa de pontos de vista ficcionais, que, por vezes, são transformados em objetos estabilizados –
qual será o estatuto da nossa própria construção da atividade científica?
1) Construção
→ Construção do pensamento crítico: o que faz com que demarquemos tais enunciados como
fatos e outros como artefatos?
2) Agonística
As várias posições que já constituem o campo influenciam as chances que um argumento tem de
produzir um efeito.
→ A força da hegemonia.
→ Campo científico como campo sociológico. Mesma desordenação que a política.
6) Ruído
toda diminuição de ruído da opera~ao de urn ator eleva a capacidade que urn
outro ator tern de fazer com que 0 ruido diminua tamhem em outro
lugar.
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A ordem a partir da desordem
você
Mea culpa