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AS PORTAS DO TAPETE

As Três Portas do Tapete Schröder

O Tapete no Rito Schröder é conhecido como a “A Planta do Templo de Salomão”,


porque no drama ritualístico a ser desenvolvido na liturgia ele representa a ‘planta de
trabalho’ da obra que está sendo construída (Templo de Salomão) e deverá permanecer
aberta no centro da Oficina (Bauhütten), representada pelas paredes de tijolos que
contornam o Tapete, local onde os maçons se reúnem para estudar a planta e trabalhar
as pedras brutas que serão aplicadas na obra.

Existem também, nove símbolos em nichos e três portas fechadas contornando as


bordas do Tapete, e distribuídos numa lógica de 3 x 3 em relação aos lados do Tapete.
Essa distribuição nos remete a cadência presentes nas batidas e nas baterias dos graus da
Loja quando ela está trabalhando.

O acesso ao local de trabalho pode ser feito pelas três portas fechadas indicativas dos
locais de posicionamento dos três principais dirigentes da obra, representados no Tapete
pelas três “jóias móveis” da Loja: no Oriente - Venerável Mestre (o “Esquadro”); no
Ocidente - Primeiro Vigilante (o “Nível”) e no Sul - Segundo Vigilante (o “Prumo”). O
Compasso por não representar qualquer oficial no sistema de Schröder (rito), não
aparece no Tapete. Essas portas estão fechadas para que nenhum estranho possa
enxergar o que está sendo desenvolvido pelo ritual no interior da Oficina.
Os maçons operativos sempre orientaram suas construções com a entrada para o
Ocidente e de modo que as três portas do Tapete sigam a marcha do Sol.

A porta do Oriente, local do Venerável Mestre, indica a abertura da Loja, momento em


que observamos o céu limpo (azul-claro) no Oriente, simbolizando onde nasce o sol
para iniciar o dia e de onde emana a “Luz da Sabedoria”. Junto a esta porta encontra-se
o Primeiro Diácono à direita do Venerável Mestre, responsável pela medida certa do
andamento dos trabalhos, é representado pela Régua.

Na porta do Sul, ao Meio-Dia, quando o Sol encontra-se em sua plenitude de força e


calor, está o Segundo Vigilante, responsável pela condução dos trabalhos da Oficina, e,
portanto, sentado de frente para obreiros, representados nos Tapete pelas “jóias fixas”:

a) os aprendizes (a Pedra Bruta, mais ao Ocidente, local de menos luz);

b) os companheiros (Pedra Polida, em local mais iluminado)

c) os mestres (representado pela 47ª Proposição de Euclides, substituindo a “Prancheta”,


próximo ao Oriente, local de maior luminosidade).
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O Martelo Pontiagudo (Escoda, Alvião, Camartelo), colocado à direita do Segundo


Vigilante, representa o seu ajudante na execução da Obra, o Preparador, responsável
pelos primeiros ensinamentos ao candidato, que ainda não virou aprendiz, em seu estado
mais bruto da natureza.

Os irmãos entram e se retiram da Oficina pela porta do Ocidente, local onde o Sol se
põe ao terminar o dia de trabalho e onde, simbolicamente, estão os que ainda não
alcançaram o conhecimento maçônico pleno. Ali fica o Primeiro Vigilante, responsável
pela recepção dos irmãos e pelo fechamento da Loja à Meia-Noite, quando o céu se
apresenta nublado (escuro), e à sua direita, o Segundo Diácono, responsável pela
verificação da cobertura da Loja, representado pela Trolha ou Colher de Pedreiro.

O Norte, escuro, como não recebe nenhuma luz, não precisa de porta.
Batendo de forma correta, as portas se abrirão.

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