MENSAL

EDIÇÃO N.º 45
SETEMBRO 2023

WWW.SONANGOL.CO.AO

ESPECIAL MARÇO MULHER

NESTA EDIÇÃO
GRANDE ENTREVISTA COM O PCA GASPAR MARTINS
DESTAQUE | 03
HERMÍNIO
ESCÓRCIO AFLUXO ÀS
“OS GRANDES OBRIGAÇÕES DA SONANGOL
EXCEDE AS EXPECTATIVAS.
HOMENS NUNCA
MORREM”
REPRESENTA A
CONFIANÇA DO PÚBLICO
E QUE ACREDITA NOS
PRODUTOS QUE
A SONANGOL
DESTAQUE| 04
ACABA DE PÔR
DO MERCADO.”
PCA GASPAR MARTINS

DESTAQUE | 02 Gaspar Martins

PCADESTAQUE
da Sonangol
| 06
ÓSCAR MUTEBA
O PRIMEIRO DESTAQUE | 12

ANGOLANO ‘ATANÁSIO CALUNGA’

DIRECTOR O PRIMEIRO ANGOLANO A
DE PROJECTO NA CAPITANEAR UM PETROLEIRO.
CONSTRUÇÃO DE “O MEU DESEJO É UM DIA SER
UM PETROLEIRO SUBSTITUÍDO POR OUTRO
“ESTE PROJECTO
TEVE UMA
CAPITÃO ANGOLANO”
DESTAQUE | 10
CONTRIBUIÇÃO
MUITO ACTIVA DE
ANGOLANOS”. JOÃO LOURENÇO SATISFEITO
DESTAQUE | 11 COM AVANÇOS DO TOBD
DESTAQUE | 05

NOVO PETROLEIRO DA SONANGOL

EMBANDEIRA RAINHA NJINGA ACTUALIDADE | 08
 LUTO
Hermínio Joaquim Escórcio, Director
Geral da Sonangol, entre 1979 e 1987, foi
uma gura que, pelo acumulado da sua
obra, se manterá vivo (sem hipérboles),
não apenas na história e no porvir da
Sonangol, mas na memória de muitos
angolanos.
Para esta edição do PACAÇA trazemos
excertos de uma matéria produzida para
uma publicação alusiva aos 40 anos da
petrolífera nacional.
| 02
“O PASSAMENTO DE UM DESBRAVADOR”
A matéria com o título “Epopeia de Solida-
riedade e Militância” destaca que, ao a r-
mar, há trinta anos, no discurso do 10º
aniversário, que o sector petrolífero seria
a alavanca do crescimento da economia e
do progresso social dos angolanos, Her-
mínio Joaquim Escórcio prenunciava, con-
victamente, o que viria a ser o futuro da
Sonangol, apesar de, ao tempo, a produ-
ção se situar nos 60 milhões de bar-
ris/ano.
“Eu sabia qual a capacidade dos reserva-
tórios que se estavam a descobrir e tinha
informação do setor sísmico de que mais
reservatórios havia e que o potencial de
reserva era enorme. Fiz a rmações com
a consistência daquilo que sabia”.
Num tempo de turbulência e necessida-
des várias, no qual ressaltou agelo da
guerra, erguer uma empresa que hoje é o
esteio do tecido empresarial angolano,
das maiores da África e uma das mais res-
peitadas do setor a nível mundial, obrigou
a enorme esforço, solidariedade e com-
petência.
À luz dos dias de hoje, o início da caminha-
da assemelha-se à gigantesca epopeia,
tantos foram os ocasos. “ Nós vínhamos
de uma independência conquistada com
boa vontade, luta e perseverança.
A Sonangol é mais uma emanação dessa
epopeia, como bem refere. Éramos pou-
cos, mas esses poucos com vontade de
fazer muito. Cada um de nós fez o que
pode e sabia, com determinação e mili-
tância”Hermínio Escórcio vai para a
Sonangol saído da presidência da Repú-
blica sob indicação directa do Presidente
Agostinho Neto.
“Era notória a falta de quadros de quali-
dade, não apenas na Sonangol, mas ao
nível do país. E só havia um caminho: apro-
veitar os que existiam e formar os que não
existiam.
Traçámos uma estratégia e aplicamo-la,
enviando grupos para os Estados Unidos,
onde estava a tecnologia de ponta, para
Argélia, que foi o nosso parceiro desde a
primeira hora, e outros para França.
Assim, conseguimos formar uma equipa
de técnicos, que depois se juntou aos já
existentes. E foi com este grupo que for-
mámos uma equipa capaz de responder
às exigências do momento.
 LUTO
| 03

E eram tão capazes que, nas negociações
com a parte estrangeira, os nossos técni-
cos seniores se revelaram à altura dos
seus pares adversários”.
Os técnicos referidos, foram os que tra-
balharam na elaboração do primeiro con-
trato de partilha de produção.
“Exatamente. O contrato de partilha de
produção foi elaborado pelos nossos téc-
nicos. Saliente-se que se trata de um con-
trato que serviu para outras companhias,
que vieram aqui beber do nosso conheci-
mento. Para construir esse contrato, reu-
nimos um grupo de técnicos de diversas
áreas que deram uma volta ao mundo
observando a forma de procedimento das
companhias estatais e privadas, para ana-
lisarmos quais eram os seus contratos.
viria a dar origem à Sonair.“Era uma
necessidade da Sonangol deixar de ter
problemas com a mudança dos técnicos
das sondas. Era fundamental garantir às
companhias que os seus trabalhadores
sairiam das sondas pontualmente para
cumprir o tempo de rotação e descanso
nos seus países de origem. Como é sabi-
do, a aviação comercial, boa parte das
vezes, não cumpre horários nem escalas.
Na indústria do petróleo o rigor é funda-
mental, em particular as obrigações com
os técnicos, pois, nesta atividade, técnico
saído tem de corresponder a técnico
entrado. Não há desculpas! Nesta confor-
midade pensámos que deveríamos criar
um setor de aviação para dar suporte a
este nicho de negócio e aprimorarmos o
serviço de mudanças de turno.
Criámos uma estrutura do zero. (…) Fun-
dou-se a Helipetrol, compraram-se heli-
cópteros e aviões e, assim, nasceu o que é
hoje a Sonair”.Algumas passagens de
uma extensa matéria, na qual Hermínio
Escórcio discorre sobre vários outros
aspectos da petrolífera que dirigiu.
Fica patente a clarividência, espírito des-
bravador e ousadia de um homem que
deixa as suas marcas no que é hoje a
Sonangol.Descanse em paz, Engenheiro
Hermínio Joaquim Escórcio.

E fomos parar à Argélia, à Sonatrach. Dos

contratos observados, o argelino foi o que
mais se assemelhou ao que pretendía-
mos. Foi assim que, com os cuidados aqui
descritos, construímos o nosso contrato
de partilha de produção que, felizmente,
se revelou um grande sucesso”.

A ESPA como embrião do que viria a ser o

Departamento de Pesquisa e Produ-
ção.“Começámos com o Bloco 4. Fomos
buscar uma empresa que os Kennedy’s,
nos Estados Unidos da América, domina-
vam, para emparceirar com a Braspetro
do Brasil, com o m de formarmos, com
angolanos, este vital tipo de opera-
ções”.Advento Sonangol Limited.

“Mais tarde surge a Sonangol Limited,

porque era necessário criar um departa-
mento da Sonangol no exterior. Principal-
mente nas praças onde melhor se vende o
petróleo.

E seria em Paris ou Londres. Mas, numa

das minhas visitas às companhias nossas
associadas, fui a Londres e analisei, com
a Mark Richards, empresa que detinha a
exclusividade da venda do petróleo, a
forma como tinham montado o seu escri-
tório. (…) Começo a perceber que podería-
mos substituir a marca Richard por uma
empresa nossa, para que não tivéssemos
de dar os cêntimos à empresa inglesa e
carmos com mais um quinhão, que tão
necessário era para Sonangol e para
Angola. (..) Foi assim que montámos a
Sonangol Limited”.

Foi também no consulado de Hermínio

Escórcio que surge a ideia de construir
uma empresa de aviação vocacionada
para assistir as plataformas petrolíferas,
dotada de uma frota de helicópteros, que
 ACTUALIDADE
O Terminal Oceânico da Barra do Dande
(TOBD) recebeu, a 11 de Setembro, a visita
do Presidente da República, João Louren-
ço, que constatou o andamento das obras
da imponente infraestrutura.
No local, o Chefe de Estado, que se fez
acompanhar de uma delegação integrada
pelos Ministros de Estado, entre outros
membros do Executivo, foi recebido por
uma equipa composta pela Governadora do
Bengo, Maria Nelumba, o Ministro Dia-
mantino Azevedo, o Administrador Joa-
quim Fernandes, em representação do
PCA da Sonangol, bem como o Director do
TOBD, Mauro Graça.
A Governadora provincial, durante a sua
nota de boas-vindas, agradeceu à petrolífe-
ra nacional pela construção do Terminal no
Bengo, especialmente pelo número de
| 05
“TOBD.
COMO SÃO TOMÉ,
JOÃO LOURENÇO
FOI VER PARA
CRER”
empregos que gera e pro ssionais que
capacita localmente, com quase 3 mil efec-
tivos, sendo 96% de mão de obra nacional e
58% jovens. “Quero manifestar a nossa
satisfação e apreço ao Conselho de Admi-
nistração da Sonangol por ter concebido
este imponente projecto e implantá-lo no
território da nossa província “, a rmou.
Por seu turno, Diamantino Azevedo, na sua
intervenção, recordou a relevância desta
iniciativa para o país, pontuando que “o
TOBD é uma obra estruturante para o sec-
tor petrolífero, com relevância estratégica
para o país, dado o seu papel no reforço da
segurança energética nacional”.
A actividade dividiu-se em 2 momentos: o
primeiro com uma breve apresentação
geral do Projecto, pelo seu Director Mauro
Graça, onde, com detalhe, foi dada uma
visão do desenvolvimento dos trabalhos.
No segundo, realizou-se a visita de consta-
tação que passou pelos 16 tanques já ter-
minados, dos 29 existentes, os 5 bullets de
reservatórios de gás liquefeito, dos 34 que
se prevê receber, bem como a ponte cais
que foi edi cada no local.
João Lourenço, visivelmente agradado com
o avanço da empreitada, manifestou a sua
satisfação pelo que viu. “Hoje fala-se de
segurança energética e para se ter segu-
rança energética é necessária a produção
de energia, por um lado, e a capacidade
estocagem”, referiu, sublinhando a impor-
tância do empreendimento.
O TOBD, cujas obras foram retomadas em
Dezembro de 2021 e com a previsão de con-
clusão em Julho de 2024, vai permitir a cria-
ção de reservas estratégicas de segurança
de combustíveis líquidos, assim como a cri-
ação de espaço para a comercialização de
serviços de acumulação na região, possibi-
litando que Angola tenha um aumento
de mais de 580 mil metros cúbicos da sua
capacidade actual de armazenagem, em
terra.
Hoje fala-se de segurança
energética e para se ter
segurança energética é
necessária a produção
de energia, por um lado,
e a capacidade estocagem”
João Lourenço
Presidente da República
 ACTUALIDADE
| 06

OSVALDO INÁCIO
ADMINISTRADOR DA SONANGOL

OBRIGAÇÕES DA SONANGOL
ADMITIDAS EM BOLSA
O Presidente Gaspar Martins considera
que a adesão às obrigações da Sonangol,
com uxo acima das expectativas, e a
fazer é emitir um produto, um título que
representa um empréstimo que o cida-
dão faz à Sonangol, com a garantia de
Estamos comprometidos em manter
altos padrões de governança
corporativa e transparência, para
garantir que os investidores
continuem a con ar em nós “.
Joaquim Fernandes
Administrador SNL

da Sonangol, que foi também o acto de

apresentação o cial dos resultados das
negociações das acções privadas da
empresa, decorreu a 15 de Setembro,
numa das unidades hoteleiras da capital
angolana, actividade que contou com a
presença da titular da pasta das Finan-
ças, Vera Daves.

A petrolífera, primeira empresa não

consequente admissão em bolsa, repre-
sentam a con ança do público na Sonan-
gol e “que acredita nos produtos que a
Sonangol acaba de pôr do mercado, e que
vão dar a possibilidade da empresa, a par-
tir de agora, também contar com este pro-
duto e dar solução a uma série de ques-
tões, fazendo recurso ao mercado inter-
no”.
O presidente da petrolífera nacional aler-
ta para a necessidade de não se confun-
dir as obrigações no mercado com
acções. “Acções vão ser parte do que é a
constituição do capital da Sonangol.
Será uma entrada no capital da empresa
se o indivíduo for detentor de uma acção.
Com as obrigações, o que estamos a
nanceira a admitir obrigações privadas
em bolsa, atingiu um ratio de cobertura
retorno com juros muito acima do que a sobre a oferta de 111,94%.
Banca ou outra entidade nanceira paga
quando tem o seu produto também no
mercado.
Os detentores das obrigações vão poder
comercializá-las no mercado, tão logo
estejam na bolsa, e podem tirar proveito,
não só na altura em que a Sonangol tiver
que pagar os juros a que se propõe pagar,
que são os 17,5%, como, se quiser fazer a
liquidação deste produto antes, poderá
colocar em bolsa, vender e receber a
liquidez da sua obrigação sem ter de
aguardar pelo período em que a Sonan-
gol vai proceder à sua liquidação, já com
os juros”, adiantou o gestor.
A cerimónia de admissão das obrigações
 ACTUALIDADE
| 07
O Administrador Joaquim Fernandes,
que na cerimónia representou o PCA, a r-
mou que os resultados foram acima do OSVALDO INÁCIO
esperado, um indicador da con ança dos ADMINISTRADOR DA SONANGOL
investidores na empresa, dada a sua capa-
cidade de honrar com os compromissos
nanceiros.

“Este processo revelou-se desa ante

porquanto foi necessário adoptar-se
estratégias para responder às exigências
do regulador, o que representa um marco
muito importante para a Sonangol e para
o mercado de capitais nacional”, a rmou.

“Estamos comprometidos em manter

altos padrões de governança corporativa
e transparência, para garantir que os
investidores continuem a con ar em nós
“, salientou.

Estiveram no acto os Administradores

Baltazar Miguel, Osvaldo Inácio e Kátia
Epalanga, colaboradores séniores da
Direcção de Finanças, equipas responsá-
veis pelo projecto, Gestores seniores da
CMC, IGAPE, BODIVA Standard Bank,
Áurea, BFA e Capital Markets, dentre
outras individualidades.
 ESPECIAL SUEZMAX NJINGA MBANDE
| 08
A frota náutica da petrolífera nacional
angolana tem uma nova joia. Chama-se
Sonangol Njinga Mbande, um navio Suez-
max cujo baptismo e recepção o cial ocor-
reu na terça-feira, 12 de Setembro, em
acto solene na cidade de Mokpo, Coreia do
Sul, país onde foi construído pela empresa
Hyundai Samho Heavy Industries (HSHI),
no seguimento de uma encomenda de
duas embarcações da mesma gama.
Para madrinha do navio, a escolha recaiu
para a primeira-dama da República, Ana
“NJINGA MBANDE”
NOVO PETROLEIRO DA SONANGOL JÁ SULCA
ÁGUAS MARÍTIMAS INTERNACIONAIS
Dias Lourenço, que, em obediência à
praxe da navegação marítima, consumou
o ritual de quebra de uma garrafa de cham-
panhe no casco do navio, uma tradição
milenar que assenta na crença, também
ancestral, de que o rito apazigua os âni-
mos dos deuses e garante boa navegação
ao novo ente.
A madrinha cortou ainda a ta na ponte de
comando e accionou a primeira sequência
de três buzinadelas, simbolizando o choro
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
do nascimento de um bebé. “É um senti-
mento de muito orgulho.
Muito orgulho porque constatamos que
está aqui a construção de um barco cuja
gestão técnica foi feita por angolanos,
acompanhados por uma equipa estrangei-
ra, por um lado, e, por outro lado, também
quei bastante satisfeita e muito orgulho-
sa por reparar que a maior parte da tripu-
lação deste barco são jovens angolanos,
entre eles duas jovens, e isto é muito orgu-
lho para nós.
É o país a crescer, é o país a investir na sua
juventude e a sua juventude a mostrar que
é capaz. Por outro lado, é a sensação de
honra por estar aqui, ter sido convidada
para ser a madrinha deste navio que tem
um grande nome, o nome de uma grande
mulher, Njinga Mbande, e, de certeza, que
vamos todos honrar este nome e, funda-
mentalmente, esta equipa de nacionais
que vai conduzir este navio durante longo
tempo”, disse a primeira-dama.
Ana Dias Lourenço referiu-se ainda à tra-
dição milenar de serem as mulheres a
“abençoarem” os barcos antes de se faze-
rem ao mar.
 ESPECIAL SUEZMAX NJINGA MBANDE
| 09
“Realmente é milenar. Os barcos têm de
ser postos no mar por senhoras, como se
diz (…) porque consideram que são as
mulheres que realmente abençoam o
navio para que o mesmo tenha sucesso,
para que não tenha muitos constrangi-
mentos ao longo do seu percurso. Eu gos-
taria de agradecer e felicitar a Sonangol
por estar a implementar o seu plano
estratégico de reposição do Shipping.
Este navio e o outro que foi para o mar em
Abril [Sonangol Kulumbimbi], são dois
navios que vão substituir os mais antigos e
é uma grande valia, porque realmente um
navio destes para nós, para Angola, vai
agregar muito valor, tanto pela demanda
que vai ter e, fundamentalmente, pelas
receitas que vai trazer para a Sonangol e
para o país”, concluiu a primeira-dama.A
cerimónia de baptismo, um evento majes-
toso, ocorreu no estaleiro da empresa
construtora, onde os presentes foram brin-
dados com um breve momento cultural,
sucedido da homenagem simbólica a algu-
mas das guras que, pelas duas empre-
sas, estiveram envolvidas no processo de
construção.
Posteriormente, Hyeon Dae Shin, CEO da
HSHI, num breve discurso, felicitou e deu
as boas-vindas aos presentes, cedendo de
seguida o pódio ao PCA Gaspar Martins. O
líder da Sonangol começou por agradecer
ao capital humano envolvido no projecto,
destacando a forma como o trabalho
árduo, desenhos técnicos e muita troca de
pontos de vista, se converteu numa estru-
tura física utuante especializada.
“Temos um navio novinho em folha nave-
gando pelos mares do mundo”, a rmou o
presidente visivelmente satisfeito com a
nova embarcação e com a garbosa equipa
de marinheiros, maioritariamente jovens.
“Estamos ainda mais orgulhosos porque
todos os 25 membros da tripulação, inclu-
indo o capitão e duas meninas, são ango-
lanos. Esta embarcação navegará pelos
oceanos do mundo com uma tripulação
angolana e com a nossa marca estampada
nela. É um orgulho nacional”.No segui-
mento do discurso, Gaspar Martins men-
cionou a importância da gura da madri-
nha para a nova embarcação. “Não pode-
mos celebrar o baptismo de um novo navio
sem a gura da madrinha, como é a práti-
ca tradicional.
Acredita-se que a energia da mulher
transporta boa sorte e protecção para as
futuras viagens.
Ser madrinha de um navio é um título hono-
rário e, para alegrar este momento memo-
rável e único, temos a honrosa presença
altamente apreciada da primeira-dama de
Angola, a Sra. Ana Dias Lourenço, a
madrinha. (…)Sra. Ana Dias Lourenço, em
meu nome e em nome do colectivo de fun-
cionários da Sonangol, em Angola e no
exterior, agradecemos sinceramente por
ter aceitado o convite que lhe dirigimos
para o baptismo”. Disse o gestor máximo,
que não terminou sem referenciar a cons-
trutora HSHI.
“Foi uma longa jornada, mas alcançamos
os nossos objectivos. Agora temos dois
novos navios na nossa frota Suezmax para
levar o petróleo bruto para longe”, nali-
zou.
O Secretário de Estado dos Recursos Mine-
rais, Jânio Corrêa Victor, considerou o
evento importante não apenas para Ango-
la, mas, particularmente, para a Sonan-
gol, que “desempenha um papel crucial no
desenvolvimento económico e social do
nosso país. Apesar dos esforços do gover-
no para a diversi cação económica, o sec-
tor de petróleo e gás ainda desempenha
um papel de destaque no Produto Interno
Bruto angolano e, como tal, é importante
continuar investindo nos negócios”.
A rmou o membro do Executivo que real-
çou a consistência da relação entre Angola
e a Coreia do Sul, desde o estabelecimento
de relações diplomáticas entre os dois paí-
ses em 1992.
“Os nossos países, recentemente, fortale-
ceram os laços nas áreas de energia reno-
váveis, educação e agricultura. A Coreia do
Sul também expressou o seu interesse em
melhorar a parceria com o nosso país nas
áreas das telecomunicações, tecnologias
de informação, energia, portos e indústria
marítima.
Esse desenvolvimento ocorre no contexto
do ambicioso objectivo que o governo de
Angola tem, de alcançar um crescimento
do PIB de 3,6% nos próximos cinco anos”,
acrescentou o Secretário de Estado que na
solenidade representou o Ministro dos
Recursos Minerais Petróleo e Gás, Dia-
mantino Azevedo.
“O processo de reestruturação da Sonan-
gol continua e o governo angolano está
interessado em dispersar parcialmente
parte do seu capital na bolsa de valores e,
principalmente, direccionar o seu foco,
adaptando-se às condições endógenas e
exógenas para criar os requisitos neces-
EMANUEL CHINDECASSE
sários para passarDirector
parade esse estágio. Com
Marketing da UNDC
esse processo signi cativo, também deve-
mos garantir que o nosso petróleo bruto vá
cada vez mais longe”.
Jânio Corrêa Victor deu os parabéns a
Sonangol pelos esforços para ter uma
frota de navios renovada e terminou felici-
tando o capitão do petroleiro, Atanásio
Calunga. “Fiquei muito feliz ao ser infor-
mado que temos um capitão angolano, (…)
isso demonstra que a Sonangol está a
seguir estritamente a Lei de Conteúdo
Local do sector dos petróleos, o que é bené-
co para a empresa e para o país”, termi-
nou o Secretário.
O Njinga Mbande estabelece dois impor-
tantes marcos para a navegação marítima
nacional, designadamente o facto de ter
um capitão angolano a frente de uma tri-
pulação (25 elementos) todos nacionais; e
também por ter tido, pela primeira vez, um
Director de Projecto angolano, Óscar Mute-
ba. A solenidade contou com presenças
ilustres como o embaixador de Angola na
República da Coreia, Edgar Martins, os
Administradores Olga Sabalo e Jorge
Vinhas, o Presidente e Vogal da UNTS,
Luís Manuel e João Miguel Domingos, res-
pectivamente, o Administrador da Agência
Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustí-
veis, Belarmino Chitangueleca, gestores
das Direcções Internacionais de Houston,
Londres e Singapura, alguns Directores
Corporativos, entre outras guras ligadas
às duas empresas, ao ministério de tutela
bem como ao Ministério da Cultura e
Turismo.
 ESPECIAL SUEZMAX NJINGA MBANDE
| 10
Quando no passado 12 de Setembro, o
navio Njinga Mbande, baptizado e entre-
gue à Sonangol, zarpou do porto de
Mokpo dando início ao cumprimento da
sua primeira missão. Com ele levou a ban-
deira de Angola e três novas páginas de
história para o shipping da Sonangol: a de
um navio tripulado, pela primeira vez, por
uma embarcação totalmente angolana; a
de um navio cuja construção teve, pela
primeira vez, um Director de Projecto
angolano; e a de um petroleiro a fazer-se
ao mar, pela vez, sob as ordens de um
capitão angolano, cuja história trazemos
para esta edição do Pacaça.
De 38 anos, casado, pai de três lhos,
Atanásio Palhares Venâncio Calunga,
está nos quadros da que é hoje a Unidade
de Trading e Shipping da petrolífera naci-
onal desde 2006. Foi baptizado (pro ssio-
nalmente) nos mares, como cadete, em
Outubro de 2006 no navio Sonangol Giras-
sol.
O jovem capitão, formado em ciências
náuticas pela Universidade AMET, da
Índia, e pela City of Glasgow College, do
Reino Unido, concluiu o exame para a
obtenção da primeira licença de o cial
(terceiro o cial de convés) na Agência
Marítima e Guarda Costeira britânica, e
ORDENE, CAPITÃO CALUNGA
embarcou pela primeira vez como tercei-
ro o cial, no navio Sonangol Kizomba, em
Janeiro de 2012.Pouco depois, concluiu a
licenciatura em Direito e Negócios Marí-
timos, na Universade de Plymouth, Ingla-
terra. A promoção a segundo o cial de
convés deu-se no navio Sonangol Kas-
sanje. No seguimento do seu aperfeiçoa-
mento, concluiu, em 2016, o exame para a
obtenção da licença de imediato, na Agên-
cia Marítima e Guarda Costeira Britânica
e umano depois foi elevado a “imediato”.
Obteve a licença de comandante na Agên-
cia Marítima e Guarda Costeira Britânica
e e um ano depois foi promovido à catego-
ria de comandante em Abril de 2023 no
navio Sonangol Kulumbimbi. Ao iniciar a
primeira viagem, Atanásio sabia que esta-
va a fazer história.
“É um sentimento de orgulho, de satisfa-
ção pessoal por mim, pela companhia e
por todos os jovens angolanos, com a
minha idade, atingir a categoria de
comandante é algo que nunca imaginei
quando criança. Fica demonstrado que,
com trabalho árduo e dedicação, pode-
mos atingir os patamares que jovens de
outras nacionalidades também atingem”.
O jovem capitão, apesar do momento de
gáudio e glória pessoal, não deixa de exal-
tar os colegas com quem compõe a pri-
meira tripulação (25 elementos) total-
mente nacional. “
 ESPECIAL SUEZMAX NJINGA MBANDE
| 11

“NOVO PETROLEIRO
DA SONANGOL”
UM JOVEM DA TERRA
DE NJINGA MBANDE
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC

2023 xa, incontornavelmente, alguns
importantes marcos para a navegação
marítima da Sonangol. Além da aquisição
de um novo navio e da já exaltada tripula-
ção, totalmente nacional, capitaneado
pelo jovem Anastácio Calunga, há mais
uma história indissociavelmente aferrada
ao novo navio: foi construído tendo como
Director de Projecto, pela primeira vez,
um angolano.Ligado à área técnica da
Sonangol Marine Service, Óscar Muteba é
Director de Projectos Especiais, respon-
dendo pelos projectos de novas constru-
ções, docagens e reparações, instalações
de novas tecnologias em navios Suezmax,
entre outras tarefas que já o envolveram
no processo de construção de 11 navios,
sendo 8 Suezmax.
Formado em superintendência de navios
pela North Kent College Lloyd’s Maritime
Academy do Reino Unido, consolidou a for-
mação com graduações em outras impo-
nentes instituições superiores de ensino
da Coreia, Grécia e Estados Unidos da Amé-
rica. Óscar Muteba, quadro da Sonangol
desde 2006, tem no facto de ser o primeiro
angolano Director de Projecto na constru-
ção de um navio, um motivo de grande
regozijo “pelo facto de a Sonangol ter con-
ado em mim, mas o Óscar Muteba,
representa, acima de tudo, uma equipa de
angolanos que marcou este projecto do
início ao m.
NA DIRECÇAO DE
PROJECTO DE UM
SUEZMAX
navio com e sem um Director nacional. “A
diferença está no facto de os interesses da
Sonangol serem salvaguardados pelo
representante da empresa, que é alguém
que conhece o projecto do princípio ao m,
desde o caderno de encargos, a discussão
do contrato e todas as fazes inerentes à
sua conclusão.
É extremamente importante porque na
altura da construção e supervisão do pro-
jecto, nós podemos incorrer em custos
adicionais e eles são discutidos e salva-
guardados por um técnico nacional. O pro-
cesso tem várias etapas pré-de nidas
contratualmente.
O estaleiro fornece ao comprador (Sonan-
gol) o caderno de encargos que é discutido
preliminarmente e nele estão estabeleci-
das as fases a obedecer. Começamos com
o teste do modelo e são tratados, funda-
mentalmente, a velocidade do navio em
várias profundidades e com várias hélices.
No nal, os resultados obtidos são retes-
tados e há um segundo teste já depois do
navio terminado, antes de ser entregue.
Existem depois outras fases, como o
assentamento da quilha e a compra de
materiais. Rigorosamente tem de se obe-
decer a todas as fases, porque se houver
um desvio ao estabelecido pode acarretar
custos e até atrasos na entrega do navio o
que leva a uma revisão do contrato”.
Muteba diz que “essa postura (a presença
de um quadro nacional em projectos simi-
lares) é uma aposta da empresa que tem
dado resultados e eu sou fruto disso. Há
outros colegas que zeram parte do pro-
jecto, fomos fazendo o acompanhamento
e treinamento dos mesmos e amanhã,
naturalmente, poderão representar a
Sonangol nestas vestes”.
Acrescenta que a recepção, pelos sul-
coreanos, foi das melhores e que contri-
buiu bastante o histórico de envolvimento
em trabalhos anteriores, apesar de ter
sido por outra empresa do mesmo país.
O Director de Projecto adiantou ainda que
o facto do Njinga Mbande ter zarpado com
um capitão angolano a frente de uma tri-
pulação 100% nacional “é a cereja no topo
do bolo. Tivemos 80% no navio ‘Sonangol
Kulumbimbi’ e neste fomos aos 100%. É,
de facto, o culminar de um trabalho de 20
anos. Estamos todos regozijados”, termi-
na Óscar Muteba, o primeiro angolano
Director de Projecto na construção de um
navio petroleiro.

Este projecto teve uma contribuição muito

activa de angolanos”. O Director de Pro-
jecto explicou o que a função representa
na construção de umnavio com a comple-
xidade de um petroleiro de grande porte.
“Fundamentalmente a salvaguarda dos
interesses da Sonangol. Já acumulámos
uma certa experiência do passado, e ago-
ra, com o Sonangol Njinga Mbande, é o cul-
minar de todas as fases que regeram o pro-
jecto com a devida salvaguarda dos inte-
resses da nossa empresa”.

O especialista deixa perceber a diferença

que pode existir na construção de um
 ESPECIAL SUEZMAX NJINGA MBANDE
| 12
EVALDINA SANTOS E LÚCIA MABIALA.
DUAS PÉROLAS NA TRIPULAÇÃO DO
NJINGA MBANDE
Na história, que agora começa a ser
escrita, do novo navio Suezmax da
Sonangol, atrelam-se algumas outras
histórias já mencionadas e uma que, ape-
sar de já citada, agora trazemos com
algum pormenor. Da tripulação angola-
na do novo petroleiro da petrolífera naci-
onal angolana fazem parte duas jovens:
Lúcia Mabiala e Evaldina Santos.
As jovens que navegam a bordo do Suez-
max Njinga Mbande, andam há já dez
anos, entre mares e marés dos diferen-
tes continentes do mundo.
O PACAÇA conversou com as duas
jovens tripulantes.
Evaldina Santos - Sinto-me muito feliz e
é uma grande honra fazer parte da equi-
pa que tripula o NJinga Mbande.
Lúcia Mabiala - É uma grande satisfação
estarmos aqui. Não é fácil tratando-se
de mulheres num mundo cheiro de pre-
conceitos e sexismo, mas estamos aqui a
lutar para que as mulheres se tornem
mais emancipadas e instruídas.
PACAÇA - Fazer parte de equipas de tri-
pulação costuma ser um problema para
as mulheres porque são depois condicio-
nadas pela necessidade de constituição
de família, por exemplo.
E.S - Para mim, ser marinheira é como
qualquer outra actividade pro ssional,
apenas com a diferença de que passa-
mos muito tempo longe da família. Mas
hoje conseguimos lidar com isso com
maior facilidade.
Estamos numa era em que os novos
meios tecnológicos facilitam a nossa
vida. Temos telefones, computadores,
internet nos navios que são de alta tec-
nologia.
Esses meios acabam por aproximar-nos
mais das nossas famílias. Ser marinhei-
ra, mãe e esposa é muito difícil, mas pro-
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
curo conciliar o trabalho com a minha
vida pessoal.
PACAÇA - Qual é o segredo para matar
saudades, além dos meios já referidos?
L.M - É sobretudo com esses meios. A
internet ajuda bastante. Também traze-
mos as nossas comidas da terra, como a
fuba por exemplo, e quando acaba recor-
remos ao comandante para requisitar.
PACAÇA - Sentem nas pessoas alguma
espécie de preconceito por causa da pro-
ssão que escolheram?
E.S - Muito. Muito preconceito. Não digo
no seio dos colegas, mas na sociedade
em geral. A primeira impressão que
transmitem é a de que nós não somos
capazes, mas garanto que somos capa-
zes de fazer o trabalho sim e muito bem.
L.M - Sim sim. Muita gente não está acos-
tumada a ver mulheres numa actividade
que é tradicionalmente exercida por
homens, mas, verdade seja dita, já come-
çam a aceitar a realidade.
Assim terminámos a conversa com as
duas lindas jovens tripulantes, cujos ros-
tos estampam a satisfação de quem tra-
balha naquilo que gosta.
 ESPECIAL SUEZMAX NJINGA MBANDE
| 13
NOVO NAVIO VAI AUMENTAR CAPACIDADE OPERACIONAL
O Director Geral da Sonangol Marine Ser-
vice, empresa responsável pela gestão
técnica, comercial e operacional da frota
Suezmax, João Almeida, a rmou, após a
entrega do novo navio petroleiro, que a
nova aquisição vai aumentar a capacidade
operacional da frota.
“Ganhamos um navio novo, vamos poder
expandir-nos no mercado internacionais
e também vamos poder cumprir melhor
com as normas ambientais internacio-
SUEZMAX NJINGA MBANDE
“OPINIÃO”
SANDRA JÚLIO
“Sinto-me muito feliz e orgulhosa com a
construção do novo Suezmax “Sonangol
Njinga Mbande”. Angola e a Sonangol
estão de parabéns.
No nosso negócio de Trading e Shipping é
de extrema importância a renovação da
frota. Será vantajoso para a empresa por-
que vai aumentar a presença da Sonangol
no mercado, trazendo uma mais-valia
para a economia angolana. Por exemplo,
neste momento na Europa existe uma
grande procura por este tipo de navios,
devido ao con ito Rússia/Ucrânia. Na
nais, porque o navio cumpre, de forma
muito rigorosa, com todas as normas e
tenho a certeza que o novo meio vai contri-
buir bastante para que a frota da Sonan-
gol possa atingir uma maior e ciência”.
O responsável não deixou de mencionar,
com clara satisfação, a composição da
tripulação. “A tripulação é 100% nacional,
o que é um orgulho para o país”. João
Almeida acrescentou que o nome atribuí-
do tem muito a ver com o navio.
bacia do Atlântico a procura vai aumentar
por causa do aumento de produção de
petróleo bruto na referida zona. Num futu-
ro próximo, pretendemos começar a ven-
der os nossos carregamentos com opção
de entrega e, por isso, quanto mais navios
tivermos, melhor.
Nós angolanos devemos orgulhar-nos
também pelo facto de, desta vez, termos
uma tripulação toda angolana, incluindo o
capitão. Tenho plena certeza de que eles
vão saber honrar o nome tão bem escolhi-
do, o da nossa Rainha Njinga Mbande.
“É um petroleiro de primeira classe e
sabemos o que a rainha representou para
o nosso país. É uma escolha bastante acer-
tada. Njinga Mbande representou muito
para o que somos hoje, e este navio vai
representar muito do que Angola e a
Sonangol, em particular, será no futuro”.
A rmou o gestor, que vê no novo meio
uma demonstração do crescimento da
Sonangol e do país. Recordou que o Njin-
ga Mbande é o culminar de um processo
de aquisição de dois Suezmaxs.
O novo navio que acabamos
de receber, o Njinga Mbande,
é um orgulho para a Sonangol,
é um orgulho para Angola.
É o adicionar do bom nome da
Sonangol aos mais deste planeta.
É a nossa companhia a ser
identi cada da melhor forma.
O nome é o símbolo da gura
da Rainha Njinga a operar
no alto mar e, sem sombra
de dúvida, vai adicionar
receitas para a Sonangol.
Estamos felizes
com mais
esta realização”.
Óscar Brito
PCA DA SONÁSIA
 ESPECIAL SUEZMAX NJINGA MBANDE
| 14

EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC

MOMENTOS
SUEZMAX NJINGA MBANDE
 DESTAQUE
| 16
A Sonangol marcou presença de desta-
que na 4ª edição da Conferência e Expo-
sição Angola Oil & Gas, que, no período
de 13 a 14 de Setembro, sob o lema “Se-
gurança Energética, Descarbonização e
Desenvolvimento Sustentável”, teve
como palco o Centro de Convenções de
Talatona, uma realização que visou a pro-
moção de investimento no sector petrolí-
fero angolano.
O Ministro de Estado para a Coordenação
Econômica, José de Lima Massano, que,
em representação do Presidente da
República, João Lourenço, prestigiou o
evento, ressaltou na sua intervenção a
força e capacidade que os produtores de
petróleo têm ao unirem-se para dialogar
e trocar experiências sobre este impor-
tante sector para a vida de todas as
nações, tendo como principal foco o seu
progresso socioeconómico.
O Ministro Diamantino Azevedo
(MIREMPET), na qualidade de an trião
do certame, frisou a importância da tran-
sição energética e do desenvolvimento
dos recursos para a promoção do cresci-
mento económico sustentável, o que obri-
ga a todos a uma tomada de decisões cla-
ra, face aos desa os climáticos.
SONANGOL
EM GRANDE
NA ANGOLA
OIL&GAS 2023
Durante a cerimónia foi ainda celebrada
a assinatura de um memorando de
entendimento entre a Sonangol e a Azule
Energy, para implementação de iniciati-
vas de descarbonização e produção de
energias limpas, bem como um protoco-
lo de cooperação que contempla a for-
mação, entre a ANPG e instituições aca-
démicas, entre as quais o ISPTEC.
Para além de um stand que projectou
toda a cadeia de valor da empresa repre-
sentada, com destaque para os projectos
de transição energética e sustentabilida-
de ambiental, a petrolífera nacional par-
ticipou também em vários painéis que
abordaram temas relacionados à sua
actividade.
O evento reuniu representantes gover-
namentais e executivos de topo da indús-
tria que, durante os dois dias, puderam
trabalhar na identi cação de oportuni-
dades de investimento, conhecer as dife-
rentes empresas expostas no recinto e
assistir aos diversos painéis de debate,
nos quais a Sonangol participou de
forma activa.
A Administradora Kátia Epalanga esteve
presente nos fóruns sobre a “A Partici-
pação Feminina na Indústria Angolana”,
onde analisou o caminho que a petrolífe-
ra vem fazendo para o enquadramento
das mulheres no sector e sobre "As
estratégias de Responsabilidade Social
Corporativa que fazem a diferença nas
empresas de energia", tendo discorrido
sobre as acções da companhia em prol
da comunidade e da sustentabilidade.
O PCE da UNEP, Ricardo Van-Deste,
abordou o desempenho da estratégia de
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
expansão do mercado energético ango-
lano na sessão sobre “Descarbonização
do petróleo e gás em Angola”.
“Optimizar o potencial de gás de Angola”
foi o painel em que o PCE da UNGER,
Manuel Barros, salientou o compromis-
so da companhia de bandeira, que tem
como principal prioridade o mercado
interno.
Por seu turno o VCE da UNDC, Kid Carva-
lho, esteve presente no debate sobre a
“Integração dos Actores Locais no Sec-
tor Downstream de Angola”, onde exa-
minou o suporte nanceiro às empresas
nacionais, sendo que estas têm na anga-
riação de nanciamento um dos seus
maiores desa os.
Já o Administrador Osvaldo Inácio parti-
cipou da sessão acerca das “Possibili-
dades e Oportunidades para Impulsionar
o nosso Futuro”, onde ressaltou a impor-
tância da nova geração no percurso que
está a ser trilhado, assinalando que "es-
tamos a evoluir cada vez mais para a tec-
nologia e a digitalização e precisaremos
de jovens.
A juventude perceberá e colocará em
acção a transição energética."A activida-
de foi encerrada com as considerações
nais proferidas pelo Ministro Diamanti-
no Azevedo que frisou o sucesso da con-
ferência e o papel crucial que o progres-
so no âmbito energético tem na garantia
da estabilidade e desenvolvimento sus-
tentável do país, que passa, indispensa-
velmente, pela valorização do conteúdo
local.
 ACTUALIDADE
“CONGRESSO MUNDIAL DOS PETRÓLEOS”.
SONANGOL DEFENDE POSICIONAMENTO SOBRE
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA´
O Administrador Executivo da Sonangol,
Osvaldo Inácio, a rmou que as discus-
sões no último Congresso Mundial dos
Petróleos, centraram-se, fundamental-
mente, em identi car as formas de asse-
gurar que, até 2050, as operações petro-
líferas no mundo sejam totalmente des-
carbonizadas, sem descurar a realidade
dos diferentes países.
O Administrador fez a a rmação após
dirigir a equipa da Sonangol integrada na
delegação angolana que, entre 17 e 21 de
Setembro, em Calgary, Canadá, repre-
| 17
sentou o país no 24º Congresso Mundial
dos Petróleos, evento realizado periodi-
camente para discutir os temas mais can-
dentes do sector de Oil & Gas, à escala
Global. “Foi muito interessante ver que
diferentes países têm diferentes realida-
des e diferentes visões sobre como se vai
lá chegar. Foi ainda mais interessante
ver como a discussão vai amadurecendo.
Inicialmente havia uma atitude, quase
activista, de parar qualquer tipo de inves-
timento no Oil and Gas, ou nas energias
de fontes fósseis. Hoje, a discussão, mais
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
do que parar investimentos nessa área, é
sobre como assegurar um fornecimento
regular de energia a preços comportá-
veis e de um modo sustentável.
Ou seja, que respeite o meio ambiente”.
Osvaldo Inácio adiantou que a Sonangol
teve uma participação focada em marcar
a posição de que os países não são todos
iguais e, consequentemente, as formas
de se atingir a descarbonização preci-
sam de ser diferenciadas, conforme os
contextos dos diferentes países, “e no
nosso, em particular, não tínhamos con-
dições de não investir no Oil & Gas, por-
que precisamos de nanciar a própria
transição”.
O gestor considera importante a presen-
ça em eventos desta natureza para in u-
enciar a agenda e conteúdo das discus-
sões, “de modo a que não sejamos víti-
mas das decisões tomadas por outras
pessoas e que nos coloquemos numa
posição de vítimas e seguidores de deci-
sões que eventualmente nos prejudi-
quem”.
 ACTUALIDADE
| 18
Osvaldo Inácio quali ca o evento como importante, sobretudo considerando as alte-
rações de políticas no mundo, que registam uma grande instabilidade no mercado de
energia. “Foi importante para fazer ouvir a voz da indústria e, obviamente, fazer ouvir
a voz dos diferentes players que actuam nesta indústria, incluindo a Sonangol”.

Missão
Contribuir para a
sustentabilidade e o
crescimento da indústria
petrolífera nacional, de forma
a garantir maior retorno para
Re ra-se que, no decurso do fórum, o Administrador participou da plenária subordi- o Estado Angolano, dando
nada ao tema “Segurança energética, abilidade e resiliência do abastecimento
durante a transição”, na qual discorreu sobre o posicionamento da Sonangol relati- suporte à participação das
vamente à transição energética. empresas e dos quadros
Ladeado pelos representantes das petrolíferas Nacionais do Brasil, Petrobras, e da
nacionais nas actividades do
Indonésia, Pertamina, Osvaldo Inácio defendeu a estratégia de transição energética sector para o
da petrolífera nacional de descarbonizar as suas operações sem desacelerar a desenvolvimento
exploração e produção de petróleo e gás, destacando os projectos que a companhia
tem em curso, no âmbito da promoção da autosu ciência doméstica em termos de socioeconómico de Angola.
produtos re nados, investimentos em energias renováveis, entre outros, enquanto
acções críticas no processo de equilíbrio da matriz energética nacional e continental.
Visão
Tornar-se numa empresa de
referência do sector
petrolífero no continente
Africano, comprometida com
a sustentabilidade.

Valores
Humildade
Disciplina e seriedade
Conduta ética
Alto desempenho
Respeito pelas partes
interessadas
Trabalho em equipa
Lealdade
Rigor
 DESTAQUE
| 19

EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC

A Unidade de Negócio de Trading & Ship-

ping (UNTS) realizou, entre 25 e 27 de
Setembro, em Singapura, a primeira reu-
UNTS REALIZA REUNIÃO
nião estratégica, desde a sua criação, com
a presença de todas as suas Direcções
ESTRATÉGICA
Internacionais. tenho grande orgulho na referência posi- ciativas para a comercialização e o trans-
tiva e no papel que a Sonangol Ásia tem porte marítimo, o mercado africano de
O Administrador Jorge Vinhas, que orien- vindo a desempenhar nesta região, presti- produtos re nados e transporte marítimo,
tou o encontro, destacou o feito. “É a pri- giando o nosso país, principalmente por o fornecimento de petróleo bruto às re -
meira vez que reunimos todos os repre- ser a única representação petrolífera a narias angolanas e a optimização da
sentantes das Unidades de Negócio para nível de África aqui”, acrescentou o diplo- estrutura organizacional vigente.
uma re exão desde a decisão tomada pelo mata.
Conselho de Administração de consolidar Participam da reunião o PCE Luís Manuel,
os negócios de trading e shipping numa O evento contou com a apresentação de que durante a sua intervenção falou sobre
única estrutura organizacional”, enfati- um especialista da Platts, entidade forne- a importância do encontro e a necessida-
zou, referindo que “a nossa missão é abor- cedora de informações sobre energia e de de se debater sobre o que pode ser
dar o actual modelo de negócios e avaliar matérias-primas e uma fonte de avalia- melhorado na empresa, os VCEs Rute
como podemos melhorá-lo a m de ala- ções dos seus preços de referência nos David e João Silva, os Presidentes das
vancar o desempenho operacional e mercados físicos. Direcções Internacionais, Sonangol Limi-
nanceiro da Unidade”. ted, USA, Ásia e Marine Services, Sandra
Os trabalhos, desenvolvidos por equipas Júlio, Elma Almeida, Óscar Brito e João
A sessão de abertura foi prestigiada pelo em diferentes grupos, incidiram sobre Almeida, respectivamente, bem como
Embaixador Extraordinário e Plenipoten- questões como a introdução de novas ini- outros gestores da Unidade.
ciário de Angola
acreditado naquele
país, Daniel Rosa,
que ao tomar da
palavra, enalteceu
o trabalho da
Sonangol no cres-
cimento económico
e social do país.
“Enquanto embai-
xador de Angola em
Singapura e nos
outros 16 países
sob jurisdição
desta representa-
ção diplomática,
 ACÇÃO SOCIAL
| 20
“ACÇÃO SOCIAL DA SONANGOL”
NAMIBE GANHA ESCOLA COM CONCEITO ECOLÓGICO
A Sonangol procedeu, a 18 de Setembro
último, à entrega o cial de uma escola
no município de Moçâmedes, província
do Namibe.
O acto, inserido nas acções de responsa-
bilidade social da petrolífera nacional
angolana, contribuiu para a inclusão de
cerca de 650 crianças no sistema de ensi-
no.Construído obedecendo a um concei-
to ecológico e um método revolucionário,
o estabelecimento, denominado António
Francisco Kapitango, foi erguido em
pouco menos de 12 meses e conta com 8
salas de aula, 3 salas administrativas, 4
casas de banho e um campo polidespor-
tivo, para a acomodação de estudantes
distribuídos em dois turnos.
A Administradora Kátia Epalanga, que
encabeçou a comitiva da Sonangol, res-
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
saltou a construção nos moldes em que
ocorreu. “Vem dar ênfase aos compro-
missos da organização com as questões
ambientais, pois a empresa actua para o
desenvolvimento sustentável no sector
petrolífero e energético, com a visão de
se tornar uma referência em África, com
valores de excelência e foco na descar-
bonização”, adiantou.
“Agradecemos, em nome da Sonangol,
em particular do Sr. PCA Gaspar Mar-
tins, ao governo provincial pela oportuni-
dade e por todo suporte ao longo deste
projecto. Continuaremos atentos às preo-
cupações da comunidade e assegura-
mos que outras surpresas poderão sur-
gir nos próximos tempos”, concluiu.
O governador provincial do Namibe,
Archer Mangueira, na qualidade de an -
trião, agradeceu pelo apoio recebido e
garantiu que a iniciativa irá contribuir
para o desenvolvimento da cidade.Da
equipa da Sonangol zeram também
parte o vogal da UNDC, Kid Carvalho e o
Director da DCMRS, Dionísio Rocha.
 ACTUALIDADE
| 21
O Centro de Formação Marítima de
Angola participou no 1º workshop de
soldadura industrial, ocorrido a 8 do
mês corrente, na Escola Nacional de
Administração e Políticas Públicas
(ENAPP).
Com a referida instituição, o CFMA
assinou, na ocasião, um memorando
de entendimento que prevê a forma-
ção de jovens na área de soldadura
como contribuição para desenvolvi-
mento da indústria angolana.
O evento foi aberto pela Ministra da
Administração Pública, Trabalho e
Segurança Social, Teresa Dias Rodri-
CFMA PARTICIPA NO 1º WORKSHOP
DE SOLDADURA INDUSTRIAL
gues, que viu o encontro como uma
estratégia de organização que passa,
essencialmente, pela elevação do
nível técnico e pro ssional do capital
humano nacional, para elevá-lo à
dimensão das exigências do mercado
de trabalho.
O Ministro Diamantino Azevedo, nas
suas notas conclusivas, agradeceu à
organização do evento e demais pre-
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
sentes, relembrando que a iniciativa
se enquadra no processo de re exão
sobre a soldadura, elemento impor-
tante na indústria angolana.
O ministro realçou também a impor-
tância de se conhecer os procedimen-
tos para a capacitação internacional
dos formadores dos centros de for-
mação pro ssional e da certi cação
das próprias instituições, para que
possam oferecer o melhor suporte
aos sectores petrolífero e mineiro do
país, de modo a promover e valorizar o
conteúdo local nestes domínios.
 SAÚDE
| 22
A Unidade de Negócio de Exploração e
Produção, com o apoio da DQSSA e da
Clínica Girassol, levou, na passada
sexta-feira, 22 de Setembro, ao Cabo
Ledo, a Feira da Saúde, acção enqua-
drada no seu plano de responsabilida-
de social.
Ao longo do dia, foram atendidos mais
de 650 pacientes, entre adultos e cri-
anças, sendo possível avaliar, entre
outros parâmetros, a saúde dentária,
UNEP
LEVA FEIRA
DE SAÚDE
AO CABO
LEDO
a glicemia e a tensão arterial, tendo onde vocês habitam, os vossos lhos
sido, também, realizadas 3 palestras, estudam e não queremos trabalhar
nas quais foram abordados temas de isolados.
grande sensibilidade e preocupação
como o paludismo, a tuberculose e o Pretendemos que vocês sejam parte
HIV-SIDA. integrante deste processo", salientou.
A Vogal Filomena Oliveira realçou a Participaram, de igual modo, a VCE
importância que representa a aproxi- Isabel Policarpo, representantes da
mação da UNEP com a comunidade. administração local e gestores da
"Com as nossas actividades aqui em Sonangol.
Cabo Ledo, nós estamos inseridos
 SAÚDE
| 23
ESPECIALISTA GARANTE:
MANTER BONS HÁBITOS CONTRIBUI
PARA O BOM DESEMPENHO DO CORAÇÃO
Especialista garante:Manter bons
hábitos contribui para o bom
desempenho do coração.
Dados da Organização Mundial da
Saúda (OMS) indicam que as doen-
ças do coração têm sido das princi-
pais causas de morte no mundo,
sendo que as mais comuns são o
infarto, doença vascular periférica,
ou acidente vascular cerebral (AVC)
e morte súbita, podendo ser origi-
nadas por má alimentação, falta de
exercícios físicos, entre outros fac-
tores.
Outras doenças que podem ser fata-
is estão relacionadas ao surgimen-
to de hipertensão arterial, conheci-
da popularmente como pressão
alta, bem como altos níveis de
colesterol no sangue.
“Tal como qualquer órgão do corpo,
o coração será saudável se o corpo
também for. Bons hábitos contribu-
em para o bom desempenho do
coração.
Para melhorar o vigor desse órgão
vital, ou amenizar as doenças a ele
relacionadas, invista na prática de
exercícios físicos, na alimentação
saudável e nas consultas periódicas
de cardiologia”, adianta Elsa Fer-
nandes, Médica Cardiologista.
O exercício físico vai contribuir para
o fortalecimento do coração,
aumentar a circulação, diminuir a
pressão arterial e, por consequên-
cia, deixar o coração mais forte e
diminuir o seu esforço para manter
a circulação sanguínea.
Já a alimentação cuidada fará com
que o colesterol e as gorduras dimi-
nuam no organismo e não afectem
o funcionamento do coração ou das
veias, que são responsáveis por
EMANUEL CHINDECASSE
Director de Marketing da UNDC
levar o sangue bombeado pelo cora-
ção para o resto do corpo.
A especialista refere que, em
média, o Departamento Cardiovas-
cular e Torácico atende por mês em
consulta externa cerca de 700 paci-
entes. “Poucos pacientes migram
do ambulatório para a consulta.
Os pacientes internados provêm
maioritariamente do serviço de
banco de urgência, seguido da uni-
dade de terapia intensiva adulto e
outras enfermarias. A nossa média
de internamentos de patologias de
foro cardiológico é de 35 pacientes
por mês”, acrescentou.
Apesar do diminuto tamanho, em
apenas um minuto o coração é
capaz de bombear 5 litros de san-
gue para todo o corpo.
Lembrar a importância desse
órgão, os cuidados necessários
para tê-lo saudável e a conscienti-
zação da população sobre os riscos
das doenças cardíacas, são os
motes para o surgimento do 29 de
Setembro, dia Mundial do Coração.
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